O Sexo
Posso, porém, chamar a atenção para o que já escrevi, e sugerir que alguém que tenha interesse e tempo, reúna tudo que eu já disse nos meus livros sobre o tema do sexo, num panfleto. (Cura Esotérica, pág. 176)
A Energia Sexual
O Problema do Sexo
1.Definições de Sexo, Virtude e Vício
2.O Sexo na Nova Era
3.Algumas Sugestões para o Ciclo Atual
O Sexo e o Discipulado
Matrimônio e Paternidade
Os Chacras e a Energia Sexual
Transmutação e Transferência da Energia Sexual
Kundaline e a Energia Sexual
Enfermidade e Energia Sexual
Homossexualidade
Os Raios e a Energia Sexual
Astrologia e Magia Sexual
Os Devas e a Energia Sexual
Correspondências Cósmicas ao Impulso Sexual
O Mistério do Sexo
1) - O sexo é, na verdade, apenas a relação da natureza inferior com o Eu superior; ele é então erguido à luz do dia para que o homem possa alcançar a completa união com a divindade. O homem descobre que o sexo (até então unicamente uma função física, às vezes realizada sob o impulso do amor) é elevado ao seu correto plano como o casamento divino, realizado e consumado nos níveis e consciência da alma. É esta a grande verdade que está por trás da sórdida história da expressão do sexo, da magia sexual e das distorções da moderna magia tântrica. A humanidade rebaixou o simbolismo e em seus pensamentos degradou o sexo a uma função animal e deixou de elevá-lo ao reino do mistério simbólico. Os homens procuraram, através da expressão física, produzir a fusão interna e a harmonia que tanto desejam, mas tal não pode ser feito. O sexo é apenas o símbolo de uma dualidade interna, que precisa, ela própria, ser transcendida e trazida à unidade. Não é transcendida por meios físicos ou por rituais. É uma transcendência na consciência. (Astrologia Esotérica, pág. 385)
2) - A força da atração sexual é uma atração do plano físico e um retrocesso de um tipo de energia involutiva no caminho de retorno. Cosmicamente falando, ela se manifesta como a força atrativa entre o espírito e a matéria; espiritualmente falando, ela é demonstrada como a atividade da alma, ao procurar levar o ser inferior à plena realização. Fisicamente falando, é o impulso que tende a unir o macho e a fêmea com o propósito da procriação. Quando o homem era puramente animal, não havia pecado envolvido. Quando a este impulso foi acrescentado o desejo emocional, então o pecado se instalou e o propósito pelo qual o impulso se manifestava foi pervertido para o da satisfação do desejo. Agora que a raça é mais mental e a força da mente está se fazendo sentir no corpo humano, uma situação ainda mais séria se apresenta, que somente poderá ser resolvida seguramente quando a alma assumir o controle de seu instrumento tríplice. (Um Tratado Sobre Magia Branca, pág. 242)
3) - Nós vivemos num mundo de formas. Estas formas são constituídas de vidas e estas vidas têm sua própria influência emanadora e contribuinte. Elas se enquadram, por sua vez, em três grupos principais:
a) Aquelas emanações que, nascendo das próprias células e dependente de sua qualidade, produzem um bom ou mau efeito, se embrutecem ou se refinam em sua influência e elevam ou rebaixam vibração física do corpo celular unido. Assim, como nós bem sabemos, o efeito físico de um homem com uma natureza animal bruta e grosseira será diferente dos resultados embelezadores e refinadores do contato com uma alma mais velha, funcionando num corpo limpo, disciplinado, aculturado e purificado.
b) Aquelas emanações, de uma espécie puramente física, que são responsáveis pela afinidade química entre dois corpos animais, que produz a atração dos sexos. É um aspecto do magnetismo animal e é a resposta das células ao chamado de outras células, agindo sob a Lei da Atração e Repulsão. Ele é compartilhado pelo homem com os animais e é instintivo e livre de todas as reações mentais.
c) Aquelas forças ou emanações, que são a resposta das células aos ritmos harmoniosos e por isso dependentes da circunstância de ter uma célula em si mesma, algo daquilo a que ela responde. Estas emanações são ainda pouco compreendidas mas se manifestarão à medida que a raça progrida. Este tipo de força é aquela coisa misteriosa que permite que o corpo físico identifique como harmonioso ou afim um ambiente ou circunstância física, por exemplo. É aquela indefinível reação que faz com que dois seres humanos (fora de toda atração sexual, pois pessoas do mesmo sexo a experimentam uma em relação à outra) tenham um efeito físico harmônico recíproco. Esta é, no plano externo, a base esotérica para toda relação grupal e é a compreensão destas emanações que capacita o isolamento e a segregação de raças a continuar existindo sob o grande plano evolutivo. (Idem, pág. 282)
4) - A relação entre os corpos físicos masculino e feminino, chamada pelo homem, a relação sexual e considerada de tão fundamental importância neste tempo. No vale da ilusão, o símbolo muitas vezes ocupa a atenção e aquilo que ele representa é esquecido. Na solução deste relacionamento virá a iniciação racial e é com isto que a humanidade está agora ocupada. (Idem, pág. 86)
5) - O instinto do sexo tem sua principal raiz no medo da separatividade e do isolamento e numa revolta contra a unidade separativa no plano físico, contra a solidão; e resultou no desenvolvimento da raça e na conservação e propagação das formas através das quais a raça vem à manifestação. (Idem, pág. 626)
6) - O instinto sexual elaborou e encontrou sua consumação lógica no relacionamento – conscientemente realizado – da alma e do corpo. Esta é a nota chave do misticismo e da religião, que é hoje, como sempre, a expressão da Lei da Atração, não como ela se expressa através do casamento do plano físico, mas da maneira como encontra sua consumação (para o homem) no casamento sublime realizado com o intento consciente entra a alma positiva e a forma negativa e receptiva. (Idem, pág. 628)
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1) - Não tenciono indicar aqui a solução para o problema do sexo. A humanidade inevitavelmente o resolverá à medida do transcurso dos eons e à medida que o instinto de rebanho dê lugar às atitudes premeditadas e auto-conscientes do aspirante e da elite intelectual. Não obstante, quero lembrar-lhes que o instinto de rebanho em relação ao sexo tem sua base ou no normal e natural desejo instintivo animal, ou nas atitudes emocionais, e os desta última categoria são de longe os piores e os que trazem com eles, profundamente arraigadas, as sementes das dificuldades. Abrangem desde a etapa do amor livre e da promiscuidade generalizada, à visão estreita e fanática do cristianismo ortodoxo, tal como é geralmente entendido, embora não no sentido em que Cristo considerava a vida. Este estreito ponto de vista, e a normal atitude anglo-saxônica (como resultado do ensinamento da Idade Média) consideram o sexo inusitadamente pecaminoso e sempre indesejável, algo a ser redimido e vencido e mantido em segredo no fundo da consciência cristã, onde é escondido como um mistério lascivo. Isto é também devido à influência de São Paulo, mas não ao ensinamento do Cristo.
Contra tais atitudes tem havido uma violenta reação, que atinge hoje seu ápice e que, por sua vez, é não só indesejável como perigosa – como o são todas as reações violentas – porque uma é tão falsa quanto a outra; é no centro da Balança ou no eixo da roda que a verdadeira perspectiva e a ação indicada podem ser corretamente apreciadas. Quando a relação “sexual” básica estiver, finalmente, estabelecida e corpo e alma (negativo e positivo) estiverem permanentemente relacionados nas vidas dos aspirantes do mundo, então veremos a aplicação correta do ensinamento mundial sobre o assunto do sexo físico. Este ensinamento surgirá da fusão e síntese dos melhores pontos de vista dos instrutores espiritualmente orientados nos dois hemisférios, incorporando a experiência do Oriente e do Ocidente, e os enfoques místico e científico sobre um mistério que é tanto físico (requerendo compreensão científica) quanto místico (requerendo interpretação espiritual). Envolverá a assistência e conclusões dos profissionais da medicina para dar a necessária instrução física inteligente, e também a assistência do conhecimento cultural dos yogis da Índia referente às energias que fluem através dos centros – neste caso o sacro. Finalmente, por meio da atividade inteligente de homens judiciosos e com conhecimentos jurídicos do mundo, terá fim a busca por um ponto de desejável equilíbrio. A partir dos muitos experimentos sexuais levados hoje a efeito, a próxima geração chegará a um ponto de equilíbrio, e então, como conseqüência, eles inclinarão a balança na direção desejada e desejável. Quanto a isto não há a menor dúvida; falta somente o momento, e este será determinado astrologicamente. Com o auxílio de mentes juridicamente ajustadas e correta legislação, o sexo será visto finalmente como função divina e será salvaguardado pela correta educação dada aos jovens e ignorantes, e a ação correta da nova e altamente inteligente geração que está emergindo – as crianças e os bebês de hoje.
O ensino de hábitos sexuais incorretos, o exemplo disseminado da prostituição (masculina e feminina), o crescimento da homossexualidade (não em suas raras formas fisiológicas e predisposições, mas do ponto de vista de uma mentalidade pervertida e de malsã imaginação, que hoje se acha por trás de grande parte de sua expressão), a herança da estreita mentalidade cristã de um “complexo de culpa” no que se refere ao sexo, e a herança de corpos doentes, “hiper” ou “hipossexuados”, trouxeram a humanidade à atual caótica e pouco inteligente manipulação do importante problema. A solução não será encontrada em pronunciamentos religiosos baseados numa teoria ultrapassada, nem por inibição fisiológica ou licenciosidade legalizada; tão pouco virá por meio de legislação inspirada nas variadas escolas de pensamento de qualquer comunidade ou nação. Será o resultado da atividade unida das consciências espiritualmente orientadas, a atitude jurídica, a percepção intelectual e o constante impulso do processo evolutivo. Nada pode impedir a inevitabilidade da solução nem o aparecimento de atitudes desejáveis e condições nas quais o sexo possa encontrar a correta expressão. (Astrologia Esotérica, pág. 234, 236)
2) - Afirmei que o sétimo raio entrante atua através do centro sacro planetário, e a seguir através do centro sacro de cada ser humano. Assim sendo, podemos procurar pelos desenvolvimentos antecipados nessa função humana que designamos por função sexual. Veremos como conseqüência mudanças na atitude do homem em relação a este dificílimo problema. Ao falar sobre sexo e descrever em linhas gerais o que é possível neste momento, procuro ser o mais simples possível e expressar meus pensamentos de tal modo que algo construtivo possa resultar, e que possa tocar uma corda cujo som ressoe com clareza na atual cacofonia de sons discordantes, pontos de vista conflitantes e idéias diversas.
Obviamente este é um assunto de difícil abordagem. Mas por que é tão difícil? Em última análise, veremos que a dificuldade baseia-se em preconceitos na mente dos homens, e na sua convicção de que o seu ponto de vista pessoal é forçosamente o correto, porque eles próprios vivem e agem de acordo com esse ponto de vista, que para eles é o bastante; baseia-se no fato de que o sexo é um impulso fundamental e primevo, um dos instintos básicos, e conseqüentemente, o fator dominante do lado animal da natureza do homem; baseia-se na excessiva intimidade do assunto – intimidade que foi transmutada em um segredo indecente durante os períodos em que a raça sucumbiu a um excessivo puritanismo e prostituiu uma função natural, tornando-a um mistério lascivo. Esta intimidade ligada ao sexo fez com que ele se tornasse um episódio não mencionável, um tópico a ser evitado por pessoas decentes, em vez de ser considerado um processo instintivo e natural – tão instintivo e necessário como as funções de comer e beber. E, contudo, uma função que não foi reduzida a um ritmo na vida diária e olhada como função e ser satisfeita somente quando surge a necessidade e o direito exige. Aqui reside a grande distinção e se oferece uma pista para o problema.
Além disso, a dificuldade do problema pode ser localizada na grande variedade de atitudes com que os homens encaram o assunto. Estas atitudes vão desde a incontrolada promiscuidade a uma monogamia que trouxe uma cruel imposição e repressão para as mulheres e desenfreada licenciosidade para os homens. Como conseqüência destas dificuldades, e geradas por estas atitudes errôneas, a legalidade ou ilegalidade, a permissividade e a repressão, provocaram pontos de infecção (se assim os posso chamar) em nossa civilização. Devido a elas encontramos uma moralidade frouxa, baseada em desnorteamento, em áreas de "luz vermelha" que nada mais são do que um compromisso infeliz com tendências viciosas e desejos insatisfeitos, cortes de divorcio que devastam a vida da família e com o tempo minam a vida nacional (da qual cada núcleo familiar deveria ser parte sadia), e o firme crescimento de doenças como resultado da promiscuidade prevalente e de muitas relações ilícitas. Há também um fator psicológico, de real importância, a ser considerado. é a militância expressa por muitos grupos de pessoas que estão procurando impor suas próprias idéias sobre o problema e suas peculiares soluções.
Por trás de todos estes resultados de uma secular atitude errônea em relação à função sexual, encontram-se dois principais malefícios, ou melhor, dois efeitos principais das ações do homem, mental e físico, ambos de terrível significância. Há, primeiramente, o desenvolvimento na consciência do homem, daqueles complexos, psicoses, rupturas e inibições psicológicas que tão gravemente têm minado a saúde e a serenidade de centenas de milhares de homens. Em segundo lugar, há a ameaça à vida da própria humanidade, já que ela está incorporada na célula familiar e na vida familiar. Por um lado temos promiscuidade e abuso nas relações sexuais, do que resulta (e sempre resultou) em superpopulação e superprodução de seres humanos. Por outro lado, temos uma esterilidade forçada que – embora seja em muitos aspectos o menor dos dois males – é finalmente perigosa Esta esterilidade está aumentando rapidamente. Conduz finalmente a condições físicas indesejáveis. Não obstante, nesta época, é o menor dos dois males. De passagem, dois pontos devem ser considerados aqui. Devido ao primeiro destes dois males, e como resultado da superprodução de seres humanos. Conseguiu-se criar uma situação econômica de natureza tão séria e drástica que a própria paz e estabilidade do mundo estão ameaçadas; motivado pelo segundo, poderíamos ter gradual desaparecimento da própria humanidade, caso a esterilidade forçada se transformasse em prática geral. Isto levaria à conseqüente dominação do mundo animal e imenso aumento de vida animal, e nós sofreríamos um período de retrocesso e não de progresso.
Tratando do assunto de sexo terei que generalizar, e as exceções às regras apresentadas e às classificações sugeridas serão muitas, é claro. Estou tratando do assunto como um todo e meu tópico pois, é a ameaça da atitude atual, a necessidade de uma maior compreensão e a importância de uma reorganização das idéias dos homens sobre este assunto vital. A atitude do selvagem sem reflexão diante da vida sexual e a atitude de um iniciado mental e espiritualmente orientado diante do mesmo assunto, podem parecer tão vastamente dessemelhantes que na superfície talvez pareça não haver um só ponto em comum; contudo, basicamente, as duas atitudes estão mais próximas uma da outra, assim como mais próximas da realidade do que a atitude da maioria dos homens hoje. Um é controlado pelo ritmo de sua natureza animal e sabe tanto do lado maligno e da vil promiscuidade do homem civilizado quanto o animal em seu estado selvagem; o outro vive de modo controlado, governado pelo poder da mente e animado pelo desejo do bem à humanidade. Entre estes dois extremos que se aproximam, temos os muitos pontos de vista, as muitas idéias dessemelhantes, os inúmeros costumes, os muitos tipos de relações (legitimas e ilegítimas), as muitas reações animais e psicológicas, as muitas formas de casamento, e as muitas perversões de um processo natural que distingue o homem moderno em todas as partes do mundo. Estas, por sua vez, variam nas diferentes civilizações e sob a influência de condições climáticas diversas.
É pois óbvio – ou não é? – que não faz parte do meu serviço para os leitores deste livro entrar em uma análise detalhada dos costumes conjugais, passados e presentes. Não é minha tarefa alongar-me em deta1hes sobre os erros, as más conseqüências, as variadas perversões e sádicas crueldades derivados do mau uso, pelo homem ou por sua companheira, dos processos naturais, nem tão pouco elucidá-lo sobre sua tola má interpretação da Lei de Atração e Repulsão. Sequer teria propósito útil apresentar, nesta sucinta discussão sobre tão vasto assunto, qualquer das teorias formuladas pelos homens em busca de uma solução. Seu nome é legião. Todas elas apresentam uma parcela de verdade. A maioria evidencia quão profunda é a ignorância do homem, e qualquer estudante pode examiná-las se tiver tempo para ler, inteligência para ver com clareza e sem preconceitos, e dinheiro para adquirir a literatura em questão.
Não posso tocar, e não o farei, no aspecto médico e fisiológico do vício, seja ele o da promiscuidade ou de um casamento infeliz. Posso melhor servi-los neste momento se lhes apontar as leis que deviam governar a vida do homem, particularmente no que se refere ao sexo, e indicar – até onde posso e ouso – porque como as atuais e peculiares condições se originaram. Posso também apresentar certas sugestões que, se devidamente consideradas, ajudarão a libertar a mente desses falsos e ilusórios pontos de vista que impedem o homem de ver a verdade, e poderei assim ajudá-lo a encontrar o fio dourado de luz que, no devido tempo, o conduzirá à solução.
Uma coisa direi, embora esta pareça triste. Não há solução imediata para problema do sexo com o qual atualmente nos defrontamos. Há milênios o homem tem malbaratado e erroneamente usado uma função de origem divina; prostituiu seu direito inato, e em conseqüência de sua frouxidão de costumes, licenciosidade e falta de controle, deu inicio a uma era de doenças mentais e físicas, de atitudes erradas, de relações ilusórias que levarão séculos para serem erradicadas; o homem trouxe, com excessiva rapidez, à encarnação, milhares de seres humanos que ainda não estavam prontos para a experiência dessa encarnação e que precisavam de intervalos mais longos entre os nascimentos durante os quais pudessem assimilar a experiência. Essas almas não desenvolvidas encarnam com rapidez; porém almas mais velhas necessitam períodos mais longos para acumular os frutos da experiência. Elas estão, contudo, sujeitas à força atrativa magnética dos que estão vivos no plano físico, e são estas almas que podem ser prematuramente trazidas à encarnação. O processo está sob a lei, porém os não-evoluídos progridem sob a lei do grupo, como no caso dos animais, enquanto os mais evoluídos são susceptíveis à atração de unidades humanas, e os evoluídos vêm à encarnação sob a Lei do Serviço, e pela escolha deliberada de suas almas conscientes.
Dividirei o que foi dito em quatro partes para maior clareza, e rápida referência:
1. Definições do sexo, da virtude e do vício.
2. O sexo na Nova Era.
3. Algumas sugestões para o momento atual.
4. O sexo e a vida do discipulado.
Não falarei aqui da história ou detalhes da evolução racial que forçosamente estão relacionados com o problema do sexo, porém de implicações demasiadamente vastas para o meu propósito imediato. Como já disse, não tratarei dos aspectos fisiológicos do sexo, nem das doenças provocadas pelo mau uso da função; tão pouco tratarei da esterilidade, exceto no que isso afetar nossa consideração do homem moderno. Não posso deter-me nas disputas entre as várias escolas de pensamento pois não estou escrevendo a partir de um ângulo específico, seja religioso, moral ou partidário. A questão é mais vasta e importante do que quaisquer pontos de vista religiosos ou afirmações moralistas partidas de mentes estreitas. O que é moralidade num país ou numa relação específica pode ser totalmente o reverso em outra. O que é considerado legal numa parte do mundo, é considerado ilegal em outra. O que constitui um problema difícil sob certas condições climáticas, deixa de sê-lo em outras. A poligamia, a promiscuidade e a monogamia têm dominado ciclicamente em diferentes partes do mundo, através dos tempos, e encontram-se simultaneamente sobre a terra atualmente. Cada uma foi, ou é, por turnos, correta, leal e apropriada ou errada, ilegal e inadequada. Cada uma destas formas de interpretação do relacionamento sexual tem sido objeto de ataque ou defesa, de virtuoso horror ou especiosa argumentação; cada uma tem sido o método costumeiro e legítimo, segundo a localidade, a tradição, a educação e a atitude do homem que a pratica. Numa parte do mundo, uma mulher pode ter muitos maridos; em outra, um marido tem legalmente, direito a quatro mulheres, se assim o desejar, e no harém e na aldeia estas são as condições encontradas. No Ocidente, o homem tem, legalmente, uma mulher, mas com sua promiscuidade e as chamadas "aventuras românticas", ele tem tantas mulheres quanto o chefe de uma tribo africana; e, atualmente, as mulheres pouco diferem dos homens, em sua atitude.
Enumerei as condições acima sem um único pensamento de crítica em mente, mas simplesmente como fatos, com o intuito de despertar o leitor para a realidade de uma condição mundial que é, provavelmente, bastante diversa do que ele julgara. Não escrevo para os especialistas, mas para o estudante inteligente comum que precisa ter um quadro das condições mundiais existentes.
É uma verdade divina que a inclinação dos pensamentos e desejos do homem é para uma monogamia estabelecida, porém, até agora, isto jamais foi universalmente alcançado. Se olharmos este assunto com coragem e verdade, seremos forçados a concluir que, através dos tempos, os homens jamais foram monógamos. No passado, as mulheres o foram mais do que os homens, porém menos agora que a ciência moderna está introduzindo novos métodos de proteção contra o risco da gravidez e as dores do parto. Até agora, o ato de ter filhos servira de freio e fora considerado como uma penalidade imposta às relações sexuais, fossem elas legais ou ilegais. Pensem no horror que envolve essas palavras! Mulheres que praticam o comércio do sexo sempre existiram, é claro, porém refiro-me aqui às mulheres no lar.
Acreditar-me-iam se lhes dissesse que a situação mundial hoje, no que se refere ao sexo, é tão crítica e séria que não existe um único pensador que tenha vislumbrado uma solução, ou encontrado – por mais claro que seja o seu cérebro ou erudita a sua mente – uma saída para o impasse atual? As condições de costumes e práticas, com suas inevitáveis conseqüências e posição estabelecida, são de molde a confundir as mais límpidas mentes. Os resultados físicos da relação sexual, por si sós, dentro ou fora de uniões legais, produziram não só o mundo cotidiano da vida humana, mas também muito das doenças, insanidade, tendências más e os impulsos pervertidos que hoje enchem nossos hospitais, clínicas para neuróticos, sanatórios, prisões e hospícios.
Nossos jovens, especialmente os idealistas e os que pensam com clareza, defrontam-se com uma situação que desafia seus melhores esforços. Eles não sabem o que pensar ou em que acreditar. Eles observam, ou participam de lares santificados por uma união legal e, na maioria dos casos, nada encontram a não ser infelicidade, prostituição legalizada, má saúde, a procura de relações ilícitas fora do lar, filhos negligenciados e não desejados, o atrito provocado por parceiros mal escolhidos, divórcio, e nem uma só resposta aos seus muitos e inteligentes questionamentos. Observam, depois, a vida daqueles que fugiram à responsabilidade do casamento, e apenas encontram descontentamento, freqüentemente uma vida sexual secreta, má saúde como resultado da frustração de instintos naturais, condições psicológicas da pior espécie, filhos ilegítimos, perversões sexuais e uma crescente tendência para o que é chamado de homossexualidade. Ficam dominados por total perplexidade e pela impotência para conseguir resposta às suas perguntas. Pedem uma solução e ajuda aos que estão voltados para o mundo material, e não obtém uma resposta clara, uma filosofia só1ida ou instrução fundamentada. São-lhes oferecidos conselhos para usar de bom senso, evitar excessos e aquelas condições que lhes prejudicariam a saúde ou lhes acarretaria dificuldades econômicas. Talvez lhes falem de moralidades antigas e os previnam contra os resultados que inevitavelmente seguem quando as leis da natureza são infringidas e o corpo físico é prostituído pelo desejo desregrado.
Talvez lhes falem elogiosamente sobre as virtudes de "uma vida reta", e até enfatizem o fato de que eles são filhos de Deus. Até aí tudo bem, correto e útil. Porém nenhuma real solução é apresentada, nenhuma luz lançada sobre o problema, nenhum alívio para a confusão dos jovens. Eles talvez se voltem para as pessoas religiosas e procurem um sacerdote ortodoxo. É-lhes dito para serem bons; apontam-lhes o exemplo dos santos; vêem-se afogados numa torrente de puritanas injunções, de virtuosas trivialidades e de explicações insatisfatórias, freqüentemente baseadas em preconceitos e predileções pessoais. Mas raramente algo soa claro e raramente é possível fazer algo mais do que citar os mandamentos da grande lei mosaica. “Não farás... isso ou aquilo...” Para a massa dos jovens indagadores da geração atual, o fato de Deus ter dito isto ou aquilo, ou da Bíblia ordenar isto, aquilo ou aquilo outro, não satisfaz o seu premente desejo de saber por quê. A esperança num futuro céu, onde a auto-disciplina, o auto-controle e a abstinência sexual receberão sua justa recompensa, parece por demais remota para contrabalançar as tentações do mundo que os circunda e os insistentes impulsos que surgem do interior do próprio homem.
Que muitos resistem às "tentações da carne" é real e maravilhosa verdade. Que há, em toda parte, homens e mulheres que atravessam a vida de forma limpa e incontaminada é igualmente um fato maravilhoso. Existem almas adiantadas cuja vida está divorciada da natureza animal e cuja mente controla os atos diários, e estas almas são a glória da humanidade. Porém muitas delas, vivendo num outro mundo de pensamento e interesses, não são tentadas como o são os filhos dos homens mais voltados para o mundo animal. Há, por sua vez, é claro, aqueles que se refreiam de agir mal por temer os resultados, seja hoje no corpo físico ou mais tarde no outro mundo de punição. Porém qual destas pessoas, mesmo as mais puras e santas, pode falar com verdadeira sabedoria e compreensão sobre este problema universal? Qual delas pode ver a saída para a humanidade atual? Qual delas compreende a razão para todo este sofrimento, pecado e maldade que se formou em tome da relação sexual? Qual delas realmente apreende o verdadeiro significado da vida sexual, seu lugar no grande esquema das coisas, e a razão para a relação entre os sexos? Qual delas poderá dizer, com visão real, qual será o próximo passo na evolução, para onde vamos, e qual será o desenvolvimento seguinte?
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1. Definições de sexo, virtude e vício
Cosmicamente falando, sexo e uma curta palavra usada para expressar a relação existente (durante a manifestação) entre espírito e matéria, e entre vida e forma. É, em última análise, uma expressão da Lei de Atração – essa lei básica em que se sustenta a totalidade da vida na forma e é a causa de todas as manifestações fenomênicas. Humana ou fisicamente falando, sexo é a palavra usada para indicar a relação entre homens e mulheres, da qual resulta a reprodução da espécie. Em termos modernos, usados pela maioria irrefletida, sexo e uma palavra que indica a sedutora satisfação de impulsos animais a qualquer preço e sem regulação rítmica. O sexo é, essencialmente, uma expressão de dualidade, e de separação de uma unidade em dois aspectos ou metades. Estes dois aspectos podem chamar-se espírito e matéria, macho e fêmea, positivo e negativo; e sua natureza é a de uma etapa na escada evolutiva que conduz a urna unidade final ou homossexualidade que nenhuma relação tem com a perversão que é hoje impropriamente chamada de "homossexualidade". Esta última manifestação desencadeia-se, atualmente, numa concepção mental e moderna do fenômeno, porém é raríssimo encontrar-se alguém que reúna em si mesmo os dois sexos, e que seja – fisiológica e mentalmente – totalmente "auto-satisfatória, auto-sustentadora e auto-propagadora". No decorrer dos tempos, aqui e ali, encontramos o verdadeiro homossexual emergindo como garantia de uma remota conquista racial e evolutiva, quando o ciclo mundial tiver transcorrido e as duas metades separadas novamente se fundirem na sua unidade essencial. Com as expressões usadas acima, não quero me referir a qualquer doutrina de almas gêmeas, nem a qualquer outra perversão da realidade, como vulgarmente é hoje entendida. Refiro-me ao divino Hermafrodita, ao verdadeiro homem andrógino, e ao ser humano perfeito. Porém o verdadeiro significado da palavra foi distorcido e aplica-se, em nove casos em dez (ou melhor, em noventa e nove casos em cem), a um tipo de perversão mental, uma distorcida atitude da mente, que freqüentemente resulta em práticas físicas e reações que são – em sua manifestação – tão velhas, que sua própria antiguidade desmente a idéia de que esta atitude indique um passo à frente no caminho do progresso. Na realidade, marca um ponto de retrocesso, a volta a um ritmo antigo, e o recomeço de práticas ultrapassadas.
Estas perversões são sempre encontradas quando uma civilização se está desmoronando e a velha ordem dando lugar a uma nova. Por que tem que ser assim? Isto é devido ao fato de que os novos impulsos penetrando nos velhos, e o impacto de novas forças sobre a humanidade, despertam no homem o desejo por aquilo que é, para ele, um novo e inexplorado campo de expressão, e por aquilo que é incomum e, freqüentemente, anormal. Mentes fracas então sucumbem ao impulso, ou almas fortes e experimentadoras tornam-se vítimas de sua própria natureza inferior e passam a investigar em direções ilícitas. Temos, pois, sob o impulso destas novas energias, um definido progresso em direção a novos e ainda não experimentados reinos espirituais, mas ao mesmo tempo, um experimento no reino do desejo físico que não é, para a humanidade, a linha do progresso.
