Decisões

   No dia seguinte Dana acorda em cima da hora.
   - Ai céus! Ainda bem que é uma viagem rápida, nem vou precisar de malas...Mas cadê aquela roupa?? Ai, e a passagem? Céus! Que droga...acho que vou ter que começar um regime urgente...era só o que faltava! Agora não falta mais nada...droga!
   O telefone toca e ela vai correndo atender.
   Dana - Alo?
   Deborah - Achei que não acordaria, mas pelo visto já esta de pé.
   Dana - bem, de qualquer forma obrigada por se importar. - ela procurava a passagem na bolsa enquanto fala.
   Deborah - Bem, é o seguinte, as pessoas nomeadas para a missão são: você, o hacker Neo e eu. Mas como do nada eu fiquei tão doente o Joe irá.
   Dana - Doente é? Obrigada...Mas seria sua chance de estar com Neo.
   Deborah - Eu sei, mas ainda tenho que monitorar o comportamento de Marcela e Steven, se bem que o Steven não dá pra se acompanhar muito de perto sem levar uma cantada...
   Dana - Eu sei bem como é isso.
   Deborah - Sabe onde esta o Joe? Tentei ligar para ele mas não o achei.
   Dana - Sei sim, aqui...
   Deborah - Então, com certeza foi uma boa te ligar. Bem, é melhor correr para cá, vocês precisam assinar os papéis de viagem e o vôo é daqui 4 horas.
   Dana - Tá bom, eu irei. Assim que conseguir achar as coisas aqui. Acredita que eu daqui a pouco vou precisar de um mapa pra saber o que fica nesse apartamento? Eu não paro aqui! Vou ter até que dar meu gato embora.
   Deborah - É a vida...bem, se quiser pode dá-lo para mim. Eu tenho um outro siamês.
   Dana - Com o mesmo nome.
   Deborah - Bem, pelo menos ele não ficará sozinho. Agora eu vou desligar, tá?
   Dana - Tá bom. Tchau. Achei!
   Joe - O que?
   Dana - Oi, bom dia. Bem, é melhor se trocar correndo, precisamos pegar um vôo para Boston as 11 horas, mas antes ainda temos que viajar para o FBI.
   Joe - Mas eu mau acabei de acordar...
   Dana - É e bom se arrumar logo.
   Joe - Eu quero férias...
   Dana - Fofinho! Para de manhã e vamos.

   Joey e Brad decidiram ficar acordados até mais "cedo" já que Tom não apareceu e eles tinham um joguinho de acerto de contas.
   Brad - Mas e então? Como foi descobrir que tem uma irmã mais nova??
   Joey - Dana? Se você for ver ela sempre foi como uma irmã mais nova para nós. O fato de ela realmente ser minha irmã nem muda muita coisa...
   Brad - Não para todos nós...O Tom nunca gostou dela como "irmã".
   Joey - Eu sei. Mas o que se pode fazer? Agora ela vai se casar com o Joe.
   Brad para de jogar na hora e vira para Joey surpreso.
   Brad - Ela vai? Mesmo? De verdade?
   Joey - Sério, e ela nem tinha contado nada pra família...ah, Brad te matei.
   Brad - Para de jogar um pouco! Tô falando sério.
   Joey para e vira para Brad.
   Joey - É, ela vai. Acabei tirando a notícia dela meio que sem querer. Mas eu acho que ela não esta muito feliz não...
   Brad - Também, foi escolher justo o chato do Joe.
   Joey - Não é questão de ele ser chato ou não...eu acho que ela gosta do Tom.
   Brad - Acha? Ué, mas então porque ela tá com o Joe?
   Joey - E quem explica? O mala do Joe gosta da tal de Alice...Hum...quer dizer Diana, a "Alice do chat" que o Tom conheceu.
   Brad - Sei quem é, o Tom ia encontrar ela hoje... - e ao olhar para o relógio - quer dizer: ontem.
   Joey - Talvez ele tenha esquecido a Dana...
   Brad - Ou quer chamar a atenção dela!
