EDUCAÇÃO E SAÚDE
O principal objetivo desta página é publicar textos e artigos sobre educação e saúde dentro de um contexto interdisciplinar, abordando os aspectos biopsicosociais do ser humano. O principal tema analisado pelo autor será o tabagismo, tendo como enfoque a prevenção. Se houver interesse por palestras sobre tabagismo em empresas e escolas, além de orientações de como deixar de fumar em sete dias, você poderá entrar em contato pelo e-mail indicado nesta página.

Cordialmente: Jorge Schemes

Counter





Jorge Schemes
Teólogo, Cientista Religioso e Psicopedagogo. Professor, Escritor, Palestrante e Coordenador do MVC.




BLOGS:

www.jorgeschemes.blogspot.com

www.astronomiahoje.blogspot.com

www.teologiahoje.blogspot.com

www.diariodeprofessor.blogspot.com

LINKS:
Educação e Cultura
Educação e Mídia
Educação e Religião
MVC
Minhas informações:
Nome: Jorge Schemes
jorgeschemes@yahoo.com.br
E-mail:





Google
 








TABAGISMO E BELEZA NÃO COMBINAM


Fonte: Instituto Nacional do Câncer

Ter um rosto e um corpo perfeito faz parte do desejo de muitas pessoas e isso explica a grande procura por cirurgias plásticas, principalmente por parte das mulheres. O que muitas não sabem, no entanto, é que o cigarro compromete a cicatrização da pele, entre outros problemas. O cirurgião plástico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, José Mendes Júnior, informa que, para todo caso de cirurgia plástica é preciso haver indicação médica. "O profissional deverá analisar as condições de cada paciente, fumante ou não. Mas no caso dos fumantes, algumas recomendações são necessárias", comentou. Mendes Júnior diz que o grande problema dos pacientes fumantes, com relação à cirurgia plástica, é a diminuição da espessura dos vasos o que gera a chamada vasoconstrição. O cirurgião explica que com o vaso mais estreito há um fluxo menor de sangue e o suprimento de oxigênio aos tecidos é afetado, o que pode resultar numa simples cicatriz até uma necrose de pele. Ele informou que a nicotina é o principal fator da vasoconstrição, mas a própria fumaça do cigarro tem outras substâncias que, além de dificultar a passagem do sangue, também dificultam a formação de fibroblastos, as células que produzem a cicatriz. Com isso, o processo é mais lento e podem surgir cicatrizes hipertróficas, aquelas grossas, ou os chamados quelóides, cicatrizes ainda mais grossas e até dolorosas.

Jovens fumantes

Mendes comenta que estatísticas do Ministério da Saúde mostram que as mulheres começam a fumar mais cedo do que os homens, geralmente aos 12 anos, e em maior quantidade também. "Isso é preocupante não só com relação à cirurgia plástica, mas também por uma questão da saúde da mulher como um todo". A preocupação com as fumantes ser dá também pelo fato de que algumas cirurgias são mais suscetíveis ao aparecimento de uma necrose de pele, como a de rejuvenescimento de face e as plásticas de abdome porque existe o descolamento e o tracionamento da pele. "A paciente precisa estar ciente de que a pele dela pode apresentar dificuldade de cicatrização. É melhor que o resultado a surpreenda do que a decepcione". Antes da cirurgia, aos pacientes fumantes o cirurgião orienta para que parem de fumar dez dias antes da intervenção e também recomenda que faça uso de medicamentos vasodilatadores periféricos. "Após a cirurgia, recomendamos que a paciente fique pelo menos três dias sem fumar".