Quando o mundo das formas responde ciclicamente ao influxo de energias superiores, seu efeito é estimular todas as partes e aspectos da vida da forma, e esta estimulação produzirá tanto bons quanto maus resultados. O mal emergirá temporariamente, assim como a virtude duradoura. Se o efeito do impacto destas energias é produzir reações materiais, e se o homem então põe ênfase no seu interesse pelo que é material, então a natureza da forma se toma dominante, não a divina. Se a energia é prostituída para fins materiais, tais como a expressão das relações sexuais no plano físico com objetivos puramente comerciais, então, daí resulta o mal. Mas devemos nos lembrar que a mesma energia divina, quando trabalhando no reino do amor fraternal, por exemplo, só produziria o bem. Ilustrarei este ponto de dois modos, ambos responsáveis pela presente orgia de expressão sexual e pelo difundido interesse no assunto.
Vivemos hoje num período de historia do mundo em que estão ocorrendo três eventos de importância capital, despercebidos e incompreendidos pela maioria das pessoas.
O sétimo Raio da Lei e Ordem está entrando em manifestação; nós estamos passando para um novo signo do zodíaco, e a "vinda do Cristo" é iminente. Estes três grandes acontecimentos são a causa de boa parte da sublevação e caos existentes atualmente; ao mesmo tempo, são responsáveis pela dedicação universal às realidades espirituais, reconhecida por todos os verdadeiros servidores, e pelo crescimento da compreensão, de movimentos para o bem comum, e de tendência à cooperação, de união religiosa e de internacionalismo. São tipos de energia, latentes até então, e que estão agora se tomando potentes. A conseqüente reação mundial é, nas etapas iniciais, material em sua manifestação; nas etapas finais, as qualidades divinas manifestar-se-ão e mudarão a história e a civilização. O interesse hoje demonstrado pelos chamados raios cósmicos indica um reconhecimento científico das novas energias do sétimo raio entrante. Estes raios fluindo através do centro sacro do corpo etérico planetário, exercem forçosamente efeito sobre o centro sacro dos homens, daí a vida sexual da humanidade estar temporariamente superestimulada, e daí o excesso de ênfase sobre o sexo. Todavia, daí se origina também incisivo estímulo que agora se está expressando mentalmente e que, no futuro, levará o homem a encontrar, pelo pensamento, uma solução para o problema do sexo.
A entrada da Era de Aquário também estimula no homem um espírito de universalidade e uma tendência à fusão. Tal coisa revela-se hoje na inclinação à síntese vista nos negócios, na religião e na política. Produz uma ânsia de união, e entre outras uniões, ao entendimento e tolerância religiosa. Mas estas influências, atuando sobre os corpos sensíveis de homens não evoluídos e excessivamente psíquicos, levam a uma mórbida tendência para uniões, legítimas e ilegítimas; produzem extremada disposição para a atividade sexual em muitas direções, e para relacionamentos e fusões que não estão dentro da linha planejada ou evolutiva, que ultrajam as leis da própria natureza. A energia é algo impessoal, e dual em seu efeito – variando este de acordo com o tipo de substância sobre a qual atua.
O sétimo raio entrante expressa o poder para organizar, a habilidade para integrar e reunir em relação sintética os grandes pares de opostos, e daí produzir as novas formas de manifestação espiritual. Porém, também produzirá as novas formas que, do ponto de vista do espírito, podem ser consideradas como material maligno. É o grande impulso que trará à luz do dia tudo aquilo que se encontra revestido de matéria, e assim afinal conduzirá à revelação do espírito e da glória oculta, quando tudo o que foi revelado da forma material tiver sido purificado e santificado. Era a isto que o Cristo se referia quando profetizou que, no fim dos tempos, as coisas ocultas seriam desveladas, e os segredos proclamados dos telhados.
Por meio deste processo de revelação, tanto na família humana como em qualquer outra parte da natureza, teremos o desenvolvimento do poder do pensamento. Isto acontecerá pelo desenvolvimento da faculdade de discriminação, que oferecerá opções ao homem, e assim desenvolverá um senso de valores mais verdadeiros. Falsos e verdadeiros padrões emergirão à consciência do homem, e escolhas serão feitas, que lançarão os alicerces da nova ordem, que farão surgir a nova humanidade, com suas novas leis e novas abordagens, e assim entrar na nova religião de amor e fraternidade, e naquele período onde o grupo e o seu bem-estar serão a nota dominante. Então, separatividade e ódios desaparecerão e o homem ver-se-á fundido numa verdadeira unidade.
Deve-se registrar, também, o terceiro fator dos que estamos considerando: a chamada vinda do Cristo. Em toda parte encontramos o espírito de expectativa, e a demanda de uma manifestação e evento simbólico denominado por vários nomes, mas geralmente designados como advento do Cristo. Esta, como sabemos, pode ser urna vinda física efetiva, como anteriormente aconteceu na Palestina, ou pode significar uma definida influência em Seus discípulos e adoradores pelo Grande Senhor da Vida. Isto ensejará uma resposta de todos aqueles que de alguma forma estão espiritualmente despertos. Ou ainda, a vinda pode apresentar-se como um colossal influxo do princípio crístico, da vida e o amor crístico agindo por meio da família humana. Talvez as três possibilidades possam ser encontradas simultaneamente no nosso planeta dentro em breve. Não nos cabe dizer. O que nos cabe é estarmos prontos, e trabalharmos para preparar o mundo para essa significativa série de eventos. O futuro próximo dirá. O que procuro salientar, no entanto, é que este influxo do espírito de amor do Cristo (quer Ele venha como uma Pessoa em forma corpórea ou através de Sua Presença sentida e compreendida) terá duplo efeito.
Esta e uma afirmação difícil para as pessoas que pensam pouco ou quase não raciocinam logicamente. Tanto os bons como os maus serão estimulados; tanto o desejo material como a aspiração espiritual serão despertados e encorajados. Os fatos provam a veracidade da afirmativa de que um jardim profusamente fertilizado e um pedaço de terra bem cuidado e regado produzem tanto flores quanto ervas daninhas. Portanto, temos aqui duas formas de reação ao mesmo sol, à mesma água, ao mesmo agente fertilizante e ao mesmo cuidado. A diferença existe nas sementes que se encontram no solo sobre o qual estes fatores agem. O influxo de amor, portanto, estimulará o amor terreno, o desejo terreno e a luxúria animal; encorajará o impulso para possuir no sentido material, com todas as nefastas conseqüências advindas desta atitude, e o resultante aumento de reações sexuais, e as múltiplas expressões de um mecanismo mal regulado, respondendo a uma força impessoal. Mas, também trará o crescimento do amor fraternal e fomentará o desenvolvimento e a expressão da consciência grupal, da compreensão universal; produzirá nova e poderosa tendência à fusão, à unificação e à síntese. Tudo isto ocorrerá por intermédio da humanidade e do espírito crístico. Gradualmente o amor do Cristo se espalhará pela terra, e sua influência tornar-se-á mais forte nos próximos séculos, até o final da Era de Aquário e, através do trabalho do sétimo raio, (que trará os pares de opostos a uma cooperação mais estreita), podemos procurar pelo "Lázaro erguendo-se de entre os mortos", e a humanidade erguendo-se de dentro do túmulo da matéria. A divindade oculta será revelada. Gradualmente todas as formas serão trazidas à influência do espírito de Cristo, e a consumação do amor terá acontecido.
Devido a estas três causas encontramos, atualmente, em todo o mundo, um profundo interesse pelo sexo, o que conduz como conseqüência natural a duas coisas:
Primeiramente, a uma explosão no mundo todo, e em especial nos centros de grande população, de relações sexuais, que entretanto no momento não correspondem a um crescimento de população. Deve-se isto ao uso de modernos métodos de controle da natalidade, e também à crescente focalização ou polarização mental da humanidade, que leva à esterilidade ou à redução do número de filhos.
Segundo, à reorganização das idéias sobre casamento e o relacionamento sexual. Isto se deve às dificuldades da situação econômica atual; ao difundido interesse em higiene sanitária (que até então estivera restrito aos especialistas); à redefinição dos vários costumes referentes ao casamento nas nações do oriente e do ocidente, o que levou a um questionamento geral; e também ao fracasso da máquina judiciária em salvaguardar a unidade familiar e em interpretar de forma satisfatória as relações humanas.
A partir deste interesse e da discussão generalizados, trabalharemos para chegar a uma solução e um objetivo já existentes nos planos mentais puramente abstratos e no mundo das idéias. Mesmo os mais avançados pensadores da raça conseguem apenas pressentir, de modo vago e nebuloso, o que estes ideais ocultos possam ser.
O assunto em pauta não é primordialmente religioso, exceto na medida em que as relações sociais são, basicamente, relações divinas. É fundamental em sua conotação, e quando for resolvido, veremos o estabelecimento da igualdade entre os sexos, o afastamento das barreiras que atualmente existem entre homens e mulheres, e a salvaguarda da unidade familiar. Isto envolverá, portanto, a proteção à criança, para que lhe sejam asseguradas as condições essenciais ao seu crescimento físico e à verdadeira educação que leve ao sadio desabrochar emocional e mental, o que lhe dará condições para servir à humanidade, à sua época e ao seu grupo da maneira mais vantajosa possível. Este ideal tem sempre existido, porém jamais foi satisfatoriamente alcançado. A solução do problema sexual aliviará o homem de uma inibição e de uma preocupação indevidas, o que deixará sua mente livre para receber influxo de novas idéias e conceitos, Descobriremos que o vício e a virtude não se referem realmente à habilidade ou inabilidade para agir de acordo com as leis feitas pelo homem; antes, refere-se à atitude do homem para consigo mesmo, e sua relação social com Deus e com os outros homens. A virtude é a manifestação, no homem, do espírito de cooperação com seus irmãos, o que exige altruísmo, compreensão e total esquecimento de si mesmo. Vício é a negação desta atitude. Estas duas palavras, na realidade, significam simplesmente perfeição e imperfeição, de conformidade com o padrão divino de fraternidade ou o fracasso em alcançar esse padrão. Padrões são coisas móveis e mudam segundo o grau de crescimento do homem em direção à divindade. Variam também segundo o destino do homem no que este é afetado por sua época e idade, natureza e meio. Alteram-se também de acordo com o ponto de desenvolvimento evolutivo. O padrão a ser alcançado não é hoje o mesmo que era há mil anos, como não será o mesmo daqui a mil anos.
Contudo, somados todos os períodos da historia do mundo, nenhum foi tão crítico quanto o período atual, pois – deixando à parte as grandes oportunidades cíclicas já mencionadas – a própria humanidade alcançou uma conquista singular. Pela primeira vez na história, conseguimos expressar um verdadeiro ser humano, o homem como ele é essencialmente. Temos a personalidade, integrada e funcionando como uma unidade, e temos a mente e a natureza emocional fundidas e mescladas com o corpo físico, por um lado, e por outro, com a alma. Temos também o deslocamento da ênfase na vida física para a vida mental, e em número crescente de casos, para a vida espiritual. Há, pois poucos motivos para uma real preocupação, se o que ficou dito for verdadeiro. Há hoje, em larga escala, uma real "elevação do coração para o Senhor", e um constante volver de olhos para o mundo dos valores espirituais. Daí a atual sublevação.
Ao lado da nova era que se aproxima, ao lado, portanto, do influxo do espírito do Cristo, com seu poder transformador e força de regeneração, e ao lado do retorno cíclico das energias do sétimo raio, encontramos a humanidade numa condição em que a capacidade de resposta às energias espirituais mais profundas e às novas oportunidades é, pela primeira vez, adequada e sintética. Daí o agravamento do problema. Daí o grande dia de oportunidade. Daí a maravilha da aurora que se pode ver raiando no levante.
Gostaria de abordar o problema do sexo por outro ângulo e destacar que ele é um símbolo básico. Um símbolo, como sabemos, é um sinal externo e visível de uma realidade espiritual interna. Qual é esta realidade interna? Primeiro que tudo, a realidade da relação. É a relação existente entre os pares de opostos básicos – Pai-Mãe, espírito-matéria, positivo e negativo; entre vida e forma, e entre as grandes dualidades que – quando aproximadas, no sentido cósmico – produzem o filho de Deus manifestado, o Cristo cósmico, o universo sensível e consciente. O relato do Evangelho é um símbolo dramático desta relação, e o Cristo histórico é o testemunho de sua verdade e realidade. O Cristo nos assegura a realidade do significado interno e da verdadeira base espiritual de tudo que é e sempre será. A partir da relação de luz e trevas aquilo que está oculto torna-se visíve1, e podemos ver e conhecer. O Cristo, que é a luz do mundo, revelou essa realidade. Das trevas dos tempos Deus falou e a Paternidade da Deidade foi revelada.
O drama da criação e a história da revelação – se pudermos ver fielmente e interpretar os fatos com exatidão espiritual – estão descritos para nós na relação existente entre os dois sexos e no seu intercâmbio recíproco. Quando esta relação já não é mais puramente física, mas sim união de duas metades separadas em todos os três planos, – físico, emocional e mental – teremos então encontrado a solução do problema do sexo e a relação conjugal restituída à posição concebida na Mente de Deus. Hoje ela é apenas o casamento de dois corpos físicos, às vezes é também casamento da natureza emocional das duas pessoas. Raramente é, ao mesmo tempo, um casamento de mentes, às vezes, é a união do corpo físico de uma das partes com o corpo físico da outra parte, que se mantém frio desinteressado e sem envolvimento, porém com o corpo emocional atraído e participante, às vezes o corpo mental está envolvido com o corpo físico porém o corpo emocional mantém-se à parte. Rara, raríssimamente, é encontrada a fusão, coordenada e cooperante, de todas as três partes da personalidade dos dois parceiros na união. Quando tal coisa acontece, temos uma verdadeira união, um real casamento, e a fusão de dois em um.
Foi neste ponto que algumas escolas de esoterismo cometeram um triste engano. A falsa idéia cresceu em sua apresentação da verdade de que um matrimônio desta espécie é essencial para a libertação espiritual e que, sem ele, a alma permanece aprisionada. Ensinam que através da relação conjugal a unidade com a alma é obtida, e que não existe libertação espiritual sem este matrimônio. A unidade com a alma é uma experiência individual interna, que resulta em tal expansão da consciência que o individual e específico toma-se uno com o geral e universal. Por trás de errônea interpretação, está contudo, a verdade.
Quando acontece o verdadeiro casamento, e se encontram essas relações sexuais ideais nos três planos, formam-se corretas condições para prover as almas das formas necessárias para sua encarnação. Filhos de Deus podem encontrar formas para sua manifestação na terra. De acordo com o objetivo dos contatos conjugais (se é que tão estranha fraseologia pode ser usada neste caso), assim será o tipo de ser humano atraído à encarnação. Onde os pais são puramente físicos e emocionais, assim será a natureza do filho. Assim é determinado na maioria dos casos. Hoje temos um mundo de homens que está rapidamente alcançando um alto estágio de desenvolvimento. Por isso encontramos insatisfação com os aspectos atuais do casamento, o que é um prenúncio para a revelação de certos princípios ocultos que por fim regerão a relação entre os sexos, e como conseqüência, darão a homens e mulheres a oportunidade, por meio do ato criativo, de fornecer os corpos necessários para discípulos e iniciados.
Simbolizado pelo sexo, está também a realidade do próprio amor a expressar-se. O amor, na realidade, indica relação, porém a palavra "amor" (assim como a palavra "sexo") é usada sem que se atente para o seu real significado. Basicamente, amor e sexo são uma e a mesma coisa, pois ambas expressam o significado da Lei de Atração. Amor é sexo, e sexo é amor, porque nas duas palavras está igualmente representada a relação, a interação e a união entre Deus e Seu universo, entre o homem e Deus, entre o homem e sua própria alma e entre homens e mulheres. O motivo e a relação são enfatizados. Porém impulsionadora dessa relação é a criação e a manifestação da forma por meio da qual a divindade pode expressar-se e vir à existência. Espírito e matéria encontram-se e o universo manifestado chega á existência. O Amor é eternamente fecundo e a Lei da Atração fértil em resultados. Homem e Deus uniram-se sob a mesma grande Lei e Cristo nasceu – o testemunho da divindade do homem e a demonstração do acontecimento. Cada homem e sua alma também estão tentando unir-se e, quando esse fato se consuma, o Cristo nasce na caverna do coração, e vê-se o Cristo na vida diária com crescente poder. O homem, pois, morre diariamente para que o Cristo possa ser visto em toda a Sua glória. De todas estas maravilhas, o sexo é o símbolo.
Mais uma vez: no próprio homem o grande drama do sexo é representado e por duas vezes em seu corpo, em sua personalidade, tem lugar o processo de união e da fusão. Vamos fazer aqui uma breve referência a estes dois acontecimentos simbólicos, para o benefício dos estudantes de esoterismo, de modo que a grande história do sexo possa ser compreendida em seu sentido espiritual.
O homem, como sabemos, é a expressão de energias. Estas energias galvanizam o homem físico à atividade por meio de certos centros de força existentes no corpo etérico. Para nosso propósito imediato, podemos dividir estes centros em três abaixo do diafragma e quatro acima. São eles:
I. Abaixo do diafragma:
1. Base da coluna vertebral
2. Centro sacro
3. Plexo solar
II. Acima do diafragma:
1. Centro do coração
2. Centro da garganta
3. Centro entre as sobrancelhas
4. Centro da cabeça
Sabemos que duas fusões têm que acontecer e, nelas, temos as duas representações do processo simbólico do sexo, e dois acontecimentos simbólicos que exteriorizam um evento espiritual e mostram ao homem seu objetivo espiritual e o grande objetivo de Deus no processo evolutivo.
Primeiramente, as energias abaixo do diafragma têm que ser elevadas e mescladas com as que se encontram acima. Não nos cabe falar aqui sobre o processo e as regras para realizá-lo, exceto num caso – a elevação da energia do centro sacro para o centro da garganta, ou a transmutação do processo de reprodução e criação físicas no processo criador do artista em qualquer campo de expressão criativa. Por meio da união das energias destes dois centros, chegaremos a uma etapa do nosso desenvolvimento na qual produziremos os filhos de nossas habilidades e mentes. Onde, em outras palavras, houver verdadeira união de energias superiores e inferiores, teremos a emergência da beleza na forma, o entesouramento de um aspecto da verdade em uma expressão apropriada, e assim o enriquecimento do mundo. Onde há esta síntese, o artista verdadeiramente criador começa a operar. A garganta, o órgão da Palavra, expressa a vida e manifesta a gloria da realidade subjacente. Este é o simbolismo que se oculta sob o ensinamento da fusão entre as energias superiores e inferiores e, desta fusão, o sexo no plano físico, é por seu turno, o símbolo. A humanidade de hoje está se tornando cada vez mais criativa, pois a transfusão das energias prossegue sob novos impulsos. À medida que desenvolvemos no homem o sentido da pureza; à medida que cresce seu senso de responsabilidade, e que seu amor à beleza, à cor, às idéias, se expande, veremos um rápido aumento no processo da elevação do inferior para unir-se ao superior, e portanto, o embelezamento do Templo do Senhor será tremendamente acelerado.
Na próxima Era de Aquário isto prosseguirá rapidamente. A maioria das pessoas, hoje, vive abaixo do diafragma, e suas energias estão voltadas para fora, para o mundo material, e prostituídas para fins materiais. Nos próximos séculos isto será corrigido; suas energias serão transmutadas e purificadas, e os homens começarão a viver acima do diafragma. Expressarão, então, as potências do coração amoroso, da garganta criativa, e a divinamente ordenada vontade da cabeça. Desta relação entre o inferior e o superior, o sexo no plano físico é o símbolo.
Mas, na cabeça do próprio homem, encontramos também um maravilhoso acontecimento simbólico. Nesse organismo vivo é representado o drama por meio do qual o ser puramente humano se mescla à divindade. O grande drama final da mística união entre Deus e o homem e entre a alma e a personalidade, é ali representado. De acordo com a filosofia oriental, há na cabeça do homem dois grandes centros de energia. Um deles, o centro entre as sobrancelhas, mescla e funde os cinco tipos de energia que lhe são transmitidos para serem mesclados à sua: a energia dos três centros abaixo do diafragma e a dos centros da garganta e do coração. O outro, o centro da cabeça, é despertado por meio da meditação, do serviço e da aspiração, e é através deste centro que a alma estabelece contato com a personalidade. Este centro da cabeça é o símbolo do espírito ou aspecto masculino positivo, assim como o centro entre as sobrancelhas é o símbolo da matéria ou aspecto feminino negativo. Relacionados a estes dois vórtices de forca há dois órgãos no plano físico, a hipófise e a glândula pineal. O primeiro é negativo e o segundo, positivo. Estes dois órgãos são os correspondentes superiores dos órgãos masculino e feminino de reprodução física. À proporção que o homem trabalha com sua personalidade, purificando-a e curvando-a a serviço da vontade espiritual, ele automaticamente eleva as energias dos centros do corpo para o centro entre as sobrancelhas. Finalmente a inf1uência de cada um dos dois centros na cabeça aumenta e se torna cada vez maior, até que os campos vibratórios ou magnéticos de cada um estabelecem contato, c instantaneamente brilha a luz. Pai-espírito e mãe-matéria unem-se, formam a unidade, e nasce o Cristo. "A menos que o homem nasça de novo, ele não verá o reino de Deus", disse o Cristo. Este é o segundo nascimento, e a partir desse momento a vidência aparece com crescente poder.
Este é, mais uma vez, o grande drama do sexo, re-encenado no homem. Assim, em sua vida pessoal, por três vezes, ele conhece o significado da união, do sexo:
1. No sexo do plano físico, ou em sua relação com seu oposto, a mulher, da qual resulta a reprodução da espécie.
2. Na união das energias inferiores com as superiores, da qual resulta o trabalho criativo.
3. Na união, na cabeça, das energias da personalidade com as energias da alma, da qual resulta o nascimento do Cristo.
Grande é a glória do homem e maravilhosas são as funções divinas que ele encarna. Pelo passar dos tempos, a raça foi trazida ao ponto em que o homem está começando a elevar as energias inferiores para os centros superiores, e é esta transição a causadora de grande parte dos problemas atuais. Em toda parte muitos homens se estão tornando criativos no campo político, religioso, científico ou artístico, e o impacto de sua energia mental, de seus planos e idéias faz-se sentir competitivamente. Até que a idéia da fraternidade domine a raça, veremos estes poderes prostituídos para servir a fins e ambições pessoais, o que em conseqüência leva ao desastre, assim como temos visto a prostituição do poder do sexo a serviço da satisfação pessoal e do egoísmo, e conseqüente desastroso resultado. Algumas poucas pessoas, porém, estão elevando suas energias e expressando-as em termos do mundo celestial. O Cristo está nascendo, hoje, em muitos seres humanos e, cada vez mais, os filhos de Deus aparecerão em sua verdadeira natureza para assumir a direção da humanidade da Nova Era.
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2. 0 Sexo na Nova Era
É sempre perigoso profetizar, porém uma previsão, a partir das tendências generalizadas, do momento, é muitas vezes possível.
Durante os próximos duzentos anos, as velhas influências sob as quais temos vivido desaparecerão paulatinamente, e novas potências farão sentir sua presença. Sabemos que três coisas caracterizarão a próxima Era de Aquário, e elas serão possíveis graças a influência dos três planetas que governam os três decanatos deste signo. Primeiro teremos a atividade de Saturno, que produz a divisão dos caminhos e oferece a oportunidade aos homens que disso se possam valer. Teremos, portanto, um período de disciplina e um ciclo em que as escolhas serão feitas, e através dessas decisões discriminatórias a humanidade tomará posse de seu direito inato. Esta influência já se faz sentir fortemente.
A seguir, no segundo decanato, através da influência de Mercúrio, teremos um influxo de luz, de iluminação mental e espiritual, e uma interpretação mais real dos ensinamentos da Loja dos Mensageiros. O trabalho do primeiro decanato capacitará muitos a fazer as escolhas e esforços que lhes permitirão erguer as energias inferiores para os centros superiores, e transferir o foco de sua atenção da área abaixo do diafragma para a área acima. O trabalho do segundo decanato permitirá, àqueles que estiverem assim prontos, fundir a personalidade com a alma, e então, como foi destacado anteriormente, a luz brilhará e o Cristo nascerá dentro deles.
Durante o terceiro decanato veremos a lei da Fraternidade inaugurar-se, Vênus controlando pelo amor inteligente; o grupo – não o indivíduo – será a unidade importante, e o altruísmo e a cooperação tomarão o lugar da separatividade e da competição.
Em nenhum outro departamento da vida essas grandes mudanças se mostrarão com maior potência do que na atitude do homem em relação ao sexo, e no reajustamento da relação conjugal. Esta nova atitude surgirá à proporção que o lento desenvolvimento científico da psicologia se complete. Quando o homem vier a entender sua tríplice natureza e à medida que a natureza da consciência e a profundidade de sua própria vida subconsciente sejam realmente melhor entendidas, surgirá gradual e automaticamente uma mudança de atitude dos homens em relação às mulheres, e das mulheres em relação ao seu destino. Esta necessária mudança não se dará como resultado de medidas legais ou de decisões tomadas pelos representantes dos povos para fazer frente às calamidades do momento; estas mudanças far-se-ão sentir lentamente, como resultado do interesse inteligente das próximas três gerações. Os jovens que agora estão encarnando, e os que o fizer durante o século seguinte, provarão estar bem equipados para lidar com o problema do sexo, porque eles poderão ver mais claramente do que as gerações mais velhas e pensarão em termos mais vastos do que é comum hoje. Eles terão maior consciência grupal, e serão menos individualistas e egoístas; estarão mais interessados em idéias novas do que em velhas teologias; estarão mais livres de preconceitos e menos intolerantes do que a massa de pessoas bem-intencionadas hoje. A psicologia está apenas dando os primeiros passos, e somente agora sua função começa a ser entendida; dentro de cem anos, todavia, será a ciência predominante; e os mais novos sistemas educacionais, baseados na psicologia científica, terão completamente sobrepujado nossos métodos modernos. A ênfase, no futuro, será sobre o propósito determinante da vida do homem. Isto acontecerá através da compreensão do seu equipamento (e desta, a psicologia vocacional é o primeiro e ainda vago começo); através do estudo de seu horóscopo; através de um treinamento correto em controle mental, assim como o treinamento da memória para a retenção de informações. Os processos pelos quais ele pode integrar sua personalidade e elevar e purificar suas qualidades serão alvo de cuidadosa atenção, tudo com a finalidade de torná-lo consciente do grupo e útil ao mesmo. Este e o fator importante. Síntese, pureza física, descentralização e bem-estar do grupo serão a tônica do ensino ministrado. O controle emocional e o reto pensar serão inculcados e onde estes estiverem presentes, o conhecimento das realidades espirituais será automaticamente adquirido e a vida subordinada ao propósito grupal. As relações recíprocas dos homens serão então inteligentemente direcionadas, e sua relação com o sexo oposto será guiada não só pelo amor e desejo, como também por uma apreciação intelectual ordenada do verdadeiro significado do casamento. O que foi dito aplica-se à maioria inteligente, bem-intencionada, cujos padrões terão evoluído com o passar das décadas, de modo que eles possam encarnar os sonhos e ideais dos mais adiantados visionários de hoje. Os irrefletidos, os ociosos e os estúpidos continuarão a existir, porém a evolução prossegue a passo acelerado, e a ordem está em seu caminho.
Que leis serão decretadas para o controle do povo sobre este difícil assunto do sexo, não sei dizer; que leis regerão o casamento, não faz parte do meu propósito prever; como a legislatura das nações se comportará face ao problema, resta saber. Não estou interessado em especulações.
Mas eu posso estabelecer – e aqui o farei – as premissas básicas que fundamentarão o melhor pensamento do futuro sobre o problema do sexo e do casamento. São três, as premissas, que quando forem integradas ao pensamento do período, formando a base de todos os padrões de vida compatível, então os detalhes de como, onde e quando se delinearão por si mesmos.
1. A relação dos sexos e sua abordagem da relação conjugal será feita como uma parcela da vida grupal e para servir ao bem do grupo; isto não será o resultado de leis reguladoras do matrimonio, mas um resultado da educação em relações grupais, serviço e lei do amor, entendidos de forma prática e não apenas sentimental. Os homens e mulheres reconhecer-se-ão como células num organismo vital, e suas atividades e pontos de vista serão coloridos por este conhecimento. A relação sexual será olhada como um fato da natureza e produto de passados ciclos evolutivos e não como uma teoria e esperança, como é hoje o caso. O que for melhor para o grupo, e o que for necessário para promover a eficiência da unidade no grupo, serão os pontos a considerar. Cada vez mais os homens viverão no mundo do pensamento e da compreensão, e não tanto no mundo do desejo descontrolado e do instinto animal; o amor dos homens pelas mulheres e das mulheres pelos homens estará mais verdadeiramente presente do que atualmente, pois será, não puramente emocional, mas também baseado na inteligência.
