Anatomia  – Rogério

Quando se fala em crânio, no termo geral, está se comentando sobre toda essas estrutura, extremidade superior do corpo. Na verdade, esse crânio esta dividido em duas partes: víscerocrânio, que é a parte do crânio que esta em relação com as vísceras, o inicio dos sistemas respiratório e digestório; e neurocrânio, a maior parte do crânio, onde se encontra alojado uma parte do sistema nervoso central, o encéfalo. O víscerocrânio é o que comumente chamamos de face.

Se tentarmos visualizar diferentes crânios de diferentes pessoas, pode-se notar que a morfologia desses crânios vai variar de pessoa para pessoa. Isso existe justamente devido a uma morfologia óssea diferenciada de uma pessoa para outra. Isso acontece porque os tecidos moles que estão por cima desse tecido ósseo apresentam uma espessura extremamente pequena, e isso permite que, através de inspeção, possamos visualizar essa morfologia diferenciada de pessoa para pessoa. Alem da inspeção, através da palpação, podemos identificar muitas das estruturas (acidentes anatômicos) no individuo vivo. Isso é devido graças a essa pequena espessura desses tecidos que estão sobre este arcabouço ósseo. É facilmente palpável toda a borda da órbita, borda supra e infra orbitária; região de zigomático, arco zigomático,locais onde tem o forame ou incisura supra-orbital, o forame infra-orbital, a mandíbula em quase toda sua extensão. Isso tudo é permitido por essa espessura diminuída. Esses tecidos estão acima do tecido ósseo.

A face é subdivida em três segmentos: superior, médio e inferior. Esses segmentos possuem uma certa semelhança em tamanho, sendo que o inferior é um pouco maior devido à expansão da mandíbula em direção ao temporal.

Os pontos craniométricos que possuímos no crânio: glabela, násio, bregma. São pontos que tem a função de medida do crânio. Se unirmos alguns pontos craniométricos, surgem alguns padrões de crânio e faces. Se unirmos os pontos mais altos que formam os arcos zigomáticos, tem-se a largura da face. Da mesma maneira, se unirmos o násio ao ponto mentoniano, tem-se a altura da face. Essa altura e essa largura podem variar de pessoa para pessoa. Daí existirem pessoas que possuam uma altura de face maior que a largura (leptoprósopos). Lepto vem se cavalo, que possui face com altura muito alta. Indivíduos orientais, de ascendência nordestina ou nortista, apresentam largura de face maior do que altura. Dependendo dessas proporções da face, nos termos acidentes anatômicos mais amplos ou menos amplos. Por exemplo, a fissura ptério maxilar, que une a fossa ptérigo-palatina com a fossa infra-temporal, esta entre o processo pterigóideo de um lado e a maxila do outro lado, é mais ampla nos indivíduos euriprósipos do que nos leptoprósopos. Conseqüentemente, quando se vai intervir em uma parte próxima a essa fissura em indivíduos euriprósipos, existe uma probabilidade maior desse trauma ser levado ate a fossa ptérigo-palatina, já que esta é mais aberta do que nos indivíduos leptoprósipos. Os arcos zigomáticos são mais amplos, mais afastados da fossa temporal no individuo europrósipo. No individuo que tem a face mais larga, os arcos são mais protrusos, mais afastados do crânio. E isso favorece as fraturas de arcos zigomáticos. Os locais mais proeminentes da face estão mais sujeitos a fraturas. A região dos arcos zigomáticos, dos osso zigomáticos e a região dos ossos nasais são três regiões muito prováveis de serem fraturaram em trauma de fronte e traumas laterais. Os tipo faciais são bastante diferenciados.

Como a pele esta muito próxima do tecido ósseo, ela acompanha a sua morfologia e, conseqüentemente, qualquer alteração no tecido ósseo é transmitida, indiretamente, para a pele. Quando se perde um dente ou um grupo de dentes e mais o osso que suporta o dente, vai haver uma alteração na pele que recobre esse osso e esse dente que foram perdidos. Da mesma maneira, quando se tem uma excessiva ação muscular, uma vez que os músculos que agem na pele da face inserem-se nela, tem-se na pele sinais dessa excessiva ação muscular. Um dos fatores que levam pessoas a recorrerem às injeções de toxina botulínica, em alguns locais da face, se dá devido à atenuação da ação desses músculos sobre a pele, fazendo cm que as marcas da idade sejam facilmente percebidas.

O sulco naso-labio-geniano, que une a região nasal, labial e a região geniana, ou região da bochecha, pode estar mais profundo em algumas pessoas e menos em outras. Aquelas pessoas que apresentam esse sulco mais profundo tende a tê-lo aprofundado com a idade. E aquelas que não o apresentam tão profundo, terão-no aprofundando com a idade. Muitas vezes, os profissionais da dermatologia fazem uso de substancias (ex: retilane, injeção de colágeno nos sulcos) sem saber o fator causal desse sulco aprofundado. Na verdade, mesmo que a pessoa tenha todos os dentes, com o correr da idade, tem-se a tendência de uma diminuição na altura da face, porque os dentes se atritam entre si e desgastam. Não adianta fazer uso de um preenchedor de sulco, se existe um problema que não foi resolvido. O que acontece com freqüência é o dermatologista fazer uso do preenchedor e, depois de alguns meses ou anos, a situação voltar à de antes da injeção. Na verdade, o paciente vai reclamar por ter gastado uma certa quantia e não ter tido o resultado desejado. O fator causal desse sulco aprofundado é o decorrer da idade e o desgaste das estruturas. O mal posicionamento de estruturas que estão na face levam as pelos do lábio superior e inferior a se alterarem morfologicamente, notando-se a formação de pregas verticais, principalmente no lábio superior, com o avançar da idade (boca de maracujá). Isso é uma característica etária e de ação muscular muito grande, fazendo o pregueamento dos sulcos e lábio superior.

Acidentes anatômicos importantes: bordo supra-orbitario e forame ou incisura supra-orbitário; 1 cm abaixo do bordo inferior da órbita tem-se o forame infra-orbital. Na região da mandíbula, a nível de pré-molares inferiores, nota-se o forame mentoniano. Num indivíduo vivo, olhando para o horizonte, encontram-se esses três pontos numa mesma linha de localização. Isso é importante porque os que forem atuar na dermatologia, terão que anestesiar esses locais para poder intervir nessas regiões de fronte, pálpebra e lábios.

E estrutura do terço médio da maxila é convexa em todos os sentidos, por isso a harmonia do terço médio da face. Se os dentes fossem todos eles alterados de posição, teria-se uma desarmonia da estrutura mole da frente. Isso tem importância, encontra-se politraumatizados com fraturas nessa região de processo alveolar e poderão, já na primeira inspeção, notar uma alteração grande na morfologia da maxila, através da pele que é fina. A morfologia tanto da maxila quando da mandíbula, na região anterior, é de grande importância para manter esse senso estético que possuímos.

