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Fanfic por Ana-chan


Capítulo 35

Yomi

 

 

"E então? O que conseguiu?", perguntou Kurama, curioso como sempre.

"Três espadas velhas e uma galinha.", respondeu Kuronue ofegante, ao mesmo tempo em que se acomodava ao lado de seu parceiro sob a sombra de uma árvore.

"Galinha? Bom, melhor que nada. Passa ela pra cá que eu estou morto de fome."

"Bom... é uma galinha meio pequena...", informou Kuronue, sem graça, puxando a pequena ave, morta e depenada de dentro de uma sacola.

"Bom... Melhor do que a comida que servem aos soldados esse bicho deve ser."

"Imagino que sim. Roubei isso da cozinha dos oficiais carecas... Nossa... Nunca pensei que fosse ter que roubar uma galinha nessa etapa da vida..."

"E o que a gente pode fazer? Não tem nada aqui..."

Enquanto o pequeno petisco era cozido, ambos refletiam sobre onde seus planos haviam dado errado...

O reino de Laizen era simplesmente frustrante. Poucas construções, quase nenhuma estrada e apenas uma taverna. Isso fora a multidão de garotos pobretões candidatos a uma vaga no famoso exército do reino. Quanto a isso, era visível que Laizen preferia a quantidade à qualidade...

Além disso, nada havia de valor, que pudesse ser facilmente afanado. Os soldados nada possuíam, e os oficiais eram youkais dos níveis mais altos. Todos classe A pra cima, o que tornava extremamente desaconselhável qualquer tentativa de furto... Bom, ao menos enquanto as paciências de Kurama e Kuronue durassem...

"Sabe, estava pensando...", disse Kuronue enquanto mastigava um pedaço de carne, "... E se nós roubássemos um daqueles generais e depois fugíssemos logo daqui?"

"Estava pensando nisso... Se bem que nem eles parecem ter algo que valha a pena..."

"Enquanto eu estava escondido no local de reunião deles hoje cedo, escutei algo sobre uma grande reunião que vai acontecer amanhã. Todos os soldados, todos os oficiais vão ser chamados ao pátio principal para uma notícia importante..."

"Que notícia?"

"Ah... sei lá."

Kurama se contentou com a negativa. Na verdade não era com isso que estava preocupado... Idéia mais grandiosas andavam habitando seus pensamentos.

"Eu estive pensando... E se eu tentasse ver se há alguma coisa naquelas torres? Vendo daqui, não parecem difíceis de escalar..."

"Não! Nem pense nisso!...", cortou Kuronue de imediato, "... Ah, Kurama, tava demorando pra você começar com as suas idéias suicidas... Isso aqui pode parecer uma zona mas Laizen tem que ser respeitado. Não há youkai feito ele no Makai, e você sabe disso..."

"Isso é o que você acha..."

"E quem é então? Você?"

"Estou falando sério, Kuronue. Najah é irmão de Laizen."

"Hum?"

"Não faça essa cara. Eles são irmãos sim... Se Najah não é invencível, por que Laizen seria?"

"Você está delirando... Ainda que eles sejam irmãos, isso não quer dizer que Laizen seja menos poderoso... E quem disse que Najah não é invencível? Você já o viu lutar alguma vez?"

"Ele não é invencível porque tem fraquezas... Pense bem, se Laizen está trancafiado nessas torres há séculos, é porque também deve ter..."

"É... e eu imagino que você esteja louco pra descobrir...", comentou Kuronue sarcástico.

"Kuronue, sinceramente, as vezes não sei como te agüento... Mas que coisa! Eu aqui, preocupado com a nossa situação financeira, e você imaginando besteira."

"Me desculpe... É que você me põe nervoso com as suas idéias malucas... Desista das torres, Kurama. Por favor, por mim..."

"Tá... eu desisto."

"Promete?"

"Prometo..."

"Então escuta só a minha idéia..."
 