   Joey - Vai saber...do Tom nunca se tem certeza de nada!
   Brad - Quer saber a verdade: de nenhum deles dá para ter certeza de algo!
   Joey - Concordo plenamente...Mas e ai? Conseguiu enganar a doutora Landresk?
   Brad - Doutora? E desde quando é preciso ter doutorado para ser hacker?
   Joey - Alias a tal Landresk que te impediu de entrar nos sistemas do FBI naquele dia é a garota que nos interrogou...
   Brad - Sério?
   Joey - É sim.
   Brad - Ela não tem cara de hacker...
   Joey - E muito menos de policial. Ela é médica mesmo.
   Brad - Querem nos falir: todo mundo é "alguma coisa" e hacker, e nós que somos verdadeiramente hackers não queremos correr atrás de ser esses outros "alguma coisa".
   Joey - É, vamos reclamar para o sindicato! Hehehhe. Existe um?
   Brad - Agente funda um...
   Joey - É, dai pegamos o embalo e "afundamos" ele também.
   Brad - E olha só quem vem chegando com cara de ontem...
   Joey - Esta bem Thomas?
   Tom - É, tudo normal...
   Brad e Joey entreolham-se do tipo "xi ele já sabe".
   Tom - Bem, eu vou dormir...
   Joey - Tá boa noite.
   Brad - Que noite?
   Joey - Você entendeu, folgado!

   Algum tempo depois Dana e o sonolento Joe encontram Neo no aeroporto.
   Neo - Que cara...Como estão?
   Dana - Bem.
   Joe - Com sono...
   Dana - Chorão...Mas e você Neo?
   Neo - Bem também, eu trouxe os papéis que a Deborah me passou da missão.
   Dana - Ótimo, posso ver?
   Neo - Claro. Estão aqui.
   Dana - Obrigada.
   Joe - Como vocês conseguem estar de bom humor uma hora dessas?
   Dana e Neo começam a ler os papéis e discutir sobre a missão.
   Neo - É algo relativamente simples, só precisamos descobrir aonde esta o ladrão...
   Dana - Realmente, não há mistério nenhum nisso.
   Joe - Só um: o que um imbecil ia fazer com estátuas de um museu? Francamente, com tanta coisa para roubar olha só a idéia desse mané!
   Dana - Nisso você tem razão, não é algo com muito nexo...
   Joe - É algo totalmente sem nexo!
   Dana - Há suspeitos?
   Neo - Sim, dois. Um é peruano e o outro americano mesmo...
   Dana - E quanto a possibilidade de haver uma ligação entre eles?
   Neo - Não tenho dados...
   Dana - Bem, então vamos ter que arrumá-los.

   Enquanto isso no FBI:
   Deborah - Engraçado...estou com a sensação de que deveria ter feito algo que não fiz e que era de vital importância...
   Ela senta em sua mesa e fica refletindo por um tempo, até Diana chegar.
   Deborah - Nossa Di, que cara! O que houve?
   Diana - Acabei de dar um fora num cara super legal...E só agora estou percebendo a idiota que fui!
   Deborah - Meus pêsames...Bem, mas tudo tem volta, quem sabe, né?
   Diana - Deborah, eu...posso ver meus pais?
   Deborah - Seus pais??
   Diana - Sim, eles estão presos desde que o Steven colocou a culpa meles...
   Deborah - Ai que cabeça a minha, era isso! Seus pais serão soltos, vamos lá agora mesmo.
   Diana - Ah, antes: viu o Neo?
   Deborah - Esta indo para Boston, mas é melhor irmos para a delegacia, vamos.
   Deborah pega os papéis que comprovam que eles deverão ser soltos e sai puxando Diana.
   Deborah - Diana, mil perdões, você vai querer me matar mais eu deveria ter liberado seus pais desde o dia em que vocês prenderam o Steven...
   Diana - O que??!! Como teve coragem de esquecê-los?
   Deborah - Diana, é por isso que estou me desculpando...andaram acontecendo mil coisas mais nenhuma delas justifica isso.
