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Participantes
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INJUSTIÇA SOCIAL - VANDERLI MEDEIROS |
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INJUSTIÇA SOCIAL DO SÉCULO XXI - ANA ALICE ZANETTINI |
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INJUSTIÇA SOCIAL - LARA |
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APENAS UM JOVEM - FAFA LIMA |
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O NOME DA INJUSTIÇA SOCIAL - VANDERLEY CAIXE |
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FDE BICO, FOME E LIXO - ADELMARIO SAMPAIO |
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INJUSTIÇADOS - PEDRO VALDOY |
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DIGNIDADE JÁ - CLEIDE CANTON |
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ABRAÇOS DE FÉ - OLGA MATTOS |
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INJUSTIÇA SOCIAL - LUZ SAMPAIO |
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O MENINO DO SINAL - EMILIA POSSIDIO |
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PESSOAS...- Vuch@ |
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INJUSTIÇA SOCIAL : REFLEXÃO SIMPLÓRIA - MIFORI |
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Injustiça social
Vanderli Medeiros
Venho vendo tanta fome,
tanta miséria e abandono no mundo.
Impera a lei do mais forte,
entregues estamos a própria sorte;
E, o homem, permanece impassível,
perante a fome, a violência,
a morte, a tirania, a covardia,
e a tantas desigualdades sociais...
De suas casas de luxo
a consciência nem lhes doem mais
em ver irmãos, vivendo como animais...
Noite de Reveillon,
crianças dormindo nas calçadas,
cobertor de jornal...
Seu quarto: o viaduto...
E, o povo feliz, enfeitado,
para a virada do ano na comilança,
passa por eles impassível,
ficaram transparentes.
Corações de pedra
ou mentes embrutecidas?!
Barra do Garças-MT 13/07/04
INJUSTIÇA SOCIAL
Lara Cardoso
A todos conclamo
não a ver, mas, para sentir
não história que invento
ou, apenas um lamento,
não mais um a pedir...
disso não reclamo
nem quero alento
talvez sua atenção
e um pouco de confiança
sua mão amiga
uma esperança nesta vida bandida
um prato de comida
que encha minha barriga,
não apenas de excrementos,
de restos deixados na rua...
eu sei, a culpa não é sua
nem de meu pai ladrão;
Eu luto
correndo entre carros sem alma
que fecham suas janelas,
mas, tenha calma
nem todos querem seu mal
é que somos gente,
não um simples animal...
meros indigentes
criados da injustiça social,
sem lar
sem afeto
sem educação
sem comida na mesa
e você, o que pode me dar ?
se nada tem, não faz mal
dê apenas o seu coração
será a melhor sobremesa
mesmo que eu não possa jantar
A vida escolheu assim
somos irmãos
por isso, não fuja de mim....
O NOME DA INJUSTIÇA SOCIAL
Se quiser somar tudo, que se dê o nome de injustiça,
Diferenças entre pobres e ricos, de latifúndio e sem-terra,
Miséria, desnutrição presos pobres, analfabetos.
Chame isso de Capitalismo!
Pobreza,
Fome,
Miséria,
Desnutrição,
Analfabetismo,
Sem-terra,
Sem-teto,
Sem-emprego,
Mortalidade infantil,
Prostituição,
Cadeia para os pobres,
Chame isso,decorrência da Corrupção.
Se quiser um nome só,
com sentença,
Para toda a injustiça,
Repare em sua volta
No lucro rapino da conquista.
São eles, banqueiros e latifúndios,
E todos mais,
Todos do mundo Capitalista.
Vanderley Caixe 13/07/2004
Injustiçados
Pedro Valdoy
A fome paira no ar
Crianças descalças
velhos amarrotados
sentem a dor da injustiça
Mas constroem-se estádios
Os desgraçados
perdem horas de espera
para serem assistidos
nos poucos hospitais
Mas há dinheiro para estádios
As crianças morrem de frio
nas escolas sem aquecimento
e choram de desespero
por um amparo inexistente
Mas há dinheiro para ir à bola
Os estádios enchem-se
Os lares estão cheios
de miséria e maus tratos
As crianças pedem esmola
para encherem a barriga de desconhecidos
Os gabinetes dos ministros
são luxuosos
Todos os dias aparecem
crianças bebés abandonadas
a chorarem de fome
mas tratados por desconhecidos
Os carros bastante caros
vendem-se cada vez mais
nesta sociedade podre
recheada de inergúmenos
A miséria é muita
para tanta riqueza disfarçada.
