Animal: Filaria
Filo: Nematelmintos
Nome: Wuchereria bancrofti
Fonte:
www.ksu.edu/.../625tutorials/Nematodes07.htm
O termo filaria é originário do vocabulário latino filum, que significa fio. O nome é alusivo à sua morfologia, pois tem estrutura alongada e fina.
A filaria Wuchereria bancrofti é um
helminto (verme) longo e delgado, que vive quase que exclusivamente em seres
humanos. As filarias se alojam no sistema linfático, a rede de gânglios e vasos
que mantém o equilíbrio delicado entre os tecidos e o sangue e é um componente
essencial do sistema de defesa do organismo. No sistema linfático, são
encontradas enroladas em novelos, que provocam inflamação e atrapalham a
circulação da linfa. São geralmente muito longos e
finos; vivíparos ou ovovivíparos. A evolução faz-se através de invertebrados
(mosquitos, carrapatos, etc); parasitam o aparelho circulatório, o tecido
conjuntivo, as cavidades serosas, etc., de vertebrados.
As
filarias que acometem o homem podem ainda ser classificadas segundo o local
preferencial que escolhem para se alojar quando vermes adultos. A espécie W.
bancrofti, B. malayi e B. timori são parasitas dos vasos linfáticos
(filarioses linfática); os seus embriões (microfilárias) circulam no sangue e
os dois primeiros se caracterizam por ter bainha. L. loa movimenta-se no
tecido subcutâneo e conjuntivo e os embriões circulam na corrente sanguínea. A
espécie O. volvulus é encontrada no tecido subcutâneo. A.
streptocerca e A. perstans se alojam nas camadas serosas e seus
embriões circulam no sangue, enquanto, a espécie M. ozzardi habita o
tecido conjuntivo peritoneal e o adiposo das vísceras. Os seus embriões
circulam no sangue e é considerada uma filariose não patogênica.
Os vermes adultos de W. bancrofti vivem cerca de 4-6 anos
no sistema linfático, e as fêmeas libertam microfilárias na corrente sanguínea.
Na grande maioria dos países onde se verifica a ocorrência dessa doença, as
microfilárias apresentam uma periodicidade noturna bem marcada e encontrando-se
em maior número na circulação periférica entre aproximadamente 22 e às 2 horas
(Otto, 1965). Segundo aquele autor, essa periodicidade pode inverter-se, por
vezes num intervalo de uma semana, e transformar-se em periodicidade diurna, se
trocarem os períodos de vida ativa do doente e aqueles em que ele dorme. Em
Angola a periodicidade é noturna (Pinto, 1986).
Em
áreas endêmicas, uma parte da população não apresenta microfilaremia nem
manifestações clínicas da doença a pesar destas pessoas terem sofrido o mesmo
grau de exposição a larvas infectantes que os indivíduos que contraíram a
infecção. E, para estimar a prevalência da filariose bancroftiana, é necessário
incluir tanto os indivíduos com microfilaremia como aqueles que padecem a
infecção filárica, tendo em conta não só aqueles que têm lesões crônicas como
elefantíase e hidrocele, senão também aos que apresentam manifestações agudas,
como adenolinfangite e orquioepididimite. A estimativa do número de pessoas
infectadas inclui, pois, tanto as pessoas em que as provas para detectar
microfilárias sejam positivas como aquelas em que sejam positivos os resultados
clínicos, embora não se comprovam a presença de microfilárias (OMS, 1984).
Embora a filariose bancroftiana possa ocasionar
considerável grau de morbidade, relacionado às formas agudas e crônicas da
patologia, a mortalidade é quase nula. A manifestação clínica depende da
localização do verme adulto no organismo, e essa, por sua vez, depende do sexo
do indivíduo infectado. As manifestações clínicas podem ser causadas tanto
pelos vermes adultos quanto pelas microfilárias. Estas últimas produzem manifestações
extralinfáticas enquanto aqueles causam lesões primariamente nos vasos
linfáticos.
Os recentes trabalhos desenvolvidos através de estudos
multidisciplinares, com base na ultra-sonografia, na cirurgia e na
histopatologia, têm trazido importantes conhecimentos para que as dúvidas
existentes sobre a doença se reduzam. Esses estudos tornaram possível a
localização dos vermes e a identificação das lesões subclínicas e clínicas da
infecção. Também, através da ultra-sonografia, foi possível desvendar o substrato
anatomopatológico da filariose bancroftiana da linfangiectasia causada pelo
verme adulto.
Como
visto, seria impossível a vivencia deste animal no zoológico, pois além de
outros fatores, o principal é que este necessita de um hospedeiro e causa doenças
(a filariose). Por isso, será visto como será o tratamento para se evitar este
animal: combatendo o mosquito transmissor. Evitando-se água parada, lugares
úmidos e escuros que favorecem a proliferação do inseto que, por conseqüência
disto, mais riscos de contrair a filaria.
Mais
Fotos:
Fonte: www.dpd.cdc.gov/.../body_filariasis_il1.htm
Fonte: www.pelin.mf.uni-lj.si
Fonte: www.martin.parasitology.mcgill.ca
Bibliografia:
· BARIETY,J.; BARBIER, M.; LAIGRE, M.C.; TCHERMA, G.; SAMAREQ, P.; MILLIEZ, P. - Protéinurie et loase. Estude histologique, optique et életronique d’un cas. Bull. Soc. Med. Hop. Paris, 118: 1015-1025 1967.