Lembrar o zigomático e sua relação com a cavidade orbitária, o qual, geralmente, quando fratura, fratura não só a união com a maxila, mas também com o temporal, e vai haver um afundamento do zigomático. Antigamente ele era chamado de malar, esses afundamentos vão causar alteração nos conteúdos da cavidade orbitária, e fazendo com que o individuo tenha uma compressão do bulbo ocular e da musculatura, e isso vai levar a uma alteração da visão. Na região dos ossos nasais a fratura também é comum, e como esses ossos estão em intima relação com a lamina perpendicular do etmóide, e esta com a lamina crivosa (ou cribiforme), se esse trauma for muito grande, pode haver rompimento da lamina crivosa, da dura mater, aracnóide, com escoamento do liquido céfalo raquidiano, causado rinorréia, que é o sangramento acompanhado do liquor, e isso acontece nos traumas de fronte quando acomete o osso nasal mais a lamina perpendicular do etmóide e a lamina crivosa do etmóide. Essas três partes se fraturam e rompem a dura mater e a aracnóide e vão fazer o escoamento do liquido cefalorraquidiano. Com relação às fraturas do arco zigomático, logo quem esta abaixo dele é o músculo temporal (tendão) e quem esta se prendendo nele é o masseter. Se houver fratura de arco zigomático, vocês tem que colocar para que esse músculos desse lado façam a sua ação, porque se eles não fizerem é por algum motivo, por exemplo, no caso do temporal, a gente sabe que com a fratura do arco zigomático, ele vai ter dificuldade de fazer a elevação da mandíbula, pq ele vai estar totalmente comprimido e vai sentir muita dor ao fechar a boca , e no caso do masseter, ele vai ter uma seqüela nessa elevação, já que ele também atua na elevação da mandíbula.

Existe uma linha imaginaria que une os forames supra-orbital (onde passam os vasos e nervos supra-orbitais), infra-orbital (onde passam os vasos e nervos infra-orbitais) e forame mentual (onde passam vasos e nervos mentuais). Esse linha esta em comum acordo com o centro pupilar.

Existem forames que estão na região da sutura sagital chamados de forames parietais. Eles podem existir nos dois parietais, ou em um parietal e no outro não. Por eles passam a veia emissária parietal, que vai unir veias que estão na superfície do couro cabeludo, com veias que estão dentro do crânio, e a importância clinica se deve a difusão de infecções, da parte externa do crânio com a parte interna do crânio. Essas comunicações da superfície do crânio com a parte endocraniana são fundamentais principalmente porque grande parte dos traumas são acometidos em regiões e lugares altamente sépticos, então essa infecção pode se propagar com facilidade.

Os dois parietais apresentam regiões mais convexas, mais elevadas, chamadas de "boças parietal", inclusive o perímetro cefálico é verificado através dessas convexidades existentes nos parietais. Em crânios de recém nascidos essas boças são bem evidentes porque são centros de ossificação primários, e ele é mantido no individuo adulto.

Observar a sutura lambdóide (separa os ossos parietal e temporal do occipital), o lambda (junção da sutura sagital e lambdóidea), a linha nucal superior, protuberância occipital externa e a linha nucal inferior. Numa vista lateral dá pra ver o mastóide, na frente deles o meato acústico externo e a articulação temporomandibular à frente do meato acústico externo. A parte anterior do meato tem uma parede extremamente fina, e essa finura vai fazer com que algumas das alterações da articulação temporomandibular tenham efeitos na orelha, principalmente dando zumbidos, chieiras e ate mesmo algumas otites externas. Daí essa relação anatômica com a o meato ser importante, já que as duas estão intimamente relacionadas.

A fossa temporal é uma depressão, e abaixo dela esta a fossa infratemporal que corresponde à parte profunda da face. Na vista inferior é possível ver a porção petrosa e o canal carótido (onde passam a artéria carótida interna e o plexo carótico interno), o forame lacerado (no vivente, este forame é coberto por uma lamina de cartilagem. Por cima dessa lamina passam, horizontalmente, a artéria carótida interna e seus plexos venosos e simpático acompanhantes, e alguns nervos. Lateralmente ao forame existe um sulco, o hiato do canal do nervo petroso maior, por onde passa o nervo petroso maior), o forame oval (com nervo mandibular, artéria meníngea acessória e, ocasionalmente, o nervo petroso menor), o forame espinhoso (artéria e veias meningeas medias e ramo meningeo do nervo mandibular) os processos condilar occipital, e algumas estruturas como o forame palatino maior e menor e o forame incisivo (ou fossa incisiva).

Reparar o grau de porosidade existente principalmente na maxila quando comparada com a mandibula, e isso justifica que nos temos uma quantidade grande de vasos que penetram por esse tecido ósseo, mais na maxila do que na mandíbula, o que justifica uma regeneração da maxila muito mais rápida do que na mandíbula, já que sua vascularização é maior, e conseqüentemente nos vamos ter uma proteção (defesa) mais rápida na maxila. Por exemplo, quando temos um processo infeccioso na maxila ele não cresce rápido por causa da defesa existente (ao contrario da mandíbula, por ser pouco irrigada), porem, no caso de tumores, isso não é valido. Na mandíbula as regenerações são difíceis e os processos infecciosos tem uma amplitude muito grande.

A mandíbula é um osso extremamente irregular, difícil de se executar algumas das tarefas e manobras necessárias, porque é um osso móvel (único da face) e alem disso as duas articulações temporomandibulares (ATM) direita e esquerda podem fazer o mesmo movimento simultaneamente e podem fazer movimentos diferentes de cada lado. Isso faz com que ela, alem de ser classificada como um osso irregular, tenha dificuldades em executar tarefas. De anterior para posterior há uma divergência no corpo da mandíbula em relação aos ramos, aos processos condilares e aos processos coronóides, que é bem vista superiormente. Lembrar, na mandíbula, a localização dos forames mentonianos, que estão à meia distancia dos bordos superior e inferior da mandíbula, e a abertura deles ocorrem para cima e para trás, por isso uma parte das infiltrações é executada de cima para baixo e de posterior pra anterior. O nível da localização desses forames são o primeiro e segundo pré-molares inferiores. A compacta da mandíbula não tem a porosidade da maxila. Isso mostra uma baixa irrigação do individuo adulto da mandíbula quando comparada com a maxila. Ao abrir a boca, consegue-se apalpar em largura e altura o ramo da mandíbula. Conseqüentemente, nos indivíduos leptoprósopos, o ramo é mais alto do que sua distancia antero posterior. No individuo euriprósipo vamos ter uma largura de ramo bastante ampla, e isso é importante porque se medirmos isso antecipadamente e fizermos uma palpação previa, vamos notar que a meia distancia da altura e a meia distancia da largura do ramo, vamos encontrar o forame mandibular, então para chegar a esse forame usa-se agulha longa ou curta, dependendo do tipo facial do individuo. Esta área pode ser usada para bloquear dois nervos ao mesmo tempo, o lingual e o alveolar inferior.

Alguns problemas de ordem dentária podem se disseminar não só para o pescoço mas também para membros superior.

A coluna cervical fica mais posterior do que o crânio, porque a parte posterior do crânio é mais pesada. A parte anterior do crânio é mais leve porque possui muitas cavidades, que são os seios paranasais. A mandíbula, se colocada em uma posição diferenciada da normal, fará com que o peso caminhe em direção anterior e, conseqüentemente, a cervical será a primeira a sofrer com essa alteração. A lordose da cervical pode ser aumentada devido a alterações na posição da mandíbula. Entre os músculos escaleno anterior e médio, passam nervos do plexo braquial e, se houver hipercontratibilidade desses dois músculos, haverá compressão do plexo braquial e dormência nessa região do membro superior, dormência essa semelhante à do infarto do miocárdio.