   Diana - Ainda bem que você tem consciência disso!
   As duas chegam na delegacia e enquanto Diana vai ver os pais Deborah vai falar com o delegado para liberá-los.
   Delegado - Vocês do FBI estão sempre mudando de idéia...
   Deborah - Não, estamos sempre correndo atrás da verdade, é diferente.
   Delegado - Pensem como quiserem, eu quero as provas.
   Deborah - Estão todas aqui, os verdadeiros culpados foram presos...
   Delegado - Presos onde?
   Deborah mente:
   - Eram militares, estão preso aonde militares são presos.
   - Entendo, bem, venha comigo que vou providenciar a sua solicitação...Só espero que não nos processem.
   - Se não fizeram nenhum mau a eles não há o que temerem.
   Os pais de Diana são soltos, mas ela só consegue vê-los de longe. Afinal ela se culpa por ter pensado que eles poderiam ser culpados em tudo isso e por ser agora conhecida como "agente Smith" e não "agente Passy". Por esses e outros motivos, ela decide evitá-los e sai da delegacia, meio que escondida, enquanto a própria Deborah não consegue entender o paradeiro dela.

   Dana, Neo e Joe já chegaram a seu destino: Boston. Eles não devem ficar mais de um dia lá, afinal deverão apenas conversar com os dois suspeitos capturados pela policia local. Não é aparentemente um Arquivo A, então Dana não precisa levá-lo a fundo. Não é algum tipo de distúrbio psicológico, então Joe também não precisa inteirar-se. E muito menos é um caso de roubo de informações via Internet no qual Neo seria escalado. Na verdade eles acreditam que Skinner foi totalmente negligente na formação da equipe, mas de nada adianta chegar a esta conclusão a uma altura dessas.
   Na delegacia Dana não tem muita sorte: o delegado é um daqueles caras machistas que acha que as mulheres não tem vocação nenhuma para a policia e tenta colocá-la de lado.
   Delegado - Como eu dizia os senhores, os suspeitos foram encontrados na cena do crime.
   Dana - O que não prova a culpabilidade...
   Delegado - De certa forma não, mas também não os inocenta. Se os senhores me acompanharem, os levarei até os suspeitos, mas ela não poderá ir.
   Dana - Quem? Eu?
   Delegado - Sim, você. A delegacia não é o lugar para uma moça como a senhorita.
   Dana - Meu senhor, eu sou a agente encarregada do caso. O senhor Andersen esta aqui para investigar possíveis fraudes no sistema e o doutor Perry apenas para constatar o estado dos suspeitos. O que para a sua tristeza: me torna "o único agente encarregado". Com licença, pois não?
   Dana passa a frente dele, deixando os três lá imóveis:
   Delegado - Que mocinha mais nervosa!
   Joe - Você não viu nem metade do que ela pode fazer...
   Delegado - O que ela diz é verdade?
   Neo - Sim senhor, ela é a encarregada.
   Delegado - Em que mundo estamos...Bem, de qualquer jeito, me sigam.
   Dana esta parada, completamente paralisada quando os outros três 'rapazes' entram e ficam no mesmo estado de choque: um dos acusados estava morto e pelo que tudo indicava era suicídio.
   O delegado decidiu liberar o outro e deportá-lo, independente da opinião dos agentes.
   Já que Joe era o único médico por ali, decidiu trabalhar com o legista para tentarem juntos achar a causa da morte. Dana e Neo estavam analisando a fita da segurança e algo incrível aconteceu: bem na hora em que o acusado (como tudo indica) suicidou-se a fita acabou! Ou seja, a fita anterior mostrava os dois homens lá, sozinhos, aguardando os agentes e a fita seguinte mostrava o outro desesperado após a morte de um dos suspeitos antes de Dana entrar na sala.
   Neo - Muito estranho...
   Dana - Concordo. Acho que foi assassinato.
   Neo - Eu também, mas esse delegado cabeça de vento não...O que me deixa mais com a pulga atrás da orelha é: como ele sabia a hora em que a fita acabaria?