Os males do cigarro

Uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde aponta que no Brasil, as mulheres estão fumando cada vez mais cedo. O grande problema é que, nas mulheres, o fumo traz conseqüências mais marcantes do que nos homens. Uma delas é o envelhecimento precoce. No caso das gestantes, os males podem atingir o bebê e causar problemas como aceleração dos batimentos cardíacos, morte súbita, aborto e diminuição do peso. A mulher sofre mais com as conseqüências do tabagismo pelo fato da pele passar a produzir menor quantidade de fibras elásticas e colágeno favorecendo a flacidez, mais comum nas mulheres que nos homens. No caso de uma cirurgia plástica, o cigarro pode desencadear problemas como má cicatrização, necrose da extremidade da pele descolada durante a cirurgia ou ainda, provocar outras intercorrências referentes à anestesia, trombose e embolias. A inalação da fumaça do cigarro também prejudica as células formadoras de colágeno os fibroblastos fundamentais para a cicatrização. Para quem é fumante e deseja se submeter a uma cirurgia plástica, o ideal é programar a cirurgia com antecedência e suspender o fumo pelo menos um mês antes. Além de aumentar as possibilidades da cicatrização ser bem sucedida, a própria paciente vai se beneficiar com o período forçado de abstinência.


EVOLUÇÃO BIOPSICOSOCIAL DO DESENVOLVIMENTO HUMANO



I. INTRODUÇÃO:
Tanto a ontologia quanto à psicologia partem do pressuposto de que o ser humano não está fragmentado, mas é um todo integrado com as partes. Ter uma visão holística do ser humano é fundamental ao estudar o seu desenvolvimento biopsicosocial. Não podemos cometer o erro, como psicopedagogos, de usar o método fragmentado da ciência ocidental e, muito menos, o de cair no outro extremo, o de usar somente a concepção holística oriental. O desenvolvimento humano é complexo e envolve aspectos científicos importantes que precisam ser considerados. OS aspectos biológicos, psicológicos, emocionais, cognitivos, sociais, econômicos, históricos, dentre outros, precisam ser vistos dentro de uma cosmovisão integradora e interdisciplinar.

II. OBJETIVO:
O principal objetivo deste trabalho é apresentar algumas concepções científicas que permitam uma leitura do ser humano como um ser integral/global/holístico em desenvolvimento constante.

III. FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS DA INTELIGÊNCIA:
Fazer algumas considerações sobre o desenvolvimento biopsicosocial do ser humano pressupõe a necessidade de avaliar alguns fundamentos biológicos da inteligência humana. Todos os seres humanos têm uma herança genética composta por 46 cromossomos (23 femininos e 23 masculinos). O desenvolvimento do embrião humano se dá de maneira surpreendente e é estudado pela ciência da fetologia. O gen é formado por uma substância química denominada DNA (ácido desoxirribonucléico). O DNA reflete o gen na sua forma química. Ele é composto de ácidos e substâncias alcalinas, glicídios, além do grupo fosfato. O gen está no interior dos cromossomos. Genoma é o conjunto de genes presentes em determinada espécie. Até o momento, o projeto genoma humano identificou cerca de 30 mil genes e a função de cada um. Dentro do processo da cadeia evolutiva houve dois grupos que se distinguiram do mesmo ancestral comum: os macacos (mamíferos primatas); e o homo sapiens que deu origem à raça humana segundo a teoria evolucionista. Dentro desse contexto é válido fazer uma relação entre grupos de hominídeos e os seres humanos considerando os volumes das caixas cranianas e a massa encefálica e sua relação com a inteligência. Há uma inter-relação entre cérebro e inteligência, cérebro e costumes (o que Richard Dalkins denominou de Memes em seu livro O Gen Egoísta). Se há uma relação entre evolução e inteligência, devemos perguntar se os seres humanos, ao desenvolver tecnologias, estariam mais ou menos propensos às mutações provocadas pelo meio? E como se dá o desenvolvimento dos aspectos biopsicosociais com a inteligência? Vejamos a visão de três teóricos do desenvolvimento biopsicosocial do ser humano e a relação desse desenvolvimento com a inteligência.

