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Fanfic por Ana-chan
Capítulo 16
A Sombra do Monstro
Na penumbra do quarto, a silhueta do Youkai projetada pela luz fraca lembrava a sombra de uma gárgula contra as paredes de pedra. Não se tratava de uma visão convidativa.
Mesmo assim, o youko entrou.
"Quer alguma coisa?" perguntou Najah sem se mover.
O jovem hesitou. O timbre ríspido que chegou aos seus ouvidos lhe pareceu mais amargo do que o habitual...
"... Bem... Talvez, conversar...."
"Não quero conversar, Kurama. Vá dormir. Já é tarde."
O garoto suspirou, concluído que estava num daqueles dias em teria sido melhor nem acordar...
"Me fale sobre o Ningenkai um pouco mais..."
"Você é surdo?"
"Não."
"Então faça o que eu mando e me deixe sozinho."
Ele abaixou a cabeça. Primeiro Kuronue e agora Najah... Tudo bem que havia agido mal em relação ao amigo, mas Najah...
"Você mudou comigo... O que foi que eu fiz?"
"Ao menos pensou no que eu te disse?"
Por essa Kurama não esperava... Vinha evitando o mestre há alguns dias. Tinha esperança que ele já tivesse esquecido da última conversa dos dois.
"O tempo todo," mentiu com convicção.
Najah o encarou. Havia uma ansiedade estranha em seus olhos.
"Então?"
"Eu preferia não falar sobre isso agora..."
"Vá embora, menino."
"Eu gosto de você... gosto muito. Nunca vou esquecer de tudo o que fez por mim. Mas..."
O youkai voltou a fitar o chão, sem dar atenção as explicações do youko. Longas mechas de corte irregular cobriram seu rosto completamente. Ele sabia que o jovem continuava no quarto mas não contava com sua aproximação insistente, muito menos com as mãos que afastaram seus cabelos, induzindo-o a levantar o rosto.
"Gosto de ser seu amigo."
"Mas eu não quero mais ser seu amigo... não posso mais..." disse, segurando-o com firmeza pelos até afastar o toque em seus cabelos.
Não podia suportar aquelas mãos sobre ele, mãos pouco maiores do que as de uma criança, ridiculamente frágeis perto das de um youkai como ele... Seus olhos baixaram, encontrando os dedos apertados ao redor dos pulsos finos. Kurama não era um youkai pequeno para a idade mas ainda assim a diferença de tamanhos era gritante. Suas mãos cobriam não só os pulsos como boa parte dos antebraços. Podia quebrá-los sem o menor esforço se quisesse...
Voltou-se novamente para o rosto a sua frente. Jamais conseguiria compreender que segredos se escondiam por trás do brilho dourado dos olhos de adulto em face de menino...
"Por que não pode ser como era antes?" insistiu o youko sem se importar com a pressão em seus braços.
"Porque você me venceu."
"Venci? Não entendo..."
"Não quero te fazer mal..." continuou, soltando os braços para poder afagar-lhe os cabelos.
"... Mas... Você disse que me amava..."
Os dedos foram bruscamente afastados dos fios prateados...
"Não posso... não com você..." disse, mudando o tom de voz de um sussurrar amável para uma intonação mais decidida "... Quero que preste muita atenção no que tenho para te dizer... Não posso mais mantê-lo aqui.'
"Não, eu..."
"Sei o que estou fazendo..."
"Não me mande embora, por favor... Eu faço qualquer coisa, não vou incomodar mais, eu juro..." implorou o garoto, abraçando seu protetor sem se importar em parecer tolo "... Não quero ficar sozinho de novo. Me deixe ficar..."
Najah amoleceu em sua determinação. Seus braços envolveram o corpo ainda franzino do jovem que em menos de um ano havia destruído barreiras que levou séculos para erguer...