Quando o impulso criativo se voltar do sacro para o centro da garganta, o homem viverá menos potentemente nos seus impulsos sexuais físicos, e mais consistentemente na sua expressão criativa. Sua vida no plano físico prosseguirá normalmente, porém é preciso que o homem compreenda que o modo pelo qual ele hoje satisfaz sua natureza sexual é anormal e desregulado, e que estamos a caminho da sábia normalidade. A ânsia pelo prazer egoísta e satisfação de um impulso animal, impulso este correto quando regulado, e devastadoramente errado quando prostituído somente para o prazer, dará lugar a uma decisão mútua entre os parceiros. A decisão irá de encontro a uma nova necessidade natural de modo regulado, correto e adequado. Hoje, um ou outro parceiro é geralmente sacrificado, seja por indevida abstinência ou por inconveniente libertinagem.
2. A segunda regra baseia-se no ponto de evolução que, para sua correta efetivação, necessita da verdadeira integração da personalidade. Esta regra pode ser expressa da seguinte maneira: o verdadeiro casamento e a correta relação sexual devem envolver todos os três aspectos da natureza do homem; haverá, ao mesmo tempo, um encontro nos três níveis de consciência – físico, emocional e mental. Um homem e uma mulher, para estarem felizes e realmente casados, têm que ser complemento um do outro nos três departamentos de sua natureza, e terá que haver uma união simultânea dos três. Quão raro é este o caso, e quão difícil de ser encontrado! Não preciso estender-me mais, pois essa verdade é óbvia e tem sido apontada amiúde. Num futuro bastante distante, veremos casamentos que serão baseados no ponto de desenvolvimento da personalidade integrada, e só se encontrarão no ritual sagrado do casamento aqueles que houverem alcançado o mesmo ponto no trabalho de transmutação dos centros inferiores para os superiores; será considerado indesejável um casamento em que uma das partes esteja vivendo a vida da personalidade purificada acima do diafragma, e a outra, a vida do animal inteligente abaixo do diafragma. Finalmente, uns poucos escolherão seus pares dentre aqueles em quem o Cristo renasceu, e que estão expressando a vida do Cristo. Porem, exceto por alguns casos raros e esparsos, esse tempo ainda não é chegado.
3. O terceiro princípio governante será o desejo de prover os egos encarnantes com corpos saudáveis, bons e limpos. Isto hoje não é possível devido ao nosso mal-regulado sistema de cohabitação. A maioria das crianças nascida agora veio à existência acidentalmente, ou não eram desejadas, mas mesmo nesses casos, esse desejo é baseado em razões de hereditariedade, bens a serem legados, um antigo nome a perpetuar, uma ambição não realizada a ser satisfeita; contudo, o dia dos nascimentos ordenados e desejados aproxima-se, e quando chegar, tornará possível a mais rápida encarnação de discípulos e iniciados. A correta preparação terá prioridade sobre qualquer satisfação do impulso sexual, e as almas serão atraídas para seus pais pela urgência do desejo dos pais, a pureza dos seus motivos e a força de seu trabalho preparatório.
Quando estes três motivos forem cuidadosamente estudados, e quando homens e mulheres moldarem sua relação no plano físico às suas responsabilidades grupais, à sua união nos três planos simultaneamente, e à oferta de oportunidade a almas encarnantes, veremos então a restauração do aspecto espiritual do casamento. Veremos a chegada daquela era em que a boa vontade será a principal característica, e na qual o propósito egoísta e o instinto animal ficarão para trás.
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3. Algumas Sugestões para o Ciclo Atual
Ocupei-me ate aqui em descrever uma situação hoje existente, e em indicar uma situação ideal futura mas que ainda não é possível. Isto é valioso, porém deixa uma lacuna que precisa ser preenchida. A questão que agora surge pode ser formulada nos seguintes termos: Dada a acuidade de minha descrição das estarrecedoras condições atuais, dada a possibilidade de atingirmos, em remoto futuro, o ideal apresentado, será possível, nesta época, tomar medidas que eventualmente conduzam aos necessários ajustamentos no departamento do sexo? Positivamente sim, e minha resposta, tem a forma que segue.
Quando certos postulados básicos, em número de quatro, tiverem sido apresentados e mantidos na mente do público, eles finalmente conduzirão a uma educação da opinião pública tal que as atividades necessárias seguir-se-ão naturalmente. Porém o primeiro passo é a educação do público, e seu domínio das quatro leis essenciais. Qualquer correção das atuais condições será conseqüência do crescimento de dentro para fora da própria humanidade, e não da imposição de regras, de fora para dentro. O treinamento da consciência pública deve, pois, prosseguir incansavelmente, e assim serão construídos os alicerces de futuras mudanças.
Gostaria de lembrar aqui que as três próximas gerações (nas quais incluo os rapazes e moças da presente geração) trarão à encarnação um grupo de pessoas que estarão bem equipadas para tirar a humanidade do impasse atual. Este fato, constantemente esquecido, precisa ser lembrado. Em qualquer época da história humana há sempre aqueles capazes de resolver os problemas que surgem, e que são enviados exatamente para esse propósito. Em ultima análise, este problema sexual, por difícil que seja acreditar nisso hoje, é temporário, e surgiu a partir de um erro básico – surgiu da prostituição das faculdades doadas por Deus ao homem, que a desviou para fins puramente físicos e egoístas, em vez de consagrá-las aos propósitos divinos, O homem tem sido levado de roldão por sua natureza instintiva animal, e só a compreensão mental clara e límpida da real natureza de seu problema terá força suficiente para conduzi-lo em direção à Nova Era e ao mundo do reto motivo e da reta ação. O homem tem que aprender e apreender no seu âmago o fato de que o propósito primordial do sexo não é a satisfação de apetites, mas sim o de prover corpos físicos através dos quais a vida possa manifestar-se. Ele tem que entender a natureza do simbolismo que subjaz à relação sexual, e assim apreender e alcançar o escopo das realidades espirituais. A Lei do Sexo é a lei das relações por meio das quais vida e forma são reunidas para que o propósito divino possa ser visto. É uma lei fundamental da criação, e é verdadeira, quer se trate da Vida formadora de um sistema solar, do nascimento de um animal, ou do aparecimento de uma planta a partir de uma semente. "Sexo" é a palavra que usamos para descrever a relação que existe entre a energia que chamamos "vida" e o agregado de unidades de força através das quais aquela energia se expressa e constrói uma forma. Cobre a atividade que tem lugar quando os pares de opostos se reúnem e assim se tornam uma unidade e produzem uma terceira realidade. Essa terceira realidade ou resultado é o testemunho de sua relação, e outra vida na forma aparece. Temos sempre, pois, relação, unidade e nascimento. Estas três palavras exprimem o verdadeiro significado do sexo.
Mas o homem prostituiu a verdade, e o real significado se perdeu. O sexo, agora, significa a satisfação do desejo masculino por prazeres sensuais, e o alívio do apetite físico através da prostituição do aspecto feminino desse desejo e apetite. Esta relação não leva ao resultado pretendido, mas apenas a um momentâneo segundo de satisfação, em que tudo se restringe à natureza animal e ao plano físico. Estou largamente generalizando, mas lembremo-nos que há exceções a todas as regras. Gostaria também de acrescentar que não se deve pensar que eu considero o aspecto masculino responsável por nosso problema atual, quando digo que o homem usa a mulher para seu prazer. Como poderia dizer tal coisa, quando sei que cada ser humano é ciclicamente homem ou mulher; que os homens de agora foram mulheres e as mulheres foram homens em vidas anteriores? Não há sexo, como nós o entendemos, no que concerne às almas; é somente na vida da forma que o sexo existe. É somente no processo de diferenciação para os propósitos de experimentação que o ser espiritual encarnante ocupa primeiro um corpo masculino e a seguir um feminino, fazendo assim a ronda dos aspectos negativo e positivo da vida na forma. A humanidade como um todo é igualmente culpada, e todos precisam ser igualmente ativos no processo de criar as corretas condições e de trazer ordem ao caos atual.
Assim sendo, o primeiro postulado a ser difundido e para o qual o público tem que ser educado, é que todas as almas encarnam e reencarnam segundo a Lei do Renascimento. Daí que cada vida não é apenas uma recapitulação da experiência da vida, mas é também um assumir de antigas obrigações, uma retomada de velhos relacionamentos, uma oportunidade para o pagamento de antigas dívidas, uma chance para a restituição e progresso, um despertar de qualidades profundamente implantadas, redescobrimento de velhos amigos e inimigos, a solução de injustiças revoltantes, e a explicação das coisas que condicionam o homem e fazem dele aquilo que ele é. Esta é a lei que agora clama por ser universalmente reconhecida, e que, quando compreendida pelas pessoas pensantes, muito contribuirá para solucionar o problema do sexo e do casamento.
Por que será assim? Porque quando esta lei for admitida como um princípio intelectual governante, todos os homens pisarão com mais cuidado no caminho da vida, e agirão com maior cautela ao cumprir suas obrigações familiares, e grupais. Saberão com absoluta segurança que "aquilo que o homem planta ele colherá", e que a colheita será aqui e agora, e não em algum misterioso e mítico céu ou inferno; ele terá que fazer na vida de cada dia na terra, os ajustamentos que produzirão um céu adequado e um mais que adequado inferno. A difusão da doutrina do renascimento, seu reconhecimento e prova científicos, caminha a passos largos, e durante os próximos dez anos será objeto de muita atenção.
O segundo postulado básico foi-nos enunciado pelo Cristo quando nos mandou que "amássemos nossos próximos como a nós mesmos". Até agora, pouca atenção tem sido dada a isto. Temo-nos amado e tentado amar aqueles de quem gostamos. Porém, amar universalmente e porque nosso próximo é uma alma como nós somos, de natureza essencialmente perfeita e um destino infinito, isto tem sido sempre considerado um belo sonho a ser consumado num futuro tão distante e num céu tão longínquo que nem vale a pena lembrar. Dois mil anos se passaram desde que a mais grandiosa expressão do amor de Deus andou sobre a terra e determinou que nos amássemos uns aos outros. Todavia, ainda guerreamos e odiamos, usamos nossos poderes para fins egoístas, nossos corpos e apetites para prazeres materiais e nossos esforços, ao viver, são, entre a grande massa, primordialmente dirigidos para o egoísmo pessoal. Alguma vez refletiram sobre o que seria o mundo hoje, se o homem tivesse dado ouvidos ao Cristo e procurado obedecer ao Seu comando? Teríamos eliminado muita doença (pois as doenças originadas pelo mau uso da função sexual estão na raiz de vasta porcentagem de nossos males físicos e devastam nossa moderna civilização), teríamos acabado com as guerras, teríamos reduzido ao mínimo o crime, e a nossa vida moderna seria uma exemplificação de uma divindade manifestada. Tal não foi o caso, porém, daí as condições atuais do nosso mundo.
Mas a nova lei precisa ser, e será, anunciada, lei esta que pode ser resumida nas seguintes palavras: Que o homem viva de forma tal que sua vida seja inofensiva. Assim, nenhum malefício ao grupo será causado por seus pensamentos, suas ações ou suas palavras. Esta não é uma inofensividade negativa, mas sim uma atividade positiva e difícil. Se a paráfrase, em termos práticos, das palavras do Cristo fosse universalmente promulgada e aplicada na prática, veríamos a ordem surgir a partir do caos, o amor pelo grupo sobrepor-se ao egoísmo pessoal, a unidade religiosa tomar o lugar da intolerância fanática, e apetites regulados ao invés da licenciosidade.
As duas leis e os dois postulados expostos acima, podem soar como trivialidades. Porém, trivialidades são as verdades universais e reconhecidas, e uma verdade é um pronunciamento científico. Pautar a vida pela aceitação e reconhecimento destas duas leis (a Lei do Renascimento e a Lei do Amor) salvaria a humanidade e reconstruiria nossa civilização. Serão elas provavelmente simples demais para despertar um reconhecimento interessado! Todavia, o poder que reside por trás delas e o poder da própria divindade, e reconhecê-las é simplesmente uma questão de tempo, pois a evolução levará forçosamente a isso em algum dia do distante futuro. A antecipação de tal reconhecimento está nas mãos dos discípulos e pensadores da presente era.
A terceira lei básica que subjaz à solução de nossos problemas modernos, incluindo o do sexo, envolve normalmente as duas outras leis. É a Lei da Vida Grupal. Nossas relações grupais precisam ser apreciadas. Não só um homem precisa cumprir amorosamente suas obrigações para com a família e a nação, mas ele deve pensar em termos mais vastos, na própria humanidade, e com isso trazer à expressão a Lei da Fraternidade. A fraternidade é uma qualidade grupal. Os jovens que estão chegando agora nascerão equipados com um mais profundo sentido de grupo do que se vê atualmente. Eles resolverão seus problemas, incluindo o do sexo, perguntando a eles próprios, quando uma situação difícil se apresente: Minha ação resultará no bem do grupo? O grupo será ferido ou sofrerá se eu fizer tal e tal coisa? Isto beneficiará o grupo? Trará progresso, integração e unidade ao grupo? A ação que não estiver à altura das necessidades do grupo será automaticamente descartada. Na decisão de problemas, o indivíduo e a unidade aprenderão, aos poucos, a subordinar o bem pessoal e o prazer pessoal às condições e necessidades do grupo. Vemos, pois, como o problema do sexo também se renderá à solução A compreensão da Lei do Renascimento, a boa-vontade para com todos os homens, desenvolvendo-se em inofensividade e desejo de boa-vontade para o grupo, tornar-se-ão gradualmente os fatores determinantes da consciência humana, e a nossa civilização ajustar-se-á, a seu tempo, a estas novas condições.
O postulado final que desejo enfatizar é que o cumprimento destas três leis levará, necessariamente, a um urgente desejo de cumprir a lei do país em que determinada alma se veja encamada. Sei muito bem que as leis feitas pelos homens são inadequadas e não é preciso repeti-lo aqui. Elas podem ser, e são, temporárias e insuficientes. Podem ser falhas em seu objetivo e comprovadamente inadequadas, porém elas são, até certo ponto, a salvaguarda dos homens pequenos e fracos e por isso devem ser consideradas como um suporte para aqueles que estão procurando ajudar a humanidade. Estas leis estão sujeitas a mudanças, à proporção que o efeito das três grandes leis se faça sentir, porém até que sejam alteradas com sabedoria (e isto leva tempo) elas funcionam como freio para a licenciosidade e o egoísmo. Elas criam dificuldades, também. Isto é inegável. Mas as dificuldades por elas causadas não são de natureza tão perniciosa, nem tão duradouros os seus efeitos quanto seria o resultado de sua remoção e o subseqüente início de um ciclo sem leis. Portanto, o servidor da humanidade coopera com as leis do país onde vive, trabalhando ao mesmo tempo para remover as injustiças que elas podem provocar e para o aperfeiçoamento das imposições legais sobre a humanidade no seu país.
No reconhecimento destas quatro leis – do Renascimento, do Amor, do Grupo, e da Terra – teremos a salvação da humanidade. (Psicologia Esotérica I, pág. 268-303)
3) - Agora, o mundo todo está enredado no caos e no tumulto próprios do embate das forças do sexto e sétimo raios. À medida que um raio sai e outro vem à manifestação e o seu impacto sobre a terra e sobre todas as formas, em todos os reinos da natureza, tenha atingido o ponto onde as duas influências estejam igualadas, então um definido ponto de crise é alcançado. Isto é o que está ocorrendo hoje e a humanidade, sujeita a dois tipos de formas de energia, está arrojada “fora do centro”, e daí a enorme dificuldade e tensão do presente período mundial. A causa disto não é apenas o impacto dos dois tipos de energia, vibrando sobre as formas de vida com força igual, mas também o fato da energia da própria humanidade (que é uma combinação dos quarto e quinto raios) estar envolvido no conflito. A isto deve também ser acrescentada a energia do reino animal (novamente uma combinação das energias do terceiro, quinto e sexto raios) pois esta governa a forma animal ou física de todo ser humano. Temos, portando, a reunião de muitas forças conflitantes e o Arjuna mundial é confrontado com uma estupenda batalha – periódica e cíclica, mas que se mostrará, nesta particular era, um fator decisivo e determinante no antigo conflito entre o domínio material e o controle espiritual. As forças agindo agora sobre o planeta são de suprema importância. Se lembrarmos que o sexto raio trabalha através do plexo solar e o controla (estando intimamente relacionado ao plano astral, o sexto nível de consciência), e que o sétimo raio controla o centro sacro, veremos porque há tanta emoção, tanto idealismo e tanto desejo mesclados em conexão com o conflito mundial, e também porque – à parte das tempestades na arena política e no campo religioso – o sexo e seus vários problemas atingiram um ponto de interesse na consciência humana, onde uma solução dessas dificuldades, uma pura compreensão das implicações subjacentes e uma relação franca em uma situação será imediata e inevitável.
Quatro problemas poderão ser resolvidos nos próximos dois séculos: ....(um deles) O problema do sexo, que envolverá uma compreensão verdadeira da lei de atração. (O Destino das Nações, pág. 32-34)
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1) - Quero falar um pouco sobre o assunto do sexo na vida do discípulo. Há muita confusão sobre este assunto na mente dos aspirantes, e a injunção quanto ao celibato está assumindo a posição de doutrina religiosa. É-nos freqüentemente dito, por pessoas bem intencionadas mas ilógicas, que se um homem é um discípulo, ele não pode casar-se, e que não existe real conquista espiritual a menos que o homem seja um celibatário. São duas as raízes desta teoria:
Primeiro, sempre houve, no Oriente, urna atitude errônea a respeito das mulheres. Segundo, no Ocidente, desde os tempos de Cristo, existe uma tendência a conceber a vida espiritual ligada a monastérios e conventos. Estas duas atitudes dão corpo a duas idéias errôneas, e estão na raiz de muitos mal-entendidos e no âmago de muitos malefícios. O homem não é melhor do que a mulher, nem esta melhor do que ele. Todavia, muitos milhares de homens vêem a mulher como a personificação do mal e a base da tentação. Porém, desde o começo Deus ordenou que homens e mulheres atendessem às necessidades um do outro e se complementassem. Deus não ordenou que os homens se agrupassem e se mantivessem distantes das mulheres, ou as mulheres afastadas dos homens; estes dois sistemas levaram a muitos abusos sexuais e a muito sofrimento.
A crença de que um discípulo necessite de vida celibatária e total abstinência de todas as funções naturais é não só incorreta como indesejável. Isto pode ser provado reconhecendo-se duas coisas:
A primeira é que, se a divindade é de fato uma realidade e expressão da onipotência e da onipresença, assim como da onisciência, e se o homem é essencialmente divino, então não haverá condição alguma possível onde a divindade não seja suprema. Não pode haver esfera da atividade humana onde o homem não possa agir divinamente e onde todas as funções não possam ser iluminadas pela luz da razão pura e divina inteligência. Não lido aqui com o ilusório e tortuoso argumento de que as coisas que normalmente são consideradas erradas pelas pessoas íntegras devem estar certas, devido à inerente divindade do homem. Isto é apenas uma frouxa desculpa para se agir mal. Falo de relações sexuais corretas, permissíveis pela lei espiritual assim como pelas leis terrenas.
Segundo, uma vida que não circula até que todas as funções de sua natureza – animal, humana e divina – (e o homem reúne as três em um corpo) sejam exercidas, torna-se frustrada, inibida e anormal. Que nem todos podem casar-se atualmente, é verdade, porém esse fato não invalida o fato maior de que Deus criou o homem para casar-se. Que nem todos estejam hoje em condições de levar uma vida normal e completa é igualmente conseqüência das anormais condições econômicas reinantes; mas isto, de forma alguma, invalida o fato de que a condição seja anormal. Mas que o celibato forçado seja indício de profunda espiritualidade e necessário a todo treinamento esotérico e espiritual é igualmente falso, anormal e indesejável. Não há melhor escola de treinamento para um discípulo e um iniciado do que a vida familiar, com os relacionamentos impostos, o alcance para ajustamentos e adaptabilidade, os sacrifícios e serviço exigidos, e as oportunidades para a plena expressão de cada parte da natureza humana. Não há maior serviço a ser prestado à humanidade do que oferecer corpos às almas encarnantes, e dar atenção e facilidades educacionais a essas almas, dentro do lar. Porém, toda a problemática da vida familiar e nascimento de filhos foi distorcida e erroneamente entendida; e está longe o tempo em que casamento e filhos assumirão seu devido lugar como sacramentos, e mais distante ainda, o tempo em que a dor e o sofrimento resultantes de nossos erros e impróprias relações sexuais, terão desaparecido, e a beleza e consagração do casamento e da manifestação das almas na forma terão superado o atual e errado agrupamento de idéias
Portanto, o discípulo e o aspirante no Caminho, e o iniciado no seu "Caminho Iluminado", não encontram melhor terreno para seu treinamento do que o relacionamento conjugal, corretamente usado e corretamente compreendido. Trazer a natureza animal à disciplina rítmica, elevar a natureza emocional e instintiva ao altar do sacrifício, e a auto-abnegação exigida pela vida da família, são potências de tremenda purificação e desenvolvimento. O celibato que se pede é aquele da natureza superior às solicitações da natureza inferior, e a recusa do homem espiritual a ser dominado pela personalidade e apelos da carne. O celibato imposto ao equipamento de muitos discípulos levou a muita prostituição e muitas perversões de funções e faculdades dadas por Deus; e mesmo que não se encontre esta infeliz condição, mesmo quando a vida tenha sido saudável e consagrada, encontramos, freqüentemente, sofrimento inútil e angustiosa disciplina mental até que rebeldes pensamentos e tendências sejam controlados.
É obviamente verdade que, às vezes, um homem pode ser atraído para uma determinada vida em que se defronte com o problema do celibato, e seja forçado a abster-se de qualquer relação física, e viver uma vida estritamente celibatária, para demonstrar a si mesmo que pode controlar o lado animal e instintivo de sua natureza. Mas essa condição é, freqüentemente, resultado de excessos e licenciosidade numa vida anterior que necessita medidas severas e condições anormais para compensar e retificar erros passados e dar tempo à natureza animal para que esta se reajuste. Mas, de novo, isto não é indício de desenvolvimento espiritual, antes pelo contrário. Não esquecer que estou tratando aqui de um caso especial de celibato auto-imposto, e não da presente condição mundial, quando devido à situação econômica e outras razões, homens e mulheres são forçados a viver uma vida sem plena e natural expressão. O problema do sexo, em última análise, tem que ser resolvido no lar e sob condições normais e a solução está nas mãos das pessoas evoluídas no mundo e dos discípulos de todos os graus. (Psicologia Esotérica I, pág. 304-307)
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1) - Muitos dos que lêem esta parte de minhas instruções se decepcionarão (pois na maioria dos casos a mente humana é fútil e tonta), porque não dou explicações sobre os meios que os Membros da Hierarquia utilizarão para se adaptarem às modernas condições de vida, qual será seu alimento e se casarão ou não. Somente direi que viverão a vida moderna e o que ela significa, e demonstrarão que essa vida (produto normal do processo evolutivo) pode ser vivida divinamente; expressarão o ideal mais elevado do matrimônio (lhes recordarei que muitos dos Mestres estão casados e têm família), e demonstrarão o princípio que subjaz na perpetuação da raça dos homens e também que toda vida é somente uma vida; que a forma é sempre uma unidade sacrificada no vasto esquema da manifestação divina; nos ensinarão também que seja o que façamos, comamos e bebamos, tudo deve ser feito sob uma correta, moderada e natural lei; com espírito de amorosa compreensão e sempre para a glória de Deus. Levarão uma vida de ordem e moderação em todas as coisas, e provarão que na Terra podem existir pessoas sem inclinações errôneas nem más qualidades em seu caráter. Serão exemplos vivos de boa vontade, de amor verdadeiro e de inteligente aplicável sabedoria; de retidão de caráter e humor e de normalidade. Deverão ser tão normais que escaparão de ser reconhecidos pelo que são. (A Exteriorização da Hierarquia, pág. 574)
2) - Não se esqueçam que quando um homem vive como uma alma e sua personalidade inteira está assim subordinada àquela alma, o propósito não-egoísta, a pureza de viver, a conformidade à lei e o estabelecimento de um verdadeiro exemplo de vida espiritual seguir-se-ão normal e automaticamente. O alimento, por exemplo, depende freqüentemente de condições climáticas e do gosto e aquele alimento é desejável que mantenha o corpo físico em condições de servir à raça. Novamente, um filho divino de Deus pode certamente atuar de maneira tão livre e tão eficiente sendo casado ou no celibato, ele todavia não prostituirá os poderes do corpo submetendo-os às satisfações grosseiras, nem ofenderá os costumes estabelecidos, nem rebaixará o padrão que o mundo já tiver estabelecido como seu mais alto e melhor. As coisas foram confundidas e foi posta ênfase muito freqüentemente nos atos físicos e não na vida do ator. Quando a atenção estiver fixada na alma, a vida do plano físico será manipulada corretamente. (Um Tratado Sobre Magia Branca, pág. 420)
3) – Nas palavras “paz” e “boa vontade” temos duas palavras chaves que expressam o estabelecimento da ponte de duas clivagens. Uma, na natureza psíquica do homem, particularmente a clivagem entre a mente e o veículo emocional, o que significa a realização da paz, e a outra entre a personalidade e a alma. Esta última constitui a eliminação de uma “ruptura” fundamental que se consegue definitivamente pela vontade para o bem. Isto estabelece a ponte, não só sobre a maior clivagem do homem, individualmente, mas é ela que ocasionará a grande e iminente fusão entre a humanidade inteligente e o grande centro chamado Hierarquia espiritual do planeta.
Foi o reconhecimento inconsciente destas clivagens e a necessidade da sua fusão que fizeram o casamento e o ato consumador do casamento, o grande símbolo místico das fusões internas maiores.
Posso recordar-lhes também que estas clivagens são clivagens na consciência ou percepção e não de fato? É isto muito difícil de compreender? Reflitamos sobre isto. (Psicologia Esotérica II, pág. 448)
4) - A Paternidade não será considerada primordialmente como uma função animal ou uma função puramente social ou econômica que são as linhas de abordagem usuais, neste tempo. O estabelecimento de um fio de luz deliberadamente preparado ou construído (como parte definitiva do antakarana mundial) entre pai e filho, até mesmo no estágio pré-natal, será cuidadosamente ensinado. Assim, uma relação íntima será trazida à luz sem, todavia estabelecer indevido controle ou autoridade mental. Esta última sentença mostrar-lhes-á quão impossível tem sido até hoje apressar o ensino desta nova ciência do antakarana. Hoje começa a ser possível pôr os alicerces para este novo ensinamento, porque os jovens de todos os lugares estão forçando em seus pais e professores a idéia de sua independência essencial e determinada. A revolta da juventude, a despeito de todos os desastres imediatos e individuais, tem sido algo desejável e preparou o caminho para o estabelecimento de relações corretas e melhores, baseadas nas premissas que estabeleci.
Não é possível, evidentemente, fazer mais do que indicar aqui as bases da nova educação que preparará a juventude do mundo para as responsabilidades e deveres da paternidade. O problema todo está muito mais associado com o sexo, e também com o problema do Estado e de seu controle, do que geralmente se aceita. Esses são dois problemas que hoje estão apenas emergindo em seu significado completo, e sobre eles não posso tratar aqui. A paternidade é o resultado – e o resultado ordenado – da relação entre dois corpos animais e gostaria que meditassem – mesmo que improdutivamente – nas implicações grupais mais amplas desta afirmativa. A paternidade é o que faz um Estado, uma nação e um grupo possíveis, no que concerne à manifestação, e também aqui a vastidão do problema é de deixar qualquer um perplexo. A paternidade tem também uma relação simbólica bem chegada à Hierarquia, pois a unidade familiar é o símbolo da Hierarquia na Terra, e é através dos dois fatos, o da relação sexual e do nascimento físico, que a vasta Hierarquia de Almas pode chegar à manifestação física e atingir a perfeição espiritual nos três mundos da evolução humana. Pode-se (e este fato deveria ser lembrado cuidadosamente) dividir a Hierarquia em dois grupos básicos:
1 – O das almas que alcançaram a perfeição e atingiram o status de servidores divinos.
2 – O das almas que estão no processo de evolução e passam por períodos de encarnação contínua.
A idéia da geração, nascimento e manifestação subseqüente corre como idéia-guia através de todo pensamento esotérico. Os antigos instrutores da raça enviados de tempos em tempos pela Hierarquia, sempre empregaram o simbolismo do processo natural para ilustrar e tornar clara a instrução requerida e colocaram o alicerce espiritual da verdade que na era vindoura conduzirá a raça aos novos caminhos e às novas maneiras de pensar. Para o esoterista, há o processo de nascimento na escuridão da encarnação física que – por sua vez – é o processo preparatório pré-instituído que leva ao nascimento na luz, prossegue na luz e que produz a exteriorização do corpo de luz. Este processo contínuo (pois em todas as idades este nascimento na luz terá avançado) resultará naquele mundo futuro de luz, que é o propósito do processo natural da evolução revelar. Este é o segundo nascimento mencionado no Novo Testamento, no qual um homem “nasce outra vez” no mundo da luz e do amor.