   Dana - Talvez seja amigo de alguém que trabalhe aqui dentro e certamente o esta acobertando ou pura sorte. Infelizmente ainda há gente que tem sorte nesse mundo...Eu...Neo, acho que vou sair, pode continuar sozinho?
   Neo - Claro, mas tudo bem?
   Dana - Sim...tudo. Só preciso tomar um ar. Na verdade, acho melhor ir ao hospital com o Joe e ver o que ele conseguiu descobrir...
   Neo - Tá...Me mantenha informado, tudo bem? - e em pensamentos - "sei, tudo bem, né? E eu seria um hacker se não reparasse trabalhando para o governo nas coisas!?"
   Dana - Tá...
   Dana vai para o hospital encontrar Joe, e não demora muito para dar de cara com o seu "amor".
   Joe - Chegaram a alguma conclusão?
   Dana - Sim, parece mais "assassinato" do que "suicídio" e você?
   Joe - O oposto...realmente parece que ele se matou...na verdade ele estava com um nível muito elevado de adrenalina no...você esta bem?
   Dana - Sim, estou...
   Joe - Tem certeza?
   Dana - É claro que tenho...puxa já é a segunda pessoa que me pergunta isso...
   Joe - Tudo bem, desculpe...
   Dana - Bem, o Neo e eu achamos que há alguém escondendo o assassinato do rapaz...
   Joe - O suicídio, você quer dizer...
   Dana - Aff, o cara poderia morrer de um jeito só, não precisava ter complicado tanto...
   Joe - Bem, minha investigação termina aqui. Tudo indica que ele se matou.
   Dana - Tudo? Mas você nem viu as fitas!
   Joe - Tudo na área médica, espertinha.
   Dana - Quase "tudo" então.
   Joe - Bem, trabalho encerrado, vamos pegar o Neo e voltar ao aeroporto.
   Dana - Tem certeza?
   Joe - Claro, vamos.
   Dana - Mas...
   Joe - Sem "mais" nem "menos", vamos.
   Contra a vontade, ela acaba indo. Neo ligou para Joe que o mandou seguir para o Aeroporto.
   Neo - Já?
   Joe - Exato, o caso esta encerrado.
   Neo - Encerrado? Mas o cara foi assassinado!
   Joe - Se suicidou, os laudos médicos provam isso.
   Neo - Mas...
   Joe - Aeroporto Neo, esteja lá em 20 minutos.
   Neo - Só?
   Joe - Tá bom, 21, mas esteja lá.
   Neo - Tá bom, tá bom...Ah, Joe...
   Joe - O que?
   Neo - Dana esta com você?
   Joe - Sim ela esta comprando as passagens para nós, porque?
   Neo - É ótimo que não esteja ao seu lado, mas ela anda tendo uns comportamentos estranhos ultimamente...Eu acho que ela não esta bem.
   Joe - Também reparei isso...
   Neo - Acha que é possível?
   Joe - Possível o que?
   Neo - Não, você não pensou o mesmo que eu...
   Joe - E o que você pensou?
   Neo - Que Dana pode estar grávida.
   Joe - Dana?
   Neo - Agora estou indo!
   Joe - Tá... - ele vira-se e vê Dana ainda no balcão.
   Um tempo depois ela chega com as passagens.
   Dana - Joe, você ligou para o Neo?
   Joe - Ah?
   Dana - Esta bem Joe?
   Joe - Ah! Ah! Neo, claro eu acabei de falar com ele. Eu que pergunto, tem certeza de que esta bem?
   Dana - Claro, Joe. Mas eu gostaria que parassem de me perguntar isso por hoje.
   Joe - Dana, acho melhor você se sentar.
   Dana - Joe? Realmente, você esta estranho...O que houve?
   Joe - Neo me disse uma coisa...
   Dana - Ah! Finalmente acredita que o cara foi assassinado?
   Joe - Na verdade me refiro a você.
   Dana - A mim? O que ela disse de mim?
   Joe - Dana, você esta estranha ultimamente e extremamente pálida.