IV. DESENVOLVIMENTO HUMANO BIOPSICOSOCIAL:
Para Jean Piaget, os fundamentos da inteligência humana são fundamentados na epistemologia genética. Ele não era psicólogo e nem professor, era biólogo e se aproveitou, ou se valeu da psicologia para atingir seu alvo de estudo e pesquisa. Piaget traçou uma linha do desenvolvimento humano da inteligência, as etapas do desenvolvimento humano, ou as diferentes fases desse desenvolvimento. Na visão de L. V. Vigotsky, que viveu num contexto socialista (comunista), em circunstâncias históricas próprias daquele regime, a abordagem se faz mais no campo da mediação semiótica. Vigotsky era filósofo e estava preocupado com a formação do homem novo (socialista). Falou da afetividade e da inteligência dentro de uma nova ótica, com ênfase na interação social. Henri Wallon (1879-1962), abordou a questão da personalidade enfatizando dois aspectos: A afetividade e a inteligência. Confrontou as etapas do desenvolvimento de Piaget com a afetividade. Afirmou que ninguém vai para uma outra etapa sem ter internalizado o conhecimento. Revelou por meio de suas pesquisas que a afetividade e a inteligência andam juntas. Wallon nasceu em Paris, na França. Era filósofo, médico, neuropsiquiatra e psicólogo. Em 1925 estabeleceu a criação do laboratório de psicologia da criança. Seu alicerce teórico estava embasado em três aspectos: Orgânico, psíquico e social, tendo a emoção como o centro ou pólo catalisador. Considerava o indivíduo como o centro de atividade, onde os aspectos da gênese do homem, da sociabilidade e da inserção social estão intimamente relacionados entre si, juntamente com o fator biológico e sua interação com a condição de sobrevivência. O fator biológico e sua interação com a condição de sobrevivência são um aspecto importante. Exemplos: O caso do menino lobo encontrado na Índia. Um caso em que ficou evidente a influência do meio sobre o desenvolvimento humano ou o processo de humanização. O caso de kama e kamala, meninas que foram adotadas por uma alcatéia e se assemelha ao primeiro. Em ambos os casos os bebês ou crianças foram adotados por animais e conseguiram sobreviver vivendo como animais, adaptados àquelas condições. A perspectiva genética proposta por Wallon revela como o orgânico se torna psíquico. Para Wallon, a emoção é o ponto catalisador de fatores fisiológicos e fatores sociais que estão interligados. O meio de comunicação na criança é a atividade tônica, que está dividida em dois aspectos: atividades motoras e funções viscerais, que se complementam, formando um elo das sensibilidades mais profundas da criança frente ao outro. Fica estabelecida então uma relação entre o eu e o outro, juntamente com a consciência de si mesmo. Para Wallon, a emoção está como o centro da atividade e a relação do eu com o outro como o fator da consciência psíquica de si mesmo. Por isso a aprendizagem é considerada válida se for intencional e consciente. Para Wallon, os estágios de desenvolvimento biopsicosociais são os seguintes:

EMOCIONAL – 0 A 1 ANO – A PESSOA.
(0 A 3 MESES) – PERÍODO REFLEXO:
Ocorre neste período uma interação com o mundo de forma mais intensa. Surgem os mecanismos de adaptação e associações condicionais. Exemplos: a sucção do bebê na amamentação. Ele faz uma força extraordinária no movimento de sucção usando o mecanismo de reflexo (período reflexo). O que essa criança não fez nesta etapa, terá que reaprender noutra fase.

(3 A 6 MESES) – FUSÃO AFETIVA E REAÇÕES CIRCULARES.
Sentimento de presença. Mesmo dormindo a criança percebe a presença do pai ou da mãe. O bebê faz um vínculo afetivo principalmente com a figura materna. Reações circulares são os movimentos repetidos que a criança faz.

