ðHwww.oocities.org/br/dreamyaoi/anafics/parceiros/29.htmlwww.oocities.org/br/dreamyaoi/anafics/parceiros/29.htmldelayedxàaÕJÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÈ€ “e:OKtext/html¾:}e:ÿÿÿÿb‰.HSun, 07 Nov 2004 06:31:51 GMTcMozilla/4.5 (compatible; HTTrack 3.0x; Windows 98)en, *àaÕJe: Parceiros

Parceiros 

Fanfic por Ana-chan


Capítulo 29

Esconderijo

 

 

Kurama abriu os olhos devagar ao sentir a mão de seu parceiro sobre seu ombro. Kuronue permanecia deitado ao seu lado, tão próximo que seu calor podia ser sentido através do estreito vão de ar que os separava. Sua respiração ainda acelerada, bem como o sorrizinho bobo demonstravam que as sensações deixadas pelo êxtase recém vivenciado ainda não havia abandonado seu corpo.

Ao redor dos amantes, paredes de vegetação os mantinham deliciosamente excluídos do mundo exterior. Foi naquele pequeno espaço perdido na floresta, entre folhas secas e arbustos frondosos que o amor pode ser sentido mais uma vez, numa última fuga, antes do momento em que a vida real não pudesse mais ser evitada. E não havia lugar melhor, desde que pudessem estar juntos um pouco mais.

A mão que tocava o ombro de Kurama acabou por o envolver, puxando-o cuidadosamente para junto do corpo que se recusava a admitir aquele ínfimo espaço entre eles.

"Amo você.", murmurou Kuronue assim que voltou a sentir o corpo do youko junto ao seu.

Kurama não respondeu. Limitou-se a roçar seu rosto no seu seu amante, num movimento lento e suave. Nada do que dissesse estaria à altura do que sentia por Kuronue, muito menos do que ele merecia ouvir. Ao invés de falar, preferia se perder em seu cheiro, relembrar cada momento, memorizar cada detalhe... Não precisava entender, nem sequer pensar muito sobre tudo o que havia acontecido desde à noite na caverna. Kuronue estava ao seu lado, mas parecia um sonho... Só queria acreditar que poderia viver assim para sempre...

Por fim, sorriu, num retribuição um tanto atrasada do gesto de Kuronue.

Estavam cansados. Os olhos de seu parceiros aguardaram apenas sua resposta para se fecharem lentamente. Ele suspirou. Já estava mais dormindo do que acordado de certo... No entanto, Kurama sabia que, ao contrário dele, não dormiria tão facilmente..

Sua mão escorregou displicentemente pelo peito de Kuronue, parando sobre uma pequena mancha arroxeada, bem ao lado no mamilo direito. Tinha certeza que marquinha não estava ali pela manhã. Também não se lembrava de como podia ter aparecido. Se sentiu um tanto desastrado ao constatar que haviam mais algumas espalhadas em outras partes do corpo. Sabia que provavelmente estava do mesmo jeito, mas mesmo assim não conseguia desviar a atenção para outra coisa, nem mesmo para as mechas negras que tanto amava.

Com ou sem mancha, o corpo de Kuronue era tão lindo...

Kurama fechou os olhos e lambeu o pequeno hematoma de leve, como se pudesse fazê-lo desaparecer desse modo. Sentiu o sabor da pele úmida de suor, um gosto que parecia completar o aroma que envolvia seus sentidos e esvaziava seus pensamentos no mais doce entorpecimento. Queria continuar a saborear cada pedacinho daquela pele cheirosa, como se conhecê-la nos mínimos detalhes fosse uma necessidade tão básica quanto dormir ou respirar.

O youko ergueu-se, apoiando-se num cotovelo. Kuronue ainda estava de lado, imóvel, asas entreabertas e cabelos espalhados como um manto negro de beleza quase irreal. Estava tão relaxado e desprotegido que Kurama não evitou de pensar que sua falta de sono servia ao menos para que pudesse zelar por um sono tão tranqüilo.

Não tinha intenção de incomodá-lo, mas...

Com todo o cuidado, passou um braço ao redor dos ombros dele, suspendendo-o e inclinando-o para trás até que as asas se acomodassem e seu corpo descansasse de peito para cima. Chegou a pensar que a manobra o acordaria mas isso não aconteceu.