Na vista anterior do crânio de um feto, pode-se observar uma discrepância entre a face e o crânio, e isso é uma característica do recém nascido, pode-se observar neles, globos oculares grandes, nariz e boca (mandíbula e maxila muito finas e com alturas pequenas) pequenos e isso se deve ao fato do sistema respiratório não está completamente desenvolvido, os seios paranasais também estão em aumento e o sistema mastigatório não está totalmente em função. Conseqüentemente a face fica muito pouco desenvolvida, com apenas desenvolvimento das duas cavidades orbitárias que são bastante amplas. O osso frontal é duplo na criança e ele se fecha no adulto, podendo haver uma persistência dessa sutura no adulto que pode-se ser confundida com uma fratura. Essa sutura que une os dois ossos frontais numa criança é chamadas de sutura frontal (ou sutura metópica). Numa vista superior dá pra notar que existem estrutura(tecido conjuntivo fibroso) que lembra a sutura, mas que corresponde a fontanela pregmática que depois , mais adiante, vai formar o bregma que é um dos pontos craniométricos. Essa fontanela pregmática protege estruturas que estão internamente ao crânio e quando a criança está desidratada dá p´ra notar uma fontanela mais baixa e isso resiste até mais ou menos 2 anos de idade. Essa fontanela é importante porque durante o parto, o perímetro encefálico do feto tem que passar pelo canal do parto, então os ossos têm que um cavalgar sobre o outro para permitir a passagem pelo canal do parto. Depois da passagem eles voltam a posição original. Existe um outra fontanela atrás que é a fontanela lambdóide e existem mais 2 de cada lado, laterais, que ajudam a permitir o cavalgamento dos ossos para a diminuição do perímetro cefálico. Tem a fontanela ptérica e astérica que corresponde a dois pontos com quantidade de tecido conjuntivo fibroso grande, e essas se fecham mais cedo do que a fontanela pregmática que é a última a ser fechada.O tecido ósseo da cabeça pode sofrer rupturas não só das suas compactas como também dos seus trabeculados. Existem 3 fraturas mais comuns nos ossos da face, quye são conhecidas como Le Fort 1, Le Fort 2, Le Fort 3. A fratura de Le Fort 1 é uma fratura onde o indivíduo fica com os dentes superiores todos suspensos em relação ao restante da face, os dentes ficam todos moles. A Le Fort 2, o terço médio da maxila e os dentes superiores se abaixam e a Le Fort 3 é uma disjunção crânio facial, onde toda a face é abaixada e o restante do crânio acima, ocorre uma desproporção grande de face e de crânio. Na mandíbula existe também alguns tipos de impactos e principalmente compressões entre os dois ramos(um contra o outro) e regiões mais fracas. Uma dessas regiões causa a fratura chamada de para-sinfisária que fica lateral ao que eles chamam de pseudo sínfise mandibular. As mais comum são as pra-sinfisárias e do corpo da mandíbula. A para-sinfisária quando acontece sobre a ação de músculos vai causar um desalinhamento dos dentes do arco inferior, e a de corpo quando acontece o indivíduo quando abre a boca vai desviar a mandíbula para o lado que ele está fraturado. Fraturas para-sinfisárias e de colo são muito comuns em socos de baixo para cima no nível do mento. (nas fraturas para-sinfisárias, abre-se e coloca titânio para fazer osteosíntese, não só no ramo como também no nível do colo.) As fraturas de colo são muito perigosas pois este está relacionado com estruturas vitais do indivíduo como por exemplo a artéria maxilar que passa medialmente, o nervo facial, a veia retromandibular, e mais uma série de estruturas que estão ao redor do colo da mandíbula, que até mesmo dificultam intervenção no de cirurgia pois pode deixar seqüelas. Em todas as fraturas da mandíbula ela tem que ficar fixada a maxila, pois por ela ser um osso mole ela permite movimentos amplos e aí tem os contensores que são levados dos dentes da mandíbula para os dentes da maxila(no caso de hoje usa-se uma série de borrachas, para manter esse contato).

Com relação à articulação temporo mandibular, ela só se forma totalmente após a erupção de todos os dentes permanentes. As articulações, com o passar da idade e a perda dos elementos dentários, involuem. Essa articulção é formada pela fossa mandibular, pela eminência articular e pelo côndilo da mandíbula. Essa é uma articulação sinovial condilar, e a região do colo tem relação com o processo estilóide. Outras relações também existem com a asa maior do esfenóide, o meato acústico externo, a placa timpânica. Numa vista posterior, o côndilo na porção normal, não ocupa a parte posterior dessa fossa porque a cápsula dela se fixa a essa fissura que é chamada de fissura petro escamosa. Essa porção posterior é ocupada por tecido adiposo e dentro desse tecido adiposo temos o nervo aurículo temporal. Se por compressão desse côndilo, o nervo aurículo temporal for atingido, teremos seqüelas como a parestesia na região da pele da têmpora(dormência). Como toda articulação sinovial, ela possui uma superfície articular, só que a característica dessa superfície é que ela apresenta uma rica quantidade de fibras colágenas, porque ela não é uma cartilagem hialina somente, ela tem fibras colágenas na sua superfície articular visto a quantidade de impacto que ela recebe, já que a mastigação chega ao redor de 200kg/força. Por isso essas superfícies tem que estar extremamente resistentes a esses impactos. Existe também um disco articular que separa essa cavidade articular em dois espaços, que é um espaço supra-discal e um espaço infra-discal, e repare que o disco acompanha a morfologia da superfície óssea que esta superior e inferior a ele. Esse disco está fixado ao côndilo e deve acompanhar o côndilo em todos os seus movimentos. O disco é um amortecedor de impacto pois suas fibras não estão dispostas aleatoriamente, elas se dispõe de tal forma a neutralizar qualquer tipo de impacto. A disposição é mais fina na parte central, e mais espessa nas partes periféricas. Isso explica porque é muito difícil o disco ser ultrapassado pelo côndilo, já que a periferia dele é bastante espessa quando comparada à parte central, então a perfuração dele, quando existir ocorre mais na parte central. A parte central é pouco irrigada e pouco inervada. A superfície do disco possui uma série de depressões que estão aí para manter um contato maior entre o líquido sinovial com a superfície para fazer aquela nutrição por difusão, que é fundamental para manter a vitalidade desse disco.; Uma parte desse disco, (a parte anterior) está presa a uma porção do músculo pterigóideo lateral, e a outra porção se une ao colo da mandíbula. Tem uma cápsula que é reforçada por ligamentos capsulares e por ligamentos extra-capsulares. Um dos ligamentos capsulares é o temporo mandibular, que une a mandíbula e o osso temporal, outro ligamento extra capsular vai do processo estilóide até a mandíbula (ligamento estilo-mandibular) e o esfeno mandibular que vai da espinha do esfenóide até a língula da mandíbula.São todos ligamentos extra capsulares que vão reforçar essa cápsula impedindo movimentos indesejáveis.

As ATM direita e esquerda podem agir num mesmo movimento simultaneamente, e aí a gente vai ter o movimento de abertura e fechamento da boca, de retrusão e protusão. Já quando apenas uma ATM faz um tipo movimento e a outra faz outro movimento, aquela que faz o movimento maior faz com que exista uma lateralidade da mandíbula, isto é, ela vai ser guiada pro lado oposto ao músculo que está agindo. Essa articulação é palpada no indivíduo vivo, anterior à região do meato acústico (que é o tragos). Na frente do tragos, tem a ATM. De boca fechada esse côndilo está no local, e de boca aberta ele migra anterior e inferiormente. O meato pode também ser utilizado para ver se existe uma compressão da parede, da placa timpânica; se você introduz o dedo nesse meato acústico externo, você chega a uma parte da orelha externa e aí se quando a pessoa fecha a boca existe uma grande compressão da parede posterior está diagnosticado um zumbido que pode caracterizar uma otite que é comum em indivíduos com mal posicionamento do côndilo na fossa mandibular. Quando criança pode ocorrer fraturas não identificadas ao raio x, e que no adulto viram calos ósseos que vão diminuindo mais que ainda irão interferir na movimentação da articulação.