"Você não ficará só, eu prometo. Não vou abandoná-lo. Você viverá sob a proteção de Laizen, o youkai mais forte de todo o Makai. Terá tudo o que merece no reino dele, muito mais do que posso oferecer aqui. E inteligente como é, estou certo que saberá fazer boas amizades e..."
"Não quero ir! Quero ficar aqui!"
"Não seja teimoso. Poucos têm uma chance como esta na vida. Qualquer jovem daqui saberia dar o valor devido a uma oportunidade como essa ..."
"Mande outro então! Mande todos, mas me deixe ficar!"
"Sinto muito Kurama. Isso é o melhor que eu posso fazer."
O youko afrouxou o abraço, assustado com a própria reação. Não imaginava que a possibilidade de voltar a ser deixado para trás ainda tivesse tanto poder sobre ele. Suas mãos perderam a temperatura e tremiam levemente mesmo depois de já ter se recomposto do choque inicial. Ao menos não seria abandonado à própria sorte mais uma vez... Porém, isso não mudava o fato de que não queria partir. Não podia deixar isso acontecer de jeito nenhum, por mais que a idéia de viver num reino de verdade lhe pudesse parecer tentadora... Sabia que se fosse para o oeste, jamais veria Kuronue novamente...
"Me deixe ficar..." murmurou, descansando a cabeça no ombro largo, onde se mantinha escorado.
Receava não conseguir manter-se erguido se o soltasse, tamanha a sensação de sufocamento em seu peito. Implorar de nada adiantaria se não fosse capaz de demover Najah de seu plano. E, até onde sabia, só havia uma forma de conseguir isso...
"... com você."
Um estranho silêncio se fez. Najah permanecia estático, braços ao redor do youko como se o efeito se suas palavras ainda pairasse sobre ele.
"Não é isso o que você quer..."
Kurama fechou os olhos. A imagem de Kuronue surgiu em sua mente, tão nítida como se ele estivesse a sua frente.
"Eu sei muito bem o que quero." afirmou, deixando que as mãos frias se encontrassem atrás do pescoço de Najah.
O youkai o arrancou de seu apoio com um puxão brusco, forçando a olhá-lo nos olhos.
"Tem certeza do que está dizendo?"
O youko encarou sem hesitar as íris avermelhadas, subitamente tomadas por um brilho quase febril. Queria pensar melhor, mas sua mente parecia se recusar a obedecê-lo. Era como se o quarto tivesse ficado quente, como se nada fizesse muito sentido...
Tudo o que sabia era que queria ficar...
"Hai."
Najah o beijou com força. Kurama estava acostumado a ter os lábios massacrados daquela forma mas não se lembrava de nenhuma vez em que aquilo lhe causasse tamanho desconforto. Talvez fosse devido à posição tenebrosa em que se encontrava, praticamente enterrado sob o corpo do youkai.
Aquilo se repetiu algumas vezes. A língua penetrando cada vez mais fundo dentro de sua boca. Quando pensou que não suportaria mais, os lábios deslizaram por seu pescoço, sugando a pele com mais força do que de costume. Ao menos serviu para que pudesse recuperar o fôlego!
Foi quando algo atingiu seu rosto, machucando a pele. Só então ele se lembrou de manter a cabeça de lado, de modo a evitar as invertidas involuntárias dos chifres de Najah. Como depois de tanto tempo podia ter esquecido de um detalhe como esse?
Os lábios do youkai prosseguiram em direção de seu peito. Quando pensou que ganharia um tempo tirando a camisa, ouviu o som do tecido sendo rasgado. Quis protestar contra a perda de uma roupa tão boa, as teve que sua boca coberta por outro beijo. Tentou trincar os lábios mas a pressão sobre eles foi forte demais. Sentiu sua franja ser puxada para trás ao mesmo tempo em que a língua áspera voltava a deslizar por seu céu-da-boca. Desta vez ele teve que se conter para não mordê-lo, tamanho o seu mal-estar. Tudo o que desejava era que aquilo acabasse de uma vez...