Hesitou por alguns instantes, mas acabou achando por bem continuar o que havia começado. Seus olhos percorreram vagarosamente o corpo ao seu lado, dos pés às pontas do cabelo... Não sabia que tipos de demônio poderiam existir fora daquele círculo de arbustos mas estava certo nunca haveria outro que pudesse encher seus olhos com tanta beleza e contentamento como seu amado Kuronue.

Deitou-se sobre ele, apoiando-se nos braços e nos joelhos... Nem sequer sabia por onde começar...

Deixou que seu rosto deslizasse contra o peito de seu amante, depois os lábios... Quando tocou mamilos rosados, foi impossível não parar para sentí-los melhor. Eram tão pequenos e tentadores que teve que se conter para não mordê-los.

Nem mesmo o mais forte dos desejos o impediria de prosseguir sua exploração do modo que tinha em mente...

Num movimento ligeiro e leve, o youko passou uma das pernas para o outro lado do tronco de Kuronue. Queria descansar sobre ele, sentir o conto de sua virilha contra a pele macia de seu amante, mas achou melhor esperar um pouco mais...

Mesmo adormecido, o corpo de Kuronue respondia às carícias de Kurama. Não demoraria para que despertasse de vez.

O youko prosseguiu com seu experimento, sem pensar muito onde aquela brincadeira o levaria. Tudo havia acontecido tão rápido que ainda não tivera tempo para assimilar as preferências de seu parceiro... Não sabia sequer qual seria sua reação quando acordasse. Talvez levasse um fora. Procuraria não se chatear se isso acontecesse. Tinham tempo de sobra. A única coisa que não suportaria era magoá-lo de alguma forma...

"Procurando alguma coisa?"

Kurama levantou o rosto para encontrar o sorriso lindo de sempre, desta vez, dissimulando uma expressão um tanto intrigada.

"É... eu... não dormi..."

"Estou vendo."

"Desculpe, não queria..."

"Pode continuar, se quiser...", convidou o jovem de cabelos negros, levantando um pouco as costas com ajuda dos antebraços.

O youko olhou para o lado. Quase deixara escapar sua intenções.

"Kurama..."

"Hn?"

"Gostei do que estava fazendo."

Kurama quase perdeu o equilíbrio quando as pernas por baixo dele foram puxadas para cima bem devagar. Teve que se erguer por um instante para que os joelhos passassem por baixo de seu peito. Seus olhos imediatamente buscaram os de Kuronue, refletindo sua inquietação.

Então, as pernas se abriram e envolveram sua cintura.

Nada mais precisava ser dito.

Ele fechou os olhos e deixou que o corpo se rendesse ao peso das pernas apoiadas em suas costas. Seus braços se enterraram sob os ombros de Kuronue ao mesmo tempo que sua boca alcançava a dele para um beijo demorado, profundo, bastante diferente dos anteriores e nem por isso menos apaixonado. Se tivesse perfeita noção do que se passava, Kurama poderia ter percebido a fina camada de suor que se formava entre os corpos a despeito da brisa fria que soprava do lado de fora da camuflagem de folhas.

Então, os lábios percorreram o caminho de volta até o peito, arrancando reações inesperadas de Kuronue, que jogou a cabeça para trás bruscamente assim que os beijos escorregaram por sua barriga.

O youko parou por um instante, mas não encontrou nada que o desencorajasse de prosseguir, muito pelo contrário... Ele segurou as pernas que o envolviam apertado e deixou que resvalassem para o chão. Precisava de espaço para o que tinha em mente. Com um dos braços, enlaçou a cintura esguia de seu amante com firmeza ao mesmo tempo em que os lábios voltaram a atacar a pele alva e macia na região ao redor do umbigo. Olhos dourados subiram meio de lado até encontrar o brilho azulados dos de Kuronue, que o fitavam  ansiosos.

Kurama sorriu.

Sua língua deslizou virilha abaixo, fazendo que o rosto de Kuronue sumisse novamente de vista. O corpo dele estremeceu quando sua boca envolveu o membro já endurecido. O youko apertou os quadris de seu parceiro com mais força, aumentando também a pressão dos lábios, deslizando-os ao longo do pênis, causando uma sucessão de suspiros e tremores a cada movimento.