Abraço de fé!
OlgaMatos
fev/2002
Aquela Fé que me ensinaram
está perdendo a fé na validade,
dos dias calmos de felicidade,
que se quedaram ou chegaram tarde!
Fé é a certeza da verdade pura
é crer que há em cada criatura
a pureza e a crença na luz
resplandecendo um pouco em cada um.
Fé já tive embora mais não tenha
mas sei que um dia a reviverei,
pois é chegada a hora de colher!
Fé , a rastejar irei em teu encalço,
preciso desatar o nó que dei nos braços
para abraçar-me e receber abraços!
O Menino do Sinal
Emília Possídio
Bola vai, bola vem
Para lá...para cá...
Para cima...para baixo...para o alto
No asfalto, rodopiando ao léu
Tantas bolas de papel....
Fecha-se o sinal
Na avenida principal
E a gorjeta não sai
Quem passa não se comove
O nariz torce
É "problema social"...
Com o pé no chão
Suado e fraco
Volta o menino cansado
Agora com uma tocha na mão
Cospe fogo pela boca
Vira fogueira o pequeno coração
A rua é o seu ganha-pão
Agrava-se o "problema social"
Não se resolve esse mal
Quem é culpado afinal?
A riqueza concentrada
Na sociedade privada
A professora mal paga
Neste regime imoral
Que todos nós aplaudimos
Porque não contribuímos
Para a erradicação
Da INJUSTIÇA SOCIAL
Abaixo a crítica velada
Mãos à obra, Pessoal!!!!!
Fortaleza, 15.07.2004
12:31
INJUSTIÇA SOCIAL: REFLEXÃO SIMPLÓRIA
Mifori
Se todo ser labuta
Quer ser respeitado,
No seu direito acatado...
O "porquê" da injustiça social.
Falta de assistência
Programação sem consistência,
Dificuldade de emprego,
Salário defasado,
Nenhum salário!
Falta de moradia,
Nenhuma moradia!
Miséria, abandono,
Doença, falta de sono.
O individualismo,
O poder corrosivo,
O sujeito desejante
Sem voz e lugar.
Como falar:
Na conquista do sustento,
O conforto e o prazer,
A alegria de viver,
As facilidade da vida moderna?
Se há os que não têm o que comer,
Nem caverna... Para se abrigar?
Temos na tecnologia
Recursos mil...
Temos com e na injustiça social,
Problemas além de mil...
Foi-se o sonho varonil!
MC/SP/BRASIL: 15/07/2004
3h00 AM
Injustiça social do século XXI
Lamentável ver as crianças nos faróis
Com pés no chão, roupas rasgadas.
Lavando vidros dos carros;
Vendendo balas, ou outra coisa qualquer;
Seqüestrando sua infância por um pedaço de pão.
Há muito tempo ouvia dizer;
As crianças são o futuro do Brasil
Hoje são apenas crianças dos faróis;
Injustiça Social?
Falta conscientização dos políticos.
Que corre atrás de suas promoções.
Prometem melhores condições de vida.
E fica só no blá-blá-blá
A fome dói, o frio mata, a vida se consome.
O filho chora, o pai se desespera, a mãe se prostitui.
O povo oprimido...
Morre um pouco por dia, por falta de Justiça Social.
http://www.ana.zanettini.nom.br
16/07/2004
APENAS UM JOVEM
Fafa Lima
Hoje...
Sou mais um candidato
Que bate a sua porta
Não peço seu voto
Nem sua confiança...
Sou apenas um jovem...
Não sei ler nem escrever
Mas sou doutor...
Formei-me na escola da vida
Pedindo um prato de comida.
Na escola que estudei...
Não se pedia documento
Nem cor nem religião
Apenas um pedaço de pão...
Sou candidato sim...
Não tenho nome nem sobrenome
Mas sou candidato...
