Proteção
periférica: o que usar?
Conheça
as opções de defesa para sua casa
Um dos itens que
preocupa as famílias residentes em casas, quer seja quanto à sua segurança
ou à proteção dos seus bens patrimoniais, é o que se convencionou
chamar de proteção periférica. Este termo é genérico e abrange
tudo o que se relaciona com a proteção do imóvel contra a invasão de
ladrões: muros, portões e portas altos, resistentes e com fechaduras e
chaves de boa qualidade (até chaves não copiáveis!), utilização de cão
de guarda, alarmes, iluminação especial etc.
Vamos tratar aqui dos
meios de proteção ativos que, por serem normalmente agressivos, requerem
para a sua escolha e forma de utilização alguns cuidados especiais.
O que é melhor
utilizar?
Vamos considerar, como
modelo, uma casa situada em meio de terreno, limitada em seu perímetro
por um muro bem construído, com no mínimo 2,5 m de altura, com portões
acionados remotamente e dotados de fechadura resistente e de boa
qualidade, além de possuir um cão de guarda devidamente adestrado.
Teoricamente é uma
residência bem protegida, mas que poderá ser facilmente invadida por
ladrões, que podem pular o muro e dominar o cão. Vamos recomendar quatro
tipos de proteção à transposição do muro que são as mais comuns:
CACOS DE VIDRO E/OU
PREGOS
Þ
É certamente a proteção mais barata, mas também a menos eficiente. A
simples colocação de um anteparo sobre a proteção (uma tábua, por
exemplo) permitirá a sua transposição de forma segura para o invasor.
ARAME
FARPADO
Þ
É mais seguro que cacos de vidro ou pregos, porém tem uma segurança
relativa, pois poderá ser cortado. Tem um efeito estético bastante
desagradável. Uma cerca de boa qualidade (tipo usada em presídios,
chamada concertina) vai custar entre R$ 22,50 (aço galvanizado) a
R$ 26,50 (aço inox) o metro linear, instalada.
CERCA ELETRIFICADA
PULSATIVA
Þ
É uma forma de proteção bastante eficiente. Consiste numa cerca, ligada
à uma central de choque de 8.000 Volts e 0,5 miliampéres, ou seja,
insuficiente para matar uma pessoa, mas o bastante para impulsioná-la
para longe. Há dois tipos à disposição no mercado:
·
Cercas
monitoradas
Þ
São as chamadas CP-4 e que permitem a sua integração com uma
central de alarme, que poderá estar ligada ou não externamente com
uma idônea empresa de segurança eletrônica, por exemplo. Além
disso, poderá, quando tocada, acionar alarmes, luzes etc.
·
Cercas
não monitoradas
Þ
São as chamadas CP-3, possuem as mesmas características da
anterior, porém não podem ser ligadas à uma central de alarme.
Em ambos os casos há
quatro recomendações importantes para sua instalação:
a) estar
sempre em locais altos (muros com no mínimo 2,5 m de altura);
b) sempre voltadas para o interior da área que se quer proteger;
c) nunca em contato com vegetação (árvores, folhagens etc.); e
d) usar sinalização.
O custo final de uma
cerca elétrica pulsativa para um perímetro de 40 metros, por exemplo,
incluindo material (central de choques, hastes, roldanas, fios, cabos de
isolamento etc.) e instalação, sairá por aproximadamente R$ 500,00.
INFRAVERMELHO ATIVO
Þ
É uma forma bastante eficiente de proteção periférica, tendo a
vantagem de não ferir esteticamente o ambiente. Funciona com um par de
sensores para cada lado do perímetro que se quer proteger, um deles
emitindo um raio infravermelho e o outro recebendo. Quando este raio é
interceptado, uma central de alarme (caso exista) ou dispositivos elétricos
(alarmes, campainhas, luzes etc.) serão acionados.
O custo final para o
exemplo do item anterior (supondo quatro lados de 10 m) seria de
aproximadamente R$ 1.000,00 reais, já instalado.
Vale
ressaltar que não há na legislação brasileira nenhum dispositivo
que proíba, permita ou até mesmo regulamente o uso de qualquer
destes elementos abordados. No entanto, poderá haver em cada cidade
alguma postura municipal que trate da utilização destes
dispositivos. Recomendamos, antes de utilizá-los, fazer uma
verificação junto à Prefeitura da sua cidade.
Guilherme
Samuel é superintendente
de operações da Transbank-SP |