   Dana - Amor, eu sou hiper branquinha assim, até minha mãe vivia achando que eu tinha anemia e os testes nunca deram nada.
   Joe - Dana, eu acho que...
   Dana - Que o que?
   Joe - Acho que você esta grávida.
   Dana - Eu? Não Joe, não estou.
   Joe - Bem, de qualquer maneira vai me prometer uma coisa.
   Dana - Ai...tinha esquecido: "aeroporto é o local onde você me pede algo sempre"...O que será que virá agora??
   Joe - Sempre engraçadinha, mas é sério. Você tem que prometer que deixará esse emprego se estiver grávida.
   Dana - O que?? Deixar esse emprego? Joe! Eu demorei anos para conquistar esse cargo!
   Joe - Querida, é para o seu bem.
   Dana - Mas...
   Joe - Promete?
   Dana - Mas eu não...
   Joe - Promete?
   Dana - Tá...tudo bem, mas eu não estou grávida, Joe.
   Joe - Bem, agente descobre isso quando voltar. É melhor deixar seu chefe avisado.
   Dana - Joe, eu não estou grávida e eu não quero abandonar meu emprego!
   Joe - Dana, você já é adulta. Não se comporte como uma criancinha minada!
   Dana - Eu não estou sendo criança, é você quem esta!
   Neo chega quando a briga iria tomar proporções ainda maiores:
   Neo - Hei, hei!! Isso é um aeroporto, local publico! Lembraram?? Joe, não brigue com ela.
   Joe - Tudo bem, eu não brigarei, afinal...
   Dana - Afinal nada, aqui estão a passagem de vocês e vocês podem continuar conversando a viagem toda, eu irei com qualquer outra pessoa!
   Joe - Dana, volte aqui ago...
   Neo - Xiu....Joe, não! Deixe ela ficar sozinha, ela deve estar precisando organizar as idéias.

   Diana percebe que não para de pensar no Thomas, e desta vez não é no Neo e sim no Tom mesmo.
   "Porque eu disse não? Porque não disse que o Neo era meu ex-namorado? Porque eu não para de pensar no Tom??"
   Deborah - Se continuar batendo o lápis assim na mesa, vai furá-la.
   Diana - Ah?
   Deborah - Ixi...pensando no Joe?
   Diana - Joe? Não, eu não, porque?
   Deborah - Ah...nada, não. Mas, o Joe, o Neo e a Dana chegam hoje.
   Diana - O Neo?
   Deborah - Sim, ele foi para Boston em uma missão...
   Diana nem deixa ela terminar:
   Diana - Mas o Neo é hacker e não um encarregado dos Arquivos A!
   Deborah - Melhor falar com o Skinner então...
   Diana - Não, deixa...desta vez passa. Eu estou preocupada com outras coisas para arrumar mais uma confusão.

   Enquanto isso, com os hackers:
   Brad - Acha que devemos nos preocupar com o Tom?
   Joey - Tom? Não, logo passa. Nossa! Eu preciso ligar para a minha mãe!
   Brad - Gostando da idéia de ter família hein?
   Joey - Que liga para mim, sim.
   Brad - Eu acho que vou falar com o Tom.
   Joey - Bem, faça o que quiser.
   Joey fica no telefone conversando com "mamãe" enquanto Brad decide ver o que o amigo tem. Desde que havia voltado da lan, Tom estava enfurnado no quarto.
   Brad - Tom, algum problema?
   Tom - Não...nenhum.
   Brad - Sei, se não houvesse nenhum você nem responderia a pergunta, só faria uma cara de "não enche".
   Tom - Nossa, você é analista de sistemas ou de personalidades?
   Brad - Digamos que de ambos, mas não mude de assunto. Você tá assim por causa do noivado da Dana, não é?
   Tom - Também, mas não é só por causa disso...
   Brad - O que foi então?
   Tom - É que...ontem eu ia pedir a Diana em namoro...
   Brad - E pela sua cara ela não aceitou
   Tom - Não, ela falou que não podia ficar comigo porque sabia que eu gostava da Dana na verdade...