(6 MESES A 1 ANO) – EXPRESSÕES AFETIVAS, LINGUAGEM PRIMITIVA E APERFEIÇOAMENTO SENSORIO-MOTOR.
Aos seis meses a criança está no auge da fusão afetiva. Ela se comunica em expressões faciais, sons e movimentos. Deve-se considerar dois aspectos: a simbiose da vida intra-uterina (fusão biológica) e, depois do parto, ocorre uma fusão psicológica.

SENSORIO-MOTOR – 1 A 3 ANOS – MUNDO EXTERIOR.
Wallon acredita que esta fase é a passagem para o mundo exterior. A criança desenvolve as seguintes habilidades: reflexo de orientação, domínio do espaço, apropriação de objetos, atividade ídeo-motora (palavra e movimento), relações intuitivas e inteligência espacial. Nesta fase a criança precisa de repetição, precisa interiorizar e dominar o conteúdo. Por exemplo: uma história, um filme ou uma brincadeira. Organiza os objetos e o espaço. A criança desenvolve o domínio do espaço (inteligência espacial) antes da temporalidade.

PERSONALISMO – 3 A 6 ANOS – A PESSOA.
É uma fase de oposição e contestação. Tudo é não e a criança quer medir força. Esta fase de oposição está relacionada com a identificação. Esta fase também é marcada pelas seguintes características: narcisismo (objeto de si mesma), período de imitação (simulação), discriminação de signos tais como: identidade, noções de direção e percepção mais abstrata. Nesse momento a criança começa a se identificar como pessoa. Começa a ter uma percepção psicológica de si mesma como pessoa. Ocorre uma valorização de si mesma. Comporta-se assimilando traços de outra pessoa, traços exteriores e de personalidade (imitação). Ocorrem mudanças no comportamento. Nesta fase, pais e professores podem trabalhar o autoconhecimento e ensinar a criança a identificar-se (nome, telefone, nome da mãe e pai, local onde mora), até mesmo por uma questão de segurança.

CATEGORIAL – 7 A 11 ANOS – MUNDO EXTERIOR.
Coincide com a fase que vigotsky denominou de formação de conceitos e Piaget chamou de pré-operatório. Apresenta as seguintes características: personalidade permutável, acatamento de regras fixas, pensamento dirigido, aproximação da objetividade perceptiva, categorias intelectuais e pensamento discursivo. Os pais e educadores podem começar a trabalhar regras fixas, elas começam a ficar explícitas e passam a ter uma lógica objetiva. O pensamento vai permitir observação e interpretação além do que a criança está vendo. Aproxima-se do pensamento de Vigotsky. Nesta fase a criança não está preocupada com o futuro e não tem projetos de vida. Aprende normas e regras por meio do lúdico e brincadeiras. È importante estimular as diferentes categorias intelectuais como a memória, o pensamento abstrato, pois há condições psicológicas de apropriação de dados.

ADOLESCÊNCIA – 11-12 ANOS A 18 ANOS – A PESSOA. OBS: COINCIDE COM A FASE OPEATÓRIO DE PIAGET.
Esta fase é caracterizada por pensamento é abstrato fixista, crise existencial, captação da realidade em movimento, conceito de temporalidade, idéia de lei, conflito com a realidade social. Há uma preocupação com o futuro e com projetos de vida, bem como um interesse pela solidariedade. Deve-se considerar que hoje, as crianças entram na adolescência mais cedo, por isso irá passar por crises para aprender a transformar o pensamento abstrato-fixista em captação da realidade em movimento (tudo está em movimento, inclusive seu corpo). Ocorrem mudanças orgânicas, psicológicas e sociais (biopsicosociais). O adolescente deseja mudanças e transformações para o futuro. È uma fase marcada pelo desenvolvimento mental, por aspectos físicos, emotivos, culturais, sociais e éticos. Sai definitivamente da infância com suas fantasias e ações de magias para a adolescência num processo de mudança contínuo para fatos reais e análise entre causas e efeitos. A adolescência é caracterizada também pelo pensamento lógico e atitudes polêmicas, generalizações, conceitos filosóficos, pensamento abstrato, temporalidade, maior compreensão de si mesmo e dos outros.

