• Ciranda: O vento na Ilha, em homenagem ao centenário de Pablo Neruda
  

Participantes

O vento na Ilha
©Pablo Neruda

O vento é um cavalo
ouça como ele corre
pelo mar, pelo céu.

Quer levar-me: escuta
como percorre o mundo
para levar-me longe
Esconde-me em teus braços
por esta noite somente,
enquanto a chuva abre
contra o mar e a terra
suas incontáveis bocas.

Escuta como o vento
me chama galopando
para levar-me longe.
Com teu peito em meu peito,
com tua boca em minha boca.
nossos corpos atados
ao amor que nos queima,
deixa que o vento passe
sem que possa levar-me.

Deixa que o vento corra
coroado de espuma,
que me chame e me busque
galopando nas sombras,
enquanto eu, submerso
debaixo de teus grandes olhos,
por esta noite somente
descansarei, meu amor.
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O cavaleiro do vento 
Schyrlei Pinheiro 

Vejo-te cavalgando sobre os campos floridos,
perfumando a distância. 
Todas as sementes de encantamento que ficaram esparramadas na terra, 
como grão fecundável de teu amor,
iluminando as sombras 
das noites mais frias,
recolhendo, dos sentires tristonhos, as lágrimas naufragadas no adeus,
fazendo com que um corpo pesado 
flutuasse sobre as ondas 
destes tormentos, 
o mar morto, 
enterrando meus pés na orla, 
fazendo-me curvar em preces. esperando, na fé, 
rever o cavaleiro 
mirar o horizonte 
saindo à galope, 
da luz da grande estrela, 
dizendo à brisa da saudade: 
estou aqui ...
Sou eu, o cavaleiro do vento, 
no tempo, mostrando o quanto 
te amo. 
Junho de 2004

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Neruda

Meu grande Poeta
de amores sem fim,
teus versos, teus ritos,
ficarão para sempre
gravados em mim...

Angela Lara
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O vento e você
Nancy Cobo

Outono chega, com ele vem o vento
Que leva as folhas ao chão
Fazendo com que as águas fiquem revoltas
Mas, também trazem você para mim 
Em meio a ventania, começamos a nos amar
Deixando exalar o cheiro do nosso amor,
que fica no ar 
saciando os nossos desejos
as nossas vontades
Fazendo com que a brisa fale por nós
Mas, o mesmo vento que te trouxe
Te leva embora
E deixa tudo revirado no meu coração 
Ficando tudo fora do lugar
E nessa ventania, 
fico sem saber se vais voltar,
Mas sempre a te esperar...
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VENTO - EU LHE QUERO
Mifori



Vento que embalou

Que embala e balança

Os meus sonhos de criança,

Que galopa através dos tempos,

Que canta e encanta nas árvores,

Que no farfalhar,

Nas ondas a agitar,

Produz e se conduz com a brisa,

Demonstrando,

Testemunhando,

O maior sentimento:

O amor!



Vento, eu lhe quero:

Com a brisa para refrescar,

Acalmando meus ímpetos,

Antes de a tempestade chegar!

Quero seu afeto, seu carinho,

Amenizando a minha dor

Antes da tristeza se impor,

Da agitação se instalar,

Impedindo-o de varrer,

As fagulhas de tormentos,

Que causam sofrimentos

E que nos impedem de viver!



SJC/SP/Brasil: 27/06/2004

23h.
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O Vento e o Cavao
Pedro Valdoy



O vento sente-se
na crina do cavalo
unidos voam pelo espaço
à procura da deusa do amor


As patas levam a brisa
por entre montes e vales
rios a chocalhar
até ao mar perdido


O vento unido ao cavalo
sente-se na corrida
através das planícies
recheadas de outros cavalos


A tempestade do amor
ressente-se com a amargura
de tempos a caminho do futuro
e o vento transformou-se em cavalo


E o cavalo adquiriu asas
para ir até aos céus
cobertos de amor
com infinita beleza.

