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Resíduos industriais Quando falamos sobre a evolução tecnológica e seus benefícios como, rapidez na produção, maiores lucros, facilidade na execução de algumas tarefas e funções e no aumento da competitividade entre as indústrias, ficamos tão deslumbrados com todos estes resultados, que acabamos nos esquecendo de discutir os meios em que todos estes objetivos foram alcançados. Afinal, qual será o destino dos resíduos decorrentes dessas inovações tecnológicas? Obviamente este é um tópico que não apresenta fácil retorno à população. Será que as pessoas sabem como foi feito seu remédio ou como produziram seu refrigerante? Tais informações deveriam ser divulgadas ao consumidor final do produto, já que sob a ausência das mesmas, acabamos todos contribuindo com a degradação do meio ambiente, fazendo o uso de produtos que, de alguma forma, contaminaram a natureza. Indústrias de diferentes segmentos emitem quantidades significativas de poluentes, como o dióxido de carbono. Todos os resíduos, mesmo sendo de diferentes tipos, acabam agredindo o solo, o mar e o ar. É de suma importância que as organizações sejam capazes de identificar os aspectos e classificar o seu risco para o meio ambiente. Para que isto seja possível, é viável ter conhecimento da norma NBR 10004, a qual é uma ferramenta muito importante quando se diz respeito ao apontamento dos impactos ambientais, à classificação do seu grau de risco e ainda às alternativas para o destino final. Os resíduos variam de acordo com o tipo de material que as indústrias produzem. Sendo assim, cada empresa deve adequar o destino do lixo que fabrica seguindo o seu setor. Entretanto, há procedimentos que devem ser realizados em todas as áreas - os resíduos industriais sempre deverão sofrer acondicionamento e disposição adequados, visando a não geração de problemas ambientais. É aí que conseguimos perceber a importância dos cuidados com a reciclagem. O que é resíduo para uma indústria, pode virar matéria-prima para outra. A reciclagem é uma das maneiras de não contribuir com a poluição, afinal esses materiais encontram um novo caminho. Para monitorar este setor, existe o programa Produção Mais Limpa (criado pela Cetesb), que tem a finalidade de ampliar a eficiência global e reduzir riscos à vida humana e ao meio ambiente. Assim, através de estratégias técnicas, econômicas e ambientais, as empresas conseguem otimizar o uso das matérias-primas, água e energia, com o objetivo de não gerar, diminuir ou reciclar os resíduos e emissões. Os resultados são os benefícios ambientais, econômicos e de saúde ocupacional. Entretanto, a introdução das práticas da Produção Mais Limpa nas organizações não é tão simples como parece. Um dos grandes desafios encontrados é o fato da necessidade de combater a resistência dos colaboradores às mudanças propostas. Esta situação é decorrente da falta de informações, ou então dados incorretos sobre o que precisa ser alterado para que haja o crescimento da empresa como um todo. Outro fator que deixa a desejar é a falta de políticas nacionais para incentivar e dar suporte às atividades de Produção Mais Limpa. Concluindo, sabemos que há uma consciência nacional da necessidade e importância de programas como a Produção Mais Limpa para incentivo e apoio à não degradação do meio ambiente e à vida humana, por outro lado também sabemos que muitos não abrem mão de sua vida rotineira por medo da perda de lucros. Ainda há aqueles que simplesmente esquecem daquilo que hoje não é mais somente prevenção, e sim correção dos erros cometidos no passado, no presente e que possivelmente serão cometidos no futuro, caso algo não seja feito. A colaboração contra a poluição é agora uma questão de sobrevivência. Talvez não para nós, mas sim para nossas futuras gerações, estas que esperamos serem mais conscientes e literalmente apaixonados pela vida e pelo meio ambiente.
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