V. CONCLUSÃO:
O embasamento científico sobre os estudos acerca do cérebro humano, seu funcionamento e sua relação com as fases do desenvolvimento humano e a aprendizagem, não deixam dúvidas da importância da psicopedagogia como ramo do conhecimento científico. A visão biopsicosocial que a psicopedagogia tem do ser humano lhe permite fazer um trabalho preventivo eficaz e uma avaliação diagnóstica fundamentada cientificamente. Isso possibilita ao psicopedagogo aplicar seus conhecimentos de forma interdisciplinar para a resolução dos problemas e dificuldades no processo da aprendizagem.

VI. BIBLIOGRAFIA:
GODEMAN, P. A Arte de Educar Nossos Filhos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

MORRIS, D. Você: Um objetivo do Comportamento humano. São Paulo: Círculo do Livro, 1986.

AUTOR:
JORGE N. N. SCHEMES.
Bacharel em Teologia Línguas Bíblicas – Grego e Hebraico - SALT.
Pedagogia com Habilitação em Administração Escolar e Séries Iniciais - ACE.
Pós-Graduação em Interdisciplinaridade - UNIVILLE. Licenciado em Ciências da Religião – Habilitação em Ensino Religioso – FURB.
Professor de Filosofia da Educação na ACE - Joinville, SC.
Fones: (47)3454-4040





OMS - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE RELACIONA FUMA AO COMBATE À POBREZA



Para especialistas, cigarro tira recursos da saúde e da educação; países pobres respondem por 73% do consumo mundial.
Fonte: Folha de São Paulo - 18/06/2004
A OMS (Organização Mundial da Saúde) abriu uma nova frente de combate ao cigarro. Depois de costurar o primeiro acordo internacional na área de saúde, pelo qual 128 países aceitaram tomar medidas para reduzir o consumo de fumo, ela agora quer incluir o controle de tabagismo nos programas de combate à pobreza. A proposta foi apresentada ontem (17/06/2004), em painel, na 11ª Unctad (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento). Especialistas defenderam a inclusão do controle do tabaco nos programas de redução de pobreza das agências da ONU. A idéia que sustenta a proposta é que cigarro e pobreza formam um círculo vicioso -os pobres fumam mais porque têm menos informação; como gastam muito com tabaco, eles têm menos recursos para aplicar na educação e na saúde dos filhos. A socióloga Katharine Esson, pesquisadora do Centro para o Desenvolvimento Global em Saúde da Universidade Columbia, em Nova York, disse que o controle do tabaco "pode parecer um luxo" quando comparado a necessidades básicas, como esgoto. "Mas isso é falso", defendeu. Segundo ela, as mortes causadas pelo cigarro são muito maiores do que outras causas, e vão ocorrer cada vez mais em países pobres. A OMS prevê que, se nada for feito, o tabaco provocará 10 milhões de mortes no mundo em 2030 -7 milhões das quais em países pobres ou em desenvolvimento. Nos países mais ricos, segundo a OMS, as doenças causadas pelo cigarro consomem de 6% a 15% dos gastos com saúde. "Só haverá redução das mortes com controle do tabagismo", defendeu Katharine Esson. Segundo ela, a abertura do comércio que acompanhou a onda neoliberal dos anos 90 aumentou o lucro das corporações, mas foi um péssimo negócio para a saúde pública. Esson cita o exemplo do continente africano, onde a abertura dos mercados deve provocar um aumento de 75% no número de fumantes entre 1995 e 2005. A pesquisadora cita um estudo feito em Bangladesh, país asiático com 130 milhões de habitantes no qual 64 crianças em cada grupo de mil morrem antes de completar um ano -no Brasil, o índice é quase a metade (38). Lá, se o gasto com cigarro dos mais pobres sofresse uma redução de 70%, seria possível alimentar corretamente cerca de 10,6 milhões de crianças subnutridas.