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Vento pampeiro!
OlgaMatos
22/10/01 ( às 16:54)

Ao contrário de ontem, 
hoje no horizonte
o sol nasceu no azul,
e estendeu um banho de luz.

O vento farfalha as folhas 
e ora brisa bucólica,
ou lufada brincalhona 
vai dando cambalhotas
brincando com os cabelos ,
gargalha e mui matreiro 
eriça o corpo inteiro! 

Este é o vento pampeiro,
faceiro e inteligente,
que instiga e deixa a gente 
com jeito de quem ama,
quando assanha meu Pampa!
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O vento canta.
Thereza Mattos

Ouça, meu amor
O vento está cantando
Em dueto com o riacho
As flores estão dançando
E ali mais embaixo
A relva nos convidando
A nos deitar junto a ela...

Veja, meu amor
A natureza se enfeita
Luzes de todas as cores
Arco Iris de amores
Juntam-se sons cristalinos
Anjos tocando sinos
Brindes vindos do céu....

Olhe , meu amor
As nuvens estão se fechando
Elas querem nos cobrir
Com seu manto transparente
Estão querendo sugerir
Um amor mais ardente
Que o coração tanto sente...

Sinta, meu amor
O ar todo perfumado
Neste vale encantado
Cúmplice da nossa entrega
Vamos aceitar o convite
Na verde relva deitar
E nosso amor saciar!...

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O Vento de Neruda
*homenagem a Pablo Neruda, 
por Lílian Maial

O vento é um doce pássaro
de asas abertas, de bicos pontudos, Rondando-me e atraindo-me, tentando me afastar de ti.
Não, não quero ir!
Quero abraçar a vida e o amor,
Passar meus dias em teus braços,
Caminhando lado a lado.
Guarda-me em teu peito,
silencia meu compasso,
apenas por uns instantes,
até que ele não mais sopre e me esqueça.
Faze de teu corpo meu albergue,
enquanto a tempestade busca outros caminhos,
outros amantes, outros rochedos.
Ouve o som da revoada!
É o vento me querendo,
me caçando,
tentando me levar pra longe.
Não, amado, não deixa!
Cobre-me com teu corpo,
abraça-me com teu amor,
aquece-me com teu calor,
que ele passará e pousará 
noutro corpo sem alento.
Vai, esquece o vento!
Deixa que parta,
que me procure louco,
vendavais e tormentas,
por entre vales, montanhas, oceanos,
que eu me enterro em teu sorriso,
e durmo tranqüila, protegida,
por um instante.
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PLUMAS AO VENTO
Sonia R.

O vento leva o leve
da certeza débil,
do momento breve,
da pluma estéril.

O vento leva o cavo,
leva o laço afrouxado
no crasso desabraço,
no que apenas se fez nó.

O vento apenas leva o leve
da areia ressecada
das flores despetaladas,
da canção desmemoriada,
da solidão do após,
do abismo do fim.

rpo-28.06.04
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Rosa Neruda
Rosa Pena


Mesmo me achando,
insana, 
louca,
imagino,
o dia ,
o ano.
o talvez.
Estudo as cores,
classifico as flores,
coleciono canções,
que falam de amores,
que cutucam as dores.
Tivesse eu nascido
junto contigo!
Rosa chilena
mudaria esta cena.
Pablo, casarias comigo?

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Vento
Paola Caumo

O vento
entoou
o outono
e a noite 
dos meus
sonhos.

O vento
trouxe
o canto
e do amor
os teus 
encantos.

O vento
deixou
suspiros
em minha face
apenas
um zéfiro. 

01/07/04

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Vento galopante
Vanderli Medeiros

O vento chega
galopando com a noite
trazendo-me lembranças tuas
num repentino acoite

Como num mar revolto
sentimentos se misturam
a mente saudosa
procura-te na calada
da fria e tortuosa madrugada

e, num galope
o vento leva contigo
meu amor 
e meu pensamento
envolvendo-te
num doce e terno abraço!

03/07/04

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