   Brad - Você realmente gosta dela ou é pirraça?
   Tom - Bem, eu não sei...Mas acho que eu gosto dela de verdade.
   Brad - Acha? Tom, a Diana tem razão. Ela não poderá ser sua namorada se você acha que ama ela. Você vai ter que ter certeza de qual delas gosta antes de tudo.
   Tom - E o que eu faço?
   Brad - Só você pode decidir isso. Ou você admite que não gosta mais da Dana ou corre atrás dela. Se você admitir que não, com certeza a Diana mudará de idéia.
   Tom começa a pensar seriamente no assunto, afinal não dá para ele ficar eternamente sem saber de qual delas ele realmente gosta. Afinal ele teria que decidir de uma vez se ele lutará pela garota que sempre amou ou pela outra que surgiu em sua vida do nada, mais mexeu tanto com ele quanto a primeira, ou até mais.

   Neo acabava de chegar no prédio do FBI e vê Deborah e Diana conversando.
   Neo - Olá meninas, como estão?
   Deborah - Já de volta?
   Neo - Digamos que Dana e Joe tiveram um probleminha...um probleminha que se solucionará aqui uns meses...
   Deborah e Diana - Sério?
   Neo - Calma, eu acho que sim.
   Deborah - Bem, eu tenho que arrumar algumas fichas do pessoal do FBI, melhor eu ir.
   Deborah sai e Neo tenta ver o que Diana tem, mas ela não responde nada:
   Neo - E você? O que tem? Brigou com o namorado? Ah? O Thomas, não?
   Diana - Namorado? O Thomas? Imagina...
   Neo - Por acaso...só por acaso ele é aquele Thomas Hamilton que esteve aqui alguns dias atrás?
   Diana - Sim, é.
   Neo - Então é seu namorado?
   Diana - Sim...não...ah não sei!
   Neo - Diana, Diana sempre fugindo das relações amorosas...
   Diana - Acha que sou uma pessoa tão ruim assim?
   Neo - Não, mas as vezes a verdade dói.
   Neo sai e Diana fica pensando ainda mais em Tom, ela poderia ter inventado qualquer desculpa para sair de lá sem dizer não, mas se sentia péssima em saber que disse "não".

   Dana e Joe também chegaram, afinal estavam com Neo. Dana ainda não esta a fim de conversar com Joe, mas ele vai atrás dela.
   Joe - Quando você vai crescer e começar a agir como adulta?
   Dana - Ah! Essa é boa! Eu sou criança é? E você?? Só crianças fazem chantagem!
   Deborah que estava no corredor.
   Deborah - Hei, aqui não é o melhor lugar para discutirem.
   Dana - Mande alguém colocá-lo para fora então. Ele não trabalha aqui.
   Joe - Dana, volte aqui!
   Dana - Não tenho o que falar com você, já disse.
   Deborah - Desisto!
   Neo - Mas vocês, hein? Que tal deixarem isso para mais tarde?
   Skinner - Pois vão deixar, eu não admito confusão no meu departamento.
   Dana - Pois eu concordo com o senhor. Por isso acho que o doutor Perry esta no departamento errado!
   Skinner - Dana, menos.
   Dana - Eu tenho mais o que fazer do que ficar aqui com esse....esse...idiota!
   Deborah - Vocês realmente vão se casar, é?
   Skinner - Joe, quero falar com você, agora!
   Ninguém responde a pergunta de Deborah, uma porque Dana já estava no elevador e outra porque Skinner manda mais lá do que ela.
   Neo e Deborah ficam lá, um olhando para o outro sem entender nada.
   Neo - Eu hein, os filhos desses ai vão lugar karate e essas coisas!
   Deborah - acho melhor eu ir atrás da Dana...
   Neo - É, vai lá.
   Diana, também havia presenciado a cena, mas esta mais longe que os outros. Fica pensando: "E o que você vai fazer? Dá para perceber que eles não estão bem...então se você realmente gosta do Joe essa é a hora Diana, ou...porque eu não paro de pesar no Tom?!"