Kurama reclinou-se preguiçosamente no galho da árvore onde havia combinado de se encontrar com Kuronue. Assim que se acomodou melhor, tirou de seu bolso a pequena jóia azulada que acabara de roubar. Enfim, algo de valor! Para obtê-la, teve que quebrar a promessa feita a Kuronue, mas procurou não encarar isso como uma deslealdade... Pior seguia sair daquele lugar somente com algumas espadas e outras quinquilharias baratas. Depois, não tinha a menor intenção de contar a verdade ao seu parceiro...

Como previra, não foi difícil escalar as torres, e muito menos se embrenhar em seus corredores tortuosos. Como não queria arriscar tanto assim, optou por se apoderar do que lhe pareceu mais fácil. Assim, seu único trabalho foi desencrostar aquela pequena jóia de uma grande e pesada estátua de prata. Depois, virou as costas e voltou pelo mesmo caminho. Nenhum vigia, nenhuma armadilha... Bem que Kurama desejava que todos os lugares fossem assim, ou pelo menos, os que ia na companhia de Kuronue. Não se importava de correr um certo riso, talvez, até gostasse... mas o fato, é que não se sentia bem em envolver Kuronue em planos muito ousados. Não que ele não tivesse capacidade... Seu parceiro era um youkai fabuloso em todos os sentidos... Porém pensar que ele corria risco já era suficiente para lhe roubar um pouco de sua preciosa frieza...

Cabeça fria... Essa havia se tornado a principal característica de Kurama com ladrão. Não importava as circunstâncias... Para tudo havia solução, desde que tivesse calma para buscá-la. Youkais geralmente são impulsivos, agem sem pensar, guiados unicamente por suas habilidades, seu instinto, e, principalmente, seu youki. Todos, com exceção do último, atributos extremamente primitivos na concepção de Kurama.

Ainda havia muito o que esperar... Kuronue pensava que estava roubando na tenta dos generais e só apareceria muito mais tarde. Se não fosse pela incrível algazarra ao seu redor, seria capaz de tirar um cochilo.

Todos os soldados estavam lá. De onde estava, Kurama pode reconhecer até o vigia que os havia recebido há alguns dias atrás. Quanto mais o tempo passava, mais youkais se aglomeravam naquele lugar... Kuronue estava certo sobre o tal encontro. Algo estava para acontecer...

Foi quando Kurama viu que um grupo de oficiais de aproximava do centro de um grande círculo em torno do qual se espremia a multidão. Um dos carecas deu um passo a frente, e assim que o silêncio se fez, iniciou um discurso pra lá de estranho. Falou sobre os progressos das tropas, da expansão dos territórios entre outros assuntos enfadonhos.

Kurama aproveitou então para lanchar. Pegou um dos galhos da árvore onde estava sentado e apressou seu crescimento, até que uma fruta avermelhada e suculenta lhe parecesse pronta para ser consumida.

Ele já tinha começado a comer quando seus olhos foram atraídos por um burburinho engraçado, vindo de um muro baixo, situado ao lado do tronco da árvore.

Eram dois youkais jovens, que lutavam com os próprios pescoços na tentativa de enxergar um pouco do que acontecia no centro do círculo, coisa que Kurama conseguia facilmente do lugar onde estava.

"Espero que não resolvam subir na árvore...", pensou Kurama, aguardando atento os próximos movimentos da dupla.

Para a sua sorte, os youkais se contentaram em sentar no murinho, onde permaneceram estáticos e pensativos... Também pudera, as notícias não pareciam ser das melhores...

Olhando bem, até que era duas figurinhas interessantes. Um deles tinha cabelos castanhos, levemente desgrenhados e um ar paciente, como se não tivesse energia para mais nada a não ser acompanhar os movimentos frenéticos de seu parceiro... Esse sim, devia ser um osso duro... Falava alto, gesticulava e resmungava o tempo todo.

Até que eram bonitinhos... Kurama não pode deixar de reparar nas semelhanças físicas que o youkai zangado guardava em relação a Kuronue... O mesmo cabelo negro, comprido e liso, além das mesmas orelhinhas pontiagudas...