A ATM pode sofrer alterações, como por exemplo quando é utilizado o fórceps para remoção da criança pelo canal do parto. Ele é colocado próximo ao meato acústico externo, apertado e a criança é puxada, podendo ocorrer traumas que provocarão ossificação da ATM, fazendo com que a mandíbula não cresça na parte posterior (região onde normalmente ela mais cresce). Isso causará micrognatia. A ATM é uma das primeiras articulações a ser acometida por artroses e pela artrite reumatóide, assim como as articulações da mão e do pé

Tecidos moles – couro cabeludo – escalpo.

As camadas que fazem parte do couro cabeludo são a pele, tecido (tela) subcutâneo denso, aponeurose epicraniana, tecido subaponeurótico frouxo e periósteo (ou pericrânio) que reveste o tecido ósseo do crânio.

Na segunda camada (tela subcutânea densa) encontramos grande parte dos vasos que vão irrigar e drenar o couro cabeludo.À frente da aponeurose existe um ventre muscular e atrás dela tem outro ventre muscular, do músculo occipitofrontal, e a aponeurose é como se fosse uma zona intermediaria entre as camadas superficiais e profundas. O tec. subaponeurótico frouxo permite a movimentação, deslizamento do couro cabeludo. No periósteo existem vasos que se comunicam com vasos que estão dentro da cavidade craniana.

Sabendo a origem do músculo occipitofrontal, é possível diagnosticar precisamente se o hematoma ocorre acima ou abaixo da aponeurose. O ventre frontal do occipitofrontal se origina da região da pele da fronte (faz elevação do supercílio), e o ventre occipital vai ate a linha nucal superior. Se o hematoma estiver abaixo da aponeurose e caminhar em direção anterior, ele chegará até a pálpebra superior, pois o músculo se prende na pele e é a continuação da aponeurose, e se o hematoma esta por baixo da aponeurose, ele não passara e não chegara ate a pálpebra superior. Os hematomas sub-aponeuróticos levam a derramamento de sangue na região de pálpebra superior, e os supra-aponeuroticos não, pois o músculo se insere na pele da fronte e impede que o sangue escoe para a pálpebra.

Lembrar que a fáscia também se prende ao arco zigomático. Se o hematoma for supra-aponeurotico e caminhar para a região lateral, ele ficará por fora do arco zigomático. Se for sub-aponeurótico, entre o temporal e a aponeurose, haverá compressão no músculo temporal e dificuldade e dor no fechamento da boca.

Músculos da mímica agem sobre pele, mucosa e orifícios da face.

 

Músculos da mímica:

-depressor do ângulo da boca

-depressor do lábio inferior

-mentoniano

-bucinador (é o m. da bochecha)

-elevador do ângulo da boca (profundo)

Músculos da parte mais superficial da face: mm. Zigomáticos, orbicular do lábio, orbicular dos olhos ( porções palpebral e orbital), prócero (na raiz do nariz).

Esses músculos vão ser responsáveis pela formação de algumas das pregas ou sulcos que nós temos na fronte ou na região da órbita.

Obs: Abaixo do m. frontal existe um m. chamado corrugador do supercílio.

Não esquecer que há um músculo no pescoço (platisma) que é também um m. da mímica inervado pelo n. facial.

Todos os mm. da mímica são inervados pelo n. facial e são de origem do 2º arco branquial.

Notar a relação do m. bucinador com o ramo da mandíbula e com o m. temporal.

Na fenda labial ( vista interna dentro da cavidade bucal)_ observa-se uma musculatura imbricada, daí diz-se que o 1º esfincter do tubo digestório se dá na rima labial_ pq esses mm. Apresentam um imbricamento para diminuir ou aumentar o diâmetro da rima labial.

Algumas ações desses mm. da mímica:

_ Ação simultânea dos dois ventres frontais do occipito-frontal: formam-se pregas ou sulcos horizontais na fronte, por isso hoje utiliza-se botox nessa região para acabar com esses sulcos.

_ Ação da porção palpebral e orbital do m. orbicular: formando o que se chama: "pés-de-galinha" (tb coloca-se nessas parte lateral o botox).

Obs: essa toxina butolínica age impedindo a liberação de acetilcolina, consequentemente o m. se tornará paralisado durante um certo tempo. Por isso, as pessoas que fazem uso do botox, no início, aquela ação muscular vai diminuindo e aí as expressões faciais tb vão se apagando. A quantidade de botox utilizada deve ser mínima.

_ Corrugador do supercílio: formam-se sulcos verticais na região da raiz do nariz.

_ Prócero: formam-se sulcos horizontais.

_ Porção transversa (alar) do nasal: dilatação das narinas.

_ Ação do m. elevador do lábio superior e da asa do nariz: agem simultaneamente aumentando (um pouco) o lábio superior.

_ Mm. bucinadores: riso sardônico (forçado)_ ocorre um afastamento das duas comissuras da rima labial. Logicamente, para que isso ocorra deve haver a ação conjunta do m. elevador do ângulo da boca e zigomático maior.

_Ação do m. orbicular dos lábios: nota-se diminuição do diâmetro dessa rima labial

_ Ação bilateral dos mm. depressores do lábio inferior: eversão do lábio inferior

_Mm. depressores do ângulo da boca: a ação desses mm. é conjunta com a do m. platisma

_ M. mentoniano: ação conjunta com o m. depressor do lábio inferior – everte o lábio inferior

_ Ação do platisma: pela contração de suas fibras musculares nota-se elevações no pescoço, diminuindo a pressão sobre as estruturas do pescoço.

Para efetiva ação do platisma deve haver ação conjunta dos mm. que estão próximos à rima labial.

Músculos da mastigação

_ Fratura de coronóide: o m. vai puxar esse fragmento ósseo para cima, então, não teremos ação do m. temporal na elevação da mandíbula

_ M. temporal é envolto pela fáscia temporal ou aponeurose do temporal. Essas duas denominações podem ser dadas porque além de recobrir o músculo, existem fibras do temporal que se prendem e se originam da fáscia. Na verdade, essa fáscia vai se interpor entre o temporal e a aponeurose epicraniana que se prende no arco zigomático. Então, formar-se-à um espaço entre a fáscia temporal e a aponeurose epicraniana comunicando, assim, a fossa temporal com a fossa infratemporal.

_ Masseter: (relação com o zigomático, arco e mandíbula)

_ Pterigoideo medial: medial ao ramo da mandíbula. Prende-se ao processo pterigóideo. É palpado no indivíduo através da região do ângulo.

O pterigoideo medial e lateral tem direcionamento de fibras semelhantes, na elevação e protrusão. Na lateralidade é o pterigóideo medial que vai agir. Quando vc leva a mandíbula para um lado é o pterigoideo medial do lado oposto ao que foi desviado que vai agir.

_ Pterigóideo lateral: (ventres superior e inferior) prende-se à mandíbula e ao disco. Não dá para ser palpado no vivo. Ação conjunta dos pterigóideos laterais vai levar à protrusão e a abertura. A ação unilateral do pterigóideo lateral do lado D faz a mandíbula se deslocar para o lado E e vice-versa.

Notar a relação dos mm. pterigoideos lateral e medial. Um está mais superior e o outro vai até um nível inferior. Então, a direção de fibras de um é no sentido supero-inferior, do outro é no sentido ântero-posterior.

Os mm. que estão colocados na mandíbula e prendendo-se ao crânio possuem sobre cada um deles um vetor de força que tem que Ter uma resultante final que seja em pontos do crânio e sejam capacitados a neutralizar esforços.

