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Palmeiras


Nome: Sociedade Esportiva Palmeiras
Alcunhas:Verdão, Alviverde, Palestra, Porco
Torcedor: Palmeirense ou Palestrino
Mascote: Periquito
Fundação: 26 de Agosto de 1914
Estádio: Palestra Itália
Capacidade: 35.000
Presidente: Affonso Della Monica


História


1914 - 1942 - Nasce o Palestra Itália

clube foi fundado em 26 de Agosto de 1914 pela colônia italiana da cidade de São Paulo, sob o nome "Sociedade Esportiva Palestra Itália" ou em italiano Società Sportiva Palestra Italia. A sua fundação se deu pela presença de dois times italianos no Brasil, no caso o Pro Vercelli e o Torino, impulsionando assim quatro jovens italianos a criar um time para a colônia italiana, eram eles; Luigi Cervo, Luigi Marzo, Vincenzo Ragognetti e Ezequiel Simone. A ata de fundação por sinal, é redigida em italiano. O primeiro presidente é Ezequiel Simone, que fica apenas dezenove dias no cargo. Entre agosto de 1914 a janeiro de 1915 o Palestra tratou de organizar a sua primeira apresentação para a cidade e principalmente para a colônia italiana residente em São Paulo. O grande baile de inauguração aconteceu nos salões da "Germânia" - localizado na rua "Dom José de Barros" e alugado na época por 300 mil réis - com uma festa realizada no dia 9 de janeiro, um sábado.

As primeiras partidas

Nos primeiros meses, o futebol era praticado somente como atividade recreativa entre os associados, em um campo alugado na Vila Mariana. Esse campo ficava situado onde hoje localiza-se a Vila Clementino, muito próximo da atual área do Parque do Ibirapuera. Em 24 de Janeiro de 1915 o Palestra disputa o seu primeiro amistoso, contra o Sabóia, de Sorocaba (que hoje é conhecido como Votorantim Futebol Clube, pois a equipe tinha sua sede no atual município de Votorantim, à época distrito de Sorocaba) e vence por 2 a 0, com gols de Bianco e Alegretti. O escudo adotado é a Cruz de Sabóia. Em 1915 o Palestra só jogou partidas amistosas, até que no início de 1916, aproveitou-se de uma situação de dificuldade da Associação Paulista de Esportes Atléticos, que na época era quem comandava o futebol dos grandes clubes paulistas, causada pela desativação do Velódromo, local onde eram disputadas as partidas do campeonato. Os dirigentes palestrinos articularam um apoio das Indústrias Matarazzo, para remover e transportar as arquibancadas do Velódromo para a Chácara da Floresta, pertencente à A. A. Palmeiras, e assim obteve apoio para seu ingresso na Liga da elite do futebol paulistano. A estréia no campeonato aconteceu no dia 13 de Maio, na própria "Chácara Floresta", em partida contra a Associação Atlética Mackenzie College, empatando em 1 a 1. A escalação do time foi a seguinte: Fabrini; Grimaldi e Ricco (o capitão); Fabbi II, Bianco e De Biase; Gobbato, Valle II, Vescovini, Bernardini e Cestari. Em 1917 a camisa muda sua aparência, saindo a faixa horizontal branca existente até então, e o escudo passa a ser um círculo com as iniciais P e I, no lugar da Cruz de Sabóia. A equipe se reforça, e o Palestra conquista o primeiro vice campeonato. O ano marca também o primeiro confronto contra aquele que se tornaria seu maior rival, o Corinthians, em duas partidas, duas vitórias, 3 a 0 e 3 a 1. Dois anos depois, em 1919, o Palestra volta a ser vice-campeão. As primeiras conquistas