Aceito ser trombadinha até ladrão
Por um prato de feijão,
Sou brasileiro, sim senhor!
Nasci no moro, vivo nas drogas!
Entorpecido busco meu leito
Encontro o chão dividido
Por tantos irmãos.
16-07-2004
Sinop - MT
DE BICO, FOME E LIXO
(...)
o bico
sem medo
comendo lixo
contendo bicho
(!...)
se o nome do homem some
no lixo que o homem come
se o homem sem nome fixo
na dor da fome do homem
da cor do lixo que come
o bicho que mora no lixo
do bico que come homem
e o tédio do outro bicho
o homem comendo do nicho
com medo do bico que punge
é o gérmen assustado com o bicho
(?...)
se fome acaba no bico,
e se ave a fome consome,
sem nome me vejo um lixo,
nem mesmo serei um homem
(!?...)
Adelmario Sampaio
Dignidade já
Cleide Canton
Amigos...
Não os quero chorando,
compadecidos,
muito menos
deixando trocados
nas mãozinhas sujas
que se erguem pedintes
no farol das grandes avenidas
enquanto seus pais
obseravam do lado,
mãe com um filho no colo
e outro no ventre
esperando dinheiro
que lhe dê o leite.
Não os quero culpando os culpados
em lamentos desesperados,
muito menos bradando
por uma igualdade social utópica
onde aquele que lutou por um pouco mais
seja compulsoriamente levado
a ter bem menos
por um ideal que já nasceu frustrado.
No fundo, sabemos o que é preciso.
Façamos algo que realmente dê resultado.
Nosso povo está desestruturado
e cego é aquele que não quer ver
e reparar os erros do passado.
Como sentir-se digno
aquele que vive de esmola?
Como sentir-se digno
pagando impostos criados
para tapar os buracos
daqueles que não o fazem
e são pelos poderosos encobertos?
Ainda ter que aguentar o cinismo
dos que são polpados
alegando a culpabilidade
dos poderes passados...
Amigo,
não fiquemos apenas nas palavras...
Vamos usá-las, sim,
são nossas armas.
Façamos algo mais.
Não choremos os problemas.
Preocupemo-nos com soluções.
Um, sozinho, pouco faz
mas mãos unidas
nos levarão à paz.
(Achei o meu caminho.
Rotariana convicta).
SP, 14/07/2004
15:01 horas
INJUSTIÇA SOCIAL
acordei hoje em pranto
sonhei que o mundo havia mudado
que a injustiça social tinha acabado
chorei sim de alegria
pois pude ver um mundo de felicidades
porém triste foi ao me despertar
constatei que essa injustiça insana persistia
que o homem mal ainda não desistia
chorei foi de tristeza e mágoa
por não saber compreender tanta maldade
e por não poder aceitar essa realidade
chorei mais pela dor , por acordar e ver
que esse mundo triste ainda existia...
injustiça social que em todo lugar impera
homens que nada fazem para o bem do próximo
que vivem somente da ganância do poder
homens que nada fazem
nada podem fazer
que vivem suas vidas
entregues à própria sorte , entregues a esse triste viver...
mas não quero aqui só lamentar
quero a todo custo esse mundo mudar
tentando de toda forma
pela raiz esse mal arrancar
aderindo a todas as formas de amar
e com garras contra a maldade lutar
fazer tudo que ao meu
alcance estiver
para ver um sorriso nos lábios dos irmãos que estão a mercê dessa injustiça social ...
Luz Sampaio
em . 16/07/2004
Japão
luzsampaio@yahoo.com.br
PESSOAS...
São tantas pessoas,
correndo cansadas,
os sorrisos tristes,
as faces marcadas...
Correndo atrás
dos sonhos dificeis,
chorando em silencio,
sofrendo caladas.
Farrapos humanos,
coitados, sem chance.
Sonhando com a sorte,
inventando romance...
As vezes doentes,
às vezes pensando
no mal dos parentes...
Tao feias, acabadas,
faces engruvinhadas,
sem sonhos, sem dentes.
São rostos perdidos,
nessa multidão...
Só olha e não vê,
só vê e não sofre,
quem não tem coração...
Vuch@
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Wav:
O gato comeu (SilviaFilippo)
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