No entanto, as observações do youko foram bruscamente interrompidas por um agito da multidão. Estivera tão distraído comparando o youkai moreno e Kuronue que nem deu conta do que havia acontecido... Sorte que as novidades se repetiam nas bocas de cada youkai ao seu redor, facilitando a compreensão.

Laizen estava acabando com seu exército...

Subitamente o próprio Laizen apareceu perante a multidão atônita. Kurama arregalou os olhos... Como pôde não notar de onde tinha vindo?

Ele disse poucas palavras, apenas confirmando as notícias transmitidas por seu comandante. Kuronue tinha razão... Laizen impunha respeito. Era um youkai esplêndido, até mais que seu infeliz irmão Najah. De parecido eles só tinham o jeito do cabelo, o porte físico e as estranhas manchas espalhadas pelo corpo.

Pelo que Najah havia lhe contado, Laizen era havia sido um youkai muito poderoso. No tempo em que os mundos não eram separados, ele visitava constantemente o Ningenkai em busca de sua refeição favorita... carne de humanos. Quanto mais comia, mais forte ficava. Seu poder só se igualava a sua capacidade de conquistar a lealdade de outros youkais... Mesmo depois de séculos de retiro, criaturas poderosíssimas ainda o reverenciavam como se fosse um Deus.

Kurama se lembrava perfeitamente bem de Najah ter lhe confessado um certa lástima por não ter o mesmo carisma do irmão. Nos velhos tempos, enquanto Laizen farreava nos dois mundos ao lado de sua horda de admiradores e companheiros, Najah se limitava a observar a distância e admirar sua personalidade magnética...

Um dia tudo acabou... Laizen voltou do mundo dos homens e nunca mais quis ver ninguém... nem mesmo seu único parente. Passou a rejeitar qualquer tipo de alimento, e foi perdendo o interesse pelos assuntos do reino, obrigando seus próprios seguidores e pupilos a irem para outras partes do Makai...

Com o tempo, os grandes guerreiros toushins foram perecendo um a um, vencidos em corpo e espírito pela barreira que os privava de sua maior fonte de prazer e energia, o Ningenkai... Os humanos estariam a salvo, e o Makai cada vez mais entregue a própria sorte.

Laizen viveu, apesar do jejum secular, porém seu outrora grandioso reino jamais se recuperou de sua falta... Najah também sobreviveu, melancólico, desesperançado, enclausurado em seu inferno particular.

Para Kurama, lembrar de Najah era uma experiência dúbia... Suas lembranças iam das mais
acalentadoras às mais tenebrosas...

O youko sacudiu a cabeça, tentado afastar seu padrasto do pensamento. Seus dedos ainda seguravam o pequeno caroço da fruta que havia comido. Estava pensando em guardá-la para o caso de precisar de uma refeição improvisada...

Anoitecia.

Os dois youkais continuavam sentados em cima do muro, mudos, assim como o resto da multidão que se dispersava lentamente. Kuronue ainda não havia voltado... talvez tivesse ido roubar outra galinha para o jantar. Kurama olhou para o youkai de cabelos negros... Ele continuava inquieto, tentado mudar de posição em cima daquele muro ridículo... Tão desajeitado...

O youko riu... Ainda tampou a boca com a mão, mas para seu azar os youkai ouviram... Viravam a cabeça de um lado para o outro tentando localizá-lo. Aí que o youko não resistiu... Com um golpe certeiro, atingiu o youkai nervoso com o carocinho que estava segurando. A semente quicou bem no topo de sua cabeça, caindo sobre o colo do infeliz...

Só assim o youko foi localizado, ou quase...

"Do que você está rindo, seu insolente! Apareça e lute comigo!", berrou o youkai, bastante irritado.

"Calma aí, Yomi!", pediu o outro, com a apatia de uma vaca.

"Calma uma ova! Não passei por todas essas provações para depois ser descartado feito um nada e ainda ter que ouvir um engraçadinho rir de mim! Desça daí covarde e apareça!", continuou o youkai em altos brados, ficando em pé em cima do muro estreito.

Kurama achou por bem acalmá-lo antes que tivesse um troço...

