Cante, amor
cante sempre, por onde quer que te váz
onde quer que chegues
pelos caminhos da vida.
Tão poucas vezes te ouvir esboçar
uma melodia qualquer, mas
eu te ouvirei mesmo em sonhos.
Tua voz é um som alado
que faz a poesia brotar em minha alma
e escorraça do meu peito a tristeza.
Cante, querida, eu terei certeza
de que mesmo longe de ti, serei feliz!
És todas as canções!
Estás em todas as músicas que ouço!
Chego até a sentir
que a tua voz é táctil,
que a pego em minhas mãos,
quando seguro a massa negra e compacta
de um disco...

És minha cigarra que deixa o ar impregnado de sinfonias mágicas, enquanto o calor deste amor me queima! Não temas o inverno, jamais serei como a mesquinha formiga, que negou aliviar a fome da cigarra. Terei para ti as portas do meu celeiro eternamente abertas, embora me deixes morrer de fome, do teu amor...

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