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Fanfic por Ana-chan
Capítulo 10
O Espelho do Lago
"Kurama, me mostra o truque da flor de novo?"
Mais um vez nos últimos meses, Kuronue sentiu que estava falando com as árvores... Kurama estava a três passos de distância, bem na beira do lago, olhando pra água igual um pateta, mas parecia estar em outro mundo...
"KURAMA!!!"
"Hã?... Que foi?"
"Diz alguma coisa! Você parece que anda na lua..."
"Dizer o que?"
"Sei lá... Que tal o que tanto o mestre te ensina? Já aprendeu a ler?"
"Quase."
"Puxa! Você é rápido... Quem sabe você me ajuda com isso um dia?"
"Claro... como quiser..."
Kuronue respirou fundo. Que conversa chata! Kurama era mais divertido quando era ignorante...
"Bom, se vai ficar aí quieto, vou aproveitar pra nadar. Você vem?"
"Não estou a fim."
"Credo... você parece até que dormiu com o pé na parede...", protestou Kuronue enquanto tirava as roupas.
A água estava gelada, mas ele estava acostumado. Talvez Kurama se animasse mais tarde...
"Kuronue?"
"Que é?"
"Você me acha bonito?"
"Que pergunta idiota...", respondeu Kuronue meio embaraçado, sobretudo ao notar que Kurama o estava olhando de um jeito diferente do habitual. Parecia até que nunca o havia visto nu antes, pensou.
"Acha ou não acha?"
"É você é bonitinho sim... Posso saber por que perguntou?"
"Nada... deixa pra lá..."
"Kurama, o que está havendo com você? Nunca te vi tão calado como nos últimos dias...", perguntou Kuronue se aproximando até ficar bem de frente para ele, "... Está doente?"
"Estou bem...", respondeu Kurama nervoso, virando o rosto para não encarar Kuronue, "... Vai por uma roupa, vai."
"Qual é o problema? Até... Ei! Que é isso no seu pescoço?"
"Não é nada...", mentiu, escondendo o pescoço com o cabelo.
"Deixa eu ver... Está perecendo machucado... tem um roxo enorme..."
"Me deixa Kuronue!", gritou Kurama se esquivando bruscamente.
Era a primeira vez que gritava com Kuronue. Por instantes os dois se olharam espantados...
"Me desculpe...", disse Kurama antes de sair correndo...
"Kurama! Espera!"
Kuronue procurou Kurama o resto do dia mas não o encontrou. Havia algo de muito estranho no comportamento de seu amigo... e aquelas marcas no pescoço... boa coisa que não podia ser.
Na volta de uma busca pela clareira, Kuronue encontrou com Kaizo e Tieko. Os dois estavam vindo da vila onde tinham ido negociar o produto do último roubo... Kaizo percebeu que havia algo errado e mandou Tieko ir na frente. Assim teria uma oportunidade de conversar a sós com o irmão, coisa rara desde a chegada de Kurama.
"Cadê a raposa de estimação?"
"Kaizo... eu estava mesmo precisando falar com você."
"Estava? Então se lembrou que tem um irmão?"
"É sério! Eu acho que o Kurama está doente..."
"Não diga..."
"Não estou brincando Kaizo. Ele está tão estranho ultimamente."
"Ele te maltratou?"
"Não... bom ele gritou comigo hoje de manhã... mas acho que não foi de propósito... Ele estava com um machucado no pescoço. Você sabe se ele andou brigando?"
"Por acaso está insinuando que eu tenho algo a ver com isso?"
"Não, irmão. Só estou perguntando.... Kurama e Tieko estão sempre trocando farpas."
"Olha, se alguém o machucou, não foi ninguém daqui, muito menos o Tieko. Do jeito que ele e o mestre estão íntimos ninguém se atreveria. Vai ver ele já anda aprontado por aí e você nem sabe..."
"Não... Tem alguma coisa errada... De uns tempos pra cá Kurama anda tão... obsessivo. Só fica fazendo as coisa que o mestre manda, treinando uns truques com plantas... precisava ver o que ele fez uma árvore fazer outro dia..."
"Hn. O mestre o está ensinando a usar o youki de youko que ele deve ter... bom pra ele."
"Mas não é só isso... Tem uma coisas que ele faz..."
"Que coisas?"
"Ele fica se olhando no lago, fazendo uma perguntas bobas... Não quer comer pra não engordar, vê se eu posso? E as vezes... bem, só as vezes... eu tenho a impressão que ele está me espiando..."
Kaizo balançou a cabeça.
"Acho que esse se amigo está crescendo rápido demais, esse é que é o problema... Se quer meu conselho, ignore seus faniquitos e trate de arrumar um outro lugar pra ele dormir."
"Por que?"
"É irmãozinho... vai sentando aí porque essa conversa ainda vai durar um pouco..."
Kuronue fez questão de não se impressionar com a conversa que teve com Kaizo. Nada daquilo era novidade mesmo... ou pelo menos a maior parte.
Kurama melhorou seu comportamento nos dias que se seguiram, provavelmente arrependido por ter sido tão rude no episódio do lago. A verdade é que ele tinha mudado sim, mas uma coisa permanecia a mesma... continuava tão ligado em Kuronue quanto no primeiro em que se encontraram como youkais. Talvez até mais...
"Foi fácil, né?", comentou Kurama enquanto admirava os tesouros recém roubados.
"Fácil até demais.", retrucou Kuronue pessimista.
Alguma coisa não batia ali. Um depósito como aquele, abarrotado de peças valiosas e simplesmente nenhum vigia, nenhuma armadilha... Era bom demais pra ser verdade.
"Vem Kurama, não quero ficar mais tempo aqui. Esse lugar me dá arrepios."
"Não sei porque. Aqui não tem nem fantasma..."
"É justamente isso que me incomoda."
A dupla deixou o local carregando cada um uma sacola lotada e pesadíssima. O depósito pilhado era possivelmente um esconderijo improvisado de ladrões. Kurama o havia encontrado por acaso e não custou para convencer Kuronue a dar uma espiada mais de perto. Parecia um casebre abandonado, perdido no meio da floresta.
Kuronue continuou a caminhar, seguindo bem atrás de Kurama. Gostava que seu amigo fosse sempre na frente, assim não o perdia de vista...
"Kurama, espera..."
"Que foi?"
"Acho que estamos sendo observados..."
"Não vejo nada..."
"Quando eu mandar, corra o mais que puder..."
"Pra que?"
"Corre! Agora!"