Em 26 de Abril de 1920, o Palestra adquire 150 mil metros quadrados do terreno pertencente à Companhia Antarctica Paulista, incluindo o estádio do Parque da Antarctica, então formado por arquibancadas de madeira. No final do mesmo ano, 1920, o Palestra conquista seu primeiro título, numa final dramática contra o poderoso Paulistano, tetra-campeão paulista de 1916 a 1919. As duas equipes terminaram empatadas em pontos, obrigando a realização de uma partida extra, vencida pelo Palestra por 2 a 1, com gols de Martinelli e Forti, quebrando a hegemonia do rival. Entre os anos de 1921, 1922 e 1923 o Palestra é vice-campeão três vezes seguidas do campeonato paulista. Em 1926 o Palestra consegue de novo o título com uma campanha indiscutível, 9 partidas, 9 vitórias, 33 gols, tendo Heitor como artilheiro com 18 gols. Em 1927 nova conquista, e o primeiro bicampeonato. O início da década de 30, é marcado pela Revolução de 32, que provocou a paralisação do campeonato por quatro meses, onde os clubes cederam suas Sedes para servirem de alojamento e enfermarias para as tropas paulistas. No futebol o período é marcado pela introdução do profissionalismo, e pela supremacia absoluta do Palestra não só pelos campos paulistas, mas também do restante do País. Em 1932 o Palestra conquista o "Paulista" de forma invicta, e com a melhor campanha da história da competição: 11 jogos, 11 vitórias, 48 gols pró e apenas oito gols contra. No ano seguinte o Palestra comemora em dobro, bi-campeão paulista e da primeira edição do torneiro Rio-São Paulo. 1933 marca também a inauguração do Estádio Palestra Itália, então o maior de São Paulo, e um dos únicos do País em concreto armado. No ano seguinte, 1934 o clube chega ao tri-campeonato paulista. Nos anos de 1935 e 1936, o Palestra começa a se tornar conhecido fora do país ao disputar amistosos contra o Boca Juniors, Estudiantes, Huracán e Velez da Argentina, além do Espanyol, de Barcelona. Em 1940 o Palestra tem a honra de inaugurar o estádio do Pacaembu, goleando o Coritiba por 6 a 2 na partida de estréia e vencendo o Corinthians por 2 a 1 no domingo seguinte, tornando-se Campeão da Taça Cidade de São Paulo, primeiro Campeão do Estádio do Pacembú. 1941 marca a estréia do maior ídolo do clube na década de 40, o goleiro Oberdan Cattani, junto com Waldemar Fiúme; Oberdan domina o gol palestrino por quinze anos. Mudança de nome, o Palestra torna-se Palmeiras O Palestra Itália foi forçado a mudar de nome por ocasião da Segunda Guerra Mundial. Após manter uma posição de neutralidade ao longo dos três primeiros anos do conflito, em 28 de janeiro de 1942 o Brasil rompeu relações diplomáticas com os Países do "Eixo" (Alemanha, Itália e Japão), sinalizando a posição que formalizaria em 31 de Agosto do mesmo ano, quando declarou guerra a estes Países, alinhando-se com os "Aliados", (EUA, Inglaterra, França, e outros países). Na tentativa de atenuar a situação, em março a diretoria do clube passa a utilizar o nome de "Palestra de São Paulo". A troca não chega a ser formalizada, e a medida tem pouco ou nenhum efeito, já que o costume da imprensa e dos torcedores nesta época era o uso apenas da palavra Palestra, que continuava existindo, assim como suas cores inalteradas, que faziam referência à Itália. A situação agravou-se com o decreto-lei de 17 de junho de 1942, exigindo que as agremiações esportivas que tivessem nomes estrangeiros mudassem suas denominações, e finalmente em 31 de Agosto o governo brasileiro declarou formalmente o estado de Guerra contra os Países do "Eixo". Duas semanas depois, na noite do dia 14 de setembro de 1942, a diretoria do Palestra reuniu-se em sessão extraordinária para discutir a exigência dos militares, de mudança total do nome, a despeito de Palestra ser uma palavra grega. Após horas de discussão e resistência, e da sugestão de nomes como Piratininga e Paulista, decidiu-se finalmente por Sociedade Esportiva Palmeiras, em parte pela preservação da letra P nos escudos e símbolos do clube, e em parte em homenagem à Associação Atlética das Palmeiras, clube então extinto mas que sempre manteve excelente relacionamento com o Palestra Itália, tendo fornecido apoio decisivo em diversas ocasiões de litígio com dirigentes do futebol paulista. A cor vermelha foi retirada, mantendo-se apenas o verde e branco, e no escudo foi removida a letra I, manténdo-se apenas a letra P sob o fundo verde. Atendidas as exigências das autoridades, o Palmeiras entrou em campo no domingo seguinte para decidir o título do campeonato contra a equipe do São Paulo, trazendo duas novidades: Para evitar os protestos e vaias contra a equipe, planejados por vários dias pelos torcedores da equipe rival, o "alvi-verde imponente" surgiu com seu vice-presidente, o capitão do Exército Adalberto Mendes liderando a equipe que entrou em campo carregando uma bandeira brasileira. Após alguma indecisão e silêncio, o estádio aplaudiu de pé os jogadores, deixando a rivalidade apenas para a disputa nos gramados. A outra novidade, percebida apenas anos depois, foi a troca da camisa dos goleiros, que eram brancas desde 1914 e que a partir de então passaram a ser azuis, numa sutil homenagem às raízes italianas, através do uniforme da Seleção daquele País, que faz referência às cores reais da Casa de Sabóia. Por todos estes ingredientes, esta foi uma final épica, marcada pela garra e determinação dos jogadores do Palmeiras, que em sua primeira exibição impuseram 3 a 1 no rival que ainda abandonou o campo aos 19 minutos do segundo tempo quando havia um penalti a ser batido pela equipe alvi-verde. O Palestra Itália morreu líder em 14 de setembro de 1942, e o Palmeiras nasceu campeão uma semana depois, no dia 20 de setembro.