Do ângulo da nova educação, estes novos conceitos governarão a atitude mental dos pais na civilização vindoura e, para isso, o adolescente precisa ser preparado. É a má interpretação dos novos conceitos que predomina atualmente e assim produz a ênfase – em certos países e entre nacionalistas de todos os países – posta na necessidade do aumento da taxa de nascimento. A atenção está agora sendo focalizada na taxa de nascimento, em sua elevação e descida no cuidado certo de mães e filhos, mesmo no período pré-natal e à educação dos pais, em toda parte. De tudo isto devem emergir novas idéias e atitudes que estarão alinhadas com os conceitos e a cultura do mundo vindouro. Mas hoje, a razão desta solicitude é enganosa. O impulso interior para lidar com o problema da paternidade de uma maneira nova e melhor está certo. Entretanto, os objetivos apresentados à raça não são, nem os mais elevados, nem os mais desejáveis. A necessidade dos tempos produzirá, por fim, mudanças radicais na abordagem da vida familiar, na paternidade e na educação das crianças e, para isso, um núcleo está preparando o caminho – ou poderá fazê-lo, se um trabalho fiel, atento e inteligente, for desenvolvido.
... como já disse antes, este assunto da preparação de pais e filhos é muito grande para discussão ampla e satisfatória nestas breves instruções, mas certas afirmativas podem ser feitas, que serão indicativas de futuros desenvolvimentos e mostrarão o caminho por onde a mudança de atitude poderá ser antecipada. Eis como listá-las:
1 – No futuro, a ênfase mudará da pressão em ter-se grandes famílias para a de se conseguir qualidade e inteligência na prole. Isto incluirá a ciência da qual a eugenia é a indicação distorcida e exotérica. Quando o corpo etérico, com os seus centros de força, for cientificamente provado, a profecia acima assumirá significado e sentido.
2 – A necessidade de um aumento na taxa de nascimentos será, afinal, considerada errônea e isso por três razões que considero proveitosas para seu estudo:
a) Muitas almas estão alcançando a perfeição rapidamente e saindo de vez de nossa vida planetária. Este processo será intensificado durante a vindoura Era de Aquário. Deveria ser lembrado que a porta estará fechada durante certo tempo para o reino animal, e por um longo período nenhuma individualização chegará à materialização em corpos físicos. Tecnicamente, qualquer “individualização que tenha lugar será a denominada “individualização em pralaya, a fim de esperar o chamado inevitável”. Não haverá, pois, necessidade de uma criação em massa e apressada de formas humanas.
b) A situação econômica tornará necessário impor certas restrições físicas, porque é agora evidente que além de um certo ponto o planeta não poderá suportar a humanidade. Isto é mais fundamental em suas implicações do que se possa imaginar. Uma vez mais temos evidência de uma crescente conscientização da raça segundo essa linha particular; tal conscientização é ainda distorcida e muito mal compreendida e está produzindo, hoje, o uso desordenado de métodos anticoncepcionais. À medida que a raça se desenvolve (e isso vai a passos largos), à medida que as Leis do Ritmo e da Abordagem forem apreendidas, será percebido que há certas reações inatas que negarão a concepção e, então, os meios mecânicos não mais serão necessários. Isto soa ainda extremamente vago e quase impossível, mas a raça está alcançando rapidamente o controle da personalidade (mesmo que nossa idéia de rapidez não seja a sua) e isto, por sua vez, deve produzir certas mudanças automáticas e naturais. Eis um ponto que precisa ser compreendido pelos esoteristas.
c) A difundida promiscuidade dos sexos, e a regra em muitos países que permite a um homem possuir muitas esposas (o que é um insulto à mulher), cessarão inevitavelmente. É, em última análise, uma forma legalizada de prostituição, e o fato de ter o endosso da tradição e séculos de uso não suaviza a posição que adotei. Através desta falta de regulação e de ritmo essencial, as conseqüências naturais ocorreram e milhões de almas foram trazidas à encarnação, que não deveriam tê-lo feito nesta época, nem alcançar manifestação exotérica. Este fato é grandemente responsável por muito da miséria atual e pelo dilema planetário moderno. A situação econômica, com a necessidade de atender à indevidamente grande população do planeta, está por trás de grande parte da agressão e avidez das nações através das idades, e do esforço feito hoje, como nunca antes, em se conseguir melhores e mais adequadas condições de vida. A guerra foi, conseqüentemente, o resultado inevitável desta propagação, indevida e ilimitada, da espécie humana. Esta falta de controle sexual trouxe ao mundo milhares de crianças não desejadas, cujo aparecimento é somente o resultado de relações sexuais acidentais e descontroladas e, de maneira alguma mostra a intenção planejada dos pais – planejada porque intencionada a oferecer experiência a almas encarnadas, com a intenção consciente de oferecer oportunidade para o apressado “nascimento na luz” daquelas almas em particular, prestando, assim, serviço ao plano divino.
3 – A ciência da eugenia e da higiene sexual e o desenvolvimento das relações mentalmente controladas, crescerão firmemente. Muito do que é agora ensinado segundo estas linhas é errôneo e motivado de maneira errada, baseado no medo, na conveniência e no desejo de melhorar os atributos raciais e a perfeição física. A forma correta do controle científico do sexo, levando àquelas condições acertadas nas quais as almas poderão encarnar, não pode ser imposta pela lei. Os fins desejados podem ser ajudados pelos métodos educacionais e isso já está sendo feito por tentativa e de maneira embrionária; mas a mudança real que a consciência humana necessita, somente aparecerá quando a própria raça for trazida à lei rítmica – sob a qual, por exemplo, a vida animal funciona, ou a lei das estações, sob a qual as formas do reino vegetal operam – transferindo, assim, o conceito todo a uma volta mais alta da espiral evolutiva. Então, quando atingida, produzirá certas mudanças fundamentais – vida sexual regulada, uma vida de família organizada e as diferenças mentais na atitude racial no tocante à relação sexual e à sua conseqüência ordenada, o Nascimento.
4 – Por ora, só a pessoa religiosa pensa em termos dos dois nascimentos necessários e inevitáveis, o físico e o espiritual, e pensa na relação entre os dois como puramente simbólica e de maneira alguma a ser interpretada literalmente. Entretanto, há uma relação íntima e uma analogia entre os dois que, conforme o tempo passe, tornar-se-á mais clara. Não pode haver novo nascimento, nem criação do “corpo de luz”, e nenhuma “manifestação dos filhos de Deus” à parte do processo de encarnação física. Não pode haver fusão dos opostos, da alma e da personalidade, à parte do processo fisiológico do sexo, e o digo deliberadamente, pois á na relação entre os sexos que o elemento do tempo entra na experiência da alma, e a compreensão disto virá quando a doutrina da reencarnação for convenientemente compreendida e ensinada universalmente. Foi aqui que a magia do sexo e os ensinamentos internos tântricos tão lamentavelmente se perderam e foram centralizados no desenvolvimento individual e na obtenção de alguma experiência que supostamente promoveria consecução espiritual. A idéia fundamental, governando tudo que foi dado sobre a relação sexual até aqui, é dupla em suas implicações.
a) prover corpos para almas em encarnação, para que certo desabrochar evolutivo estabelecido possa ser levado adiante, e a conquista de um desabrochar espiritual igualmente previsto e inevitável, se torne possível;
b) revelar o procedimento científico através do qual os corpos “construídos nas trevas” possam ser gradualmente substituídos por corpos “construídos na luz”. Assim será trazido à manifestação o aspecto luz fundamental do mundo e sua estrutura subjacente.
5 – A relação sexual tem, portanto, apenas um objetivo maior, o de produzir corpos físicos para almas encarnantes. A relação entre a alma e a personalidade é, conseqüentemente, um aspecto superior da expressão básica sexual do universo e esta relação tem a intenção de produzir o aparecimento de um filho de Deus como luz no mundo, capacitando-o a dizer, como fez o Cristo, que ele é, “a luz do mundo”, e cumprir a injunção “deixai brilhar vossa luz”. Também a relação entre a humanidade e a Hierarquia é destinada a produzir a radiação da luz grupal e causar o surgimento, a partir destes dois grupos ou corpos planetários, através de sua fusão mais profunda e de sua inter-relação científica, daquela forma de manifestação divina que, no ocidente, recebeu o nome de Reino de Deus.
Peço-lhes ponderar sobre estes cinco pontos ou afirmativas que são apenas destinadas a sugerir, a evocar pensamentos meditativos e a indicar aquelas idéias elementares que introduzirão as novas atitudes sobre a responsabilidade da paternidade. No mundo de hoje há muitos homens e mulheres que pensam, que estão conscientes disso, honestamente desejosos do acima exposto e trabalhando para esse fim. Mas a massa do povo, em seus vastos milhões, está totalmente inconsciente da situação, seja no seu aspecto econômico ou no seu aspecto esotérico. Uma das tarefas do educador do futuro será ensinar o significado da Lei do Renascimento e, assim, obter uma tal profunda mudança na atitude racial quanto à vida e ao sexo, ao nascimento e à paternidade, que o ritmo sexual, a experiência cíclica, a preparação psicológica e dirigida e a construção controlada do corpo, possam avançar e substituir os métodos atuais, que são baseados numa resposta incontrolada à solicitação do sexo e do desejo, e à procriação irrefletida de filhos. A vasta população do mundo, hoje, é o resultado de uma resposta animal àquelas solicitações e à promiscuidade geral, que é, talvez, o fator capital, esotericamente falando e do ponto de vista da Hierarquia, da presente aflição do mundo, das dificuldades econômicas e das agressões entre as nações. Meditem sobre isso, pois contém uma pista.
Resumindo, brevemente, eu diria que o objetivo ante a raça, à medida que ela penetra na nova era, é “criar na luz através da atividade ordenada do corpo-luz”. Isto implica a compreensão das diferentes expressões da luz – a luz do entendimento, a luz de um processo pré-organizado e compreendido e a luz da experiência. Com estes aspectos mais sutis da luz conduzindo, controlando e direcionando a consciência humana em relação à geração racial e à perpetuação das espécies, e com a ciência da luz (uma ciência lidando com o que concerne à substância e à forma, pois não deve ser esquecido que luz e substância são termos sinônimos), formando parte integrante da educação de pais e adolescentes, poderemos, então, aguardar os ajustamentos e as mudanças que estão por vir, com confiança e certeza de que tudo estará bem.
Os motivos que levam ao casamento sofrerão profundas modificações durante os próximos mil anos, apesar da razão básica – a do amor entre duas pessoas – permanecer inalterada, ou mais adequadamente enfatizada e expressa de modo altruísta. A atitude dos pais em relação aos seus filhos será drasticamente alterada e o ângulo da responsabilidade estará continuamente salientado, embora essa responsabilidade irá ser concernente, primordialmente, ao tempo, à oportunidade e à adequada produção das formas que as almas encarnadas assumirão. A idéia da necessidade de procriação rápida e da formação de grandes famílias através das quais o Estado possa alcançar seus fins, será alterada. A preparação de adultos para os deveres da paternidade e seu treinamento nas necessidades básicas da criança que irá nascer, se deslocará de modo crescente para os níveis mental e espiritual da consciência e se ocupará com o preparo físico. A luz que está nos pais, que nos dias futuros será vista de maneira clarividente por um crescente número de pessoas, será relacionada, cientificamente, à luz embrionária na criança, e o fio de luz ligando pais e filho (do qual o cordão umbilical é o símbolo esotérico) será hábil e pacificamente tecido. A criança virá à encarnação com seu corpo de luz já engastado e funcionando no corpo físico e isso se deverá ao trabalho mental inteligente dos pais. Tal não é assim, hoje, exceto nos casos dos egos muito avançados, pois a luz do corpo é incompleta e irregular e simplesmente paira sobre a forma física da criança, aguardando uma oportunidade para entrar e irradiar a consciência. Assim será realizada a integração que falta agora na substância luz do planeta; e a criação desta integração será definitivamente iniciada pelos pais treinados da nova era e facilitada à medida que a criança amadureça, pelo ensinamento e a influência do educador esclarecido. (Educação na Nova Era, pág. 131,140)
5) - ... Está se formando no mundo essa “ponte de almas e de servidores” que tornará possível a consolidação da Hierarquia subjetiva interna de almas e o mundo exterior da humanidade. Isto constituirá uma fusão efetiva ou união e marcará a iniciação da família humana por intermédio da realização de seus principais membros pioneiros. Este é o verdadeiro “casamento nos Céus” do qual o cristianismo místico fala e o resultado desta fusão será a manifestação do quinto reino na natureza, o reino de Deus. (Discipulado na Nova Era, pág. 44,45)
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1) - O Centro Sacro. Localizado na parte inferior da área lombar, é um centro muito poderoso, pois controla a vida sexual. Uma das coisas interessantes acerca deste centro é que ele sempre permanecerá poderoso até que dois terços da humanidade tenha recebido a iniciação, porque os processos procriadores têm que continuar e permanecer ativos a fim de proporcionar corpos para as almas que chegam. Porém, à proporção que a raça progrida, este centro será controlado e suas atividades serão executadas inteligentemente e como resultado do conhecimento, da percepção interna e de contatos sutis e superiores, e não como resultado do desejo ilimitado e incontrolado, como é agora o caso. Não posso estender-me sobre este assunto, porque o tema é vasto demais. Posso, porém, chamar a atenção para o que já escrevi, e sugerir que alguém que tenha interesse e tempo, reúna tudo que eu já disse nos meus livros sobre o tema do sexo, num panfleto.
A – O centro sacro corresponde ao sol físico, à fonte da vitalidade, ao agente doador da vida no nosso planeta.
B – O simbolismo do centro sacro está ligado primordialmente ao período de gestação anterior ao nascimento e compreendendo-o corretamente podemos rastrear e ampliar toda a história da concepção, da construção da forma, seja ela a forma física de um ser humano, a forma de uma idéia, de uma organização construída em torno de uma verdade central, a forma de um planeta, ou de um sistema solar. É talvez acima de qualquer outra coisa, o centro através do qual as forças da Impessoalidade terão que eventualmente expressar-se, e todo o problema do dualismo resolver-se. Esta solução e interpretação do símbolo terá que vir do reino da mente, assim controlando a reação física e ocupando-se com propósitos e não com o desejo. Meditem sobre isto. Quando for esta a compreensão, teremos alcançado o ponto em que pode ser realizada a grande transferência para o centro superior da criação, o centro da garganta.
C – O centro sacro está, portanto, estreitamente relacionado com a matéria, e há um fluxo de energia entre três pontos na parte inferior do corpo:
1. O baço, o órgão do prana ou da vitalidade física vinda do sol.
2. O centro sacro, o agente que predispõe à geração física.
3. O centro na base da espinha que (até que o aspecto vontade seja despertado no homem) alimenta com o princípio da vida, a vontade de viver, todas as partes da estrutura humana.
Estes pontos criam um triângulo de força, relacionado com a matéria, com a substância, com a construção da forma, com a criação, a vitalidade e a persistência na forma. Este triângulo é um reflexo de um triângulo muito mais elevado, assim composto:
1. Do centro da garganta, correspondendo ao centro sacro.
2. Do corpo pituitário, correspondendo ao centro esplênico.
3. Da glândula pineal, correspondendo ao centro básico.
Na relação destes dois triângulos reside a chave para o instinto de auto-preservação, de sobrevivência dos corpos sutis após a morte, e o princípio de imortalidade que está assentado na alma e funciona quando a auto-preservação e a sobrevivência não mais governam. Isto constitui uma triplicidade de idéias que demanda o mais cuidadoso estudo e que – se assim posso expressá-lo – oferece a chave do movimento espírita.
D – O centro sacro, em última análise, está também vinculado ao centro ajna; juntos, eles criam uma dualidade funcionante produzindo aquela sutil qualidade que chamamos personalidade. Há um vasto campo para investigação no tema da personalidade como um todo integrado e na qualidade da personalidade, que é o aroma, a influência, o efeito e a irradiação de uma personalidade. Apresento estas idéias aos estudantes, na esperança de que venham a ser realizadas pesquisas que relacionem o tema dos centros com os fatos conhecidos de coordenação, integração e seus efeitos na produção da grandeza.
Para aqueles que estudam a Doutrina Secreta, há muito a ser desenvolvido sobre a relação entre os “Senhores Lunares”, os Barhishad Pítris, e o Senhor ou Anjo Solar. O campo de trabalho dos primeiros é, por excelência, o centro sacro; o do Anjo Solar é o centro laríngeo.
E – O centro sacro registra a energia do terceiro aspecto da divindade, assim como o plexo solar registra a do segundo aspecto, e o centro básico expressa a energia do primeiro aspecto. Temos aqui novamente os centros inferiores refletindo os centros da garganta, do coração e da cabeça, completando assim a manifestação superior e inferior da divina Trindade no homem. Este centro entrou em pleno funcionamento na antiga Lemúria, a primeira raça humana; sua energia é a do Espírito Santo dominando a substância virgem. Novamente encontramos também aqui outro reflexo no seguinte:

Finalmente, no Divino Hermafrodita, que tarde aparecerá, teremos outra combinação:

Mais uma vez você notará, meu irmão, como a Ciência dos Triângulos governa
a estrutura humana em todos os seus aspectos, assim como a estrutura de
um sistema solar, o que era de esperar-se.
F – A exteriorização física densa deste centro encontra-se nas gônadas,
os órgãos humanos de procriação – olhando-os como uma unidade básica, embora
temporariamente separada na presente expressão dualista do ser humano. É
preciso lembrar que esta separação fomenta um poderoso impulso para a fusão,
e a este impulso chamamos sexo. Sexo é, na realidade, o instinto para a
união: primeiro de tudo, uma união física. É o inato (embora muito mal compreendido)
princípio do misticismo, que é o nome que damos ao impulso de união com
o divino. Como tudo o mais que o homem não desenvolvido toca, nós pervertemos
e distorcemos uma idéia divina e prostituímos um anseio imaterial em desejo
material. Nós revertemos a energia do sacro e com isso super-desenvolvemos
a natureza animal e as funções da humanidade comum. (Cura Esotérica, pág.
176,180)
2) - O despertar do centro sacro é de origem tão antiga que não
é possível agora traçar a verdadeira história do desenvolvimento das dificuldades
conectadas com a expressão sexual, nem tão pouco é desejável. Tratei do
assunto do sexo nos meus outros tratados, em particular em Um Tratado sobre
Magia Branca. Chamo a atenção sobre este ponto, só porque, no curso da vida
mística, há freqüentemente um período de dificuldade sexual, se o místico
não aprendeu a controlar o sexo, a menos que tenha assumindo proporções
equilibradas em relação a outras atividades e instintos naturais na sua
consciência. Ou então, quando atinge o cimo do contato espiritual e leva
a energia da sua alma à personalidade, esta energia desce diretamente ao
centro sacro e não se detém como deveria fazer normalmente no centro da
garganta. Quando isto ocorre, podem aparecer perversões sexuais, ou pode
ser atribuída uma importância indevida ao sexo, ou pode ser estimulada perigosamente
a imaginação sexual, conduzindo à falta de controle e a muitos transtornos
conhecidos dos médicos e psicólogos. O resultado é sempre uma atividade
exagerada, da vida sexual de alguma forma. (Psicologia Esotérica II, pág.
538)
3) - No ser humano não desenvolvido ou em grupos de homens que estão muito
abaixo na escala racial, assim como nos animais, há muita percepção psíquica
porque o centro sacro motiva a vida no plano físico e o plexo solar governa
a natureza psíquica. Nestes casos, os centros superiores estão inativos
e não desenvolvidos. O plexo solar é para os mundos de percepção psíquica
inferior o que o cérebro está destinado a ser para os mundos da compreensão
psíquica superior. No primeiro caso temos um centro de energia que está
tão potente que mergulha o homem num estado de consciência fundamentalmente
astral, regendo assim a vida sexual de um ângulo de consciência sensível;
no segundo caso, há uma identificação tão estreita entre o centro da cabeça
na matéria etérica e o cérebro de substância física que um órgão que é essencialmente
físico funciona simpática, exata e sincronicamente com a sua contraparte
subjetiva, registrando impressões provenientes do centro da cabeça e dos
mundos com os quais esse centro põe o homem em contato. Os dois funcionam,
então, como se fossem um. (Idem, pág. 574)
4) - ... O centro sacro e o plexo solar governam a vida, e é por isso que
o desejo pela vida material e pela vida sexual estão tão intimamente ligados.
O plexo solar no animal é o cérebro que governa todas as reações instintivas,
mas não está tão intimamente associado com a expressão puramente sexual
como ocorre no ser humano. Quando o cérebro se tornar sensível à mente que
desperta e não estiver tão inteiramente ocupado com o mecanismo que registra
a impressão sensorial, nós teremos a orientação que finalmente elevará a
consciência para aqueles centros que ficam acima do diafragma. (Um Tratado
Sobre Magia Branca, pág. 310)
5) - Quando as energias do centro sacro, focalizadas até então no trabalho
da criação e da geração físicas e por isso a fonte da vida e do interesse
sexual físico, são sublimadas, reorientadas e elevadas para o centro da
garganta, então o aspirante se torna uma força consciente nos mundos superiores;
ele penetra o véu e começa a criar o padrão de coisas que finalmente estabelecerá
o novo céu e a nova terra. (Idem, pág. 192)
6) - Deve-se ter em mente que o centro sacro e o baço estão primariamente
conectados com as emanações planetárias da própria Terra. (Astrologia Esotérica,
pág. 80)
7) - A tabela (abaixo) dá como o homem deve ser e não como ele agora está
no curso do seu progresso evolutivo:
1. Afirmação própria – (pleno desenvolvimento)
O quaternário coordenado
Centro da base da coluna
Supra-renais
2. Expressão própria – (trabalho criativo)
Cérebro inferior
Centro da garganta
Tiróide
3. Vida auto-consciente – (personalidade)
Cérebro superior
Centro da cabeça
Glândula pineal
4. Perpetuação própria
Órgãos sexuais
Centro sacro
Glândulas sexuais
5. Vida mental
Sistema nervoso central
Centro Ajna
Hipófise
6. Vida sensorial
Sistema nervoso autônomo
Plexo solar
Pâncreas
7. Vida celular
Corrente sanguínea
Centro cardíaco
Coração (Um Tratado Sobre Magia Branca, pág. 285,286)
8) - ... desejava vivamente estabelecer, de maneira clara, a diferença que
existe entre os raios que regem os elementais dos três corpos inferiores
e o da personalidade. A vida dos três elementais tem a sua base principalmente
nos três centros mais baixos do corpo etérico:
1) O centro sacro – A vida do elemental mental. Transferida mais tarde para
o centro da garganta.
2) O centro do plexo solar – A vida do elemental astral. Transferida mais
tarde para o centro cardíaco.
3) O centro da base da coluna vertebral – A vida do elemental físico. Transferida
mais tarde para o centro da cabeça (centro coronário). (Psicologia Esotérica,
pág. 304)
9) - A relação entre os centros abaixo e acima do diafragma, ou entre:
a) O centro na base da coluna e o lótus de mil pétalas, o centro da cabeça.
Neste, as quatro pétalas do centro básico se tornam as muitas, ou, o quaternário
se perde no universal.
b) O centro sacro e a garganta. Nisto surge uma união entre as doze Hierarquias
Criadoras e o quaternário, e o segredo das dezesseis pétalas do lótus da
garganta é visto.
c) O centro do plexo solar e o coração, no qual o dez do homem perfeito
neste sistema solar se perde no consumado doze. Tal como as doze Hierarquias
Criadoras (em seu aspecto exterior e criativo) estão contactadas pelo homem,
que, sob o ponto de vista da forma, é o quaternário que se tornou perfeito,
assim na relação entre o plexo solar e o coração é o segundo aspecto tornado
perfeito; o amor da alma pode expressar-se perfeitamente através da natureza
emocional. (Um Tratado Sobre Magia Branca, pág. 87)
10) - Muitas escolas são simplesmente escolas que forçam, desenvolvendo
prematuramente as faculdades superiores e levando o aspirante (se Eu pudesse
expressá-lo em linguagem mística) diretamente do reino do sentimento e do
desejo para o da intuição, mas deixando as faculdades intelectuais e o aparelho
mental totalmente não desenvolvidos e latentes. Quando este é o caso, então
– novamente falando misticamente – ocorre um hiato ou uma falha, em parte
do equipamento que a alma precisa necessariamente usar nos três mundos de
seu empenho. A mente organizadora, interpretadora, compreensiva, é incapaz
de desempenhar o seu papel. Onde há falta de compreensão e de capacidade
mental, há perigo de mal-entendido, de credulidade e de errônea interpretação
dos fenômenos de outros estados de ser. Um senso de valores estará faltando
e o aspirante superestimulará os não-essenciais e falhará em alcançar o
valor das realidades espirituais.
A energia pode derramar-se nos centros de força nestes casos, mas, por não
haver inteligência dirigente, ela se anarquizará e então nós temos aqueles
tristes casos que se atravessaram no caminho das tentativas ocultistas e
prejudicaram a reputação do trabalho da Loja – casos de personalidades supervalorizadas,
de devotos supersticiosos, de crédulos seguidores de líderes, de idealistas
desequilibrados fanáticos e daquelas mentes pervertidas que se arrogam poderes
que não lhes pertencem. Homens e mulheres se tornam desequilibrados pelo
astralismo e erram pelo vale da ilusão considerando-se como diferentes dos
outros homens, colocando-se num pedestal muito acima do restante da humanidade.
Eles caem conscientemente no pecado da separatividade. Acrescentem à categoria,
os casos de perversão sexual, provocada pelo excessivo estímulo do centro
sacro, os casos de neurose e de extrema sensibilidade e emotividade, provocados
pela prematura vitalização do centro do plexo solar e finalmente os casos
de insanidade, causados pelo excessivo estímulo das células cerebrais através
de um trabalho de meditação imprudente, e se tornará necessário prosseguir
devagar e desenvolver os processos mentais assim como a natureza espiritual.
(Idem, pág. 193-194)
11) - “Vigiai e orai”, disse o Grande Senhor, na última vez que esteve na
Terra, e Ele falou em termos ocultistas, que ainda não receberam a devida
atenção ou interpretação.
O que, então, precisa ser vigiado?
1) – A atitude do ovóide emocional e seu controle positivo-negativo.
2) – A estabilidade da matéria emocional e sua receptividade consciente.
3) – Seu alinhamento com os corpos mental e causal. Se este alinhamento
for imperfeito (como é tão freqüente) ocasiona imprecisão na recepção dos
planos superiores, distorção nas verdades enviadas do alto por intermédio
do Ego, e uma transferência de força muito perigosa para centros indesejáveis.
Esta falta de alinhamento è a causa do freqüente desvio da pureza sexual
de muitas pessoas aparentemente devotadas à espiritualidade. Elas podem
alcançar os níveis intuitivos até certo ponto, o Ego pode parcialmente transmitir
poder do alto, mas como o alinhamento é imperfeito, a força desses níveis
superiores é desviada, os centros errados são super-estimulados e resulta
em desastre. (Cartas Sobre Meditação Ocultista, pág. 99)
12) - Ver-se-á então que para o discípulo os seguintes centros são de capital
importância:
1 – O centro ajna, através do qual a personalidade purificada se expressa.
2 – O centro da base da coluna, que é o centro através do qual se alcança
o completo e absoluto controle e coordenação, através da elevação da agência
purificadora do fogo.
3 – O centro sacro, no qual a força básica do nosso particular sistema solar,
a força de atração de forma para forma é transmutada e a força atrativa
da alma toma o lugar da atividade reprodutora criativa material.
4 – O centro plexo solar, o qual, situado no centro do corpo e sendo o órgão
do corpo astral e do psiquismo inferior, reúne todas as forças inferiores
e as redireciona, sob o impulso da alma, para seus propósitos superiores.
(Um Tratado Sobre Magia Branca, pág. 287-288)
13) - A atividade do centro ajna aumentará consideravelmente durante o
próximo século (XXI), trazendo consigo seus próprios problemas conseqüentes.
A sua estreita relação com a hipófise e a crescente interação entre
a) – o centro ajna e a hipófise e
b) – o centro do alto da cabeça (envolvendo a glândula pineal) e o centro
ajna
provocarão sérios problemas relacionados com o cérebro e os olhos. O centro
ajna focaliza a energia dos cinco centros situados ao longo da coluna vertebral
e é a sede do poder da personalidade. De acordo com a utilização feita deste
poder e segundo a direção da força enviada para todo o corpo pela personalidade
dirigida e integrada, assim serão afetados os órgãos do corpo. O plexo solarpode
ser estimulado a partir daquele centro e produzir efeitos desastrosos; o
centro do coração pode ser impulsionado para uma atividade indevida em razão
da imposição da força da personalidade, e das energias deste centro se desviarem
para baixo, focando-se de forma egoísta; o plexo solar pode ser de tal forma
hiper-vitalizado que todas as forças da personalidade podem ser volvidas
para baixo e subvertidas para fins puramente egoístas e separatistas, produzindo
assim uma personalidade poderosa, mas – ao mesmo tempo – suspendendo temporariamente
a vida espiritual do homem. Quando esta suspensão se produz, todas as forças
do corpo que tinham “ascendido” são impulsionadas para baixo novamente,
colocando o homem em relação com as fileiras da humanidade que trabalham
através dos centros inferiores; isto tende a produzir uma poderosa e bem
sucedida personalidade. É interessante notar que quando isto acontece, as
energias – concentradas no centro ajna – lançam-se sobre o plexo solar ou
sobre o centro sacro, e raramente, sobre o centro do coração. Este tem um
poder muito próprio, só seu, para produzir o que se chama “isolamento oculto”,
porque o coração é a sede do princípio da vida. Neste caso o centro da garganta
recebe estímulo, mas raramente em grau capaz de causar dificuldades. O homem
é um poderoso pensador criativo, polarizado egoisticamente e com um contato
emocional com as massas por meio do plexo solar. Sofre freqüentemente também
de alguma forma de forte complexo sexual. (Psicologia Esotérica II, pág.