"Se eu fosse você me sentava, irritadinho, ou vai cair..."

"Ora seu..."

O youko fechou os olhos ao perceber que a figura de pé em cima do muro estava bastante perto de uma queda... E não estava enganado... Em instantes, o pobre soldado se levantava do chão, ajudado por seu resignado companheiro.

"Agora chega! Se você não descer eu subo. Vou acabar com a sua raça cretino!", ameaçou o youkai, levantando-se rapidamente.

O pobre estava vermelho de raiva... Parecia até que ia explodir. Por um momento, Kurama pensou... "Será que esse cara não desiste?"

De qualquer modo, era melhor dar as caras antes que o sujeito se enfezasse mais...

"Nossa, pra que isso tudo? Olha, me desculpe se eu te ofendi. Não tive a intenção."

"Apareça, então!"

"Estou aqui."

O youkai se virou atordoado. Seus olhos, num tom de cor de rosa claro, se arregalaram ao ver o youko parado bem a sua frente. Ele engoliu seco... Estava paralisado de medo, incapaz de distinguir seu provocador naquela escuridão, um problema que não chegava a perturbar Kurama. Raposas podem ver bastante bem no escuro...

"Você ainda quer me matar?", perguntou Kurama, muito calmo.

O youkai parecia cada vez mais perdido. Seus olhos iam  freneticamente da sombra de Kurama para o rosto de seu parceiro, como se ele buscasse desesperadamente por auxílio na situação constrangedora em que havia se metido.

Como o outro nada disse, Kurama achou por bem dar-lhe uma mãozinha...

"Yomi, é esse o seu nome, não?"

O youkai voltou-se para ele rapidamente, ainda segurando uma espada em sua direção.

"Do que diabos você tanto ria?", disparou em seguida.

"Dá pra abaixar a espada?"

Ele obedeceu mecanicamente.

"Obrigado...", agradeceu o youko polidamente, antes de prosseguir com as explicações, "...Como estava te dizendo, não pretendia ofendê-lo. Eu não estava rindo de você, mas dessa situação...", mentiu, "... Pelo que pude perceber vocês todos são guerreiros de Laizen e estão tendo um tremendo problema agora. Eu só estou aqui de passagem e achei toda essa comoção muito engraçada. Eu vim do leste porque soube que havia um grande rei nestas terras. Uma ironia eu chegar bem no dia em que ele resolve se aposentar, vocês não acham?"

Kurama notou satisfeito que Yomi parecia hipnotizado pelas suas palavras... Já o mesmo não podia se dizer do outro youkai, que deu um passo a frente em atitude ameaçadora.

"Você veio se recrutar?, perguntou com firmeza.

"De jeito nenhum!", respondeu Kurama, demonstrando um certo desprezo.

Não ia permitir que um youkaizinho qualquer o desafiasse... Estava clara a situação. Os youkais eram amantes. Só podia ser! Por isso aquele fracote tentava agora dar ares de soldado, como se quisesse esclarecer de vez as coisas...

"O que você é e o que está fazendo aqui?", continuou o enciumado youkai.

Kurama podia virar as costas... Mas subitamente se sentiu inclinado a prosseguir com aquela estranha disputa... Seria divertido...

"Eu sou um youko e vim aqui só para conhecer o reino, ver como é para o dia em que eu tiver o meu."

A resposta surtiu o efeito esperado... No mesmo instante Yomi passou a fitá-lo ainda mais espantado... Mas isso só era o começo...

De repente, as torres de iluminação foram acesas... Havia uma bem perto de onde estavam. Assim que foi ativada, uma claridade forte iluminou o trio que debatia perto do muro.

A luz fez com que Kurama constatasse ainda mais satisfeito que Yomi parecia já ter esquecido até seu próprio nome... O encarava completamente abestalhado, quase boquiaberto...

Pobre Yomi... Com certeza ainda não tinha visto muitas coisas na vida...