A era Parmalat

No começo da década de 90 o Palmeiras segue sem títulos, mas em abril de 1992, a diretoria assina contrato com a multinacional italiana Parmalat e anuncia profundas mudanças, entre elas a camisa, que ganha listras brancas e o verde fica mais claro. Vários craques são contratados, entre eles o meia Zinho, os atacantes Evair e Edmundo, o lateral esquerdo Roberto Carlos, o volante César Sampaio (capitão do título da Libertadores em 1999) e o zagueiro Antonio Carlos. Com esses jogadores e alguns outros, foi criado um dos times inesquecíveis da história do futebol mundial. No "Paulistão" de 1992, o Palmeiras é vice-campeão

2002 - 2007

Segunda divisão e o retorno à elite Em 2002 o clube foi rebaixado à segunda divisão do Campeonato Brasileiro devido a péssima campanha no campeonato daquele ano, mesmo contando com uma equipe bastante forte, pelo menos no "papel", já que na prática isso não resultou em bons resultados, a última e derradeira partida ocorreu na Bahia na derrota para o Vitória. Em 2003 disputou e venceu o campeonato da segunda divisão com larga folga em relação aos seus adversários, retornando à primeira divisão no ano seguinte. Nessa equipe campeã da "série B", o Palmeiras fez uma grande reformulação no seu elenco e apostou as suas fichas em garotos revelados pelo clube, entre eles Vágner Love. Em 2004, o clube obteve a quarta colocação no campeonato brasileiro e retornou à Libertadores da América, disputa em que é o clube brasileiro com o maior número de participações, além de quatro finais disputadas. No ano de 2005 o Verdão fica novamente em quarto lugar no "Brasileirão" e garante vaga na Pré-Libertadores de 2006, onde passa com folga pelo Deportivo Táchira da Venezuela, tendo garantido assim, mais uma participação na Libertadores, que acabaria frustrada nas oitavas de final, após derrota diante do rival São Paulo, após dois jogos equilibrados e uma atuação considerada infeliz do trio de arbitragem comandado por Wilson Souza de Mendonça, que de certa maneira "ajudou" a decidir o confronto anotando um pênalti inexistente em cima de Júnior após "armar" de forma involuntária um contra-ataque a favor da equipe do Morumbi. No mesmo ano de 2006, faz boa campanha no Campeonato Paulista, mas termina na terceira posição, devido a ausência de seu melhor jogador até então, Juninho Paulista. No campeonato brasileiro realiza uma das piores campanhas da história palestrina, contudo, consegue escapar do rebaixamento. Em busca do retorno às glórias Após um final de 2006 turbulento, o Palmeiras começa o ano de 2007 renovado, buscando um melhor planejamento para voltar a lutar efetivamente por títulos. Encerrada a fraca campanha no campeonato brasileiro, o presidente Affonso Della Monica decidiu promover uma grande reformulação no departamento de futebol do clube, mesmo já estando no final de seu primeiro mandato. Essa reformulação iniciou-se com o afastamento do então diretor de futebol Salvador Hugo Palaia, considerado como uma personalidade egocêntrica e geradora de conflitos como o que marcou a saída do elogiado treinador Tite. Sua