Artrópode - Crustáceo
Introdução Peneaus brasiliensis Hábitos em cativeiro Reprodução e filhotes Parentes próximos Reportagens
Nome vulgar: Camarão rosa |
Reino Animália |
Filo Arthropoda |
Classe Crustacea |
Ordem Decapoda |
Família Penaeidae |
Gênero Penaeus |
Espécie Penaeus brasiliensis |
Imagine um ambiente nas profundezas do oceano há mais ou menos 600 milhões de anos. Nesse ambiente, milhares de pequenas criaturas com pares de pernas articuladas locomovem-se no lodo ou nadam nas grandes profundidades à procura de alimento. O fundo do mar era assim, com muitos desses pequenos animais chamados trilobitas. Os trilobitas possuíam uma carapaça composta de calcário e quitina, brânquias localizadas nas pernas e duas antenas na cabeça. Seus olhos compostos eram como mosaicos que captavam luz com mais eficiência do que muitos animais hoje.
Há cerca de 250 milhões de anos, apareceram outras espécies, descendentes dos antigos trilobitas. Algumas possuíam um par de antenas a mais que os trilobitas.
Fonte: gia.bio.ufpr.br
O corpo aparece dividido em cefalotórax (cabeça + tórax) e abdome. Ele é composto por 19 segmentos ou somitos, sendo 5 cefálicos, 8 torácicos e 6 abdominais; em cada segmento encontramos um par de apêndices. O cefalotórax é convexo e recoberto por uma carapaça quitinosa, rígida, ocultando os segmentos que o constituem. Percorrendo transversalmente a carapaça, encontramos o sulco serviçal, marcando o limite da separação entre a cabeça e o tórax; anteriormente a cabeça prolonga-se formando o rostro, uma espécie de espinho com as duas faces serrilhadas. Logo abaixo do rostro aparecem dois olhos compostos e pedunculados. A boca, colocada na parte ventral da cabeça, é rodeada por apêndices modificados para a ingestão e mastigação. O abdome é nitidamente segmentado apresentando no último anel uma expansão pontiaguda chamada telso. As brânquias são torácicas ficando abaixo da carapaça. As aberturas genitais são pares, as femininas aparecem na base do 3º par de patas torácicas; as masculinas situam-se no 5º par.
Fonte: www.cb.ufrn.br
Com a alta tecnologia existente na atualidade a criação da espécie Penaeus brasiliensis tem se tornado cada vez mais fácil já que algumas espécies tem sido maturadas e desovadas artificialmente enquanto as nativas estão sendo estudadas. Na experiência inicial foram capturados 26 adultos (13 fêmeas e 13 machos), sem maturação, com massa média de 29g, oriundas da Baía do Cabo Frio e de regiões próximas. Foram aclimatados e, posteriormente, depositados em um tanque de forma circular com uma cobertura parcial, com a capacidade para 12,5 m³ e um fluxo constante de 1200 l/h. Uma camada composta de 20 cm de cascalho está disposta sobre um fundo falso. Os parâmetros físico-químicos abrangeram: temperatura (23,5 - 27,0 °C), pH (7,6 - 8,1), salinidade 34 - 35°/°° e o 2 (5,9 -6,2 ml/l). O alimento foi mexilhão fresco uma vez ao dia. Depois de dois meses (10/03 a 12/05/82), foram retiradas quatro fêmeas já maduras, com peso médio de 57,6g, levadas até as incubadoras cilíndro-cônicas de 2m³ e seguindo técnica adaptada (MOCK, 1971). A primeira originou 150.000 náuplios. As três restantes desovaram parcialmente, dando origem a 200.000 náuplios.Novas tentativas estão, em prosseguimento e deverão esclarecer-nos sobre a viabilidade dessa técnica.
Os animais da espécie Penaeus brasiliensis são unissexuados, sendo a fêmea maior do que o macho e com o abdome mais largo. No macho o primeiro par de apêndices abdominais entra em fusão, constituindo um tubo para a transferência de espermatozóides para o corpo da fêmea.
As glândulas são pares, trilobadas nos dois sexos, estando situadas no tórax logo abaixo do sínus pericárdico. De cada testículo sai um canal deferente enovelado que se abre no 5º par de suas patas locomotoras. Dos ovários partem os ovidutos que desembocam no terceiro par de pareiópodes.
Ao ser fecundada, a fêmea expele os ovos que aderem ao pleópodes através dos quais são transportados. As fases inicias da evolução também ocorrem enquanto os ovos estão ligados aos pereiópodes. O desenvolvimento é indireto. A primeira forma larvária é o náuplio, que apresenta corpo não segmentado e três pares de apêndices: antenas, antenulas e mandíbulas. Com duas mudas aparecem os estágios de metáuplio e protozoé; a ultima já apresenta sete pares de apêndices e início de segmentação. Segue-se o estágio denominado zoe com nítida distinção entre cefalotórax e abdome, 8 pares de apêndices e 6 em início de formação. Após nova muda surge a larva misis, com 13 pares de apêndices no cefalotórax e 6 abdominais. Surge, finalmente, a forma adulta com seus 19 pares de apêndices.
Ciclo de vida
Fonte: www.cb.ufrn.br
Gráfico de crescimento
Fonte: www.cb.ufrn.br
o Penaeus paulensis
o Penaeus schmitti
o Penaeus notialis
o Penaeus sp.
o Penaeus aztecus
o Penaeus duorarum
o Penaeus vannamei
“ Alterações microbiológicas, físico-químicas e sensoriais durante a vida útil do camarão-rosa (Penaeus brasilienses e Penaeus paulensis) submetido à radiação gama.
FCF - Faculdade de Ciências Farmacêuticas, dissertação
de mestrado defendida
Autor: Mariana Del Ben Mayer
Orientador: Mariza Landgraf
Data: 21/12/2000
Amostras de camarões (Penaeus brasilienses E. Penaeus paulensis)
foram submetidas a doses de radiação gama de 0; 1; 2; 2,5; 3 E 3,5 Kgy e,
posteriormente, mantidas sob refrigeração. As análises microbiológicas foram
realizadas nos dias 0, 2, 4, 7, 10 e 14, pós processamento. Paralelamente foram
determinados o pH, as bases voláteis totais (BVT) e a análise sensorial com
painel treinado. Não foi detectada Salmonella spp. em nenhuma das amostras.
Todas as amostras apresentaram < 3 NMP/g de Vibrio vulnificus e V.
parahaemotylicus; os coliformes termo-tolerantes apresentaram uma faixa de
variação de < 3,0 A 9,3x10 NMP/g. O número de psicrotrópicos em todas as
amostras variou de < 2,0 Log A 8,8 Log unidades formadoras de colônias (UFC/g),
de mesófilos de < 1 A 6,03 log UFC/g. Pseudomonas spp apresentaram alta
sensibilidade à irradiação. O pH variou de 7,52 a 8,33 e o BVT 28,47 A 56,00 mg
N/100g, conforme a dose de radiação e o dia da análise. Os resultados
encontrados não concordam com a legislação brasileira, sendo indicativos de
início de deterioração”.
Fonte: www.cena.usp.br/irradiacao/teses.htm
Referências bibliográficas
Clézio morandine, zoologia, 1991, SP
Barros, Carlos
Os seres vivos/ Carlos Barros, Wilson Roberto Paulino. - 60. ed. Totalmente reformulado – São Paulo, Ática, 1999.