Na prática, vcs viram um crânio pintado mostrando as linhas de distribuição de força, de neutralização de força. Essas medidas não foram feitas de forma aleatória. Aquilo foi feito através da musculatura que se desenvolve sobre aquele tec. Ósseo desde a vida intra-uterina. Já no 4º mês de vida intra-uterina existe trabeculado específico no tec. Ósseo capacitado a receber um tipo de impacto.

Com relação a irrigação:

_ A. carótida comum dividi-se em externa e interna. Da externa saem 2 ramos terminais: a. temporal superficial e a. maxilar. Ambas se bifurcam ao nível do côndilo da mandíbula e daí a a. maxilar passa medial ao côndilo e a. temporal superficial continua superficialmente atravessando o arco zigomático mantendo relação com o meato acústico externo e depois se bifurca em 2 ramos: um frontal e um parietal.

Toda parte profunda da face é irrigada por um ramo da a. maxilar.

Identificar:

a. meníngea média

a. alveolar inferior ( emerge pelo forame mentoniano e vai para região da mandíbula)

a. maxilar

a. infra-orbital ( emerge pelo forame infra-orbital)

a. facial ( ramo colateral da a. carótida externa). Tem trajeto no pescoço e na face. O trajeto no pescoço é mais profundo, passa profundamente à glândula submandibular e vai se superficializar no bordo inferior da mandíbula na frente do m. masseter.

Para sentir a pulsação dessa artéria facial basta fazer com que a mandíbula fique bastante forçada contra maxila e aí o masseter ficará evidente e no bordo inferior do masseter na intersecção com o ângulo da mandíbula é possível sentir essa artéria. E é o ponto mais superficial dela. Consequentemente, as incisões que se fazem na região da face não podem ser feitas no bordo inferior da mandíbula. Devem ser feitas abaixo desse bordo.

A a. facial termina no ângulo medial do olho, na a. angular que se anastomosa com a a. oftálmica. Daí temos uma anastomose entre a carótida externa e a carótida interna.

A a. facial possui trajeto tortuoso por 2 motivos:

Por causa da diminuição da pressão

Porque é uma área que tem uma movimentação extremamente grande

O sulco labionasogeniano é o ponto onde essa artéria se torna mais profunda. Esse sulco é o sinal da localização da artéria e veia facial.

Em cirurgias plásticas, a pele é deslocada apenas até esse sulco, pq depois disso os mm. estão presos na pele-mucosa. Nas pessoas que fizeram intervenções cirúrgicas na face nota-se que qdo a pessoa afasta os ângulos da rima labial formam-se pequenas covas nesta região devido a ação dessa musculatura que está tensa causado pelo repuxo que houve na face desse indivíduo.

Obs: a veia facial é toda superficial.

Infecções dentárias podem ser disseminadas via veia facial para a veia angular e oftálmica comunicando, assim, veias superficiais da face com veias que estão dentro do crânio.

Sulco labionasogeniano = área perigosa da face

frontal anastomosa-se com a a. supra-orbital e a a. parietal se anastomosa com a a. occipital e a orbicular posterior (ramos da carótida externa). Essa é a principal irrigação do couro cabeludo. As incisões são feitas de modo a manter esse tronco sempre intacto já que podemos fazer pedículos dessa pele junto com os vasos para qualquer local que ocorra perda de tecido mole. Esse pedículo arterial tem extrema importância nessas cirurgias reparadoras de face e de couro cabeludo. Esse pedículo deve ser mantido íntegro para transposição para outros locais.

_ N. auriculotemporal junto com ramos do n. facial.

Região profunda da glândula parótida encontra-se o n. facial e a v. retromandibular e a a. carótida externa. Qdo essa glândula é acometida por alguma patologia é necessário fazer ressecção dessa patologia, então, precisa-se Ter o cuidado para não lesar o nervo e a veia.

Nas parotidites (vulgarmente = caxumba) ocorre aumento do parênquima glandular. Como a fáscia dessa glândula é muito espessa, não permite a expansão desse parênquima o que provoca sensação de intensa dor. Em contrapartida, as estruturas internas vão ser comprimidas (n. e v.) por causa disso pode ocorrer paralisias temporárias.

Da região da superfície do crânio para região interna do crânio passando pelos forames emissários, passam veias emissárias e aí ocorre comunicação da circulação intra e extracraniana.

A v. facial tb se anastomosa com veias profundas da face e aí temos o plexo venoso pterigóideo drenando para v. maxilar que vai se juntar com a v. temporal superficial para formar a v. retromandibular.

Com relação à drenagem linfática, existe um grupo de linfonodos que estão superficialmente à gl. parótida – linfonodos parotídicos ou pré-auriculares. Eles drenam a linfa da pálpebra superior, pálpebra inferior, conjuntiva palpebral e bulbar.

Existe o grupo de linfonodos submandibulares que ficam na região mais superficial do pescoço. São os principais na drenagem superficial da face. Drenam a parte superficial do ângulo do olho, raiz e pele do nariz.

Linfonodos submentonianos drenam a mucosa da região mediana do lábio inferior.

Linfonodos retroauriculares ou retromastoideos.

Colar cervical: conjunto de linfonodos parotídicos, submandibulares, submentonianos e retroauriculares. Estes drenam em direção ao ducto torácico.

· Têmpora para região pré-auricular de linfonodos

· Ao redor da jugular externa, existe o grupo de linfonodos jugulares externos.

Com relação à inervação existem 3 áreas específicas ( correspondem a origens embriológicas diferente)

· Processo fronto nasal ( n.oltálmico-ramo do trigêmio)

· Porção maxilar do trigêmio

· Porção mandibular do trigêmio

Ramos do trigêmio:

· Supra-orbital e supra troclear ( fazem parte da porção oftálmica e vão ser bloqueados ao nível do forame supra orbitário ( n. supra-orbital) e o outro nervo medialmente ao forame que é o supra troclear. Esse dois nervos são responsáveis pela inervação da pele de fronte, de pálpebra superior de conjuntiva de pálpebra superior, de canalículo lacrimal de seio frontal e parte do couro cabeludo. O n. supra troclear está sobre a tróclea por isso recebe esse nome.

A porção maxilar do trigêmio emerge pelo forame infra-orbital. Ele emerge sob a formação de 3 ramos:

1. palpebral inferior

2. nasal lateral ( inerva a asa do nariz)

3. labial superior

Nervos:

· n. infra-orbital

· n. alveolar supero-posterior; médio e anterior = formam o pelxo alveolar inerva os dentes superior

· n. lacrimal ( ramo do trigêmio)

alguns ramos da porção mandibular:

· 2 n.n. temporais profundos

· n. alveolar inferior

· n. lingual. Os dois últimos podem ser bloqueados juntos próximos ao forame mandibular

o n. alveolar inferior ao chegar próximo ao forame mentoniano, ele se bifurca e um emerge do forame - n. mentoniano e outro segue adiante – n. incisivo.

· N.lingual = principal inervação é a língua

· N. bucal = predominantemente sensitivo para pele e mucosa da bochecha e de uam parte da gengiva.

· Ramo bucal do n. facial – é um n. motor leva motricidade para os músculos da mímica.

· N. auriculo temporal- passa por trás da art. Têmporo-mandibular e se distribui para a pele da têmpora.

Forame estilomastóideo- está entre o processo estilóide e o processo mastóide. Neste forame estilomastóideo o n. facial emerge com um tronco único que recebe o nome de porção extrapetrosa do n. facial ( ou n. facial). Este tronco se divide em dois:

1. tronco temporo-facial: ramos bucal, ramo zigomático e ramo bucal.

2. tronco cervico-facial: ramo bucal, ramo marginal da mandíbula e ramo cervical ( inerva o m. plastima)

toda essa ramificação do n. facial está localizada dentro da glândula parótida. Apenas os ramos finais são visualizados fora dessa glândula.

