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Crise mundial... Ou oportunidade de melhoria? Por quantas vezes nos perguntamos nesses últimos meses, a razão desta “crise” econômica mundial que atinge todos os continentes? Deveríamos mesmo encarar esta situação como uma “crise”? Ou será que não seria um sinal para que mudemos nossos hábitos, sacrifiquemos certos bens, ou até mesmo sentimentos em troca de um futuro promissor, de sucesso e prosperidade? Por que não imaginamos esta “crise” como um período de transformações? Ao tratar do assunto na área da Qualidade, muitos leigos podem pensar que essa crise seja um potencial agravante para um futuro tenebroso. Entretanto, mesmo com as inúmeras incertezas que permeiam a economia global, a Qualidade é um dos fatores primordiais para qualquer que seja a época e para que todo o tipo de organização sobreviva e tenha diferencial no mercado. Não há dúvidas de que o setor, como qualquer outro sentiu as reações dessa crise. O clima de incertezas brecou os investimentos em todas as áreas, mas a busca por melhorias continua. O mercado não pode deixar de investir nessa área, pois a concorrência não pára nunca. Por outro lado existem dois tipos de organização. Existem aquelas que enxergam a crise como um momento de cortar custos, sejam eles em qualquer tipo de atividade, e as empresas que enxergam a crise como uma oportunidade para melhor gerenciar os seus custos, eliminando as atividades que não agregam valor. Para o primeiro tipo de empresa, a Qualidade é considerada um fim, portanto a tendência é desacelerar as ações. Para o segundo grupo, a Qualidade é considerada um meio, desta forma as ações serão intensificadas, já que esta é a forma mais barata das organizações se diferenciarem neste momento. Aliás, essa pode ser uma oportunidade de grandes crescimentos, pois em períodos de crises anteriores, podemos encontrar inúmeros exemplos de empresas que conseguiram prosperar por terem definido as melhores estratégias para enfrentá-las. Dentre essas empresas, muitas escolheram trabalhar prioritariamente na melhoria da Qualidade de seus processos e produtos para aumentar sua competitividade e crescer, mesmo estando em momentos de “crise”. Vale a pena salientar que nesses períodos, com menos dinheiro em circulação, é natural que os compradores sejam mais exigentes e haja uma seleção mais criteriosa na aquisição de produtos e serviços. Certamente levarão vantagem as empresas que conseguirem demonstrar melhor Qualidade. Através de estudos realizados recentemente, foram identificadas boas perspectivas para a Qualidade no próximo ano, e a razão para todo esse otimismo é justamente a crise econômica mundial. Todos têm que fazer mais com menos, isto é, todos devem trabalhar com Qualidade, produtividade e competitividade de forma sustentável, o que faz com que a gestão seja cada vez mais necessária e fundamental. O mercado é que irá ditar os caminhos a serem percorridos pelas empresas. Aquelas que não tratarem a Qualidade da forma correta sofrerão as conseqüências no futuro. Grande parcela das indústrias ainda considera a Qualidade e seus sistemas correlatos como não incluídos no processo natural de produção. Algumas utilizam a Qualidade como argumento de marketing externo, e sua prática interna muitas vezes serve somente para manter evidências. Nas épocas de crise, essa situação poderá se alterar, pois os clientes serão, certamente, mais seletivos e exigentes. Terão a seu favor o poder de compra que será muito mais forte. Concluindo, podemos esperar deste período de “crise” somente transformações positivas e que tragam aos maiores líderes plena consciência da importância de se manter firme em seus investimentos e objetivos sem perder o controle da situação. A sociedade pode e irá encontrar em seu caminho muitas oportunidades de vencer obstáculos encarando seus maiores problemas como uma forma de aprendizado, uma lição de vida.
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