Kuronue estava apreciando aquele carícia inusitada, disso podia ter certeza. Se demorasse um pouco mais, ele gozaria dentro de sua boca, uma idéia que, de certa forma, não lhe desagradava nem um pouco. No entanto, não era isso o que pretendia. Desde que se tocaram pela primeira vez, o desejo de possuir seu amante havia se plantado em seu íntimo. Não que se incomodasse pela forma como havia sido tomado por ele... Havia sido bastante surpreendente até principalmente se comparado com suas experiências anteriores. Jamais pensou que esse tipo de coisa pudesse ser agradável até então. Talvez fosse melhor não mudar o que já estava quase perfeito, mas a verdade era que precisava disso. Não deixaria a oportunidade passar a menos que fosse ele a desistir.

A boca de Kurama deixou o pênis, não sem antes que uma longa lambida percorresse toda sua extensão.. Kuronue arqueou as costas e gemeu alto, bem mais do que o bom senso recomendaria. Kurama então afastou suas pernas sem resistência, expondo toda a intimidade de seu amante diante se seus olhos famintos e deleitados. Podia sentir seu próprio sexo ereto, pulsando e teve que se segurar um pouco para manter o ritmo. Apartou um pouco mais as pernas, suspendendo o quadril com as mãos, deixando que a ponta de seus dedos deslizassem pela fenda entre as nádegas redondas, tão macias e quentes que o simples toque quase o fez perder o controle.

"Kurama...", gemeu Kuronue, segurando com força o braço que prendia sua cintura.

O youko não respondeu. A visão do orifício escondido entre as nádegas de seu amante travou seus movimentos por alguns instantes. Era tão pequeno...

Kuronue chamou seu nome mais uma vez, e depois outra. Os dedos cravados em seu braço pareciam perfurar sua pele. Kurama respirou fundo e ergueu o quadril, posicionando-o melhor. Abraçou Kuronue apertado e penetrou-o devagar, abrindo espaço pelo ânus estreito num movimento lento e persistente, se esforçando ao máximo para não se perder em seu próprio êxtase.

Há muito Kuronue havia mordido o próprio lábio, incapaz de conter os sons que pareciam brotar de dentro dele como se tivessem vida própria. Seu corpo deliciosamente invadido respondia cada pontada de dor com ondas de prazer tão intensas que já não conseguia abrir os olhos sequer. Tudo o que sentia era a pressão dentro de seu corpo, ao redor de sua cintura, na ponta de seus dedos e o latejar de seu membro rígido, aprisionado entre os ventres que roçavam um contra o outro a cada investida Kurama.

Os corpos unidos passaram a se mover num só ritmo, vigoroso, arrebatador, até o momento em que o clímax final os fez estremecer quase simultaneamente. Kurama sentiu as mãos soltarem seus braço dolorido e deslizarem ao longo de suas costas enquanto o orgasmo punha um fim no transe vivenciado pelos amantes.

A pressão deixou o corpo de Kuronue e ele abraçou as costas de Kurama, induzindo-o a descansar sobre seu peito. Era como se o mundo ao seu redor tivesse desaparecido, e tudo que restara fosse o corpo quente e coberto de suor de seu amante, envolvendo-o na mais doce das sensações.

Eles ainda respiravam no mesmo compasso, esgotados a tal ponto que mal podia se mover. Impossível calcular quanto tempo se passou até que um Kurama ainda ofegante sentiu o afago suave em seus cabelos, atrás da orelha, de um jeito que o fez se arrepiar até a base da cauda. Seus olhos se abriram devagar, procurando imediatamente o rosto de Kuronue. Podia passar o resto da tarde perdido no azul daquele olhar tão meigo. Eles trocaram um risinho embaraçado, de puro afeto e cumplicidade. Kurama sentiu ser envolvido com mais força. Em retribuição, ergueu o rosto como se fosse beijar os lábios de Kuronue. Ao invés disso, deu uma lambidinha saliente, bem na ponta de seu nariz.

Kuronue riu e inclinou a cabeça, encaixando seu rosto no de seu parceiro.

"Sabe... foi a minha primeira vez desse jeito.", confessou baixinho.

Kurama sorriu, se aconchegando ainda mais junto dele.

"... a minha também."

 

 


Continua...

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