Uma mão pesada escorregou por seu peito enquanto a outra permanecia presa ao tufo de cabelo, forçando sua testa contra o colchão. Seus olhos abriram-se instintivamente assim que sentiu seu sexo ser envolvido pela mão grossa, agora dentro de suas calças. Queria gritar, mas a sensação de ter sua roupa de baixo puxada junto com as calças o fez engasgar. Seu coração acelerou, corando sua face, fazendo-o suar como se estivesse numa luta. O que restava de suas roupas roçavam contra suas costas e em algum ponto na altura dos tornozelos. Não podia ver devido à mão que ainda mantinha sua cabeça imóvel, mas teve certeza de que estava completamente nu, irremediavelmente preso sob um peso muito maior do que o seu, prestes a pagar um alto preço por sua escolha...
Fechou os olhos. Procurou se acalmar. Se não se controlasse, acabaria passando mal de certo... Sua cabeça foi solta. Assim que a pressão deixou sua testa, respirou fundo, tentando recuperar o fôlego perdido. Por instantes, aquelas mão deixaram sua pele, dando lugar a uma sensação de alívio revitalizadora que, no entanto, não durou muito...
Ele pretendia permanecer de olhos fechados até o fim, mas não resistiu. A escuridão do ambiente não foi o bastante para impedi-lo de ver que Najah havia arriado a parte da frente da calça e passado a estimular o pênis com as mãos em movimentos rápidos, pra frente e pra trás, ao mesmo tempo em que seu rosto se desfigurava em uma expressão extasiada.
Não tinha intenção de observar "aquilo". Achou simplesmente repulsivo, mas seu terror o paralisou por tempo suficiente para que fosse surpreendido daquele jeito.
Ele ainda tentou se levantar, mas o peso voltou a se fazer sentir sobre ele, ainda mais intenso do que antes, causando-lhe uma reação nervosa tão forte que seus músculos se retesaram, irradiando um latejar doloroso de suas costas para as outras partes do corpo.
Najah parecia fora de si. Provavelmente estava mesmo... De qualquer modo, Kurama soube naquele momento que não havia como voltar atrás...
Suas pernas foram apartadas com força e os quadris levantados e posicionados de vários modos diferentes, sempre com movimentos fortes, quase violentos, que acabaram por lhe arrancar alguns protestos.
"Quieto!" - foi o único aviso captado por seus ouvidos enquanto seu corpo era manipulado como se fosse um objeto sem vida.
Várias vezes, uma pressão assustadora era forçada contra o vão entre suas nádegas, encontrando no corpo jovem e extremamente contraído uma barreira intransponível.
As mãos continuaram encaixadas em seu quadris, ora movendo-os, ora apartando suas coxas até as juntas doerem.
Kurama engoliu os gemidos. Najah não dava sinais de o ouvir, transtornado por uma situação que não atinava como contornar. Sua ereção latejada, clamando por alívio. Podia facilmente por um fim naquela agonia mas o desejo alucinante que alimentou pelo corpo estendido a sua frente o impedia de dispensar-lhe a utilidade. Nada mais alcançava seus sentidos a não ser a irritação do gozo contido por uma resistência que de longe superava a sua habilidade.
O youko sentiu sua cauda ser agarrada junto à base, e o corpo virado de uma só vez, deixando-o de barriga para baixo. Novamente seu quadril foi erguido e as pernas separadas ao máximo. Teve que se apoiar nos braços para respirar melhor. O pênis foi pressionado contra sua entrada com mais força, fazendo-o gemer por entre os lábios semi-cerrados. Ele engoliu seco, procurando suportar sua aflição. Os braços fraquejaram e foi obrigado a se apoiar nos cotovelos, dedos cravados no tecido grosso do colchão, servindo de suporte para as investidas desastrosas a que seu corpo era submetido.