Maiores consumidores

Estatísticas apresentadas por Heather Selin, da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), em Washington, mostram que cigarro torna-se cada vez mais um produto de pobres. Do total de cigarros consumidos, só 27% são fumados nos países desenvolvidos; 73% ficam com os países em desenvolvimento ou pobres. "O tabaco tem de ser tratado como um caso especial nos acordos comerciais. Ele não pode receber os mesmos benefícios que outros produtos", afirmou. A proposta de Selin, falando como representante da OMS, é que o fumo seja excluído dos acordos bilaterais ou multilaterais -com isso, não teria redução de taxas, por exemplo. A idéia básica é encarecer o cigarro como forma de reduzir o consumo. Selin apresentou três formas de reduzir o consumo de cigarro: 1) aumento de preços e impostos; 2) uso de alertas nos maços; e 3 ) proibição de publicidade. O Brasil é citado como um país de vanguarda no controle do tabaco, com uma legislação só comparável à do Canadá, mas o preço do cigarro ainda é dos mais baixos no mundo. Um quadro comparativo da OMS mostra que um trabalhador do Rio precisa trabalhar, em média, 22 minutos para comprar um maço de Marlboro e 52 minutos para levar para casa 1 kg de pão. Em nenhum outro país o cigarro custa tão pouco, em termos relativos -a exceção é o Canadá, onde um maço de cigarros "custa" 21 minutos de trabalho, mas lá isso ocorre porque os salários são altos, não porque o tabaco é barato. Um estudo citado por Selin aponta que o aumento de 10% no preço do cigarro resulta em queda de 8% no consumo. Controle a ansiedade - Ela pode ser a grande vilã por trás do vício do cigarro

Fonte: Você S/A - 18/08/2004



Homens que fumam têm até três vezes mais chance de sofrer de problemas do coração em relação aos não-fumantes. Para as mulheres, o risco aumenta em seis vezes. Quem apresenta os dados é a diretora do Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas, Jaqueline Issa. Segundo ela, as doenças relacionadas ao fato do indivíduo fumar aparecem após vinte anos de uso. "Uma pessoa que começa a fumar aos quinze anos vai sentir as complicações do uso do tabaco por volta dos 35 anos de idade, quando as complicações começam a aparecer", diz. As doenças cardiovasculares (infarto e morte súbita) aparecem em primeiro lugar entre as enfermidades que mais acometem os fumantes. Controlar a ansiedade pode ser a saída para se livrar definitivamente dos cinzeiros. Pelo menos é o que mostra um estudo realizado no ano passado pelo Hospital do Coração, em São Paulo. O hospital investigou durante seis anos os motivos que levam os brasileiros a voltar a fumar. Por meio de uma pesquisa com 300 pacientes do Programa Antitabagismo, chegou-se à conclusão que os principais culpados são os seguintes vilões: · Ansiedade - 49% · Questões emocionais - 24% · Problemas pessoais - 14% · Estresse - 7% · Dificuldades financeiras - 3% · Conflitos familiares - 3%


ATENÇÃO:



SE VOCÊ É FUMANTE ATIVO OU PASSIVO, SE VOCÊ É EDUCADOR DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES, VOCÊ NÃO PODE DEIXAR DE ADQUIRIR O LIVRO: "O QUE VOCÊ PRECISA SABER E FAZER PARA DEIXAR DE FUMAR" - ESTA OBRA É O RESULTADO DE MAIS DE 5 ANOS DE PESQUISA CIENTÍFICA SOBRE O TABAGISMO E SOBRE COMO TER MAIS QUALIDADE DE VIDA. SE VOCÊ DESEJA AJUDAR ALGUM PARENTE OU AMIGO A DEIXAR DE FUMAR, ADQUIRA UM OU MAIS EXEMPLARES LIGANDO DIRETAMENTE PARA O AUTOR:
(47) 3454-4040 / 91083954 - JORGE SCHEMES.