Obs: em corte transversal pode-se observar a glândula parótida " abraçando" o ramo da mandíbula, o m. masseter e o m. pterigóideo medial e por isso alterações da glândula também podem se acometer junto com alterações do nervo.

Devido essa glândula estar ao redor desses músculos( m. masseter e m. pterigóideo medial), a pessoa acometida de parotidite tem dificuldade em abrir a boca e mastigar.

Essa glândula também mantém relação com a parede lateral da faringe, o que faz com que o indivíduo tenha dificuldade na deglutição por causa de uma diminuição do espaço (luz) da faringe. As parotidites vão ter como sinal clínico uma dificuldade de abrir a boca, na mastigação, principalmente, e na deglutição, acompanhado por uma dor extremamente grande.

A glândula possui relação íntima com a v. retromandibular, a a.carótida externa.

Cavidade nasal e seios para nasais

Seios paranasais = espaços aéreos localizados dentro dos ossos do crânio e da face. Estão laterais ou anexos à cavidade nasal. Obs: o seio etmoidal e o esfenoidal não são localizados lateralmente à cavidade nasal , estão superiormente ou posteriormente. Os seios estão conectados à cavidade nasal e, conseqüentemente, qualquer alteração na cavidade nasal pode levar a alterações nesses seios que são revestidos por mucosa.

Cavidade nasal = esse termo pode ser usado para cada um dos lados da cavidade nasal ou para os dois lados em conjunto pois a cavidade nasal está separada na linha mediana por um septo nasal ósseo e cartilaginoso em duas metades, direita e esquerda. O termo cavidade nasal pode, portanto, se referir ao conjunto das duas metades ou a cada uma delas, cavidade nasal direita e cavidade nasal esquerda, separadas pelo septo nasal.

O terno nariz é utilizado somente para a proeminência mediana existente na face, chamada de nariz externo. A cavidade nasal tem início a partir das aberturas localizadas na parte inferior desse nariz externo, as narinas. Das narinas em diante já se está na cavidade nasal propriamente dita.

Prefixo Rhino = refere-se a estruturas da cavidade nasal. Ex:

Rinoscopia = exame feito através de um aparelho que capta imagens da cavidade nasal e a projeta numa tela; pode ser feita anteriormente, através da narina, ou posteriormente, através da cavidade bucal, passando pela faringe para visualizar a cavidade nasal posteriormente;

Rinite = diz respeito à inflamação ou infecção ocorrida na cavidade nasal;

Rinoplastia = é uma cirurgia reparadora feita em qualquer estrutura da cavidade nasal; pode ser feita nas conchas ou no septo. Quando é realizada no septo nasal prefere-se, então, o termo septoplastia, feita para corrigir septos extremamente desviados para a direita ou para a esquerda. Faz-se a fratura desse septo, remove-se o excedente do septo e faz-se uma nova plástica com a colocação dele numa posição mais ideal.

A cavidade nasal e os seios para nasais estão associados diretamente à parte inicial do sistema respiratório. Essa parte inicial é importante porque todo o ar que é inspirado deve passar por esta cavidade nasal e penetrar o corpo através das narinas. As narinas são aberturas situadas na base do nariz separadas por uma parte do septo nasal.

O ar sempre é inspirado pelas narinas, a não ser em caso de alguma alteração. Ex: hipertrofia da tonsila localizada na nasofaringe, alteração denominada adenóide = bloqueia o espaço por onde o ar deveria passar. Como conseqüência esse indivíduo terá um nariz infantil, isto é, um nariz que não efetiva o ar respiratório, e diversas outras alterações produzidas pela respiração bucal.

A cavidade nasal tem uma dupla função dentro do sistema respiratório. A principal é conduzir o ar e a segunda, mais específica, é a olfação. Entretanto a função de condução do ar pode ser subdividida em outras três funções, aquecimento, filtragem e umidificação.

Todo ar inspirado chega aos alvéolos a uma temperatura próxima à temperatura corporal e a cavidade nasal tem extrema importância nesse aquecimento do ar inspirado quando esse está numa temperatura muito abaixo da corporal; esse aquecimento é possível porque existe uma rica vascularização dessa cavidade. A função de filtragem das impurezas que penetram através das narinas é feita principalmente pelos pêlos presentes na porta de entrada das narinas, denominados vibrissas, que impedem a entrada de corpos estranhos. A cavidade nasal também possui uma mucosa que contêm uma série de glândulas que liberam muco para umedecer o ar, principalmente em locais com baixa umidade do ar, o que diminui o ressecamento da via respiratória. Essa três funções podem ser unidas em uma só expressão, acondicionamento do ar.

Obs: quando uma pessoa se desloca abruptamente de um local onde a umidade do ar é alta para outro onde a umidade é muito baixa, a mucosa demora um tempo para começar a liberar o muco. Durante esse tempo que a cavidade fica sem muco a mucosa pode sofrer algumas alterações, inclusive pode ocorrer o rompimento de pequenos vasos (principalmente arteríolas) existentes nessa mucosa o que resulta em sangramento nasal, ou melhor, epistaxe. Esses vasos têm paredes muito finas e por isso um aumento de pressão, como no caso de indivíduos hipertensos, também pode provocar epistaxe.

O nariz encontra-se fixado à parte mediana da face por um local chamado de raiz do nariz onde são encontrados os dois ossos nasais. Também é possível notar que o nariz possui uma ponta, chamada de ápice do nariz, uma porção inferior, chamada de base, e uma porção entre a raiz e o ápice, chamada de dorso do nariz.

Obs: a morfologia do dorso do nariz segue padrões raciais. Pode ser modificada por cirurgia plástica.

Retirando-se a pele, a cartilagem e a musculatura da região mais superficial do nariz externo pode-se observar que a parte óssea desse nariz é muito pequena, correspondendo apenas aos dois ossos nasais e às projeções da maxila em direção ao osso frontal, chamadas de processos frontais da maxila. A maxila, juntamente com os bordos inferiores dos ossos frontais, auxilia na delimitação da abertura piriforme (em forma de pêra).

Espinha nasal anterior: é observada à frente e abaixo da abertura piriforme, corresponde a uma elevação óssea que pode ser tocada no vivente.

Observa-se cartilagem presa às bordas do tecido ósseo, ou melhor, dos ossos nasais e da maxila, formando o esqueleto cartilaginoso do nariz externo.

Cartilagem lateral (1): forma umas delaminação para se unir aos bordos da maxila

Cartilagem alar maior (2): alar porque forma uma asa que corresponde à porção lateral do nariz

Cartilagem do septo (1): localizada na linha mediana, separa as narinas.

Existem alguns locais que não são preenchidos por essas cartilagem, mas são preenchidos por cartilagens menores, chamadas de cartilagens alares menores.

Se o crânio for cortado por um plano frontal passando pela cavidade nasal serão observadas duas cavidades orbitárias e abaixo do assoalho das cavidades orbitárias, dentro do corpo da maxila, dois seios maxilares. Pode-se notar ainda que, no sentido látero-lateral, o teto da cavidade nasal é estreito enquanto o assoalho é bem amplo, ou seja, à medida que se vai subindo, o diâmetro látero-lateral da cavidade nasal vai diminuindo.

Entre a porção medial da órbita e a cavidade nasal está o osso etmóide que possui espaços aéreos formando um conjunto denominado seio etmoidal. Se a lâmina orbital do osso etmóide for perfurada serão visualizadas as células etmoidais formando o seio.