Foi quando uma dor aguda se espalhou dentro de seu corpo. Ele chegou a gritar antes de morder as costas da mão com força. Suas pernas dolorosamente abertas já não eram capazes de suportar o peso sobre elas. Só não desabou devido ao braço que sustentava seu traseiro vergonhosamente na mesma posição. A dor se alastrou a medida em que o corpo se movia, se aprofundando em seu anterior, buscando espaço, piorando seu suplício a cada instante. Queria pensar em algo que não fosse aquela sensação horrível mas não conseguia sequer lembrar da razão de ter permitido que aquela tortura começasse... Sua vontade era de gritar, fugir, desmaiar, morrer... qualquer coisa que o ajudasse a escapar de tanta dor.
Subitamente, o intruso deixou seu corpo... Uma camada de suor grosso escorreu por seus ombros ao mesmo tempo em que seu peito e cintura eram envolvidos pelos braços de Najah. Só então entendeu que seu tormento ainda não havia chagado ao fim...
Não tinha como reagir. Seu corpo havia se transformado numa ferida aberta, num túmulo de dor e aflição de onde seu espírito não podia se libertar...
Então, a respiração de Najah parou e os braços o apertaram ainda mais. Suas entranhas foram rasgadas por uma estocada firme e seca que parecia revirar todo o seu interior. A penetração prosseguiu em investidas rápidas que passaram a seguir o mesmo ritmo do ar que voltava a ser expirado contra a sua nuca.
Por algum motivo, a dor parecia diminuir a medida em que o ritmo aumentava. Talvez tivesse simplesmente ultrapassado o limite que seus sentidos podiam suportar. O que quer que fosse, não fazia mais diferença para ele...
Assim que o corpo sobre o seu estremeceu, entendeu que o pior havia passado, se é que existia mesmo um pior em tudo aquilo...
Seu quadril foi solto e despencou sobre o colchão como carne morta. Ao menos Najah não se deitou sobre ele... ao invés disso, o youkai rolou para o lado, respirando fundo... Satisfeito ou não, havia conseguido o que queria.
O que Kurama não se conformava em meio ao estado lastimável em que foi deixado era com o fato de ter resistido consciente o tempo todo. Pra que? Seria essa a serventia de seu treinamento, suportar cada instante daquele martírio até o fim? Se pudesse pelo menos se levantar e deixar aquele lugar imundo pra trás... mas sabia que no momento não possuía estrutura para tanto.
Najah se moveu, sentando-se lentamente.
A última coisa que Kurama queria era suportar mais de sua presença. Raiva e vergonha se misturavam em seu pensamento enquanto o choque inicial se dissipava, dando lugar a um tremor convulsivo que só fazia agravar seu sofrimento.
Ele continuou onde estava, imóvel e assim permaneceu enquanto era inspecionado há distância.
"Você não se saiu mal, Kurama... Apenas tente relaxar da próxima vez..." disse Najah, num tom nitidamente desapontado "...Vou deixá-lo sozinho até que se recomponha."
Os passos do youkai foram seguidos por um som curto e intermitente que Kurama custou a identificar como sendo seus próprios soluços. Virou o rosto o mais que pode contra o colchão, tentando em vão controlar o sinal mais evidente de toda dor e humilhação porque acabara de passar.
Não podia acabar assim... Não se perdoaria se não fosse capaz de manter ao menos um último resquício de dignidade. Não era um youkai qualquer afinal... E como poderia encarar Kuronue novamente depois de se rebaixar tanto e ainda choramingar feito uma menina? Não. Precisava manter o que restava de seu orgulho a todo custo...
Felizmente, a ação de seu youki sobre o corpo maltratado o fez sucumbir ao vazio do sono, dispensando-o de lutar essa última batalha.
Sentando num vão escondido perto da saída do quarto, dividido entre a frustração e a culpa, Najah atravessou a noite em silêncio, na mais completa escuridão. Sua única companhia foi o soluçar fraco e descompassado que ainda pôde ser ouvido por várias vezes durante toda a madrugada.