E TEM GENTE QUE DIZ QUE O CIGARRO NÃO É DROGA



FUNÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS E SUAS IMPLICAÇÕES NA PSICOPEDAGOGIA



I. INTRODUÇÃO:

As pesquisas sobre o cérebro não param e quanto mais este órgão vital é estudado, mais admirável se torna à ciência. Dentre as diversas funções pelas quais ele é responsável estão a linguagem, a memória, a percepção e o pensamento. Contudo, o cérebro ainda é um grande mistério em muitos aspectos. O que já se conhece, principalmente sobre as estruturas psíquicas, é fundamental para quem estuda e aplica a ciência da psicopedagogia.
II. OBJETIVO:

O objetivo deste trabalho é analisar aspectos da neuropsicologia e das estruturas psíquicas que sirvam de subsídio para a prática do psicopedagogo.
III. NEUROPSICOLOGIA:

Em 1848 começou a neurologia com sua ênfase no estudo do cérebro. Até então era comum a cirurgia da lobotomia. O objetivo da lobotomia não era para a recuperação, mas para o “desligamento”. Em 1848 ocorreu um caso nos EUA que mudou os rumos da pesquisa sobre o cérebro e os procedimentos cirúrgicos. Num acidente com explosivos, uma barra de ferro atravessou o pescoço e o cérebro de Vinus Gate, não ocorreu paralisia cerebral, mas houve uma mudança na personalidade de Gate. De um homem calmo e pai de família, ele tornou-se agressivo e violento. Então iniciou o estudo do cérebro humano e da personalidade. Apesar de todas as pesquisas sobre o cérebro, ainda não se sabe totalmente como o cérebro funciona. Sabe-se que há muita química e eletricidade em seu funcionamento. O cérebro está dividido em três partes: tronco cerebral, cerebelo e cerébrum. 1. Tronco cerebral: Ligação entre o cérebro e o corpo. Os impulsos elétricos são passados por meio do tronco cerebral, que não pensa e não sente, mas controla ações próprias como a respiração e os batimentos cardíacos. 2. Cerebêlo: Responsável por manter o equilíbrio e a orientação do corpo no espaço, bem como a coordenação dos músculos. 3. Cerébrum: Controla ações intencionais e a percepção dos sentidos. É a química do corpo. Controla sensações como a fome, sede, sono, desejo sexual, etc. Se as causas dos problemas não são emocionais, estão no cerébrum que envolve a química do cérebro. A composição do cérebro inclui água, açúcar, gorduras, proteína e oxigênio. Seu peso é de aproximadamente 1,3 Kg. É composto do sistema límbico, responsável pela emoção e olfato. A capacidade de pensamento está localizada no córtex cerebral (região frontal do cérebro) e é resultado dos impulsos elétricos. O córtex cerebral está dividido em dois hemisférios: O hemisfério direito, responsável pelas imagens, sensações e interpretações, o qual controla o lado esquerdo do corpo. No homem é mais desenvolvido. E o hemisfério esquerdo, responsável pela fala, palavras e linguagem, o qual controla o lado direito do corpo. É mais desenvolvido na mulher e sempre que é afetado causa dificuldades na capacidade da fala.

