Equinodermos

Animal: Ouriço do mar

Filo: Equinodernos

Classe: echnoidea

Nome: Strongylocentrotus

 

Fonte: duque.g12.b r

Têm o corpo arredondado (forma: hemisférica ou ovóide) sem braços ou raios livres, mas possui espinhos delgados e móveis.


           Em um ouriço-do-mar comum as vísceras estão encerradas em uma carapaça. Cinco áreas (ambulacros), correspondem aos braços da estrela-do-mar, são perfuradas para uma série dupla de pés ambulacrários. Nas placas há tubérculos baixos, arredondados, nos quais os espinhos se articulam. Entre os espinhos há pedicelárias, as quais mantêm o corpo limpo e capturam pequenas presas. Boca e ânus são centrais, mas em pólos opostos. Ouriços alimentam-se de plantas marinhas, matéria animal morta e pequenos organismos.

 

 

               Os ouriços do mar constituem  um dos animais mais facilmente reconhecíveis do Reino Animal. São animais grandes e nenhum é parasita ou colonial. Praticamente têm hábitos bentônicos e são permanentemente presos ao fundo oceânico ou se movem lentamente sobre o substrato. São peculiares entre os animais por não apresentarem cabeça, terem um esqueleto interno, larvas bilaterais que sofrem metamorfose para animais adultos de simetria radial. São marinhos e são comuns e abundantes em todos os oceanos do mundo.

 

 

São animais triblásticos, enterocelomados e deuterostômios como os Cordados. Portanto, o ânus se origina do blastóporo. Nos outros invertebrados (protostômios) o blastóporo dá origem à boca. São os invertebrados mais evoluídos. Invertebrados exclusivamente marinhos.

 

 

A respiração e a excreção ocorrem por difusão pela superfície do sistema ambulacrário ou pelas brânquias. Não há sistema circulatório como nos outros animais. O sistema hemal (= conjunto de canais e lacunas) faz, parcialmente, as funções de sistema circulatório.

O endoesqueleto é constituído por placas calcárias, distribuídas em cinco zonas ambulacrais alternadas com cinco zonas interambulacrais. As zonas ambulacrais possuem numerosos orifícios, por onde se projetam os pés ambulacrais, estruturas relacionadas com a locomoção. Na face dorsal do esqueleto há uma placa central ou disco (onde se abre o ânus), rodeada por cinco placas, cada uma com um orifício genital. Uma dessas placas exibe, além do orifício genital, numerosos poros ligados ao sistema ambulacral: trata-se da placa madrepórica.

Assentados sobre as placas estão os espinhos, dotados de mobilidade graças aos músculos presentes em sua base. Entre os espinhos, pequenas estruturas com a extremidade em forma de pinça, as pedicelárias, constituídas por dois ou três artículos, com funções de defesa e limpeza da superfície corporal.

O sistema digestivo é completo, exceto nos ofiúros. As estrelas-do-mar são carnívoras e predadoras, seu alimento preferido são  as ostras. Os ouriços-do-mar alimentam-se de algas, que são trituradas pelos cinco dentes calcários, que formam a lanterna de Aristóteles.


 Os ouriços vivem em rochas ou lodo nas praias e no fundo do mar. Alguns que vivem nas praias deslocam-se para poças de marés ou escondem-se embaixo de plantas marinhas na maré baixa. Outros vivem permanentemente em depressões escavadas por eles mesmos em argila dura ou rochas moles abaixo das águas costeiras. Eles se enterram superficialmente na areia.

Os Ouriços do mar alimentam-se variadamente de plantas marinhas, matéria animal morta e pequenos organismos raspados.

No zoológico, será mantido em um aquário, de água marinha (salgada, condição em que o animal está adaptado), com rochas, areias e algumas plantas marinhas, como alimento.

 

Curiosidades:

         Os equinodernos (de forma geral) são pouco usados como alimento; no entanto, habitantes da bacia do Mediterrâneo comem, assadas ou cruas, as gônadas  do ouriço-do-mar. As vísceras de vários equinodernos são usadas como iscas para peixes. Está nas pesquisas biológicas a maior utilidade dos equinodernos. Muitos são os ensaios experimentais sobre fecundação e desenvolvimento feitos com o ouriço-do-mar.

Em muitos lugares de nossas praias, quando as águas baixam, podemos ver buracos cavados nas rochas. Esses buracos são chamados locas e são cavados pelos ouriços-do-mar. As locas são usadas como abrigos pelos ouriços, nas quais vivem a maior parte de sua vida. É incrível como o ouriço, um animal muito frágil, consegue cavar nas duras rochas de granito, chegando a formar locas de ata 50 centímetros de diâmetro. Para esse trabalho, o ouriço usa exclusivamente os seus espinhos. É um trabalho muito lento. Para fazer os barracos o ouriço atrita seus espinhos contra a rocha. É um movimento rotatório contínuo que acaba desgastando a rocha.

            O ouriço mais comum das nossas praias é o pindá ou ouriço roxo. É um animal de 10 a 13 centímetros de diâmetro, de cor roxo escuro, quase preto. Apresenta espinhos numerosos e fortes, escuros na base e claros nas extremidades, que forram toda a superfície do corpo.

 

Mais Fotos:

 

Fonte: dangerousaquaticanimals.com.Br

 

 

 

 

Fonte: seadivers.com.br

 

 

 

Fonte: virtualmuseum.ca

Fontes:

 

*Biologia Atual, Wilson Roberto Paulino, Vol 2, Seres Vivos Fisiologia, Editora Ática, 1995.

*Zoologia Geral, Storer/Usinger/Stebbins/Nybakken, Editora Nacional.

*Zoologia dos Invertebrados, Ruppert/Barnes, editora Roca.

*curlygirl.no.sapo.pt/animalia

*escolavesper.com.br