Na sua jornada de trabalho, as mulheres tem um velho inimigo, que é
o preconceito. Ele é tão grande que a média salarial
dos homens é maior que das mulheres.
As empresas aumentaram em 57% de seus quadros de profissionais com
nível superior e pagam 35% a mais no salário. Aquelas que
são desqualificadas são demitidas. As empresas exigem, ainda
que as mulheres provem sua capacidade de trabalhar, suas habilidades, tudo
o que sabem.
Ao chegar em casa, muitas ainda enfrentam outra jornada de trabalho: o
cuidado com as tarefas domésticas.
Mulheres preferem trabalhar no turno da noite, mas são minoria
Por
necessidade, mulheres estão investindo no turno da noite,
apesar de ainda serem minoria, apenas 21,3%.
Levando em conta o tempo de trabalho, a qualidade das refeições,
a distância entre suas casas e o local de trabalho, pesquisas
indicam que hoje as mulheres preferem trabalhar à noite em busca
de melhores salários.
Suas jornadas de trabalho são das 22 horas até as 6
da da manhã , é desgastante para uma mulher que à
noite trabalha e de dia cuida de seus filhos,casa, marido,etc..., atividades
que ocupam o lugar do sono.
Se o salário e as condições de trabalho fossem as
mesmas dos homens, elas dariam preferência ao trabalho diurno. Claro
que se surge uma oportunidade, um emprego noturno, a mulher não
vai "jogar para o alto" essa oportunidade, ainda mais nos dias de hoje,
quando emprego é coisa rara. Se fosse para escolher, com certeza
trabalhar de dia é melhor, por isso é que continuam sendo
minoria!
Nos últimos 30 anos, as mulheres dobraram sua participação
no mercado de trabalho. As mulheres brasileiras já representam 40,4%
da população economicamente ativa no país.
No selvagem mundo dos negócios
onde quem sai ganhando são os mais ferozes - vencer exige
mais garra. A fim de driblar a discriminação e conquistar
seu lugar no competitivo mercado de trabalho, a mulher optou pelo caminho
dos estudos. Dos 18.500 alunos matriculados nos cursos de mestrado
e doutorado da USP, mais de 50% são mulheres.
Um levantamento realizado pelo Seade, mostra a mudança dos tempos:
as mulheres estão estudando mais do que os homens, mesmo assim seus
salários continuam menores
No Universo das grandes empresas e multinacionais, porém, o quadro
é diferente. Apesar de ganharem menos que os homens nos cargos de
gerência e supervisão, as executivas que assumem um posto
na diretoria superam a renda dos homens que ocupam o mesmo cargo, mas ainda
são minoria..
É com sua qualificação que as mulheres provam as suas
habilidades.
A revolução que há três décadas as mulheres
promovem no mercado de trabalho tem inúmeros aspectos sociais positivos
mas, ironicamente, está aumentando a solidão feminina, sobretudo
na terceira idade. Como a tarefa de cuidar dos idosos, tradicionalmente
ficava a cargo delas, quanto mais as mulheres se engajam no mundo do trabalho,
mais se reduz a capacidade de as famílias arcarem com essa função.
Enquanto na década de 60 apenas 23% das mulheres trabalhavam (sobretudo
as jovens e solteiras), em 1998, o percentual passou para 42%, concentrado
sobretudo nas mulheres mais velhas, casadas e mães. Com isso, hoje
no Brasil, cerca de 60% das mulheres com mais de 60 anos vivem sem o apoio
familiar.
Hoje, o percentual de mulheres idosas, que vivem sozinhas, é bem
maior do que dos homens e não tem quem cuide delas.
A injustiça parece maior quando se consideram os impactos sociais
positivos do engajamento feminino no trabalho. As pesquisas comprovam que
mulheres com maior escolaridade cuidam melhor da sua saúde e da
saúde dos filhos, engravidam menos, seus filhos tem uma taxa menor
de repetência e evasão escolar; o impacto nos homens não
é tão grande. Em muitos países (incluindo o Brasil),
a escolaridade feminina já supera a masculina.
As cinco profissões que mais crescerão no mundo na próxima
década serão dominadas pelas mulheres. Apesar disso, para
a mulher formada e com o mesmo nível educacional, os salários
femininos são cerca de 25% menores do que os masculinos.
![]() |