553-554)
14) - Muitas perturbações que sentem as pessoas na atualidade devem-se ao
despertar do centro da garganta. Este centro governa e condiciona a glândula
tireóide e paratireóide. Pode produzir, quando é indevidamente desenvolvido
ou despertado prematuramente, o hiper-tiroidismo, com as suas habituais
perturbações e seus efeitos muitas vezes perigosos sobre o coração e o metabolismo
do corpo. Os efeitos psicológicos são bem conhecidos. As dificuldades tornam-se
crescentes e este centro criador superior é estimulado indevidamente, tornando-se
um perigo em vez de uma ajuda no caso do celibato forçado de muitas pessoas,
motivado pelas condições econômicas desfavoráveis. Estas condições são tais
que as pessoas se abstêm do casamento e, em conseqüência, há falta de oportunidade
para usar (ou usar mal) a energia que flui através do centro sacro. Os místicos
estão analogamente propensos a esta dificuldade. O centro da garganta não
é utilizado de maneira criadora, nem o centro sacro é empregado para os
fins que lhe são próprios. A energia sacra é prematuramente elevada ao centro
da garganta, onde produz uma estimulação intensa. O equipamento do homem
em questão, não alcançou ainda o desenvolvimento necessário para que possa
empregar-se num trabalho criativo em qualquer setor. Não há expressão criadora
de qualquer ordem enquanto o desenvolvimento do homem não lhe permitir ser
criador no sentido superior. O povo suíço, embora seja muito inteligente,
não é criador nesse sentido. A energia que flui através da glândula tireóide
não é empregada na arte criadora, música ou letras, de qualquer maneira
notável, e daí vêm os freqüentes bócios e as perturbações da tireóide. Há
uma grande quantidade de energia que flui através da glândula tireóide e,
até agora, faz-se pouco uso dela. (Idem, pág. 536-537)
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1) - Chamarei a atenção sobre outro ponto. No mundo fenomênico do ser humano comum que ainda não passou pela experiência iniciática do renascimento, a ênfase sempre esteve, como hoje, na relação dual dos sexos, como prova as novelas, as obras teatrais, os filmes e os assuntos dos homens. A criatividade se expressa principalmente na propagação da raça, efetuada pela relação do masculino e feminino, ou dos pólos positivo e negativo da família humana. Isto é correto e bom e parte do Plano divino. Embora os homens tenham prostituído suas faculdades e aviltado suas relações, o plano básico é divino e ideal. Depois da primeira iniciação, toda a relação sexual se transfere gradual e constantemente para o seu lugar adequado como uma simples fase natural da existência nos três mundos e como um dos apetites normais e corretos, mas a ênfase muda. A experiência e correspondência superiores, aquilo do qual o sexo físico é apenas o símbolo, torna-se evidente. Em vez de masculino e feminino, surge a relação magnética entre a agora personalidade negativa e a alma positiva, com a conseqüente criatividade nos planos superiores. O centro coronário e o centro entre as sobrancelhas (o centro ajna) são agentes desta relação e eventualmente – por intermédio do corpo pituitário e da glândula pineal – condicionam a personalidade, ajustando o processo de unificação (fusão) com a alma. (Os Raios e as Iniciações, pág. 669)
2) - Ensinei que a atividade ou a inatividade dos centros condiciona a personalidade, atuando por meio do sistema endócrino; que as energias canalizadas e as forças geradas por eles podem ser controladas e dirigidas pela alma, o homem espiritual. Disse também que a energia do centro sacro (o centro mais envolvido e ativo no momento da primeira iniciação) deve ser transmutada e elevada ao centro laríngeo, transformando assim o ato criador físico no processo criador que produz o bom, o belo e o verdadeiro. Este é o ABC do conhecimento fundamental: a transmutação do sexo. Nesse processo transmutador os homens cometeram grandes erros e abordaram o tema de dois ângulos:
a) Buscaram aniquilar o desejo natural, esforçando-se por enfatizar o celibato obrigatório, deturpando assim com freqüência a natureza e submetendo o “homem natural” a regras e regulamentos que não estavam na intenção divina.
b) Tentaram – no outro extremo – exaurir o desejo sexual normal por meio da promiscuidade, a libertinagem e as perversões, prejudicando-se e assentando as bases para problemas por muitas encarnações à frente.
A verdadeira transmutação é, na realidade, a conquista de um correto sentido de proporção em relação com qualquer etapa da vida humana e, para a raça dos homens hoje, tem particular referência com o centro sacro e com as energias que o põem em atividade. Quando o devido reconhecimento do lugar que a vida sexual deve ocupar na vida diária tiver paralelo com a concentração do pensamento concernente ao centro laríngeo, esse centro tornará automaticamente magnético e atrairá para cima as forças do centro sacro, através da coluna vertebral, para “o lugar de construção criadora”; a vida sexual normal é então ajustada e não se atrofiará, e é transferida para o seu correto lugar como uma das faculdades ou apetites comuns com os quais o homem é dotado; ela está sob controle quando não há interesse direto e está subordinada à lei do país quanto à sua relação com o pólo oposto – seja negativo e feminino ou masculino e positivo. Para o aspirante isto se converte principalmente no agente para a criação de veículos necessários para almas que se reencarnam. Assim, pela força do exemplo, evitando todos os extremos, pela dedicação das energias corporais às necessidades superiores, e pela aceitação da lei local em qualquer país dado e em qualquer tempo, a atual desordem e o corrente abuso do princípio sexual cederão lugar à vida ordenada e à correta utilização desta principal função corporal.
Esta regulada vida física acontece quando a personalidade está suficientemente integrada e coordenada e o centro ajna (o centro entre as sobrancelhas) está ativo e encontra-se sob o controle da alma. Isso tem um efeito imediato – automaticamente induzido – sobre a glândula associada com esse centro; ele torna-se uma parte equilibrada do sistema endócrino geral e o passado desequilibrado é evitado. Simultaneamente, o centro coronário torna-se ativo como resultado da percepção mental, meditação e serviço do aspirante; isso traz a glândula associada, a glândula pineal, à ação. Tudo isso é, novamente, o ABC do ocultismo.
O que é freqüentemente omitido da consideração normal é o fato que a crescente atividade desses dois “pontos de luz na cabeça” é basicamente relacionado ao que está ocorrendo nos centros sacro e laríngeo, na medida que o processo transmutador prossegue e as energias do centro sacro se reúnem no centro laríngeo sem, no entanto, retirar toda a energia do centro inferior; dessa maneira sua atividade normal é corretamente preservada. Então, os dois centros na cabeça tornam-se adequadamente ativos; os elementos negativo e positivo afetam um ao outro, e a luz na cabeça resplandece; uma linha de luz, permitindo livre interação, é estabelecida entre o centro ajna e o centro coronário, e por conseguinte entre o corpo pituitário e a glândula pineal. Quando essa linha de luz está presente e há uma relação desobstruída entre os dois centros e as duas glândulas, então a primeira iniciação torna-se possível. Quando isto acontece, não se deve pressupor que a tarefa de transmutação em andamento entre os centros inferiores e superiores e o relacionamento entre os dois centros da cabeça está plena e finalmente completada e estabilizada. A linha de luz é ainda tênue e instável, mas é existente. É a energia liberada na primeira iniciação e distribuída nos centros sacro e laríngeo (via o lento despertar do centro coronário) que conduz o processo de transmutação à conclusão bem sucedida e estabiliza a relação dentro da cabeça. Esse processo pode levar várias vidas de esforço constante e intenso por parte do iniciado-discípulo. (Idem, pág. 669-671)
3) - O conhecimento sobre as glândulas endócrinas ou de secreção interna está ainda embrionário. Há bastante conhecimento sobre as glândulas relacionadas com o centro sacro e sobre a tireóide, mas até agora, é claro, a profissão médica não admite que elas sejam efeitos da atividade ou inatividade dos centros, ou que exista uma linha de menor resistência entre o centro sacro e o centro laríngeo. Sabe-se algo, não muito, sobre o corpo pituitário, porém, sua extrema importância ao afetar a resposta psicológica do indivíduo, ainda não foi adequadamente compreendida. Nada se sabe, de concreto, sobre a glândula pineal e a glândula timo e isto porque nem o centro da cabeça nem o do coração estão despertos no homem não desenvolvido, ou sequer no cidadão comum. A existência de uma considerável riqueza de conhecimento sobre o centro sacro (como fonte da criação física) e os efeitos condicionantes da glândula tireóide deve-se ao fato de que esses dois centros estão despertos no homem comum, e quando o funcionamento é adequado e a necessária interação entre eles está estabelecida, então temos um indivíduo altamente sexual que é também um artista criador em alguma forma de arte. Vê-se isto bem freqüentemente, como bem sabemos. Quando o centro ajna e sua exteriorização, o corpo pituitário, estão também ativos e a relação entre os três centros – sacro, laríngeo e ajna – está desperta e começando a funcionar, e a relação definida e consciente está sendo estabelecida entre ele e os demais centros (o que depende do raio, do objetivo consciente e do treinamento), então temos o místico prático, o filantropo e o ocultista.
Os estudantes devem lembrar-se que há, no que diz respeito ao discípulo, duas correntes de energia, uma ascendente e outra descendente, no interior da estrutura dos centros.
1. A corrente ascendente – produzindo a Transmutação.
Do centro sacro para o laríngeo. A criação física é transmutada em criatividade artística.
Do plexo solar para o centro do coração. A consciência individual, emocional é transmutada em consciência grupal.
Da base da coluna para o centro da cabeça. A força material é transmutada em energia espiritual.
De qualquer dos cinco centros ao longo da coluna para o centro ajna.
A vida não coordenada é transmutada em integração da personalidade.
Dos seis centros relacionados entre si, para o centro superior da cabeça. A atividade da personalidade é transmutada em vida espiritual.
Isto é um ampla generalização, e o processo não é desenvolvido de forma seqüencial, uniforme e ordenada como a tabulação dada parece sugerir. O processo estende-se por muitas vidas de transmutação inconsciente nas etapas iniciais, e como resultado de amarga experiência, e de esforço consciente nas etapas posteriores, tornando-se progressivamente dinâmico e efetivo à medida que o aspirante percorre as várias etapas da senda. Os cinco raios com os quais o discípulo tem que trabalhar (dois raios condicionantes principais e três raios subsidiários) têm um efeito ativo definido; os ajustamentos cármicos oferecem a oportunidade ou os impedimentos e as complexidades de todo o processo (dentro da relativamente limitada experiência do discípulo) são tão confusas durante o processo que tudo que ele pode fazer é perceber o quadro geral aqui delineado e não dar demasiada atenção aos detalhes factuais
2. A corrente descendente – produzindo a Transformação
Quando o centro coronário começa a despertar e o discípulo está conscientemente ativo na tarefa de dirigir as energias para os centros, e assim governando a vida de sua personalidade, estabelece-se um processo científico de energização dos centros num certo ritmo e ordem, o qual é, mais uma vez, determinado pelos raios, pelas circunstâncias e pelo carma; desse modo, todas as energias do corpo são postas em correta atividade espiritual. Não podemos tratar aqui desse processo; apenas assinalar que esta corrente descendente pode processar-se mais ou menos em três etapas:
1) A etapa de energização da vida criativa, através do centro laríngeo, trazendo
a – o centro coronário e o laríngeo,
b – esses dois e o centro sacro,
c – os três, simultaneamente, em relação consciente.
Esta relação, quando for corretamente estabelecida, resolverá o problema sexual do indivíduo, sem recorrer à inibição ou supressão, e sim pelo correto controle, ao mesmo tempo tornando o discípulo criativo no sentido mundano, e portanto útil aos seus semelhantes.
2) A etapa de energização da vida consciente de relação, via o centro cardíaco, pondo
a – o centro coronário e o cardíaco,
b – esses dois e o plexo solar,
c – os três, simultaneamente e conscientemente, em estreita cooperação.
Isto serve para estabelecer corretas relações humanas, corretas relações grupais, e corretas relações espirituais ao longo de toda a vida de expressão do homem. Assim como a etapa de regularização da vida criativa tem um efeito predominante no corpo físico, esta etapa afeta poderosamente o corpo astral; as reações emocionais são transformadas em aspiração e serviço; o amor pessoal egoísta é transformado em amor grupal, e então, a divindade governa a vida.
3) A etapa de energização do homem todo, via o centro básico, assim pondo
a – o centro coronário e o básico,
b – estes dois e o centro ajna,
c – os três, simultânea e conscientemente, em expressão rítmica e coordenada. Esta é uma etapa final de grande importância e que só se completa na época da terceira iniciação, a Transfiguração.
Podemos ver, portanto, como três importantes palavras expressam o propósito do desdobramento científico e da correta direção dos centros: Transmutação, Transformação, Transfiguração (Cura Esotérica, pág. 213-216)
4) - Estas idéias (transferências, dificuldades psicológicas e resultados patológicos) podem tornar-se mais claras em suas mentes se eu assinalar certos fatos, relacionados com o centro sacro, que durante curto tempo, governou a vida criadora física e animal do ser humano. Durante o processo evolutivo, o centro sacro passa por etapas de uso automático inconsciente, tal como se pode ver no homem puramente animal; depois, vem o uso impulsionado pelo desejo de prazer e pela satisfação física, quando a imaginação começa a sua influência; em seguida, vem o período em que há uma consciente subordinação da vida ao impulso sexual, de natureza diferente da que mencionei primeiramente. O sexo torna-se um pensamento dominante na consciência, e muitas pessoas passam presentemente por este estado, e todas as pessoas em determinado momento ou numa vida, passam através dele. A isto segue-se o período de transferência, em que a atração do sexo e o impulso para a criação física são tão dominantes e as forças começam a reunir-se no plexo solar.
Ali serão controladas largamente mais pela vida astral imaginativa do que pela vida inconsciente animal ou pela vida consciente do desejo.
Elas fundem-se então com as forças do plexo solar e gradualmente são elevadas ao centro laríngeo, mas sempre por meio do centro do coração. Aqui temos um ponto importante de dificuldade para o místico que está nascendo e se tornando rapidamente ativo. Ele se torna dolorosamente consciente da dualidade, de pressão do mundo e da visão mística, das possibilidades divinas e potencialidades da personalidade, do amor em vez da atração e desejo, das relações divinas em lugar das relações humanas. Mas todo este tema é ainda interpretado em termos de dualidade. O sexo é ainda imaginativo na sua consciência e não é relegado para um lugar equilibrado entre os outros instintos da natureza humana; o resultado é um interesse, quase patológico, no simbolismo sexual e que se poderia chamar uma vida sexual espiritualizada. Essa tendência é amplamente exemplificada nas obras e experiências de muitos místicos da idade média. Encontramos expressões como a “noiva de Cristo”, o “casamento nos céus”, o retrato de Cristo como o “noivo celeste” e muitos outros símbolos e frases semelhantes. No Cântico de Salomão, encontramos uma versão masculina da mesma abordagem, basicamente sexual, à alma e a toda a sua vida oniabarcante.
Estes e muitos outros exemplos desagradáveis da psicologia sexual encontram-se misturados com uma verdadeira e pronunciada aspiração e anseio místico e um genuíno anelo de união com o divino. A causa de tudo isto está na etapa de transferência. As energias inferiores estão sujeitas, como se pode ver, a duas etapas de transferência: primeiro, para o plexo solar, e daí ao centro laríngeo. O centro laríngeo não está, neste período, em atividade suficiente ou bastante desperto para absorver e utilizar as energias sacras. Em certos casos são retidas, temporariamente, na sua ascensão ao longo da coluna, no centro cardíaco, produzindo fenômenos de impulsos sexuais (acompanhados às vezes por definidas reações sexuais físicas) de erotismo religioso, e geralmente uma atitude malsã, indo da real sexualidade ao celibato fanático. Este último é tanto um extremo indesejável como o outro, e ambos produzem resultados muitos indesejáveis. Freqüentemente, nos casos de um homem místico, encontra-se uma expressão sexual hiper-desenvolvida no plano físico, perversões de várias ordens ou uma pronunciada homossexualidade. No caso feminino, pode haver muitas perturbações no plexo solar (em vez de perturbações do centro sacro) e conseqüente perturbações gástricas e uma vida imaginativa malsã, que vai desde uma lascividade moderada até formas nítidas de demência sexual, acompanhada (freqüentemente) por uma poderosa inclinação religiosa.
Gostaria também de recordar aqui que estamos tratando de anormalidades e, por conseguinte, devo abordar casos desagradáveis. Nos primeiros estágios do desenvolvimento místico, se houver uma direção correta da vida mental e do pensamento, além de uma corajosa explanação do processo, se evitaria mais tarde grande parte da dificuldade. Estas primeiras etapas parecem-se estreitamente com o interesse demonstrado pelo adolescente, simultaneamente pelo sexo e religião. Os dois estão estreitamente ligados, neste período particular de desenvolvimento. Se os educadores, pais e os que estão relacionados com o desenvolvimento da juventude pudessem dar uma ajuda correta, certas tendências indesejáveis – agora tão prevalecentes – nunca se converteriam em hábitos e estados mentais como ocorre agora. (Psicologia Esotérica II, pág. 530-532)
5) - ... O canal de aproximação ou de escoamento é o seguinte:
A – Do aspecto vontade da vida monádica para o nível de consciência e de energia a que chamamos mente superior.
B – Da mente superior às pétalas do conhecimento do lótus egóico.
C – Desses vértices de força para a mente inferior ou concreta – aquela em que familiarmente o homem de inteligência comum trabalha – para o centro laríngeo e daí, imediatamente para o centro sacro (o centro do plano físico da criação ou de reprodução). Daí, o influxo eleva-se novamente para o centro laríngeo, onde o impulso físico da criação é transmutado em criação artística ou literária, sob qualquer forma, e mais tarde transmuta-se no poder de criar grupos ou organizações que exprimirão alguma idéia ou pensamento emanado da Mente de Deus e que exige uma precipitação imediata na terra. (Idem, pág. 390)
6) - Que o discípulo transfira o fogo do triângulo inferior para o superior e preserve aquilo que for criado pelo fogo do ponto do meio do caminho.
Isto significa, literalmente, o controle, pelo iniciado, do impulso sexual, como habitualmente compreendido e a transferência do fogo que agora normalmente vitaliza os órgãos reprodutores, para o centro laríngeo, assim levando à criação no plano mental, por intermédio da mente. Aquilo que vier a ser criado precisará então ser nutrido e sustentado pela energia do amor da natureza, emergindo do centro cardíaco.
O triângulo inferior ao qual nos referimos é:
1 – O plexo solar.
2 – A base da coluna.
3 – Os órgãos reprodutores.
Ao passo que o superior e, como assinalado:
1 – A cabeça.
2 – A garganta.
3 – O coração.
Isto poderia ser interpretado, pelo leitor superficial, como uma injunção à vida celibatária e o compromisso, do solicitante, em abster-se de toda manifestação física do impulso sexual. Não é isso. Muitos iniciados alcançaram seu objetivo enquanto participavam do devido e prudente uso da relação conjugal. Um iniciado cultiva uma especial atitude mental, na qual há um reconhecimento de que todas as formas de manifestação são divinas e que o plano físico é tanto uma forma de expressão divina como qualquer dos planos superiores. Ele se conscientiza de que a manifestação mais baixa da divindade deve estar sob o controle consciente daquela divindade encarnada, e que todos os atos de cada espécie devem ser regulados pelo esforço em cumprir todo dever e obrigação, controlar cada ação e fato e utilizar o veículo físico de modo que o grupo possa assim ser beneficiado e ajudado em seu progresso espiritual, e a lei perfeitamente cumprida.
Não se deve negar que pode ser aconselhável, em certas etapas, um homem exercer perfeito controle segundo qualquer particular linha, através de uma abstinência temporária, mas esse é um meio para um fim e será seguido por etapas em que – o controle tendo sido alcançado – o homem demonstre perfeitamente, por intermédio do corpo físico, os atributos da divindade, e cada centro será normal e sabiamente usado, e os propósitos da raça assim adiantados.
Os Iniciados e Mestres, em muitos casos, se casam e normalmente cumprem seus deveres como marido e esposas, mas tudo é controlado e regulado pelo propósito e intenção e nenhum é arrastado pela paixão ou desejo. No homem perfeito, no plano físico, todos os centros estão sob completo controle e sua energia é legitimamente usada; a vontade espiritual do Deus divino interno é o principal fator e haverá uma unidade de esforços, exibida em todos os planos, através de todos os centros, para o maior bem do maior número.
Este ponto foi abordado porque tantos estudantes se perdem nesses assuntos e cultivam, ou uma atitude mental que resulta na completa atrofia da natureza física normal inteira, ou se entregam numa orgia de licenciosidade sob o pretexto do “estímulo dos centros”, assim ampliando o desenvolvimento astral. O verdadeiro iniciado deve ser conhecido por sua sóbria e santificada moralidade, por sua firme conformação ao que é melhor para o grupo como enfatizado pelas leis grupais do país, por seu controle e freio aos excessos de qualquer espécie e pelo exemplo que dá, aos seus circunstantes, de uma vida espiritual e da retidão moral, juntamente com a disciplina de sua vida. (Iniciação Humana e Solar, pág. 204-206)
7) - Recordemos aqui aos estudantes que os três pontos que se seguem, relacionados com a transferência de energia, devem ser mantidos em mente:
1) Que há uma transferência a efetuar de todos os centros inferiores para os superiores, o que geralmente é feito em duas etapas. Esta transferência, que tem lugar dentro da personalidade, é feita paralelamente à transferência da energia espiritual do reservatório de força a que chamamos a alma, para o homem no plano físico. Isto é possível na medida em que o homem opera a transferência necessária dentro de si mesmo. Estas transferências podem ter lugar no transcurso do processo evolutivo, ou podem ser acelerados pelo treinamento dado aos discípulos de todos os graus.
2) Que, dentro deste campo de atividade devem ser feitas as transferências seguintes:
A – A energia do centro na base da coluna vertebral (o órgão da vontade pessoal), para o centro da cabeça, através do centro ajna.
B – A energia do centro sacro (que rege a vida sexual e os órgãos da criação física) deve ser elevada para o centro laríngeo, o qual se torna o órgão de atividade criadora de natureza não-física.
C – A energia do plexo solar (o órgão do desejo pessoal auto-consciente) deve ser elevada para o coração, e aí transmutar-se em serviço de grupo.
3) Que todos centros são desenvolvidos e postos em atividade em três etapas, e assim condicionam progressivamente os aspectos externos da vida do homem.
A – Há um período durante o qual os centros estão ativos apenas de maneira indolente e semi-adormecida: as forças de que são formados, o que eles exprimem, movem-se lentamente em ritmo pesado e inerte; a luz que se pode ver onde há um centro é fraca; o ponto de potencial elétrico no ponto do meio (o “coração do lótus ou chakra” – o eixo da roda, como se diz esotericamente no ensinamento oriental) está relativamente inativo. Há apenas fluindo para o centro, a quantidade de energia necessária para produzir a preservação da vida, o natural funcionamento da natureza instintiva, juntamente com a tendência para reagir, de modo flutuante e inteligente, aos estímulos vindos do plano astral, através do corpo astral do indivíduo.
B – Um período em que tem lugar uma nítida elevação e intensificação da força. A luz dos centros é mais brilhante e o centro plexo solar torna-se, em particular, muito ativo. Por enquanto toda a vida real do homem está centrada abaixo do diafragma. Os centros acima do diafragma são fracos, obscurecidos e relativamente inativos; o ponto no meio do centro é, contudo, mais elétrico e dinâmico. Nesta etapa, o homem é o cidadão comum, controlado predominantemente pela sua natureza inferior e pelas reações emotivas, e cuja mente ele emprega ativamente para manifestar as suas necessidades. Os seus centros são receptores principalmente das forças físicas e astrais, mas ocasionalmente respondem aos impactos mentais.
C – Um período em que se realiza a primeira transferência. Pode durar muito tempo e abranger várias vidas. Os centros abaixo do diafragma estão completamente despertos e em grande atividade; a sua luz é viva; a sua inter-relação é tão real que, se estabelece um campo magnético completo, envolvendo toda a região abaixo do diafragma, tornando-se suficientemente potente para estender a sua influência acima do diafragma. O plexo solar torna-se o órgão dominante, em lugar do centro sacro que durante tanto tempo determinou a vida da natureza animal. Converte-se no recipiente das correntes de energia que chegam debaixo que ele absorve, e começa na tarefa de desviá-las e transferi-las para os centros superiores. Agora o homem é o aspirante e o cidadão altamente inteligente. Está consciente da dualidade da sua natureza, do que está abaixo e do que está acima, como se diz vulgarmente, e já está pronto para palmilhar o Caminho de Provação.
D – Um período em que a transferência é continuada. As forças do centro sacro são conduzidas para a garganta, e as forças do plexo solar para o coração. Esta última transferência é ainda de tão modesta importância que o seu efeito é quase nulo. Este período é longo e muito difícil. Hoje, a maioria das pessoas está atravessando os períodos C e D, que são preparatórios para a manifestação da vida mística.
E – Um período em que os centros do coração e da garganta são postos em atividade. O homem é um criador inteligente numa ou noutra linha e vai tornando-se, lentamente, consciente do grupo. Ainda que, contudo, aqui as suas reações sejam ainda egoisticamente motivadas, está sujeito – ao mesmo tempo – aos ciclos e períodos de esforço espiritual. A vida mística o atrai nitidamente. Está se tornando o místico.
F – Um segundo período de transferência inicia-se e o centro ajna, que governa a personalidade integrada, torna-se ativo e dominante. A vida de sensação e de esforço místico, nesse momento, é suscetível de extinguir-se temporariamente no que concerne ao fervor da sua expressão e ao ardor das suas disciplinas; e a integração da personalidade, as ambições, os objetivos e expressões da personalidade tomam o seu lugar. É uma mudança justa e boa que tende a completar corretamente o desenvolvimento. Isto é temporário, pois o místico está ainda adormecido debaixo da atividade externa e do esforço inteligente mundano, e voltará a emergir novamente para realizar um esforço vivo quando a natureza mental tiver sido despertada inteiramente e estiver controlando; quando tiver saciado o desejo de satisfação mental e o “filho de Deus estiver pronto para levantar-se e entrar na casa do Pai”. Durante este período, vemos o homem poderoso inteligentemente criativo alcançar o zênite da sua vida de personalidade. Os centros abaixo da cabeça estarão ativos e funcionando, mas os centro abaixo do diafragma estarão subordinados àqueles e controlados por eles. Estão sujeitos então à vontade condicionante do homem que é governado agora pela ambição, aptidões intelectuais e pela forma de trabalho grupal que tende a expressar a potencialidade da sua personalidade. O centro ajna está brilhante e potente; o centro laríngeo está intensamente ativo e o centro cardíaco está rapidamente despertando.
G – Um período em que o centro mais elevado da cabeça é posto em radiante atividade. Isto ocorre como resultado da elevação (em forma nova e mais potente) do instinto místico, unido desta vez, a uma abordagem inteligente da realidade. O resultado é duplo:
1 – A alma começa a derramar a sua energia em todos os centros etéricos e vitais, através do centro da cabeça.
2 – O ponto no coração de cada centro entra na sua primeira atividade real; torna-se radiante, brilhante, magnético e tão potente que “obscurece a luz de tudo o que o circunda”. Todos os centros do corpo são então impelidos à atividade ordenada, pelas forças do amor e da vontade. Então tem lugar a última transferência de todas as energias corporais e psíquicas para o centro da cabeça, através do despertar do centro da base da coluna vertebral. Então, os grandes pólos opostos, (tal como o expressam e simbolizam) o centro da cabeça – (o órgão da energia espiritual – e o centro da base da coluna vertebral – (o órgão das forças materiais) – fundem-se e misturam-se, e a partir deste momento, o homem é controlado unicamente de cima, pela alma. (Psicologia Esotérica II, pág. 522-527)
8) - No período de transferência em que as forças do corpo estão num estado de fluxo e de mutação anormais, é óbvio como pode haver perigo para o místico e para o discípulo, e como podem ser graves os resultados de uma transferência, quando forçada, em vez de seguir o curso natural da evolução. Isto explica, parcialmente, a sublevação e o caos do mundo presente. As forças que fluem através das massas humanas de inteligência comum hoje em dia (e por isto se entendem os homens educados e capazes de reconhecerem as notícias mundiais e de discutir os acontecimentos e suas tendências), constituem o campo experimental de transferência de energia do centro sacro para o plexo solar. Isto conduz inevitavelmente à agitação, hiper-estimulação, revolta e muitas outras dificuldades. (Idem, pág. 542)
9) - Com relação à evolução humana, esta quarta lei é de primordial importância na atualidade. O objetivo do esforço humano é tanto ser controlado por esta lei, como utilizá-la no serviço. É a lei através da qual a expressão sexual, como sabemos, é transmutada e elevada; o sexo é somente a demonstração da Lei da Atração no plano físico; é a atuação desta lei no reino humano, e também em todos os reinos inferiores. O amor para com tudo que respira e a atração bem realizada no serviço é semelhante ao manifestado na Tríada. A expressão do sexo, a união de dois, transmuta-se na união de muitos para a ação proveitosa, para a realização de novos ideais, e uma nova raça – a espiritual. (Um Tratado Sobre o Fogo Cósmico, pág. 585)
10) - O perigo da superestimulação destes órgãos é bem conhecido teoricamente e hoje não tenciono divagar grandemente sobre isso. Busco somente destacar que esse perigo é muito real. A razão é que, na superestimulação desses centros, o fogo interno estará seguindo a linha de menor resistência, devido à polarização da raça como um todo. O trabalho, então, que o estudante deverá fazer é duplo:
A – Ele terá de retirar sua consciência desses centros; essa não é uma tarefa fácil, pois significa trabalhar contra os resultados de um desenvolvimento prolongado.