Vários ossos fazem parte da parede lateral da cavidade nasal:

Nasal

Lacrimal

Maxila

Concha nasal superior (considerada um osso à parte, na verdade é a única das conchas que geralmente se ossifica)

Etmóide

Frontal (também forma o teto da cavidade nasal)

Esfenóide (corpo e lâmina medial do processo pterigóide)

Obs: concha= estrutura óssea com forma recurvada. O etmóide possui projeções em forma de concha que dão origem às conchas nasais média, inferior e às vezes, às supremas. Essa peculiaridade da parede lateral, as conchas, tem a finalidade de turbilhonar o ar que passa pelos meatos (regiões abaixo das conchas), aumentando a superfície de contato do ar com a cavidade nasal o que melhora o aquecimento e a umidificação e permite que os vasos linfáticos existentes nessa cavidade façam uma defesa inicial melhor, protegendo mais essa porta de entrada do organismo.

Limite inferior da cavidade nasal:

Palato duro

Palato mole

A cavidade nasal têm relação anatômica com a fossa anterior do crânio e o teto da cavidade nasal têm diversas perfurações para permitir a passagem dos nervos olfatórios que captam estímulos relacionados com a olfação. Por isso, didaticamente, a cavidade nasal é dividida em um terço superior, parte olfatória, e dois terços inferiores, parte respiratória.

O septo nasal possui uma parte cartilaginosa e uma óssea. O septo ósseo é formado pela lâmina perpendicular do osso etmóide (que se continua acima com a crista galli situada na fossa anterior do crânio) e pela lâmina do vômer. A parte cartilagínea se prende às bordas anteriores dessas duas lâminas ósseas e se estende anteriormente, formando a porção anterior do septo nasal.

Obs: todas as pessoas têm desvio de septo porém esse grau de desvio deve ser pequeno, pois um desvio grande para um lado prejudica a capacidade da cavidade desse lado de realizar a sua função devido a uma diminuição do espaço.

O limite posterior da cavidade nasal é dado pelas coanas, espaços que comunicam a cavidade nasal com a orofaringe, isto é, a parte da faringe que têm relação posterior com a cavidade nasal. As coanas são delimitadas pelo:

Corpo do esfenóide (seio esfenoidal)

Asas do vômer, superiormente

Lâmina medial do processo pterigóide, lateralmente

Lâmina vertical do palatino, lateralmente

Lâmina horizontal do palatino, inferiormente

As paredes da cavidade nasal apresentam uma mucosa extremamente aderida ao periósteo e,portanto, se existir alguma inflamação ou qualquer outra alteração abaixo dessa mucosa a dor é extremamente grande porque essa mucosa é muito irrigada.

Continuação da aula:

No meato superior abrem-se as células etmoidais posteriores.

O seio etmoidal é dividido em grupos de células posteriores e grupo de células anteriores. Obs: Alguns autores colocam um grupo de células médias, mas vamos manter a classificação em posteriores e anteriores.

No meato superior vamos encontrar uma série de aberturas referentes às aberturas das células etmoidais posteriores.

No meato médio, quando se rebate a concha média, observamos uma elevação denominada bula etmoidal (bolha) que é formada por uma célula etmoidal que se desenvolveu mais e formou a bolha.

Embaixo da bula etmoidal encontramos uma fenda, o hiato semilunar, que tem forma de uma meia lua e é onde está o óstio do seio maxilar.

Mais adiante do hiato, se introduzimos um cateter notaremos que existe um ducto, ou um canal, que une o seio frontal ao hiato semilunar, chamado de infundíbulo etmoidal. Da mesma forma que os outros infundíbulos do corpo, este tem forma de funil que se estreita à medida que vai chegando ao hiato semilunar.

As células etmoidais anteriores podem se abrir tanto no meato médio quanto ao redor do infundíbulo (na região da bula)

O meato médio é o meato de maior importância dentro da cavidade nasal, já que nele se abre uma grande quantidade de seios paranasais. Ele tem relação com o seio frontal, o seio maxilar e o grupo de células etmoidais anteriores.

A concha nasal inferior foi recortada para se observar uma fenda, que na verdade é a abertura do ducto nasolacrimal que une a cavidade orbitária à cavidade nasal. Esta fenda é chamada de óstio do ducto nasolacrimal.

A partir disso tiramos algumas conclusões:

A cavidade nasal é forrada por uma mucosa que é contínua com a mucosa da faringe, com a mucosa que reveste os seios paranasais e com a que reveste o ducto nasolacrimal, conseqüentemente, alterações na mucosa da cavidade nasal podem provocar alterações nas outras mucosas também.

O ducto nasolacrimal se comunica com a conjuntiva que reveste o bulbo ocular e as pálpebras, por isso, quando temos uma gripe muito forte, temos uma rinite, que pode ser acompanhada de sinusite, faringite e conjuntivite, confirmando a continuidade dessas mucosas que permite que uma infecção se propague de um local para outro rapidamente.

A abertura da tuba auditiva comunica a faringe com a orelha média, então, a mucosa que reveste a tuba é contínua com a mucosa da faringe e da orelha média. Com isso, as otites médias são muito comuns, principalmente em crianças, cuja musculatura deste óstio não é completamente eficiente para fecha-lo.

® A mucosa que reveste o septo nasal é aderida ao periósteo e ao pericôndrio, portanto, qualquer alteração causa dor extremamente grande no septo nasal. Bons exemplo são os pós-operatórios de septoplastias que são extremamente dolorosos devido ao afastamento dessa mucosa do periósteo ou pericôndrio.

® O limite posterior da cavidade nasal são as coanas (estruturas revestidas por mucosa). Atrás das coanas já estamos na nasofaringe, onde existe a tonsila nasofaríngea, que quando hipertrofiada bloqueia a passagem do ar, restando ao individuo fazer a respiração bucal (adenóide).

® A abertura da laringe é chamada de ádipo da laringe

® A cavidade nasal é bastante vascularizada, principalmente na região do septo e nas paredes laterais. Os principais ramos são da artéria esfenopalatina, que passa pelo forame esfenopalatino. Além dela, temos a artéria etmoidal anterior, que é ramo da artéria oftálmica e que auxilia a irrigação das paredes.

® Esses vasos têm paredes bastante finas e que, por isso, são facilmente rompidas. Crescimento facial nas crianças ocorre muito aceleradamente na região do septo nasal, onde existe uma sincondrose entre o esfenóide e o occipital (sincondrose esfeno-occipital) que é a principal responsável pelo crescimento da face. Conseqüentemente, isso vai levar a uma projeção para diante muito extensa da cavidade nasal o que pode levar à ocorrência de epistaxe em adolescentes na época de crescimento. Obs: epistaxe pode ocorrer por causa de crescimento, por hipertensão ou por ressecamento da mucosa.

® Acompanhando as artérias, temos uma rica rede de veias e de linfáticos.Estes se anastomosam, mas os da parte anterior da cavidade nasal drenam para os linfonodos submandibulares, e os da parte posterior drenam para a cadeia jugular profunda. A cavidade nasal pode ter uma drenagem superficial (anterior) e uma profunda (posterior, juntamente com a faringe).

® O terço superior da cavidade nasal tem o nervo olfatório, que representa o marco dessa divisão. O nervo olfatório passa somente no terço superior (terço olfatório).

® Associadas à cavidade nasal vamos encontrar algumas cavidades, espaços aéreos, que são chamados de seios paranasais. Esses seios não se comunicam entre si, se comunicam apenas com a cavidade nasal.

® Não existe nada que defina a função principal desses seios existentes na raça humana. Acredita-se que tenham a função de aquecer o ar, diminuir o peso da face e amortecer impactos que ocorrem com a mastigação. Além disso, observa-se que esses seios são mais desenvolvidos em mergulhadores e nadadores.

