"Sobre a crônica "A Chance" de 10
de março, tenho a dizer que o Esperanto e o movimento esperantista são uma
realidade viva e cheia de energia. E se pessoas inteligentes e bem informadas
como Walcyr Carrasco ainda cometem equívoco tal, de se referirem à língua como algo do passado, isso só confirma as limitações à livre circulação
das idéias, por razões hoje menos políticas que econômicas, a que estamos
todos sujeitos, apesar do avanço da democracia nos meios de comunicação".
Sandra Alencar
Ao Senhor Diretor de Redação da "Revista
VEJA SÃO PAULO"
Li a crônica "A chance" escrita por Walcyr Carrasco,
publicada na revista de 10/03/04. É uma crônica muito bem escrita em que o
jornalista fala poeticamente sobre os seus tempos de universitário. Foi, para
mim, uma prazerosa leitura, mas gostaria de chamar a atenção para frases
citadas por ele em relação ao Esperanto e peço que estas observações lhe
sejam levadas para que tome conhecimento da verdade. Sei que ele citou
casualmente, sem segundas intenções.
Não tenho condições de defender o Esperanto com fortes argumentos,
pois estudo há pouquíssimo tempo, mais ou menos 2 anos e meio, mas
posso dizer que me comunico, já faz alguns meses, em salas de bate-papo, com
pessoas de vários países da Europa, Ásia, Américas. Não imagina o prazer
que isso nos traz. Não necessitar do inglês, que também não
resolveria o problema, pois não é acessível a todos por ser de difícil aprendizagem e
um investimento de alto custo, é gratificante. O Esperanto não foi
tentativa, ele existe. Não é universal, pois respeita as línguas de todos
os povos; ele é internacional: "Para cada povo uma língua e para
todos o Esperanto".
Seria bom que se fizesse as devidas correções numa próxima
oportunidade, pois, sendo a revista de grande tiragem e lida por creio que
milhões de brasileiros, estaria levando um conhecimento errado e injusto
sobre uma língua que sonhamos ainda vir a ser de grande utilidade na comunicação
entre os povos e na paz mundial.
Atenciosamente.
Marly Freitas da Silva
Sr. Diretor de Redação da VEJA São Paulo:
Tenho treze anos, meu nome é Olavo Setembro
Cavalheiro e gostaria de deixar uma mensagem:
com poucos anos de vivência, já tenho conhecimento
da grandeza da língua transnacional Esperanto e acho que ela (sem malícia)
foi confundida com uma coisa do passado, e também já tenho conhecimento da
inteligência de Walcyr Carrasco. E também sei que isso não foi mais do que
uma lamentável distração, então só gostaria que a admirável revista VEJA
São Paulo tomasse o mesmo conhecimento que eu. Falo Esperanto e tenho orgulho
de dizer.
Grato,
Olavo Setembro Cavalheiro
São Paulo