B – Ele deverá dirigir a atenção do impulso criativo para o plano mental. Ao fazer isso, se bem sucedido, desviará a atividade do fogo divino para o centro laríngeo e seu correspondente centro da cabeça, em vez de dirigi-lo para os órgãos inferiores da procriação. Assim, fica evidenciado porque – a menos que um homem seja muito avançado – não é prudente passar muito tempo em meditação durante os primeiros anos. Havia sabedoria na velha regra bramânica de que um homem deve dedicar seus primeiros anos para os cuidados da família, e somente quando tivesse preenchido sua função como um homem, podia dedicar-se à vida do devoto. Essa era a regra para o homem comum. Com os egos avançados, estudantes e discípulos, não é assim, e cada um tem que solucionar seu próprio problema individual. (Cartas Sobre Meditação Ocultista, pág.106)
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1) - O fogo latente ou interior produz o calor interno que faz o sistema solar fértil de todas as formas de vida. É o calor inerente que causa toda fertilização, quer humana, animal ou vegetal.
... O fogo latente humano, o calor interno do corpo humano, causa a produção de outras formas de vida, tais como:
A – As células do corpo físico.
B – Os organismos nutridos pelo calor latente.
C – A reprodução de si mesmo em outras formas humanas, base da função sexual. (Um Tratado Sobre o Fogo Cósmico, pág. 53)
2) - Se alguém, pelo poder da vontade ou por meio de um super-desenvolvimento do aspecto mental do seu temperamento, adquire o poder de fundir os fogos da matéria e impeli-los à ação, encontra-se em perigo de obsessão, loucura, morte física, ou de terrível enfermidade em alguma parte do seu corpo, e também corre o risco de um super-desenvolvimento do impulso sexual através da condução da força de maneira irregular para cima, ou forçando a sua radiação para centros não desejados. A razão disto é que a matéria do seu corpo não está suficientemente pura para resistir a união das chamas, e o canal de ascensão da coluna vertebral ainda está obstruído e bloqueado, e então atua como uma barreira, retornando a chama para trás e para baixo, e que a chama (conjunto resultante do poder da mente e não associado ao fluxo de descida do plano do espírito), permite, através da combustão etérica, a entrada de forças, correntes e entidades indesejáveis e estranhas. Estas destroem, rompem e arruínam o que resta do veículo etérico, do tecido do cérebro e até do próprio corpo físico denso. (Idem, pág. 126)
3) - Ocupei-me destes detalhes porque a prática dos exercícios de respiração movimenta definitivamente as forças que fluem através dos “nadis” e reorganiza-as – geralmente de maneira prematura. Acelera o processo de derrubar as barreiras que separam as quatro forças da quinta energia e precipita a destruição, pelo fogo, da tela etérica protetora ao longo da coluna vertebral. Se é isto feito enquanto a ênfase da vida está centrada abaixo do diafragma, e o homem nem sequer é um aspirante ou pessoa inteligente, então isso causará uma estimulação exagerada da vida sexual, e também abre o plano astral, de onde virão numerosas perturbações físicas e doenças. No sentido oculto, esta prática “libera os fogos inferiores e o homem será destruído pelo fogo”; ele não será então (como está projetado) a “sarça ardente que arde eternamente e que não pode ser destruída”. (Um Tratado Sobre Magia Branca, pág. 595)
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1) - Gostaria de tratar, primeiro de tudo, da premissa básica que a doença e as propensões físicas não são o resultado do pensamento errado. São muito mais o resultado de não haver pensamento algum, ou do fracasso em seguir as leis fundamentais que governam a Mente de Deus. Um exemplo interessante deste fracasso é o fato de que o homem não segue a Lei do Ritmo, a qual governa todos os processos da natureza, e o homem é uma parte da natureza. É a este fracasso em trabalhar com a Lei da Periodicidade que podemos atribuir a dificuldade inerente no uso e mau uso do impulso sexual. Em vez do homem ser governado pela manifestação cíclica do impulso sexual, e sua vida, portanto, ser regulada por um ritmo definido, atualmente tal coisa é inexistente, exceto nos ciclos pelos quais a mulher passa, e a estes pouca atenção é dada. O homem, porém, não é governado por ciclo algum, e rompeu também o ritmo ao qual o corpo feminino deveria estar subordinado, o qual – corretamente compreendido – determinaria o uso das relações sexuais, incluindo naturalmente o impulso masculino também. Este fracasso em viver pela Lei da Periodicidade e subordinar os apetites ao controle cíclico é uma das principais causas da doença; e como a estas leis é dada forma no plano mental, pode-se dizer legitimamente que o infringi-las tem uma base mental. Assim seria se a raça estivesse trabalhando mentalmente, coisa que ela não está. É no mundo moderno de hoje que se começa a transgredir largamente estas leis mentais, particularmente a Lei dos Ciclos, que determina as marés, controla os eventos mundiais e deveria também condicionar os individuais e assim estabelecer hábitos rítmicos de vida – um dos mais importantes incentivos à boa saúde. (Cura Esotérica, pág. 89)
2) - Das três principais doenças que foram herdadas do passado, podemos dizer que as doenças venéreas ou doenças sociais são remanescentes dos excessos praticados nos tempos lemurianos; sua origem é tão remota que o próprio solo está permeado por essas doenças – um fato totalmente desconhecido para a ciência moderna. Ao longo das eras, os homens têm sofrido desses grupos de infecções; milhões têm morrido e sido enterrados e assim contribuído para infectar a terra. Nos tempos lemurianos, o foco da força da vida estava no corpo físico – no seu desenvolvimento, uso e controle – assim como na sua perpetuação e reprodução. Foi na época lemuriana que o uso indevido da vida sexual começou; este foi, num sentido peculiar, o mal primeiro, e em relação a este fato, antigas lendas e alusões são encontradas em todos os registros e escritos antigos. Há muitas evidências mal interpretadas a este respeito, e quando os homens conseguirem ler os registros mais acuradamente e com interpretação correta, eles compreenderão a saída, porque verão mais claramente as causas subjacentes.
O câncer é um presente da humanidade atlante ao homem moderno, e o flagelo desta doença foi o principal fator da devastação dos habitantes da velha Atlântida. As raízes deste terrível mal estão profundamente assentadas na natureza emocional ou de desejo, e estão plantadas no corpo astral. O câncer é, parcialmente, o resultado de uma reação às doenças relacionadas com a vida sexual que se tornou tão desregrada nos últimos tempos lemurianos e nos primeiros dias atlantes. As pessoas de então, vendo os temíveis males e a extensão da doença que crescia a partir da vida fértil da Lemúria, resultante da promiscuidade sexual por toda parte, na tentativa de auto-preservação, represaram de volta o fluxo natural do desejo – o fluxo de vida que se expressa através dos centros de reprodução e procriação – e isto, no devido tempo, produziu outros males. O câncer é, primariamente, uma doença de inibição, assim como as de origem sifilítica são aquelas da superexpressão e uso desregrado de um aspecto do mecanismo do homem. (Idem, pág. 58-59)
3) - ... O grande pecado original nos tempos lemurianos foi de natureza sexual, devido em grande parte, não apenas a tendências inerentes, mas à extraordinariamente densa população de sua civilização e à estreita relação com o reino animal. A origem das doenças sifilíticas remonta a esses tempos.
Há, nas mentes das pessoas ignorantes, a fantasiosa idéia de que as raças primitivas estão livres desse tipo de contaminação e que as inúmeras doenças sexuais e seus resultados são predominantemente doenças da civilização. Sob o ponto de vista ocultista, isto não é assim. O verdadeiro conhecimento comprova o contrário. Na infância da raça teve lugar o acasalamento indevido, a promiscuidade e uma série de perversões, e na linguagem de alguns dos mais antigos livros encontrados nos Arquivos dos Mestres, lemos o seguinte: “A terra recebeu seus mortos e terra para terra, poluída e impura, retornou à terra; assim, vida maligna introduziu-se na prístina pureza da antiga mãe. Profundamente enterrado no solo está o mal, que emerge na forma de tempos em tempos, e somente o fogo e o sofrimento podem absorver a mãe do mal que seus filhos trouxeram”.
A raça lemuriana praticamente se auto-destruiu, devido ao mau uso do centro sacro, que era, naquela época, o centro dominante e mais ativo. Nos dias atlantes, o plexo solar era o objetivo principal do “fogo entrante”. O trabalho da Hierarquia, na época lemuriana, era, como já disse antes, ensinar à humanidade infante a natureza, o sentido e a significância do veículo físico, assim como na raça seguinte, o emocional foi fomentado e tornou-se o principal objeto de atenção, e na nossa raça, é a mente que está sujeita à estimulação...
Paralelamente à atividade da Grande Loja Branca (tal como era o caso então e é hoje) havia a atividade das forças trevosas. Seus efeitos tinham que ser produzidos através do centro sacro, e assim uma situação das mais viciosas foi criada, a qual enfraqueceu o vigor do corpo humano, aumentando enormemente as exigências da natureza sexual pela estimulação do centro sacro provocada pela Loja Negra, e que levou a inúmeras alianças ímpias e relacionamentos indignos e danosos.
Uma nova grande lei da natureza foi, então, imposta pelo Logos planetário, expressa, muito inadequadamente, pelas palavras, “A alma que peca, morrerá”. Poder-se-ia expressar melhor esta lei com as palavras, “Aquele que abusa daquilo que construiu, vê-lo-á ser destruído pelas suas próprias forças internas”.
Com o passar dos séculos, e à medida que a raça lemuriana se entregava aos impulsos danosos da natureza animal, foram gradualmente aparecendo os primeiros tipos de doenças venéreas; finalmente, toda a raça foi contaminada e desapareceu – a natureza exigiu seu tributo, inexoravelmente exigindo e cobrando o seu preço. Neste ponto, vocês poderão perguntar como os primeiros habitantes do nosso planeta poderiam ser responsabilizados, uma vez que não há pecado onde não há senso de responsabilidade ou consciência de fazer o mal. A Hierarquia de então tinha seus próprios métodos para ensinar esses povos infantes, assim como uma pequena criança hoje pode ser ensinada a abster-se de certos hábitos físicos. A humanidade daquela época sabia bem o que era o mal, pois as evidências desse mal apareciam fisicamente e eram facilmente percebidas. A personalidade era óbvia e imediatos os resultados; os instrutores da raça providenciaram para que causa e efeito fossem rapidamente notados.
Naquela época, surgiram também as primeiras tendências para o casamento, como diferenciação da promiscuidade; a formação de unidades familiares tornou-se objeto de atenção e a meta para os mais evoluídos. Esta foi uma das primeiras tarefas empreendidas pela Hierarquia e o primeiro esforço em direção a alguma forma de atividade grupal, trazendo a primeira lição ligada à responsabilidade.
A unidade familiar não era estável como pode ser hoje, porém, mesmo seu período relativamente breve foi um estupendo passo adiante; a segregação da unidade familiar e o crescimento do senso de responsabilidade prosseguiram firmemente até culminar no atual sistema matrimonial e na ênfase sobre a monogamia, no ocidente; conduziram ao orgulho ocidental sobre a linhagem e a raça, e ao total horror que o pensador ocidental tem das doenças de origem sifilítica, pois que afetam a família e seus descendentes.
Contudo, duas coisas interessantíssimas estão acontecendo hoje. A unidade familiar – em escala mundial – está sendo desfeita, devido aos azares da guerra e – numa escala menor – devido às idéias modernas sobre casamento e divórcio. Segundo, curas rápidas e definidas para as doenças sexuais estão sendo descobertas, o que tende a tornar as pessoas mais imprudentes. Quando, porém, as pessoas se aperfeiçoarem, elas afinal protegerão a raça e depois da morte devolverão ao solo corpos libertos da praga que tem contaminado a terra há infinitas eras. Assim, o solo será gradualmente purificado. O crescimento da prática de cremação também auxiliará neste processo de purificação. A destruição pelo fogo e a intensidade do calor gerado pelos métodos militares aplicados também estão ajudando, e durante o próximo milhão de anos veremos a sífilis (herdada da Lemúria) desaparecer, tanto da família humana quanto do solo do planeta.
À medida que transcorreram as eras, a humanidade entrou na etapa atlante de desenvolvimento. O controle consciente do corpo físico desceu abaixo do limiar da consciência; conseqüentemente, o corpo etérico tornou-se mais potente (um fato raramente levado em consideração), e o corpo físico, como um autômato, reagiu sistematicamente à impressão e direção da natureza do desejo em constante desenvolvimento. O desejo tornou-se algo mais do que resposta aos impulsos físicos animais e aos instintos primitivos: foi direcionado para objetos e objetivos estranhos ao corpo, para posses materiais e para as coisas que – quando vistas e cobiçadas – podiam ser possuídas. Assim como os maiores pecados da época lemuriana (se é que podem ser chamados, em seu verdadeiro sentido, devido à pouca inteligência da raça) foram por abuso do sexo, o maior pecado do povo atlante foi o roubo – generalizado e corrente... (Idem, pág. 227-231)
4) - Em tudo que expus acima, mesmo em relação ao que foi dito sobre a homossexualidade, levei em consideração o desejo, quer desenfreado, quer inibido, mas eu o considerei apenas em termos gerais. Compreender-me-ão se eu lhes disser que onde o desejo é inibido (o que é o caso de muitos aspirantes hoje) todas as espécies de doenças – câncer, congestão pulmonar e certas doenças do fígado – se tornam possíveis, assim como a temida tuberculose? As doenças de inibição são numerosas e sérias, como o prova esta enumeração. Note-se que onde o desejo é desenfreado e incontrolado, sem que haja qualquer inibição, doenças como as desordens provocadas pela sífilis, a homossexualidade, inflamações e febres aparecem. De acordo com o temperamento, assim serão os tipos de doenças, e o temperamento depende da qualidade de raio. Pessoas de raios diferentes são predispostas a certas desordens... (Idem, pág. 66)
5) - O câncer é uma doença claramente relacionada com os centros, e veremos que o centro na zona onde existe o câncer é hiper-ativo, com um conseqüente aumento de energia fluindo através da substância corpórea correspondente. Esta energia e a hiper-estimulação de um centro pode ser atribuída não apenas à atividade do centro e sua conseqüente irradiação, mas também à supressão, imposta pela mente, de qualquer atividade de um centro em particular. Isto provoca uma acumulação de energia, e novamente temos a criação de um excesso de energia concentrada em alguma área em particular. Uma das principais fontes de câncer relacionadas com o centro sacro, e portanto, com os órgãos sexuais, tem sido a supressão bem intencionada, mas feita por aspirantes mal informados, da vida sexual e de todo o pensamento referente a ela. Esses aspirantes são aqueles que encontram no ensinamento medieval – vida monástica e celibato – a linha de menor resistência. Naquela época, as pessoas boas acreditavam que o sexo era algo maligno e pecaminoso, algo que não se devia sequer mencionar, uma formidável fonte de problemas. Reações normais, em vez de serem controladas e transmutadas numa atividade criativa, eram violentamente suprimidas e reprimidos todos os pensamentos acerca da vida sexual. Não obstante, a energia segue a direção do pensamento, com o resultado de que esse particularmente magnético tipo de energia atraía para si um crescente número de células e átomos; e daí a origem dos tumores e todos os tipos de câncer tão comuns hoje... (Idem, pág. 239)
6) - ... Uma vida sexual frustrada ou uma situação em que uma pessoa solteira não tem uma expressão normal do processo natural e universal, e para quem o sexo continua um mistério (e ao mesmo tempo um constante assunto interno e desconhecido do pensamento) levará:
A – A uma condição de grande desvitalização com a conseqüente e inevitável má saúde que acompanha esse tipo de pessoa – a assim chamada solteirona ou solteirão notório. Desnecessário é observar que há muitas pessoas solteiras que encaram a vida de maneira saudável e não pertencem a esta categoria.
B – A um constante esforço para chamar a atenção do sexo oposto até alcançar um ponto onde isto se transforma numa tendência exaltada e muito prejudicial.
C – Ao desenvolvimento de hábitos homossexuais ou a essas perversões que desvirtuam a vida de muitas pessoas inteligentes.
D – Aos tumores – malignos ou não – que atacam os órgãos da geração e que freqüentemente levam a pessoa a operações cirúrgicas.
Há outros possíveis desenvolvimentos, mas sobre eles não tenciono discorrer. Indiquei aqui o suficiente para mostrar o perigo de um sentimento de frustração e o mórbido (mesmo se às vezes não reconhecido) interesse no sexo. Isto pode também se evidenciar na vida de sonho que vincula estreitamente o cérebro, a mente e os órgãos da geração e prova o fato do desejo astral despertar o apetite físico; isto demonstra minha afirmação que o corpo físico responde automaticamente – até quando inconsciente nas horas do sono – ao controle astral. A cura, como certamente vocês sabem, é uma vida externa ocupada e criadora, particularmente uma vida de benefício para nossos semelhantes e não simplesmente transmutação do desejo sexual em alguma forma de pensamento criador o que simplesmente dá na mesma, mas não toma configuração ou forma no plano externo da vida humana. (Idem, pág. 562-563)
7) - … Certas energias astrais, emanando de algumas formas planetárias que por enquanto não existem na forma dos planetas físicos, nem no reino etérico, mas que estão encerrados no círculo-não-se-passa do nosso sistema solar. Elas representam, no sentido planetário, dois grupos de vidas: primeiro, aquelas conchas astrais de planetas decadentes e em desintegração que podem ser vistas pelo iniciado, ainda se deslocando em torno de nosso sol, mas que estão, contudo, desaparecendo rapidamente. Nossa lua juntar-se-á ao seu número quando a completa desintegração da forma exterior tiver ocorrido. Segundo, as formas astrais daquelas vidas solares menores no arco evolutivo, que estão adquirindo forma lentamente mas ainda não tomaram um corpo etérico, e jamais usarão um corpo físico neste período mundial. Estes dois grupos são as correspondências planetárias dos tipos de homem reencarnado e daqueles que passaram adiante e estão lentamente abandonando seus corpos, previamente ao renascimento, ou que completamente esvaziaram suas conchas.
Há duas destas formas astrais em íntima proximidade com a nossa Terra, que estão rapidamente se “decompondo”, se assim posso chamá-lo, e que entretanto têm uma influência muito potente. Em função desta íntima relação, elas produzem dois tipos de desejo ou de tendência astral entre os homens. Um produz muito daquela tendência instintiva para a crueldade que se vê nas crianças e em certos tipos de homens, e o outro tem um efeito na vida sexual e produz algumas das tendências para as perversões sexuais que causam tanta dificuldade agora. Tendências sádicas e perversões sexuais encontram muita influência fortalecida nestas emanações astrais que estão morrendo. Nos tempos antigos elas eram ainda mais potentes, estando mais perto da nossa Terra do que agora; daí as crueldades ritualísticas e os horrores, por exemplo, de Sodoma e Gomorra. Sua força está declinando rapidamente e dever-se-á lembrar que já não teriam força alguma se não houvesse na própria humanidade certos instintos nos quais estas energias podem trabalhar. Deve-se também lembrar que nos tempos da Lemúria sua influência era construtiva, pois naqueles dias, a lição do sexo e do inteligente registro da dor tinha um lugar nos esquemas daqueles que estavam tentando conduzir o homem animal para a consciência humana – não para a consciência da alma, nem mesmo para a consciência de si mesmo naqueles tempos muito recuados. (Um Tratado Sobre Magia Branca, pág. 312-313)
8) - As causas principais de uma vida de sonhos dolorosa é, em cada caso, uma frustração ou uma inabilidade da alma para impor os seus anseios e propósitos ao seu instrumento, o homem. Estas frustrações dividem-se em três categorias:
1) – Frustração sexual. Este tipo de frustração conduz, em muitos casos, especialmente na pessoa comum, a dar importância demasiada ao sexo, a uma vida mental sexual incontrolada, a ciúmes sexuais e a um sub-desenvolvimento físico.
2) – Ambição frustrada. Isto mantém represados os recursos da vida, produz um constante desgosto ou irritação interna, conduz à inveja, ao ódio, à amargura e a uma enorme aversão para com os que triunfam, e causa múltiplas anormalidades.
3) – Amor frustrado. O psicólogo comum deveria incluir isto talvez na frustração sexual, mas o esoterista não o consideraria assim. Pode haver satisfação sexual ou uma completa liberdade da sua escravidão e, contudo, a natureza do amor magnético centrífugo pode ter encontrado apenas frustração e falta de resposta.
Onde estes três tipos de frustração existam, encontraremos freqüentemente uma vida doentia, dificuldades físicas de diversas ordens e um estado de infelicidade que se acentua firmemente. (Psicologia Esotérica II, pág. 496)
9) - Quando, por exemplo, a energia do centro sacro é elevada ao plexo solar, aparecerão indisposições implicando, como já assinalamos, o trato intestinal. Quando a energia dos centros que se encontram abaixo do diafragma (mas não ao longo da coluna vertebral) são elevados ao centro do plexo solar, surgem perturbações que abrangem freqüentemente a vesícula biliar e os rins. Falando no sentido oculto, qualquer processo de elevação ou “levantamento” implica automaticamente em “morte”. Esta morte afeta os átomos dos órgãos implicados e origina as etapas preliminares de má saúde, doença e ruptura, porque a morte não é mais do que disrupção e uma retirada de energia. Quando a ciência da transferência da energia de um centro inferior para um centro mais elevado for compreendida, então projetar-se-á luz sobre todo o problema da morte e a verdadeira Ciência da Morte virá à existência, liberando a raça do medo.
Os estudantes fariam bem em deterem-se nesta etapa e considerarem cuidadosamente os seguintes pontos:
1) Quais são as zonas controladas pelos cinco centros ao longo da coluna vertebral e pelos dois centro da cabeça.
2) Os três pontos principais de transferência – o plexo solar, o centro da garganta e o centro da cabeça, como pontos de transferência, só concernem ao iniciado.
3) A condição fluídica e instável produzida pelos processos de despertar, da transferência e da focalização da energia no centro mais elevado. Estas três atividades principais são condicionadas por etapas intermediárias, a saber:
A – A radiação ativa do centro inferior.
B – A resposta do centro inferior à atração magnética do centro superior.
C – O jogo recíproco sucessivo entre o centro superior e o centro inferior, condicionado primeiramente por rítmica repulsão e atração. Isto é um reflexo do jogo das dualidades na carreira do ser humano.
D – Isto é seguido por uma concentração da energia inferior no centro superior.
E – Segue-se então o controle do centro ou centros inferiores pelos pontos focais superiores de energia e a sua rítmica interação.
Entre todas estas diferentes etapas ocorrem “pontos de crise” de maior ou menor importância. Esta intensa atividade interna que tem lugar todo o tempo na vida subjetiva da humanidade, produz bons e maus efeitos, e reações psicológicas e fisiológicas. Hoje, a transferência maciça de forças do centro sacro para o plexo solar é responsável por muitas das incapacidades modernas e físicas da raça. Devido também à lenta remoção, em escala racial, da força do sacro para o plexo solar, está surgindo como resultado, uma condição que por vezes se denomina “suicídio racial”, e que exige esforços dos diferentes governos para compensar nos seus países o rápido decréscimo da natalidade.
O resumo dado acima, acerca da tríplice atividade prosseguida continuamente no corpo humano, dará alguma idéia da tensão sob a qual o homem trabalha, e explicará, portanto, grande parte do mal-estar e doenças que se manifestam nessas áreas do corpo humano governadas e controladas por um determinado centro. Desejava juntar os seguintes pontos às informações dadas acima:
1) A intensa atividade do centro sacro produzirá muitas vezes doenças e anormalidades fisiológicas, conectadas com os órgãos de reprodução (quer masculinos quer femininos). Tais dificuldades são de dois tipos:
A – Aquelas a que a humanidade está propensa e que são bem conhecidas pelos médicos, cirurgiões e psicólogos.
B – Aquelas que são o resultado da hiper-estimulação, devido ao sucesso no esforço do místico para fazer descer a energia dos centros mais elevados e de fontes que estão totalmente fora da estrutura humana.
2) Em todos os casos de transferência, a intensa atividade produzida causará toda espécie de tensões, resultando em congestões, inflamações e doenças dos órgãos vitalizados. Isto é particularmente o caso hoje em dia em relação aos centros sacro e plexo solar. As glândulas – maiores e menores, endócrinas e linfáticas – que se encontram na zona abdominal, são predominantemente afetadas, e devido à sua hiper-sensibilidade ou “deficiência causada pela abstração” (como é esotericamente chamado) constituem uma fértil fonte de dificuldades. (Idem, pág. 548-551)
10) - Á proporção que a raça desenvolver o correto controle emocional, nós veremos o desaparecimento gradual do câncer. Eu disse correto controle emocional; a inibição e a supressão dos impulsos do desejo pela força da vontade não é controle correto. É interessante também notar que, embora tanto os homens quanto as mulheres sofram de câncer, a causa geralnão é idêntica, conquanto a causa básica (reação da superexpressão da vida sexual através do cultivo da natureza do desejo) permanece a mesma. As mulheres, devido ao risco de engravidar, quando dão ênfase ao aspecto sexo da vida, têm-se revoltado grandemente (como o fizeram as mulheres atlantes) contra esta forma de expressão da vida, e é nesta linha – a linha do sexo – que se encontram suas maiores inibições. Elas não sofrem tanto de inibições gerais da expressão do emocional desejo-sentimento, do qual os homens sofrem bastante, tendo a tradição ou acentuada tendência para maior controle emocional ao lidar com a vida do que as mulheres. Os homens não exigem ou adquirem um controle sexual tão marcante. O campo geral de inibição do fluxo da vida é, pois, mais vasto e conseqüentemente (se as estatísticas são confiáveis) mais homens do que mulheres sofrem de câncer, embora esta seja uma doença terrível, temida por todos.
No segredo da correta transmutação encontra-se a cura do câncer, e isto finalmente será conseguido. Estou usando esta frase não só simbolicamente, mas também técnica e cientificamente. Isto igualmente será visto mais tarde. No segredo do correto viver rítmico e na correta proporcionalidade da ênfase sobre todas as fases da vida virá (e está vindo rapidamente) completa imunidade à tuberculose. No segredo da correta compreensão de épocas e ciclos, e da criação reprodutiva periódica, virá a emergência da raça dos males das doenças sociais. (Cura Esotérica, pág. 60-61)
11) Imediatamente após a morte, e particularmente se houve cremação, o homem, em seu corpo kama-manásico, está tão ciente e alerta ao seu meio ambiente como quando vivo em seu corpo físico. Esta fraseologia permite uma tal extensão ao significado da percepção e da observação tanto quanto a mesma que deve ser levada em conta para aqueles no plano físico. As pessoas não são todas igualmente despertas nem igualmente conscientes das circunstâncias ou experiência imediata. Porém, como as pessoas, na sua maioria, estão mais conscientes emocionalmente do que fisicamente, e vivem em grande parte focadas em seus veículos astrais, o homem está inteiramente acostumado com o estado de consciência no qual se encontra. Recordem que um plano é essencialmente um estado de consciência e não um lugar, como muitos esoteristas parecem acreditar. É reconhecido pela reação enfocada da pessoa auto-consciente que – constante e claramente consciente de si mesma – é perceptiva ao tema do seu meio ambiente e das emanações de seus desejos, ou (no que concerne às pessoas evoluídas, atuando nos níveis superiores do plano astral) perceptiva às emanações de amor e aspiração; o homem é absorvido por aquilo que envolve sua atenção e o princípio kâmico de sua experiência durante a encarnação. Devo novamente recordar a vocês que nesse momento não há cérebro físico para responder aos impactos gerados pelo homem interno, e também que o sexo, como entendido fisicamente, é não existente. Os espiritualistas fariam bem em recordar isto e então entender a tolice bem como a impossibilidade desses matrimônios espirituais que certas escolas de pensamento ensinam e praticam. O homem, no seu corpo astral, está livre dos impulsos estritamente animal os quais, no plano físico, são normais e corretos, mas que não significam nada para ele no seu corpo kâmico. (Idem, pág. 490-491)
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1) - Um dos maiores problemas hoje para o psicólogo, e em menor grau para o médico, é o crescimento da homossexualidade, tanto feminina quanto masculina. Argumentos capciosos são apresentados no intuito de provar que este anormal desenvolvimento (e o conseqüente interesse nesta mórbida tendência) é devido ao fato de que a raça está lentamente tornando-se andrógina em seu desenvolvimento, e que o futuro hermafrodita – homem ou mulher – está gradualmente aparecendo. Isto não é verdade. A homossexualidade é o que pode ser chamado de “sobra” dos excessos sexuais dos tempos lemurianos, ou se quiserem, um mal herdado. Os egos que se individualizaram e encarnaram naquele vasto período de tempo são os que hoje demonstram tendências homossexuais. Naqueles dias, era tão exacerbado o apetite sexual que os processos normais do relacionamento sexual humano não satisfaziam o insaciável desejo do homem adiantado daquele período. A força da Alma, fluindo através dos processos da individualização, serviu para estimular os centros inferiores. E daí, métodos proibidos foram praticados. Aqueles que os praticavam então, estão hoje, em grande número, encarnados, e os antigos hábitos são fortes demais para eles. Eles agora estão suficientemente adiantados no caminho evolutivo e a cura está pronta à espera deles – se eles a quiserem empregar. Eles podem, com relativa facilidade, transferir o impulso sexual para o centro da garganta, tornando assim criativos num sentido superior, empregando a energia sentida e circulante de modos corretos e construtivos. Muitos deles estão começando automaticamente a fazer isto. Contudo, bem sabemos que entre os assim chamados tipos artísticos, a homossexualidade é prevalecente. Digo “assim chamados” porque o artista verdadeiramente criativo não é vítima destes antigos males predisponentes.
