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O perigo causado pelo contaminante lixo eletrônico As pessoas, frutos do capitalismo, compradores compulsivos, atualmente têm uma preocupação que chega a ser até banal. Sentimos a necessidade de estar sempre por dentro das novas tecnologias, buscando produtos (especialmente equipamentos eletroeletrônicos) mais sofisticados e que não só atendam nossas necessidades, mas que aumentem nosso ego e satisfaçam nossos caprichos. É muito fácil nos dias atuais a compra de celulares, aparelhos de vídeo, sons, computadores. Quem freqüenta o famoso centro de São Paulo fica maravilhado com a diversidade de produtos e por um preço tangível à maior parte da população. Entretanto, essas pessoas não imaginam que nos arredores das ruas mais famosas e visitadas de São Paulo espalha-se um perigo: carcaças de computadores, impressoras, e os mais diversos aparelhos eletrônicos que são estocados e certamente no final serão dirigidos ao lixo urbano. Esta situação é inadmissível, já que no lixo eletrônico podem ser encontradas várias substâncias tóxicas que podem causar diversos danos à saúde, tais como: problemas nos rins, pulmões, cérebro, distúrbios no sistema nervoso e envenenamento. Apesar de alguns países não se preocuparem com o destino deste lixo, outros já descobriram como lucrar com essa sucata. Foi constatado que 94% dos componentes de um microcomputador são reaproveitáveis, e foram os países em desenvolvimento os primeiros a perceberem como tirar proveito do que está sendo jogado fora. Já os países considerados paraísos da indústria eletrônica (China, México, Tailândia, Filipinas), estão caminhando para o inferno da contaminação por substâncias químicas perigosas que estão causando sérios problemas em rios e águas subterrâneas. No Brasil, apesar do ritmo de crescimento da venda de eletrônicos, não há legislação nacional que estabeleça o destino correto para a sucata digital ou que responsabilize os fabricantes pelo seu descarte. A única regulamentação vigente que trata do lixo eletrônico é a resolução de número 257, do Conama, que estabelece limites para o uso de substâncias tóxica em pilhas e baterias e imputa aos fabricantes a responsabilidade de ter sistemas para coleta desses materiais e encaminhá-los para reciclagem. Contudo, a sociedade tem a oportunidade de colaborar através de algumas iniciativas como: entregar pilhas na rede de farmácias Drogaria São Paulo, colocar baterias de celulares nas caixas de coleta das lojas de sua operadora ou na rede de assistência técnica autorizada do fabricante do aparelho, prolongar o uso do seu aparelho, pois não há a necessidade de se trocar de celular todos os anos ou comprar um computador com essa mesma freqüência. Quando a troca for realmente necessária, e seu atual aparelho ainda estiver funcionando, doe-o à outra pessoa que vá usá-lo. Dessa forma, ainda é possível prolongar a vida útil do aparelho e a pessoa que recebê-lo não precisará comprar um novo. É de suma importância que a sociedade também busque saber se o fabricante tem preocupações com o ambiente e se recolherá as peças usadas para reciclagem, depois que o aparelho perder a utilidade. Os grandes fabricantes de eletrônicos oferecem programas de reciclagem. Antes de jogar aquele monitor estragado no lixo, entrar em contato com a empresa e perguntar onde as peças são coletadas seria uma atitude sensata e responsável. Concluindo, a sociedade é um dos fatores mais significativos no destino de todo esse lixo eletrônico. Os fabricantes têm que fazer sua parte, mas acima disso, a população DEVE colaborar para que o planeta não fique mais destruído devido ao nosso desejo incontrolável de comprar novos produtos sem haver a real necessidade desta ação. Por muitas vezes agimos por impulso, mas devemos sempre nos lembrar das reações que nossas ações possam causar, a nós mesmos, aos outros e ao planeta. Aja com sabedoria, sensatez e sensibilidade, pois assim o universo contribuirá conosco da mesma forma.
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