[Jornal do Leitor] [índice Geral por Autor] [Índice Geral por Gênero] [Esquina da Literatura]

 

Estréia

Se sem causa, me ponho a chorar
E a desculpa incerta é meu desvario
Não sei se choro, não sei se rio
Não sei se esqueço ou vou lembrar

Que toda hora é hora de amar
À margem e na correnteza desse rio
Não tenho calor, nem sinto frio
Quando irá minha vida recomeçar?

Eu sei que lha não mereço
Nem estar entre as estrelas brilhantes
Que brilham apenas alguns instantes

Será que haverá um recomeço?
Que as estrelas serão como antes?
Terão brilhos permanentes e cintilantes?

Queria ser um poeta famoso no Brasil
Desde agora até depois de 2000
Mas não queria mais injúrias e difamação
Também não queria andar na contramão

Um só e dois depois, andam sós
Um dá a mão mole ao moleque
Que mole o andar e o sotaque!
Andam sós, porque só nada consegue

Meu Deus que dá tudo ao mundo
Se seu manto em nós resplandecer
E em nossas cabeças dar a adivinhar
Ser, crescer, estar e não acabar

Como também seja a intuição
Uma arma contra a difamação
E se o passo a passo desse eclipse
Me fizer andar na contramão?

Marcelo Brilha Ribeiro
31 anos. de Mairiporã - SP
Correio: marc.marc@bol.com.br

 

[Jornal do Leitor] [índice Geral por Autor] [Índice Geral por Gênero] [Esquina da Literatura]

© 1998-2007 Esquina da Literatura- InfoEsquina.