Podemos destacar aqui que a homossexualidade é de três tipos:
1) – Aquela que resulta de antigos hábitos nocivos. Esta é hoje a principal causa e indica:
a) Individualização feita neste planeta; aqueles que se individualizaram na cadeia lunar não são susceptíveis a estas perigosas características.
b) Uma etapa relativamente adiantada no caminho evolutivo alcançada pelos egos lemurianos que sucumbiram a esta satisfação do desejo.
c) Um conseqüente estudo de magia sexual, mais um constante e insaciável impulso físico e sexual.
2) – Homossexualidade imitativa. Muitas pessoas de todas as classes imitam seus superiores (se é possível usar um termo tão paradoxal) e assim desenvolvem hábitos nocivos de relações sexuais dos quais, não fosse isso, poderiam ter permanecido livres. Esta é uma das razões prevalecentes hoje entre muitos homens e mulheres, e baseia-se numa imaginação exacerbada, aliada a uma poderosa natureza física ou sexual, e curiosidade lasciva. Digo isto para reflexão. Esta categoria é responsável por muito de nossos sodomitas e lésbicas.
3) – Uns raros, raríssimos, casos de hermafroditas. Essas pessoas, combinando em si mesmas ambos os aspectos da vida sexual, defrontam-se com um problema muito real. Um problema que é grandemente aumentado pela ignorância humana, pela recusa humana de enfrentar os fatos, pelo precoce treinamento e ensinamento errados e generalizada má compreensão. Estes casos são encontrados em pequenos números em toda parte, embora seu número, em relação à população mundial, seja ainda insignificante. Mas o fato de existirem é de real interesse para a profissão médica e objeto de profunda piedade e comiseração para o psicólogo humanitário e compreensivo. Eles têm diante de si uma difícil situação.
... Psicólogos, assistentes sociais, médicos e todos os que se ocupam com treinamento de grupos constantemente encontram este problema, e é importante que seja feita alguma distinção entre os tipos que precisam ser considerados, e assim esclarecendo o assunto.
Notarão também como este mal, como era de se esperar, tem suas raízes no corpo astral ou de sensações. É por esta razão que eu o incluí aqui. Seria um experimento interessante na análise se estas várias e bem conhecidas dificuldades, doenças e males pudessem ser classificadas segundo seus impulsos originadores. Pouquíssimas têm origem mental, apesar de tudo que a Ciência Cristã ou Ciência Mental possa dizer em contrário. Talvez eu devesse dizer que elas não se baseiam no pensamento errado da humanidade, embora todos os males possam ser agravados e intensificados pelo pensamento errôneo. Muitos, ou talvez a maioria dos males de que o homem comum sofre são baseados em causas astrais ou em algum desejo claramente definido. Um desejo formulado é aquele que encontra expressão em alguma forma de atividade, e destes, a homossexualidade é um dos mais claramente definidos. As outras doenças das quais a humanidade é herdeira às vezes não são tão fáceis de esclarecer e definir. O homem, ou a mulher, é uma vítima, mas a causa que produz a doença ou dificuldade – física ou psicológica – esconde-se no longo passado que a vítima, com seu limitado conhecimento, é incapaz de investigar, ou chegar à causa que produziu o efeito. Tudo que ele pode afirmar é que, muito provavelmente, o desejo foi o impulso iniciador. O que os seres humanos são hoje e o que eles sofrem é o resultado de seu longo passado, e o passado pressupõe velhos e arraigados hábitos. Esses hábitos são inevitavelmente o resultado de um destes dois fatores:
1) Desejo, dominando e controlando a ação, ou
2) Controle mental que substitui o desejo por uma campanha planejada que, em muitos casos, está em oposição ao desejo definido e normalmente sentido.
Notarão, pelo exposto, que desejo que vocês percebam a importância do corpo sensorial emocional e seu poder para gerar aquelas causas secundárias que, nesta vida, se demonstram como doenças. (Idem, pág. 62-65)
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1) - A relação entre os raios e os centros, nos aspirantes em geral, pode ser assim classificada:
1) Centro da Cabeça | Primeiro Raio de Vontade ou Poder. |
2) Centro Ajna | Quinto Raio de Conhecimento Concreto. |
3) Centro da Garganta | Terceiro Raio de Inteligência Ativa. |
4) Centro do Coração | Segundo Raio de Amor-Sabedoria. |
5) Plexo Solar | Sexto Raio de Devoção. |
6) Centro Sacro | Sétimo Raio de Magia Cerimonial. |
7) Base da Coluna Vertebral | Quarto Raio de Harmonia. |
Estes raios e seus centros correspondentes exigem um estudo muitíssimo cuidadoso. São abrangentes e reveladores. Note-se, por exemplo, que atualmente o sétimo raio governa e se expressa através do centro sacro, aquele que controla a vida sexual e a construção de formas de expressão. Portanto, ele agora entra em atividade e derrama-se por meio deste particular centro com o fim de organizar e produzir o aparecimento dessas novas formas por meio das quais a vida no novo ciclo (astrológica, periódica e ciclicamente compreendido) se poderá expressar. .
Assim, foi necessário controlar a vida sexual por meio deste tipo de energia para produzir as mudanças requeridas, e por isso também um dos grandes resultados da influência do sétimo raio entrante foi o aumento do interesse mental no sexo. (Psicologia Esotérica I, pág. 261-262)
2) - Curiosamente, é a potência da força deste sexto raio (à medida que alimenta o desejo) a responsável pelos muitos males e doenças da humanidade baseadas no mau uso da missão e da função do sexo. Desejo, confusão mental, fraqueza, perversões e o desenvolvimento unilateral da satisfação sexual e outras satisfações têm origem no uso inadequado desta energia. A confusão mental provocada pelo desejo que exige violentamente a satisfação e a tomada de atitudes – algumas corretas e outras erradas – que levem à satisfação. Os resultados cobrem um extenso campo, que vai desde a crueldade sádica e a luxúria, até os casamentos baseados no desejo físico e a condições geradoras de inúmeras formas de doenças sexuais. A chave para este problema mundial encontra-se nas palavras de uma antiga escritura que diz que “a imperfeição do Senhor do Sexto Raio abriu a porta para um errôneo casamento entre os pólos”. (Cura Esotérica, pág. 303)
3) - A função principal deste sétimo raio é juntar os aspectos negativo e positivo dos processos naturais. Conseqüentemente, ele rege a relação de todas as formas; é a potência subjacente na relação matrimonial, e, como este raio entra em manifestação neste ciclo mundial, temos o aparecimento de fundamentais problemas sexuais – licenciosidade, perturbação na relação matrimonial, divórcio e a motivação dessas forças que eventualmente produzirão uma nova atitude com respeito ao sexo e o estabelecimento dessas práticas, atitudes e percepções morais que regerão a relação entre os sexos durante a entrante Nova Era.
A primeira iniciação, portanto, está estreitamente relacionada com este problema. O sétimo raio rege o centro sacro e a sublimação de sua energia no centro laríngeo ou no centro criador superior; este raio então inicia um período de tremenda atividade criadora, tanto no plano material através da estimulação da vida sexual de todos os povos como nos três mundos através do estímulo produzido quando alma e forma estão conscientemente relacionadas. A primeira e principal evidência que a humanidade (por meio da maioria de suas pessoas avançadas) alcançou a primeira iniciação será o aparecimento de um ciclo de arte criativa inteiramente novo. Este impulso criativo tomará formas que expressarão as novas energias entrantes. (Os Raios e as Iniciações, pág. 571-572)
4) - ... A energia do sétimo raio é o poderoso agente da iniciação quando recebida no plano físico, isto é, durante o processo da primeira iniciação.
... O seu efeito sobre a humanidade será:
a) Produzir o nascimento da consciência Crística na massa dos seres humanos de aspiração inteligente.
b) Iniciar certos processos evolutivos relativamente novos que transformarão humanidade (o discípulo mundial) em humanidade (o iniciado mundial).
c) Estabelecer, de maneira nova e inteligível, o sempre existente sentido de relação e desta forma produzir corretas relações humanas no plano físico. O agente disto é boa vontade, um reflexo da vontade para o bem do primeiro aspecto divino. Deste primeiro Raio de Vontade e Propósito, a boa vontade é o reflexo.
d) Reajustar as relações positiva e negativa, e – hoje – isto será conseguido principalmente em conexão com a relação sexual e o matrimônio.
e) Intensificar a criatividade humana e desta maneira inaugurar a nova arte como uma base para a nova cultura e como um fator condicionante na nova civilização.
f) Reorganizar os assuntos do mundo e então iniciar a nova ordem mundial. Isto está definitivamente nos domínios da magia cerimonial. (Idem, pág. 573-574)
5) - Sétimo Raio:
“O Anjo da Presença levanta uma mão para o azul do céu. Mergulha profundamente a outra no mar das formas. Assim, une o mundo da forma à vida sem forma. Conduz o céu à terra e a terra ao céu. O homem que está diante do Anjo, sabe isto.
Ele capta o sinal desenhado que o Anjo mantém no alto. (Segue-se uma frase que é impossível traduzir em linguagem moderna. Ela trata dessa fusão total que o místico procura expressar em termos de “casamento nos céus e que foi desfigurada pelo falso ensinamento relativo à magia sexual. Esta frase, expressa por um símbolo pintado, simboliza a união completa entre o externo e o interno, o objetivo e o subjetivo, o espírito e a matéria, o físico e o essencial).
Os dois são um. Nada mais há para ser captado. A Palavra está manifestada. A obra foi realizada. O Todo está visualizado. O trabalho mágico foi considerado concluído. Novamente os dois são um. O Plano está servido. Já não é necessário dizer mais nada.” (Psicologia Esotérica II, pág. 47-48)
6) - Quando o discípulo compreende a tarefa a ser cumprida e a natureza do trabalho a ser feito, pelo trabalhador do sétimo raio, e avalia o fato de que é o trabalho mágico da produção das formas na terra que incorporará o espírito de Deus (e especialmente na nossa época isto requer a construção de novas formas), então cada discípulo do sétimo raio se considerará como um agente de ligação que permanecerá no centro dos processos de construção, desempenhando a sua parte na tarefa. Isto, se realmente compreendido e examinado profundamente, terá o efeito de produzir o alinhamento. No momento em que este alinhamento for alcançado, então o discípulo deve recordar que isso significa um enorme influxo de poder, de energia, proveniente dos dois pontos alinhados, de duas direções, convergindo sobre ele, que se encontra no ponto do meio. Reflitam profundamente sobre esta verdade, porque é este fato que suscita sempre a crise do sétimo raio. É óbvio o que esta crise é. Se o homem em questão for inclinado ao materialismo, se é egoisticamente ambicioso e sem amor, a energia que aflui estimulará a natureza da personalidade e ele imediatamente e furiosamente entrará em guerra com tudo o que chamamos natureza instintiva, psíquica e intelectual. Quando estes três são estimulados, o discípulo é muitas vezes, durante algum tempo, afastado do seu centro para cair num turbilhão de operações mágicas de natureza inferior – a magia sexual e muitas formas de magia negra. Ele é fascinado pela beleza do seu motivo e enganado pelo poder que a sua personalidade adquiriu. (Idem, pág. 376-377)
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1) - Escorpião é o signo do sexo e da regeneração, e o nascimento é sempre o resultado intencionado da relação sexual. Pai-espírito e Mãe-matéria unem-se para produzir o Filho. As provas, dificuldades e dores desta era são sintomas ou indicações da “entrada na manifestação” de uma nova civilização e cultura. São presságios de nascimento da nova era pela qual o mundo inteiro espera. Isto acontecerá – esotericamente falando – se a energia do 6º raio de Marte for transmutada na energia do 6º raio de Netuno, pois um é “objetivo e cheio de sangue” e o outro é “subjetivo e cheio de vida”. (Astrologia Esotérica, pág. 217)
2) - Marte está estreitamente relacionado ao sexo, que é um aspecto dos pares de opostos, e seu efeito é também o de definitivamente vitalizar a corrente sanguínea; ele vitaliza, purifica e estimula todos os aspectos e organismos do corpo, via corrente sanguínea. Torna-se óbvio, portanto, como os testes em Escorpião e a atividade de Marte são potentes em excitar a natureza inferior e causar a rebelião final e última oposição, por assim dizer, da personalidade à alma. É Marte que traz à luta ativa o Arjuna do mundo. Então, o homem inteiro entra nessa luta e “a guerra dos sexos” é resolvida no seu aspecto superior por meio da batalha entre a altamente desenvolvida personalidade, ou natureza-forma, e a alma que procura tornar-se o fator controlador definitivo.
Como é sabido, a cor atribuída a Marte é o vermelho, o que corresponde à cor da corrente sanguínea e, daí também, a associação de Marte com paixão, ira e um sentido geral de oposição. O sentido da dualidade é extremamente poderoso. Daí também, a necessidade de lançar ao conflito a vida inteira do homem (porque neste sentido, o sangue é a vida), sem deixar de envolver aspecto algum da natureza humana; daí a necessidade do discípulo elevar ao céu sua natureza física, emocional ou do desejo, e os processos mentais. Isto tem lugar como conseqüência da subjugação da “serpente do mal” (a natureza da forma com suas incitações e exigências) pela “serpente da sabedoria”, que é o nome esotérico dado à alma.
A respeito da conexão simbólica entre Marte e o sangue, produzindo o conflito resultante entre a vida e a morte (Escorpião é um dos signos da morte), é interessante notar que o Cristianismo é governado por Marte. É fácil reconhecer-se que o 6º Raio, que trabalha através de Marte, rege o Cristianismo. É uma religião de devoção, fanatismo, de grande coragem, de idealismo, da ênfase espiritual sobre o indivíduo, seu valor e problema, de conflito e de morte. Todas estas características apresentadas pela teologia cristã nos são familiares. Não obstante, é proeminentemente, uma religião de declarou uma guerra cruel e freqüentemente ilógica ao sexo e suas implicações; que enfatiza o celibato militante (militante no que concerne à mulher, seus direitos e natureza): que considera a relação sexual como um dos maiores males do mundo e enfatizou a natureza inviolável do casamento, quando condicionado pela Igreja. Tudo isto é o resultado do efeito – benéfico ou maléfico – do impacto da força do 6º Raio sobra e natureza da forma. Não obstante, pouco se tem enfatizado a respeito da influência de Marte sobre o Cristianismo, que faz dela uma religião claramente militante (como o atestam os assassínios e torturas praticadas em nome de Cristo, o destacado representante do amor de Deus). Percorrendo o ensinamento da teologia cristã, o tema do sangue corre sem cessar, e a fonte da salvação é atribuída à relação com o sangue, e não ao aspecto vida, o qual vela e simboliza. O que rege o Cristianismo é o credo de um Cristo morto e crucificado, não o do Mestre ressuscitado. Uma das razões para este desvio da verdade é que São Paulo, esse grande iniciado, antes de fazer a 3a. iniciação – que ocorreu quando ele estava atuando como relatado nos Atos dos Apóstolos – estava potentemente sob a influência marciana em Escorpião; isto seria demonstrado pelo seu horóscopo, caso vocês estivessem em posição de estudá-lo, como podem aqueles que estão vinculados à Hierarquia. Foi ele que deu a inclinação Escorpião-Marte à interpretação e exposição do ensinamento cristão e desviou sua energia para canais de ensinamento que seu Fundador jamais tencionara. Tal é freqüentemente o indesejável efeito das atividades de discípulos bem-intencionados ao prosseguir com a obra depois que desaparece aquele que iniciou um determinado trabalho para a Hierarquia, ou deixa sua tarefa a fim de assumir outras obrigações. (Idem, pág. 211-213)
3) - As três provas em Escorpião são também concernentes aos três aspectos do ser humano quando se fundem e mesclam no plano físico. São, primeiro que tudo, a prova dos apetites, das predileções e tendências naturais inerentes à natureza animal, principalmente três: sexo, conforto físico e dinheiro, como energia concretizada. São, em segundo lugar as provas concernentes ao desejo e ao plano astral: medo, ódio e ambição ou desejo pelo poder. E em terceiro lugar, são as provas da mente crítica inferior: orgulho, separatividade e crueldade. Lembrem-se que a pior espécie de crueldade não é de natureza física, mas a de caráter mental. (Idem, pág. 205)
4) - ... Dois outros planetas não-sagrados – Marte e Plutão – funcionam em conexão com o centro sacro (Marte), e o plexo solar (Plutão). Este planeta torna-se ativo na vida do homem que se está “tornando vivo num sentido mais elevado, e sua natureza inferior passa pela fumaça e escuridão de Plutão – que governa o solo ardente inferior – para que o homem possa viver, em verdade, na região superior da luz”.(Idem, pág. 78)
5) - Devido a esta qualidade equilibradora de Libra é que esta constelação pode ser, mais especificamente, associada ao problema do sexo do que qualquer outra. Na mente do estudante comum de astrologia, o sexo está geralmente relacionado aos signos de Touro e Escorpião, talvez porque Touro seja com freqüência olhado como o símbolo dos loucos impulsos do sexo descontrolado, e porque em Escorpião são aplicados os testes fundamentais. Para a maioria dos estudantes nas etapas iniciais, o sexo realmente constitui um problema fundamental. Esotericamente, contudo, é em Libra que o problema todo vem crescentemente à tona para ser resolvido, e é em Libra que tem que ocorrer o balanceamento entre os pares de opostos e alcançada a solução por meio da atividade da mente judiciosa e do estabelecimento de um ponto de equilíbrio entre os princípios masculino e feminino. (Idem, pág. 233)
6) - Todavia, quando a consciência do homem se abrir a ponto de poder registrar o que está ocorrendo nos três reinos inferiores da natureza, aí então, mais luz e informações serão dados. Isto acontecerá num período da história humana quando Libra for dominante, e os três aspectos divinos da 3ª Pessoa da Trindade, o Espírito Santo, O Criador – lei, sexo e dinheiro – darão a chave para os três reinos inferiores. A lei – a lei natural, a exteriorização da lei espiritual subjetiva – dará a chave para o reino animal; o sexo – ou consciência da afinidade – revelará o mistério do reino vegetal; o dinheiro desvendará o segredo do reino animal, e tudo isto acontecerá por intermédio da atividade de Vênus, e quando esta atividade nos três signos, Touro – Libra – Capricórnio, for melhor compreendida. Isto será elucidado mais adiante, quando estudarmos a Ciência dos Triângulos. Por enquanto, basta dizer aqui que cada um destes três signos está relacionado com um dos três aspectos da vida divina:
1. Touro – reino animal – lei natural.
2. Libra – reino vegetal – sexo – afinidade natural
3. Capricórnio – reino mineral – dinheiro – expressão concreta da lei do Suprimento, com Libra dominando, no vértice. (Idem, pág. 245)
7) - Vênus traz-nos à mente – mesmo que tenhamos apenas um vislumbre da verdade oculta – aquilo que é mental, aquilo que concerne à sublimação final, aquilo que trata do sexo e aquilo que precisamos traduzir em expressão simbólica no plano físico. São estes os conceitos que nos vêm à mente quando consideramos Vênus e Touro conjuntamente. Estes dois fatores sempre estiveram relacionados desde os primórdios dos tempos porque são essencialmente básicos e eternamente cósmicos em suas implicações. Touro é um dos signos que vela um certo mistério divino. Para o benefício dos discípulos em treinamento, estes quatro conceitos foram brevemente resumidos num velho escrito de grande significado:
“Os santos Filhos da Mente abraçaram os dois. Eles viram e compreenderam. Assim nasceu o sexo e assim foi cometido o grande erro. A mente voltou-se para o exterior. A forma tornou-se visível, porém não a vida.
Na escuridão, eles clamaram, os santos Filhos da mente. Entre dores, eles clamaram. Olharam para o interior e perceberam o erro que haviam cometido, mas não sabiam o que fazer... O Senhor respondeu-lhes dando-lhes o signo da ressurreição.”
Conseguem alcançar o significado destas palavras e sua fundamental simplicidade? Dar-lhes-ei uma pista. A triplicidade de terra é descrita pelos astrólogos como simbólicos da idéia de planície (Touro), de cavernas (Virgem) e de rochas (Capricórnio). Podemos dizer que as cavernas existem nas rochas que estão nas profundezas da terra sob as planícies. Estou falando figurativa e simbolicamente. O Cristo emergiu da caverna na rocha e andou novamente sobre as planícies da Terra, e a partir daquele instante, “a mulher não O reconheceu.” A forma já não tinha poder sobre Ele, uma vez que Ele a havia vencido nas profundezas. Para o interior da caverna da iniciação jorra a luz da ressurreição ao ser afastada a pedra da entrada. Partindo da vida na forma para a morte da forma, caminha o ser humano, no fundo do lugar rochoso, descendo às criptas do Templo. Porém, para esse mesmo lugar, flui a nova vida, trazendo vida renovada e liberação; as velhas coisas morrem e a escuridão torna-se luz. (Idem, pág. 384-385)
8) - Diz-se que Sagitário governa as coxas, que são o principal centro de poder físico e força protetora, e também o centro sacro que prevê energia para o uso dos poderes criativos da vida física. Isto também é verdadeiro simbolicamente. Em Sagitário, o discípulo tem que descobrir duas coisas dentro de si mesmo: o poder de progredir na senda e trilhar o Caminho, e a capacidade de criação, num sentido mais elevado e espiritual. Isto diz respeito à relação entre o centro sacro e o da garganta. Estes poderes superiores estão ainda embrionários nas experiências sagitarianas iniciais do discípulo, porém tornam-se mais desenvolvidas e potentes à medida que ele retorna ciclicamente à vida de experiência neste signo. (Idem, pág. 191)
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1) - Outro indício para as lamentáveis condições encontradas no mundo (especialmente no que se refere ao sexo) está no fato que aquelas unidades da família humana que contribuem para a estruturação deste particular centro dentre os sete, estão freqüentemente no estágio super vitalizadas, e o veículo físico indicando a elas a linha de menor resistência. Em outras palavras: As forças dévicas que formam o centro, e são igualmente a atividade do centro, são por enquanto super dominadoras, e o poder que elas adquiriram no sistema solar anterior não foi ainda transmutado em poder espiritual. (Um Tratado Sobre o Fogo Cósmico, pág. 649)
2) - Há um grupo peculiar de Agnichaitans que alcançaram um estágio de evolução que lhes permite retirarem de seus grupos passando para outro grupo conectado com certo fogo nos corpos do homem. Este fogo devido à sua atividade atual, e ao direcionamento desta atividade, é responsável pela reação contrária ao matrimônio físico, e pelo desejo demonstrado pelos homens altamente evoluídos por toda parte para esquivarem-se da relação matrimonial e confinarem-se na criação nos planos mental ou astral. Isto é devido à presente tendência dos devas manipuladores dos órgãos geradores inferiores a buscarem o centro laríngeo, e ali agirem, utilizando a força do fogo kundaline para realizar isto. Tudo isto está sob a lei da evolução, mas no meio tempo entre a causa e o justificado resultado pode ser visto muito dano, fuga da lei, e o conseqüente sofrimento. Portanto, devido à violenta reação atual contra as leis de salvaguarda da civilização, foi decidido que a natureza e a função dos devas devem ser de certa forma reveladas ao homem, e ser divulgado o lugar deles no esquema das coisas e a estreita ligação e dependência do homem com eles. ... Ao mesmo tempo, serão resguardados os meios através dos quais eles podem ser contatados, e as palavras com as quais podem ser controlados.
A relaxação na relação matrimonial, devido a essa causa particular, é somente vista entre os altamente evoluídos e entre os pensadores independentes da raça. Relaxação parecida no meio da massa e entre os tipos mais baixos da humanidade é baseada numa razão diferente, e sua promiscuidade é devida a certos desenvolvimentos da natureza animal em sua mais baixa manifestação. Estas duas causas deverão ser consideradas por aqueles que sentem de coração a presente necessidade da civilização. Poderão, então, cooperar com o Mahachohan no trabalho de efetuar a tão necessária transferência de força do centro inferior ao superior e impedir (através do conhecimento) a licenciosidade incidental. Isto produzirá uma recusa ao manchar o grande amor ou impulso sexual da natureza.
O raio cerimonial tem sido freqüentemente chamado “o ritual de núpcias do Filho”, porque neste raio Espírito e matéria são capazes de encontrar e manter união. Este fato também deveria ser levado em consideração durante os próximos cem anos, pois eles verão grandes mudanças nas leis matrimoniais. A atual frouxidão trará inevitavelmente uma reação, e as leis tornar-se-ão mais rigorosas, a fim de salvaguardar a raça durante um período de transição. Estas leis não estarão na linha de dificultar ainda mais a dissolução da relação matrimonial, mas, aparentemente, produzirão um efeito contrário; a nova geração estará corretamente instruída e protegida e não será permitido o casamento apressado e indiscriminado, nem será permitido ao adolescente contrair temerariamente obrigação matrimonial. Não é necessário alongar mais sobre isto, pois os homens aprendem solucionando seus próprios problemas, e tudo que àqueles no lado interno é permitido fazer é dar uma pista ou uma indicação. (Idem, pág. 908-909)
3) - ... Um misterioso grupo de devas (está) intimamente ligado na atualidade com a expressão sexual na família humana no plano físico. Grupo que está, nesse momento, impulsionado à existência e personifica o fogo da expressão sexual tal como o entendemos. É o impulso ou instinto por trás do desejo sexual físico. Foi peculiarmente dominante na quarta raça-raiz, época em que as condições sexuais alcançaram um estágio de inacreditável horror do nosso ponto de vista. Ele está sendo gradualmente controlado, e quando o último dos Egos Lemurianos tiver passado para a quinta raça-raiz, ele terá lenta e totalmente desaparecido do sistema solar. Ele está associado com o “fogo” passional do Logos solar e com um dos Seus centros em particular; este centro está sendo gradualmente apagado e seu fogo transferido para um centro elevado. (Idem, pág. 677)
4) - Todo o problema do magnetismo está estreitamente ligado com o problema do sexo. No estudo oculto da disseminação da semente da vida e dos germes do reino vegetal, na compreensão da parte desempenhada nisto por esses organismos miraculosamente desenvolvidos – as formigas e as abelhas – e mais tarde na investigação do trabalho dos construtores etéricos, os gnomos e fadas, por aqueles com visão despertada, surgirá uma nova luz sobre o sexo e sobre a função servida por ele na inter-relação das vidas e da criação de formas. Com este aspecto da profunda verdade esotérica eu não posso me ocupar aqui, pois ele é o efeito da atividade das vidas solares do sistema solar, e com estas nós não podemos nos ocupar. (Psicologia Esotérica, pág. 244-245)
5) - Uma misteriosa mudança na atitude de homens e mulheres sobre a questão do sexo, do casamento e do trabalho de procriação resultará do desenvolvimento da visão etérica e do conseqüente reconhecimento dos devas. Esta mudança se baseará na compreensão da verdadeira natureza da matéria, ou do aspecto mãe, e do efeito do Sol sobre a substância. A unidade da vida será um reconhecimento e fato científico, e a vida na matéria não será mais uma teoria mas um fundamento da ciência. Isto não pode ser estendido aqui. (Um Tratado Sobre o Fogo Cósmico, pág. 475)
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1) - Quando o Homem Celestial, Que na atualidade se manifesta através do esquema da Terra tiver êxito em vitalizar Seu centro médio, ou em direcionar a força do kundalini planetário para longe dos centros inferiores em direção ao plexo solar, um novo ciclo será alcançado, e muito da presente agonia terá terminado. O Seu trabalho está, por enquanto, numa situação embrionária, e mais dois e meio ciclos devem transcorrer antes que Ele tenha completado o trabalho necessário, quando isto for realizado, o resultado em ligação com as pessoas humanas em encarnação será tríplice:
- O estímulo sexual, como entendido hojje, estará revelando uma tendência para se manifestar como criação, não tanto no plano físico, como no astral e mental, revelando-se em criações de arte e beleza e no trabalho objetivo dos cientistas.
- O delito, como visto hoje, largamente baseado na emoção sexual, será uma coisa do passado, e a licenciosidade no plano físico, a orgia e o horror estarão reduzidos em setenta e cinco por cento.