IV. ESTRUTURAS PSÍQUICAS:

Mente humana é igual a psiquismo. O cérebro não existe sem psiquismo ou mente. Psique significa alma (vida), consciência. Outro aspecto é a personalidade, que é a marca de cada um, nosso registro ou identidade. A personalidade é dinâmica e se cristaliza até os 5 ou 7 anos de idade. Depois dessa idade a personalidade ainda é dinâmica. Cerca de 70% da personalidade é formada pelo meio-ambiente, e 30% por fatores genéticos/hereditários. Caráter é a mesma coisa que índole e temperamento. É a parte da personalidade que é influenciada diretamente pelo meio (valores, limites, moral, etc.). Dizer que alguém não tem caráter é uma expressão errada, o que pode é ser bom ou mau caráter. Está relacionado ao meio-ambiente, conseqüentemente está relacionado ao comportamento. Comportamento por sua vez é a forma de agir frente a uma determinada situação, envolve ação e reação. Nós expressamos nossa personalidade e nosso caráter por meio do nosso comportamento. Exemplo: uma personalidade agressiva produz um comportamento violento. Sempre o que está por trás dos comportamentos é a real personalidade e caráter. Comportamento é sintoma de uma causa (personalidade). Há três modelos de estruturas psíquicas que revelam a personalidade de uma pessoa: 1. Estrutura Neurótica: São as pessoas ditas normais. Quando não há equilíbrio entre o id/ego/superego, surgem as neuroses. Porém elas têm cura e há tratamento. As neuroses mais comuns são: • Fóbica – Medo exagerado. • TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo. • Histérica – quando os sintomas deslocam-se para o corpo (psicossomática) • Destino – A pessoa não assume a própria vida. Atribui a outros a responsabilidade pela própria vida. • Angústia/Ansiedade – Quando é tão grande que paralisa a pessoa a ponto de não fazer mais nada (pára a vida). Tudo isso causa um forte sentimento de culpa, que tem sua origem no fato de a pessoa não poder agradar ao id e ao superego ao mesmo tempo, o que leva o ego a sentir-se culpado. Cerca de 75% dos casos ocorrem entre as mulheres. 2. Estrutura Perversa: São pessoas que quebraram o vínculo com o social, são os psicopatas e sociopatas (a palavra pata em grego significa doença). Não tem cura e não há tratamento, porque os psicopatas e sociopatas não sentem culpa. Geralmente são pessoas extremamente inteligentes e criativas. Cerca de 90% dos casos ocorrem entre os homens. São comuns os casos de desvios sexuais, por exemplo, a necrofilia (relação sexual com cadáveres). Os psicopatas podem ser influenciados desde pequenos, até 5 ou 7 anos de idade formam uma personalidade psicopata, assim, uma criança extremamente má pode ser uma criança perversa. 3. Estrutura psicótica: São os doentes mentais, popularmente denominados de loucos. Não há vínculo com a realidade. Cerca de 30% dos casos é genético/hereditário, sendo a única estrutura que têm. Não têm cura, mas têm tratamento. As psicoses orgânicas causadas por agentes externos têm cura, por exemplo; encefalite, meningite, intoxicação por chumbo, mercúrio, álcool, etc. O maior nível de suicídio é entre os psicóticos, 50% dos casos ocorrem entre os homens e 50% dos casos entre as mulheres. A psicose caracteriza-se por: delírios, alucinações, audição de vozes dando ordem para matar. É comum o suicídio após cometerem crimes violentos.

V. CONCLUSÃO:

Diante do contexto oferecido pela neuropsicologia e pelo estudo das estruturas psíquicas do ser humano, é fundamental para o psicopedagogo uma avaliação de todos os aspectos do ser humano, ou seja: dos aspectos biopsicosociais e espirituais. Essa visão de homem, integral, global e inteira, não fragmentada, é essencial na prática da psicopedagogia enquanto ciência que busca soluções para as dificuldades de aprendizagem.

VI. BIBLIOGRAFIA:
KOLB, H. Manual de Psiquiatria Clínica. São Paulo: Interamericana, 1997.

FORTES, D’Andrea Flávio. Transtornos Psiquiátricos do Adulto. São Paulo: Bertrand, 1998.

GUERRA, Ajuria. Manual de Psiquiatria Infantil. São Paulo: Masson, 2000.

AUTOR:
JORGE SCHEMES
Teólogo e Pedagogo – Pós-Graduado em Interdisciplinaridade e Psicopedagogia – Técnico Pedagógico na GEECT– Joinville SC - Professor de Filosofia da Educação na ACE -Joinville, SC.