Quanto a Kurama, bem... A claridade só fazia reforçar sua tese anterior. Yomi não era de se jogar fora e sim, ele um pouco parecido com Kuronue... "Não tão bonito", pensou, tendencioso. Mesmo assim impressionava. E tinha olhos lindos. Se ao menos se vestisse melhor...

"E então, estou perdoado?", indagou, lançando uma ponta de charme.

"Er... claro.", confirmou Yomi, ainda semi-abobalhado.

Então Kurama aproveitou para exibir o seu melhor sorriso... Seus olhos alongados passaram rapidamente pelo companheiro de Yomi... Queria ter certeza que o tinha derrotado. O coitado estava lá, ombros caídos, observando quieto e apreensivo.

Fim de jogo. Agora era melhor voltar para a árvore antes que Kuronue voltasse.

"Kurama!!", alguém gritou de longe...

"Ups...", pensou Kurama, sem demonstrar seu próprio embaraço.
 

Há algum tempo Kuronue observava de longe...

Logo após o discurso de Laizen, ele tomara o rumo do ponto de encontro que havia combinado com Kurama, uma árvore alta, praticamente a única desse porte naquele enorme descampado.

No entanto, houve alguns percalços... O jovem youkai estava excessivamente carregado, trazendo consigo duas sacolas repletas de quinquilharias que conseguira afanar das tendas dos oficiais durante a reunião. Não era fácil para ele, uma criatura alada, andar por aí com tanta carga sem ser notado. Assim, ele precisou esperar a multidão se dispersar um pouco.

Seu passo era lento, já que estava tentando ser o mais cuidadoso possível.

Ao se aproximar, identificou a árvore, um pequeno muro e três youkai conversando ali perto.

"Pobre Kurama...", pensou na altura, "... deve estar passando um aperto se escondendo daqueles três..."

Kuronue chegou a pensar em mudar a direção para evitar o animado trio, quando notou que um deles tinha uma cauda... Vários youkais tem cauda, mas apenas um a movia dele jeito...

Ele parou. Kurama conversando com dois estranhos? Não podia ser...

As luzes foram ligadas. Kuronue fechou os olhos rapidamente para se recuperar do choque que aquela luminosidade súbita lhe causou. Ao abri-los, reconheceu com ainda maior nitidez a figura de Kurama, com as mãos nos quadris, balançando a cauda insinuantemente...

Ele deu mais alguns passos... Estava bem perto agora e ainda não havia sido notado... E Kurama estava... sorrindo! Kuronue sentiu o sangue ferver sem nem saber ao certo a razão... Kurama era proibido de sorrir por acaso? Porque estava sendo então tomado por tamanha... raiva? Seu amante sorrindo para um youkai idiota que só faltava babar... Aquilo foi demais para ele.

Ele se aproximou em passos firmes, chamando o nome de Kurama num tom de voz que não lhe era peculiar...

Kurama sorriu para ele, mas isso de nada adiantou. Kuronue se colocou bem entre o youko e o outro youkai e o encarou mal escondendo sua irritação...

"Te procurei feito um louco...", mentiu, "...Escuta, a barra vai pesar. Acho melhor a gente se mandar rápido!"

Kurama sentiu sua profunda indignação mas não se deu por vencido...

"Pode ir que eu te alcanço."

Kuronue trincou os dentes.

"Então vê se pelo menos carrega a sua parte...", disse, deixando que uma das sacolas caísse no chão, "... E não demore muito... falo sério!", reforçou.

O youko seguiu seu alterado parceiro com os olhos e em seguida voltou a encarar Yomi. O jovem continuava parado, observando-o embevecido...

"Bom, eu acho que já vou indo então...", disse, pegando a bolsa num movimento ligeiro, "... Foi um prazer conversar com vocês!", despediu-se.

Rapidamente, Kurama virou as costas e seguiu o rumo tomado por Kuronue. Ele estava um fera...

O youko bem que quis dar uma última olhadinha pra trás, mas conteve-se. Do jeito que Kuronue estava, não era conveniente provocá-lo ainda mais...

E depois, já tinha se divertido muito por uma noite só.

 

 


Continua...

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