- A interação entre os três planetas físicos densos será perfeita e o homem passará à vontade de um ao outro. (Idem, pág. 297)
2) - Como será visto nos três mundos do esforço humano, o homem trabalhará como um Criador e seguirá um comportamento parecido. Suas formas mentais serão construídas de matéria mental, escolhidas especificamente, pois vibra com o mesmo tipo de vibração das idéias que ele procura materializar, e estas formas persistirão – como acontece com a forma mental logóica, o sistema solar – por todo o tempo que o fator da Vontade, ou vitalidade dinâmica, continuar a mantê-las juntas.
Isto nos leva ao ponto seguinte:
... Prover um corpo para uma idéia.
Neste enunciado temos latente o princípio básico da encarnação, da atividade, e até da própria existência. Envolve a expansão de nossa idéia para incluir o plano mental cósmico como consideramos o Logos, e na medida que a atividade criadora do homem se aperfeiçoar estaremos conquistando o plano mental do sistema solar. Um pensamento fundamental deve ser dado aqui e ponderado: Este impulso criador, esta tendência para a concreção do abstrato, esta capacidade inata para “tomar forma” tem, por enquanto, sua plena expressão na matéria física. A razão disto é que – para o homem – todas as substâncias com as quais ele cria, todas as formas que ele constrói, e todos os processos de concreção que ele realiza, são criados, construídos e realizados no corpo físico do Logos. Nisto pode ser encontrada a razão da ênfase posta na natureza sobre o aspecto sexual e sobre a reprodução física; isto pode ser visto em todos os reinos da natureza, com exceção do primeiro e do quinto. Este é um assunto muito importante e as exceções devem ser estudadas nas suas mais amplas conotações, porque elas contêm o mistério fundamental do sexo no caminho involutivo e no evolutivo. Nelas temos os dois extremos. Terá sido notado que na medida que for compreendida a idéia que o sistema solar é o veículo físico do Logos e Seu corpo de manifestação, muitos problemas se elucidarão, e especialmente dois pontos serão gradualmente apreendidos pelo estudante, se ele medita e estuda:
Primeiro. No devido tempo, na medida que o Logos concluir a liberação dos obstáculos da matéria física, o sistema objetivo todo será considerado como uma idéia ou conceito, coberto por um véu ou revestido de matéria mais sutil do que a física, e o corpo logóico será visto como o produto da vontade e do desejo, e a matéria física em qualquer de seus graus não entrará na sua composição; ele será simplesmente um corpo de desejo. Isto produzirá um estado de coisas inconcebíveis para nós, e somente será um pouco apreendido pelo homem que puder atuar no sistêmico plano búdico, o quarto éter cósmico. Levem em consideração aqui que nosso plano astral é apenas o sexto sub-plano do plano físico cósmico e que isto não nos dá nenhuma base real para raciocinar a respeito do plano astral cósmico. Somente quando o plano astral for um receptor tranqüilo do impulso búdico, ou um refletor transparente deste plano (o que não acontecerá até o final do mahamanvantara) é que estaremos aptos a formular algumas idéias concernentes ao plano astral cósmico.
Segundo. Que a totalidade da manifestação do aspecto sexual, tal como a entendemos nos diferentes reinos da natureza, é uma expressão da energia do Logos, quando ela flui através de Seu corpo, estimulando esse centro que corresponde aos órgãos generativos. Todas as funções criadoras do vegetal, do animal, e da família humana, vendo-as como um todo, são até agora puramente físicas e baseadas no desejo inferior. O desejo do Logos por encarnação física é por enquanto a nota dominante. Mais tarde o Seu desejo será menor e se tornará transmutado em desejo pela criação somente nos níveis mentais. Isto é o que induz o aspecto Destruidor à atividade, conduzindo ao final obscurecimento, e à “morte” física do sistema solar. Um indício que este aspecto está chegando ao poder será visto quando dois grandes eventos se realizarem:
a. A capacidade do homem para criar conscientemente nos níveis mentais, e a conseqüente transmutação de seus impulsos sexuais inferiores em superiores.
b. A vitalização mental de outra grande seção do reino animal.
Quando estes dois assuntos puderem ser vistos se desenvolvendo em alguma ronda, será indicativo de uma decidida polarização mental do Logos; nós só podemos nos tornar cientes disto estudando o Seu corpo de manifestação em suas partes componentes.
O que se afirma aqui com respeito à forma mental logóica pode igualmente ser dito também de um Homem Divino, e de um esquema planetário. Na medida que Sua polarização cósmica se tornar mais mental, e a natureza cósmica de Seu desejo se tornar transmutada, a força que atua através de Seus centros, de maneira correspondente, será vista variar de direção; Ele removerá força de alguns de Seus centros inferiores e globos; Ele parará de estar interessado em encarnação física, e, no fim, retrairá para dentro de Si Mesmo. Seu pensamento-forma mostrará uma gradual diminuição de vitalidade; o globo físico denso morrerá e sairá da objetividade, contudo outros globos manterão Suas vidas temporariamente, embora não por muito tempo. No devido correr do tempo todo o esquema estará obscurecido, e Ele funcionará somente no Seu corpo astral cósmico.
Assim também acontece com uma cadeia e a Vida que lhe dá forma, considerando uma cadeia simplesmente como um centro no corpo do Logos planetário, mas que possui seu próprio fator central. Isto pode ser observado na Lua de uma maneira muito interessante. O desejo de seu Ocupante não era mais pela manifestação física; então Ele retirou Sua vida. Tudo que fica é o cascão desvitalizado; os outros dois aspectos se foram e somente o terceiro aspecto, a inerente vida da própria matéria, permanece para aos poucos também se dissipar com o decorrer dos séculos. Em ligação com o homem, uma condição similar pode ser vista na gradual desintegração do corpo físico depois da morte; os outros dois aspectos se retiram e a forma decai.
Conforme esses fatos fundamentais são entendidos, e o homem perceber sua posição como Criador, toda questão do aspecto sexual também mudará; a ênfase será colocada sobre as leis da criação mental, sobre a maneira científica de formulação de pensamentos-forma, e o aspecto físico denso de criação estará em desuso. Então, quando isto acontecer, o homem estará de posse do seu direito divino e o reino humano cumprindo sua legítima função. O aspecto sexual – como se expressa na atualidade – e todo o processo de reprodução é o mesmo que o homem compartilha com o reino animal, estando baseado nos seus instintos animais, na sua natureza física densa, que não é um princípio. Quando ele estiver totalmente emancipado do reino animal, e o terceiro e o quarto reinos estiverem separados um do outro, então a natureza sexual e os órgãos da reprodução serão vistos pelo homem médio de maneira muito diferente do que no presente. A criação será eventualmente o resultado dos impulsos mentais e não dos impulsos do desejo; então o processo será (logo que o impulso inicial for dado no plano mental) tão normal, tão seguro e tão inconsciente como o ato da respiração é agora. Quando isto for assim (e o momento ainda está muito distante), a reprodução física ainda continuará, mas a forma física será considerada em termos de concreção e de energia, e a ênfase será colocada sobre aquilo a ser corporificado. Esta fase estará iniciada quando as funções do corpo etérico estiverem cientificamente estabelecidas e entendidas e as leis do pensamento criador forem uma matéria de público conhecimento e discussão; coincidirá com um período em que o reino animal estará novamente sob a impressão manásica e a individualização será novamente permitida.
Nessa época será reconhecido, generalizadamente, que Espírito-matéria são dois aspectos da Unidade, e que a atual terminologia de Espírito, e substância material, terá dado lugar ao conceito mais amplo de energia negativa e positiva como os dois aspectos da Energia Una. Então, todo fenômeno será expresso em termos de força, e a questão sexual – ou a união do macho e da fêmea, o negativo e o positivo, no plano físico – será redimida e purificada.
Então, uma idéia corporificada é literalmente um impulso positivo emanando dos níveis mentais e se cobrindo com um véu de substância negativa. Por seu turno, esses dois fatores serão considerados como emanações de um centro de força ainda maior, que expressa propósito através de ambos. (Idem, pág. 556-560)
3) - A qualidade dessas energias é primariamente astral-búdica, e a tendência das forças da vida e a direção geral dos impulsos influenciando a humanidade neste grande ciclo são a energia atrativa da natureza intuicional do Logos planetário e a força potente do corpo astral (desejo). Em outras palavras, o elemental astral, que corporifica a natureza do desejo do Logos planetário é extraordinariamente potente, particularmente neste ciclo atual, mas a força da natureza espiritual e intuicional dAquele em Quem vivemos e nos movemos e temos o nosso ser está crescendo firmemente.
De outro lado, vocês têm a expressão devastadora da caçada selvagem pelo prazer, do sexo e do crime incidente para satisfação do desejo. Isto caracteriza nossa atual civilização e está no seu acme; pode-se dizer que está mesmo no declínio, ainda que isto lhes possa parecer sem sentido. Ao mesmo tempo acha-se aberta a porta da iniciação. Ambas estas oportunidades (se assim as posso chamar) se encontram presentes simultaneamente, mas a força de uma está enfraquecendo, e a tendência em direção à outra está crescendo. Assim o caminho de saída pode ser visto. (Um Tratado Sobre Magia Branca, pág. 432-433)
4) - Existe um fato a ser compreendido, relativo ao lugar do átomo permanente na periferia causal e sua evolução, que precisa ser enfatizado com cuidado. É que esse átomo astral permanente neste sistema solar é o receptor de grande fluxo de força ou energia, e recebe mais estímulo e energia do que qualquer dos outros átomos, e isto pelas seguintes razões:
Primeira. O centro de polarização para o quarto reino, o humano, está na consciência astral, considerando este reino como uma unidade em expressão. Inevitavelmente a maioria dos homens dirige e controla o veículo físico a partir do astral e através da natureza do desejo. O corpo astral está em linha direta com a força dos níveis monádicos 2-4-6, pela via búdica.
Segunda. A meta para a humanidade é tornar-se Mestre da Sabedoria, ou unidades conscientes no Corpo do Dragão de Sabedoria ou de Amor. O homem alcança isto quando pode atuar conscientemente no veículo búdico, ou quando o átomo astral permanente é substituído pelo átomo búdico permanente.
Terceira. A razão seguinte é que o segundo aspecto do Logos (de amor ou a manifestação da natureza de amor do Logos por intermédio do Filho) é o único manifestado neste sistema. Este sistema é:
a. Um Filho da Necessidade, ou do desejo.
b. Ressonante ao padrão do Raio (cósmico) de Amor.
c. A Forma através da qual este raio de Amor cósmico (demonstrado na inter-relação entre o Eu e o Não-Eu, ou através da dualidade) se expressa.
d. Regido pela Lei (cósmica) de Atração. As mônadas de amor são a qualidade dominante. (Eu escolhi esta palavra “qualidade” especialmente.)
Quarta. O núcleo no corpo cósmico dAQUELE SOBRE QUEM NADA PODE SER DITO, do qual nosso Logos solar é a personificação da força, é o centro cardíaco. Aqui temos uma das chaves para o mistério da eletricidade. Os planetas sagrados, e outras esferas etéricas similares dentro do “círculo não se passa”, são partes desse centro cardíaco, são as “pétalas no Lótus”, ou no centro cardíaco dessa desconhecida Existência Que é para o Logos solar o que Ele, por Seu turno é para os Homens Divinos Que são centros Seu, e especialmente como Ele é para o particular Homem Divino Que é a personificação da força do centro Cardíaco logóico. Portanto, será evidente para o estudante atento que toda força e energia do sistema e qualidade de sua vida, será aquilo que nós chamamos (tendo forçosamente que usar palavras impróprias e enganadoras) AMOR. Isto explicará o fato que a força que atua através desse centro cardíaco cósmico será a força suprema encontrada na manifestação de um Logos solar e de um Homem Divino; da mesma forma produzirá sua analogia microcósmica e reações refletidas; por isso a importância relativa do átomo astral permanente na periferia causal. Ele está na linha direta da força ativa emanando da existência cósmica, e passando para um grau sempre menor, por meio do Logos solar no Seu sistema de amor, e o Logos planetário dentro de um esquema, o Dragão de Amor-Sabedoria.
Quando esta força está acertadamente direcionada e corretamente controlada, é o grande agente transmutador que conseqüentemente fará do ser humano um Mestre de Sabedoria, um Senhor de Amor, um Dragão de Sabedoria em menor grau.
Finalmente: este sistema solar, a manifestação física objetiva do Logos, é compenetrado por Seu corpo astral, como acontece com a manifestação humana. Na medida que o Logos é polarizado por Sua envoltura astral cósmica e ainda não tenha conseguido a polarização mental cósmica, Sua força ou natureza de desejo é o principal incentivo para a Vida e as Vidas subjetivas subjacentes à forma.
Se o estudante ponderar com atenção estes cinco fatos, obterá a pista para os problemas da existência tal como a percebemos ao nosso redor, para as causas do calor do sistema solar, para o método da Lei (cósmica) de Atração e Repulsão que rege todas as formas atômicas, e para a questão do SEXO que é evidente em todos os reinos da natureza. Eles também dão a pista para a constituição do Divino Hermafrodita.
Portanto, é preciso ter em mente a importância relativa do átomo permanente do segundo aspecto da personalidade na periferia causal, e recordar que a força que flui através deste átomo, o qual é a força animadora do corpo astral, segue a linha de menor resistência e realmente pode ser considerada nutridora de sua manifestação física que, de certa maneira, é duas vezes mais forte do que a que chega a ela através das outras duas. O Logos expressa-Se agora por meio do Raio Divino, Seu segundo aspecto, e este Raio é a soma total da radiação dos Senhores de Sabedoria, os Homens Divinos, os Dragões Que são Unidade e Que são Amor. Esta força flui através Deles e Eles então cobrem a Si Mesmos com a forma, ou como HPB o expressa, “O Raio primordial torna-se o Vahan para o Raio Divino.” A vida deles anima todo átomo da substância quando desenvolvida na forma, e é a soma total do magnetismo logóico, ou a grande natureza de desejo do Logos indo em busca do Não-Eu, produzindo o Matrimônio cósmico; é a demonstração da atração sexual logóica, Sua busca por Seu pólo oposto e união mística.
Este processo é repetido pelo microcósmico seguindo a linha do seu ser e, analogicamente, o conduz à encarnação, ou à união mística com a forma. (Um Tratado Sobre o Fogo Cósmico, pág. 510-513)
5) - ... Como diz o Antigo Comentário:
“Quando o Pai se aproxima da Mãe, aquilo que há de ser toma forma. A união de ambos oculta o verdadeiro mistério do Ser.
Quando os dois grandes devas buscam um ao outro, quando eles se encontram e se fundem, cumpre-se a promessa de vida.
Quando aquele que vê e conhece permanece entre seus pais, então a realização do conhecimento pode ser percebida, e tudo é conhecido nos planos da consciência.
Quando Anu, o infinitesimal, contiver Ishvara em Seu poder, quando as esferas e ciclos menores crescerem e entrarem na órbita dos Céus, então a Unidade essencial será conhecida e plenamente realizada.
Quando o Uno que contém a vida se transformar no três, atrás do qual essa vida está oculta; quando o três, por rotação, se transforma no sete e no dez; quando os bilhões de vidas dévicas repetirem a rotação, quando o ponto central for alcançado e revelar o três, o nove e a resplandecente JÓIA interna, então o círculo da manifestação estará consumado, e o Uno novamente se tornará o dez, o sete, o três e o ponto.”
Aqui encontra-se a chave do matrimônio místico, e o estudo destes pares de opostos deve revelar muito para o estudante de ocultismo; causará a revelação do processo (no tempo e espaço) por meio do qual esta união e o seu fruto é consumada, e a resultante criação do divino Hermafrodita é vista no Seu Próprio plano elevado.
Devemos manter sempre claro na mente que nós estamos tratando nesta seção com os devas evolutivos que são a Vida positiva animadora da matéria não evolutiva ou substância dévica. Conseqüentemente, a correspondência do matrimônio místico do Espírito e da matéria pode também ser visto atuando na substância dévica, por meio da interação de vidas dévicas negativas e positivas. A própria substância representa a dualidade essencial; as formas repetem a mesma dualidade, e quando chegamos ao homem, temos a dualidade mais um terceiro fator. (Idem, pág. 671-672)
6) - ... A Lei do Sexo. Este é o termo aplicado à força que produz a fusão física dos dois pólos relativos ao reino animal, e ao gênero humano, vendo este como sensível ao chamado de sua natureza animal. Diz respeito à devida preservação e perpetuação da forma neste ciclo particular. É poderosa somente durante o período da dualidade dos sexos e sua separação e, no caso humano, será compensada pela manifestação superior da lei quando o homem for novamente andrógino. É a lei do matrimônio, e alguns dos aspectos de sua manifestação se encontram não somente no matrimônio de seres humanos e de animais no sentido físico, mas no “matrimônio esotérico” entre
a – A Alma e o Espírito.
b – O Filho com sua Mãe (ou a Alma com a substância física).
c – As vidas planetárias negativas com as vidas positivas já apontadas.
d – O matrimônio sistêmico (do sistema), ou a fusão dos dois últimos esquemas planetários depois de terem absorvido as outras forças.
e – O matrimônio cósmico, ou a fusão de nosso sistema solar com seu oposto pólo cósmico, outra constelação. O matrimônio cósmico de estrelas e Sistemas é a causa do ocasional e irregular brilho súbito ou intensificação de sóis e sua acrescida luminosidade que às vezes é vista, e que tem sido freqüentemente assunto de discussão. (Idem, pág. 1168-1169)
7) - No mistério do mar e o segredo de sua secagem oculta ou absorção, será eventualmente revelado o significado subjacente:
a – Ao impulso sexual, macro e microcosmicamente interpretado.
b – À cessação do desejo.
c – À orientação do fogo em direção ao centro da garganta em vez do centro sacro.
d – Ao pralaya e à obscuridade.
e – No significado das palavras “não mais haverá mar”, encontrada na Bíblia Cristã. (Idem, pág. 899-900)
8) - Por meio de um cuidadoso exame destas condições no macro e no microcosmo virá a compreensão da razão porque o veículo físico nunca é considerado um princípio por todos os ocultistas. O Espírito Santo, Aquele Que protege e Quem implanta o germe da vida na expectante e aquiescente Virgem Mãe ou matéria (ocasionando o seu despertar e o começo de seu grande trabalho de produzir a divina encarnação), é o fator primordial do ponto de vista do segundo sistema solar. De uma maneira incompreensível para os modernos pensadores, a Mãe, ou a divina Aspirante aos mistérios do matrimônio cósmico, foi (num sistema anterior) o fator dominante. Neste sistema, em relação com a substância, o Espírito Santo á o fator dominante. O trabalho, então, nos níveis etéricos e a energia e atividade originárias deles, são principalmente os fatores que são responsáveis no plano físico por tudo que é tangível, objetivo e manifestado. O acréscimo de matéria ao redor do corpo vital e a densidade da substância ao redor do núcleo etérico vital são, em si mesmos, o resultado da interação e o intercâmbio final de vibração entre aquele que poderia ser chamado o remanescente de uma manifestação anterior e a vibração da atual. (Idem, pág. 916-917)
9) - Devemos notar aqui que o instinto para a síntese (referente à natureza psíquica da Divindade) nada tem que ver com a expressão física do sexo. Esta está regida por outras leis e é conhecida pela natureza física. Não esqueçamos que HPB disse (e com razão) que o corpo físico não é um princípio. (Psicologia Esotérica II, pág. 235)
10) - ... A latente “consciência de desejo” ... atua sob a Lei de Atração; é a lei para este sistema e ocupa-se com a capacidade do Logos para “amar sabiamente”, no sentido oculto do termo. Tem relação com a polarização do Logos em Seu corpo astral e produz o fenômeno chamado “atividade sexual” em todos os planos no sistema. (Um Tratado Sobre o Fogo Cósmico, pág. 721)
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1) - No caso da evolução humana, certos tipos de força são gerados, manejados, assimilados e usados inconscientemente a princípio e, finalmente, com toda a inteligência.
A – Na Câmara da Ignorância, a força ou energia de Brahma (a atividade e inteligência da substância) é a mais manipulada e o homem tem de aprender o significado da atividade baseada na;
1º - Energia inerente.
2º - Energia absorvida.
3º - Energia grupal.
4º - Energia material, ou a que está oculta na matéria do plano físico.
B – Na Câmara de Instrução ele se torna consciente da energia do segundo aspecto e dela se utiliza na construção da forma, nas relações sociais e nas ligações familiares. Ele chega ao reconhecimento do sexo e de suas relações, mas por enquanto, vê esta força como algo a ser controlado mas não utilizado consciente e construtivamente.
C – Na Câmara da Sabedoria ele chega ao conhecimento do primeiro aspecto de energia, ao uso dinâmico da vontade no sacrifício, e lhe é então confiada a chave para o mistério tríplice da energia. Ele se tornou consciente desta energia, em seu aspecto tríplice, nas outras duas Câmaras. Na terceira, na quarta e na quinta Iniciações, as três chaves para os três mistérios lhe são fornecidas. A chave para o mistério percebido na primeira Câmara, o mistério de Brahma lhe é dada e ele pode então liberar as energias ocultas da substância atômica.
A chave para o mistério do sexo, ou dos pares de opostos, é posta em suas mãos e ele pode então liberar as forças ocultas do aspecto vontade. O dínamo do sistema solar lhe é mostrado – se assim se pode dizer – e as dificuldades do mecanismo, reveladas. (Iniciação Humana e Solar, pág. 167-168)
2) - Os três mistérios fundamentais do sistema solar são os seguintes:
1. O mistério da Eletricidade. O mistério de Brahma. O segredo do terceiro aspecto. É latente no sol físico.
2. O mistério da Polaridade, ou do impulso sexual universal. O segredo do segundo aspecto. É latente no Coração do Sol, isto é, no Sol subjetivo.
3. O mistério do Fogo, ou a dinâmica força central do sistema. O segredo do primeiro aspecto. É latente no sol espiritual central.
Estes três mistérios, aos quais nos referimos acima, tomam um sentido particular sob a jurisdição de certos grandes Senhores ou Existências, e Eles têm muito a fazer com a revelação do mistério àqueles preparados iniciados Que estão sob Suas influências durante os estágios finais do Caminho.
O mistério da eletricidade tem três chaves, cada uma delas nas mãos de um dos Budas de Atividade. É prerrogativa Deles controlar as forças elétricas do plano físico, e Deles o direito de dirigir as três principais correntes deste tipo de força relativas ao nosso globo atual. Estas três correntes concernem à sustância atômica, com a qual todas formas são construídas. Em relação com nossa cadeia há três Entidades misteriosas (das quais nossos três Pratyeka Buddhas são apenas reflexos na Terra) Que executam uma função parecida em relação com as forças elétricas da cadeia. No esquema, o Logos planetário também tem três Existências colaboradoras Que são a síntese do Seu terceiro Aspecto, e executam trabalho parecido ao realizado pelos três aspectos de Brahma no sistema solar. O mistério deste tríplice tipo de eletricidade é largamente relacionado com os Construtores menores, com a essência elemental num aspecto particular – seu menor e mais profundo sentido de percepção para o homem à medida que diz respeito ao segredo daquilo que “subjaz” ou “se encontra por trás” de tudo que é objetivo. Num sentido secundário concerne a forças nos éteres que são aquelas que energizam e produzem as atividades de todos os átomos. Outro tipo trata do fenômeno elétrico que encontra sua expressão na luz que o homem tem, de certa forma, sob controle, fenômenos tais como as tempestades de trovões, os relâmpagos, a aurora boreal, os terremotos e todas atividades vulcânicas.
Todas estas manifestações estão baseadas nalguma espécie de atividade elétrica e tem a ver com a “alma das coisas”, ou com a essência da matéria. O Velho Comentário diz:
“A vestidura de Deus se abre pela energia de Seus movimentos e o verdadeiro Homem encontra-se revelado, contudo continua oculto, para aquele que conhece o segredo do homem como existe no seu próprio auto-conhecimento.”
O mistério da eletricidade diz respeito à “vestidura” de Deus, da mesma forma que o mistério da polaridade à Sua “forma”.
No mistério da polaridade, temos três diferentes tipos de força manifestando e desta forma é aparente que os dois mistérios se referem às seis forças. Estes três tipos de força são manipulados pelos Buddhas de Amor. Eles, por intermédio de Seus sacrifícios, preocupam-Se com o problema do sexo, ou da “abordagem magnética” em todos os planos. O Buddha de Quem falamos e Que contata Seu povo na lua cheia de Wesak, é um dos três relacionados com nosso globo, tendo ocupado o lugar dAquele Que passou para um trabalho superior relacionado com a Cadeia, pois existe a mesma graduação como em relação com os Buddhas de Ação. Um grupo pode ser considerado os divinos Carpinteiros do sistema planetário, o outro como os divinos Montadores de suas partes, Aqueles Que, por influência magnética, controlam, unem as diversidades e com elas constroem a forma.
As atuais idéias concernentes ao Sexo devem ser transmutadas e elevadas de sua baixa conotação atual para sua verdadeira significação. Sexo – nos três mundos – tem a ver com o trabalho dos Pitris lunares e com os Senhores solares. Significa, essencialmente, o trabalho construtor de formas na substância e sua energização pelo aspecto espiritual. Significa a elevação do aspecto material por intermédio da influência do Espírito, à medida que os dois juntos realizam sua legítima função em cooperação e assim – por sua recíproca união e fusão – produzem o Filho em toda Sua glória. Este método de interpretação é igualmente verdadeiro para todas as Existências que se manifestam em qualquer plano, do sistema e cósmico. Certos fatores entram no conceito do Sexo que devem ser enumerados como segue:
a. Atração mútua,
b. Adequação complementar,
c. Atração instintiva,
d. Abordagem e colaboração consentida,
e. União,
f. O próximo estágio é a importância temporária do aspecto matéria ou Mãe, o aspecto feminino,
g. O afastamento do Pai para um isolamento temporário,
h. O trabalho de criar o Filho,
i. A evolução e crescimento do Filho, tanto materialmente como em consciência,
j. A emancipação do Filho de sua Mãe, ou a liberação da alma na maturidade da matéria.
k. O reconhecimento do Pai pelo Filho e seu retorno a esse Pai.
O resultado final de todos esses sucessivos estágios é que todos os três aspectos desempenharam sua função (seu darma) no plano físico e os três manifestaram certos tipos de energia.
O aspecto Pai manifesta no ato de dar o impulso inicial ou a positiva manifestação elétrica que é o germe do Filho criado, e Cuja Vida está personificada no Filho. É pouco percebido o significado oculto das palavras do Cristo em resposta ao clamor “Senhor, mostra-nos o Pai”. Disse Ele “Quem me vê a mim vê o Pai, porque Eu e meu Pai somos Um”.
AMãe, ou o aspecto negativo, constrói e nutre, guarda e cuida do Filho por meio das etapas pré-natal e infantil e permanece ao redor Dele durante as etapas posteriores, provendo de energia de seu próprio corpo e atividade atendendo as necessidades Dele.
O Filho, a combinação de energias do Pai e da Mãe, personifica ambos os tipos e toda a série dual de qualidades, mas possui um caráter todo Seu Próprio, uma essência que é Sua peculiar natureza, e uma energia que O induz a cumprir Seus Próprios fins e projetos, e que eventualmente Lhe motivará a repetir os processos de gerar:
1. Concepção
2. Criação,
3. Crescimento consciente, como o fez Seu Pai. (Um Tratado Sobre o Fogo Cósmico, pág. 872-876)
3) - ... clivagens parecem ser básicas, e produzem as divisões que encontramos por toda parte, entre as raças e entre as religiões. A sua origem remonta à condição fundamental da manifestação a que chamamos a relação entre o positivo e o negativo, entre o macho e a fêmea e, esotericamente falando, entre o sol e a lua. O próprio mistério do sexo está ligado com o restabelecimento do sentido da unidade e de equilíbrio, de unicidade ou de totalidade. No seu aspecto humano mais elevado, esta diferenciação sexual não é senão o símbolo ou a expressão mais inferior da clivagem ou separatrividade de que o místico é consciente, o que o impulsiona a procurar o alinhamento ou união com aquilo que ele denomina divindade. (Psicologia Esotérica II, pág. 416)
4) - Na quarta iniciação, outro dos grandes segredos lhe é revelado. Este é chamado “o mistério da polaridade” e uma indicação lhe é dada quanto ao significado do sexo em cada departamento da natureza, em todos os planos. Não é possível dizer muito a este respeito. Tudo o que pode ser feito é enumerar alguns dos assuntos para os quais ele dá um indício, acrescentando a esta informação que, em nosso esquema planetário, devido ao ponto de evolução de nosso próprio Logos Planetário, esse segredo é o mais vital. Nosso Logos Planetário está na fase em que procura conscientemente a unificação com o seu oposto polar, um outro Logos Planetário.
Os assuntos sobre os quais este segredo faz jorrar abundante luz são:
a. O sexo no plano físico. Dá-nos uma chave para o mistério da separação dos sexos, nos dias lemurianos.
b. O equilíbrio de forças em todos os departamentos da natureza.
c. Um vislumbre do Esquema que forma, como o nosso, uma dualidade.
d. O verdadeiro nome do nosso Logos Planetário e Sua relação com o Logos Solar.
e. O “Casamento do Cordeiro” e o problema da noiva celestial. Um indício para isto se encontra no sistema solar de S..., que deve ser lido astologicamente.
f. O mistério de Gêmeos e a relação de nosso particular Logos Planetário, com aquela constelação. (Um Tratado Sobre o Fogo Cósmico, pág. 172-173)