substituição por Gilberto Cipullo, homem forte do clube nos "anos dourados" da Parmalat, foi seguida pela contratação do técnico Caio Júnior e a dispensa de diversos jogadores que não agradavam a torcida, sendo alguns deles com salários considerados altos para a difícil situação financeira do clube, tais como Juninho Paulista e Marcinho. Para superar algumas perdas, o Palmeiras investiu na contratação de alguns jogadores elogiados pela crítica na última temporada, tais como o zagueiro Edmílson, os volantes Pierre e Martinez, além dos atacantes Florentín e Cristiano. Com um elenco mais enxuto e buscando planejar a colheita de bons resultados em um maior prazo, o Palmeiras de 2007 é um time em formação, mas que já espera pela crescente pressão dos torcedores para a conquista de títulos importantes (que não aparecem desde 2000). No campo político, Della Monica conseguiu se reeleger para mais dois anos de mandato dentro do clube em 22 de janeiro, derrotando Roberto Frizzo e colocando em xeque o futuro político do ex-presidente Mustafá Contursi, aliado do rival. Para vencer as eleições, Della Monica contou com o apoio de outros nomes importantes da era Parmalat, como Seraphim Del Grande e Luiz Gonzaga Beluzzo (relegados ao ostracismo durante os anos em que Contursi dirigiu o clube), e de uma maioria significativa de torcedores, esperançosos com a volta de administradores que antes eram considerados como símbolo da boa organização que marcou a gloriosa década de 1990 do alviverde. Em setembro de 2007 o lateral direito Amaral transfere-se diretamente do Palmeiras para o Corinthians, sendo o primeiro jogador a realizar tal transferência desde Neto, que o havia feito no final da década de 80.


Desempenho em Campeonato Brasileiro Série A


Ano Posição Ano Posição
2006 16º 1988 16º
2005 1987
2004 1986
2003 - 1985 30º
2002 24º 1984 20º
2001 12º 1983
2000 1982 -
1999 10º 1981 31º
1998 1980 13º
1997 1979
1996 1978
1995 1977
1994 1976
1993 1975
1992 11º 1974 11º
1991 1973
1990 1972
1989 1971



Títulos


Internacionais
Copa Rio - 1951 - Torneio Internacional de Clubes Campeões
Taça Libertadores da América de 1999
Copa Sul Americana Mercosul - 1998

Nacionais
Campeonato Brasileiro: Série A - 1972, 1973, 1993, 1994
Série B - 2003
Copa do Brasil - 1998
Taça Brasil - 1960, 1967
Torneio Roberto Gomes Pedrosa - 1967, 1969
Torneio Seletivo Taça de Prata - 1981
Copa dos Campeões - 2000

Regionais
Campeonato Brasileiro:
Torneio Rio-São Paulo - 1933, 1951, 1965, 1993, 2000
Torneio dos Campeões SP×RJ - 1926, 1942, 1947

Estaduais
Campeonato Paulista - 1920, 1926 (invicto), 1927, 1932 (invicto), 1933, 1934, 1936, 1940, 1942, 1944, 1947, 1950 (ano santo), 1959 (supercampeão), 1963, 1966, 1972 (invicto), 1974, 1976, 1993, 1994, 1996 (melhor campanha da era profissional). 21 títulos no total.
Campeonato Paulista Extra - 1926 (invicto), 1938
Taça Estadual de Campeão - 1920, 1926, 1927, 1932
Torneio Início do Campeonato Paulista - 1927, 1930, 1935, 1939, 1942, 1946, 1969
Taça dos Invictos - 1933/1934, 1972, 1973, 1974, 1989


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