Plantas
ornamentais oferecem risco à saúde
Nem sempre as plantas que enfeitam os jardins de
casas, escolas, condomínios, creches, e praças públicas são
inofensivas como poderia se imaginar. Comigo-nimguém-pode (Dieffenbachia
picta Schott), Saia-branca (Datura suaveolens L) e
Espirradeira (Nerium oleander L) são algumas espécies que
quando ingeridas podem causar dores, queimações na boca,
tonturas e distúrbios cardíacos, podendo levar até a
morte. Números divulgados pelo Sistema Nacional de Informações
Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), da Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro, mostram que 60% dos casos
de intoxicação por plantas tóxicas no Brasil ocorrem com
crianças menores d nove anos, e 80% são acidentais.
Maria Élide, coordenadora do Sintox, explica que as
crianças correm mais riscos de intoxicação do que
adultos, porque elas ingerem as plantas durante
brincadeiras.
Para
Elide, ninguém deve se privar de enfeitar a casa com
plantas, mas precisa passar a alerta os filhos sobre os
riscos da ingestão.
Pais
devem ficar alertas
A médica Mônica Gonçalves, do Centro de Controle
de intoxicações do Rio de Janeiro, explica que as pessoas
devem agir com rapidez ao perceber a ingestão de plantas
venenosas.
Mônica orientou que os pais lavem a boca da criança
com água corrente e busquem socorro em um posto de saúde.
Dúvidas sobre procedimentos de emergência também podem
ser tirados nos 32 Centros de Controle Intoxicação que
existem no país. Segundo Maria Elide, coordenadora do
Sintox, quem trabalha com plantas também pode se intoxicar.
Ela afirma que profissionais como jardineiros geralmente
sabem identificar as plantas venenosas, mas não costumam
tomar os devidos cuidados durante o trabalho.
A coordenadora explicou que o uso de luvas e a
limpeza das mãos após o trabalho podem diminuir o perigo
de uma intoxicação.
O telefone dos Centros de Controle de Intoxicação
podem ser encontrados no site da Fiocruz, página do Sintox.
Publicado
no Jornal Diário do Amazonas |