21/07/2006
DA ESPERANÇA PARA A VERGONHA
Eu era ainda um menino... Já se
passaram quase 60 anos.
As condições financeiras da
época e particularmente da minha família eram muito ruins.
Sai de casa para procurar emprego.
Sempre que me apresentava para um trabalho eu informava que era
evangélico e isso era um fator favorável a minha contratação.
Depois de alguns anos, já próximo
aos 18 anos eu tinha um grande sonho, ver políticos evangélicos
chegando ao poder.
Ai sim as coisas melhorariam, a
influencia honesta dos meus irmãos de fé faria com que toda
corrupção se desvanecesse milagrosamente.
Mas era muito difícil, até que
surgiam alguns candidatos evangélicos, mas nunca conseguiam ser
eleitos.
Verdade seja dita, houve um caso na
época ( final dos anos 1950) em que vi o diretor da minha escola,
evangélico de uma das mais tradicionais denominações, ser
eleito, mas logo logo tive notícias de que o mandato do mesmo
não foi ao encontro das expectativas dos eleitores mas reputei o
fato como um acidente de percurso.
Passaram-se os anos e o "fator
evangélico" deixou de ter significação, mas, pensava eu,
isso era sinal dos tempos que estávamos vivendo.
Nos últimos tempos, dizer que é
evangélico pode até ser motivo de chacota tal o número de
evangélicos ou ditos evangélicos que estão envolvidos em
malandragens e desonestidades.
O jovem dos anos 1950 poderia até
ficar alegre pois na Câmara Federal existe até uma BANCADA
EVANGÉLICA , mas que vergonha a maior parte da tal bancada
evangélica encontra-se envolvida nos escândalos dos sangue sugas.
Nem se diga que é um sinal dos
tempos... é mesmo a falta de Deus nos corações dos
homens, e falta de discernimento dos evangélicos ao
escolherem seus representantes.
O povo evangélico pode estar
envergonhado, mas a culpa cabe a cada um de nos que na hora de
votar escolhemos mal nossos
representantes.