® O seio frontal é uma célula etmoidal anterior que se projetou em direção ao osso frontal e que pode ter vários septos separando-o, é um dos principais acometidos em quadros de sinusite, com dor bastante difusa e irradiada para a região da fronte.

® Os locais ósseos que possuem esses seios paranasais possuem laminas ósseas bastantes finas. Então, notamos que quando a pessoa põe a cabeça em nível mais baixo que o corpo, a pressão do muco faz com que a dor aumente nesses seios. Esse é um dos meios de diagnosticar a presença ou ausência de muco.

® Esse seio frontal não consegue acumular secreção por muito tempo, uma vez que sua abertura encontra-se na posição mais inferior do seio e, por isso, a sua secreção é facilmente escoada para dentro do meato médio, através do infundíbulo. O fator gravitacional facilita o escoamento dessa secreção, principalmente se ela estiver mais no estado liquido do que no viscoso.

® Também podemos observar a presença de muco no seio frontal através da palpação (compressão) da região do teto na órbita, pois essa lamina é bastante fina e a pressão inversa à pressão do muco (que está a favor da gravidade), faz com que a pessoa relate dor.

® O grau de amplitude dos seios é bastante variado, eles podem estar mais amplos do lado direito do que o esquerdo (e vice-versa) na mesma pessoa e também podem estar mais amplos em uma pessoa do que em outra. O grau de pneumatização desses ossos é extremamente variado.Esse grau é muito importante, principalmente no seio maxilar, pois em indivíduos euriprósopos, os seios maxilares vão ter uma relação muito maior com os dentes superiores do que em indivíduos leptoprósopos. Então, se temos sinusite em indivíduos com face larga, a possibilidade de ele ter dor em todos os dentes superiores é bem maior, uma vez que um dos sinais clínicos da sinusite no seio maxilar é uma dor difusa nos dentes mais posteriores da arcada superior, e não uma dor localizada.

® O assoalho do seio maxilar é formado por uma lâmina, que tem relação com os dentes superiores. Muitas vezes essas laminas são interrompidas e apenas a mucosa do seio reveste o ápice da raiz dos dentes. Quando a pessoa faz uma avulsão (retirada) dos dentes, principalmente os posteriores da maxila, tem-se que tomar cuidado para ver se não ficou uma comunicação da cavidade bucal com o seio maxilar, pois esta pode causar sinusite se não for fechada.

® O 2º molar superior é o dente que apresenta maior relação com o assoalho do seio maxilar, seguido do 3º e depois do 1º molar superior.

® O seio maxilar, juntamente com o frontal, apresenta grande facilidade de instalação de sinusites, porém ele possui uma grande desvantagem já que sua abertura encontra-se na parte mais superior e o assoalho está num nível mais inferior do que o próprio palato duro, dificultando o escoamento do muco. As sinusites que se tornam crônicas, ocorrem principalmente no seio maxilar, justamente devido a essa drenagem dificultada.

® Pode ocorrer um óstio acessório do seio maxilar, que está em um nível inferior ao óstio principal para facilitar a drenagem da secreção que está no seio. A freqüência deste óstio é bastante grande, principalmente se o indivíduo apresenta uma história de sinusite crônica no seio maxilar.

® Se removermos a lâmina orbital do etmóide observaremos uma série de pequenos espaços aéreos subdivididos por laminas ósseas extremamente finas; cada um desses espaços aéreos são chamados de células etmoidais que juntas formam uma cavidade única, o seio etmoidal. Essas células comunicam-se entre si, formando um verdadeiro labirinto no interior desse seio e, por isso, é muito difícil haver infecção em apenas um grupo de células, geralmente a infecção atinge tanto as células anteriores quanto as posteriores. Esse seio pode ser acometido por sinusite mas não tanto quanto os outros.

® Em uma vista superior é possível notar a relação entre o assoalho da cavidade orbitária, a lâmina orbital do etmóide, o lacrimal, a maxila, o sulco infra-orbital, o zigomático e a cavidade nasal. As células etmoidais ficam entre a cavidade nasal e a cavidade orbitária pois o seio etmoidal forma o teto da cavidade nasal. Existe um grupamento anterior e um grupamento posterior que se abrem em locais diferentes.

® O seio esfenoidal está localizado no corpo do esfenóide, pode ser septado ou não e possui importantes relações anatômicas. Na parte superior do osso esfenóide, encontramos uma depressão em forma de cela, a cela túrcica (ou turca), cuja porção mais profunda é denominada fossa hipofisária, local onde se aloja a hipófise em íntima relação com o seio esfenoidal. Lateralmente ao corpo do esfenóide, encontramos a artéria carótida (interna), o seio cavernoso e alguns pares de nervos cranianos (III, VI e parte do V par craniano).

® A abertura do seio esfenoidal ocorre no recesso esfeno-etmoidal.

® A técnica de transluminação usa um instrumento que possui na sua ponta uma luz. Essa luz é, então, direcionada para locais onde a lâmina óssea é extremamente fina, ex: teto da órbita e parede anterior do seio maxilar, para verificar se um seio está acometido (obliterado) ou não pela secreção purulenta.

® A parte anterior da cavidade nasal e visualizada coma colocação de um esteto (?) com o qual se abre as narinas. Já a parte posterior é melhor visualizada pela colocação de um tubo pela cavidade bucal que depois atinge a nasofaringe.

® Um dos métodos para retirar a secreção acumulada no seio é a colocação de um aspirador próximo ao óstio do seio maxilar que irá sugar a secreção. Hoje também é possível drenar a secreção através da cavidade bucal perfurando a mucosa e a parte anterior da maxila, que possui parede muito fina; depois do escoamento da secreção faz-se o fechamento cirurgicamente e a antibioticoterapia.

® A endoscopia anterior permite verificar os seios paranasais, a bula etmoidal, o hiato semilunar e as conchas nasais. Além dessa técnica existem exames complementares como a radiografia com um tipo de incidência chamada incidência de Vaters [?]- que é utilizada para visualização dos seios frontal e maxilar. Nessa incidência a imagem esbranquiçada represente um velamento do seio por secreção (que é rádio-opaca).

Obs: com auxílio de uma figura em corte frontal observar:

- septo nasal (desvios)

- concha inferior e média

- células etmoidais

- assoalho da cavidade nasal

- seio maxilar (e sua relação com a cavidade orbitária)

- cavidade orbitária (inclusive o nervo óptico)

- fossa anterior do crânio

- crista galli

- parte do zigomático

e em um corte mais posterior:

- conchas nasais inferior e média (a superior já não é bem visível)

- corpo do esfenóide

- seio esfenoidal (subdividido por um septo)

- parte posterior do seio maxilar

- dentes superiores

- coanas

- processo pterigóide (lâminas medial e lateral)

- lâminas do vômer

- palato mole

observar em cortes transversais ou horizontais (nível superior):

- processo clinóide posterior (relação com o corpo do esfenóide)

- cavidade orbitária

- ossos nasais

- cavidade nasal

- células etmoidais

- fossa temporal

- fossa média do crânio

-

e em um corte transversal num nível mais baixo:

- cavidade orbitária

- septo nasal

- osso nasal (recoberto por tecidos moles)

- seio etmoidal

- seio esfenoidal

- fossa temporal

- arco zigomático

 

num nível ainda mais baixo:

- processo condilar

- processo coronóide

- seios maxilares

- septo nasal

- concha nasal inferior

- nasofaringe

- orofaringe

- processos pterigóides (lâmina medial e lateral)

- processo mastóide (inclusive hâmulo mastoídeo e células mastoídeas)