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amanhã de manhã é sábado ô locutor não parar não é esquecer vai cotando amigos, supramigos conterrâneos quase todos... amanhã de manhã é sábado ô locutor amanhã de manhã é badalo é sim e porque amanhã é SÁBADO a BLU é uma parada! Meirinho, Martinho, Elke, Bell, mais cem que morram todos ô locutor estes mais sem tem se ausentas dia-a-dia, dia-pós-dia, dia-menos-dia, mais... amanhã de manhã vais ramca-la é sôfrego, pois sei ssssss - há morte "menos que esse pesadelo não podes crer... " por enquanto dorme... ssssss... chove... depois... depois-de-amanhã foi-ce cabado
Hora Certa estes dois olhos vidrados em tua riqueza sem moedas estão semi-abertos ridentes se vistos por um lado e mais endurecidos por outro nesta face oleosa e sem um níquel dentro estes lábios gélidos com carinho por ti muito ainda calam — é o tempo de amar ecoam os estalos do chamegar da tua língua nestas orelhas por hora adornantes e quase todo o dorso arrepia-se do teu nostálgico bafo de nariz neste pescoço meio rígido do frio persistente neste peito que por tua falta resigna-se sem abraços — é o tempo de tocar ficam cruzadas nas juntas dos dedos estas mãos húmidas e nervosas de esperas sem esperanças os nervos todos de aço agora se levitam como máquina emperrada e só crescem unhas e cabelos-pêlos como seres autóctones deste corpo impedido — é o tempo a passar dentro da aquarela de inúmeras cores viscerais o fel biliar e as fezes se coram laca e o pulmão sempre a extrair de cores invisíveis as cores aqui se auto-enche de gáses aninhando cérberos vermes espinhentos vertebrando a médula por um lugar a sair — é o tempo a sorrir e segue alimentando aquela fornalha a hora do refluir quando menos se espera susto da boca cheia do mais belo arroto devasso do esfincter nesta solitária indescrição aqueles testículos uterinos nunca mais reproduzirão um só pingo nessa portaria — é o tempo a secar solta essa vida vaga como se andasse sem sentido quando dela se esfera o limbo no momento estanque vai e evita o baque do arranque que entorpe muito tudo limpo e aos poucos... aos poucos... antecipa-se o instante de ir — foi-se o tempo
eu - sábio que vivo silente: mancho: habito como hábito no hálito orbito como árbitro no óbito eu - sabiá que vive do canto: arrepio: habito como árbitro no hálito orbito como hábito no óbito saibam - que eu vivo de sopresa: mudo: habito como árbitro no óbito orbito como hábito no hálito subam - eu que vivo morto: mato: orbito como árbitro no hálito habito como hábito no óbito