Morto: Alguns amigos o enterraram, mas poucos realmente sentiam a perda. E, na dúvida de por onde começar, começasse pela morte a escrever aquelas que seriam suas memórias póstumas. Morreu de Pneumonia. Mas, de fato, era culpa de suas idéias fixas, que lhe atormentavam por conta de um emplasto, cujos planos (entre eles de sair do anonimato) iam longe e não lhe permitiram tratar-se da doença. Aquela que mais o acompanhara em sua morte foi sua antiga amante, Virgília, que chegava a levar o filho para que não imaginassem bobagens sobre as visitas. E foi numa dessas visitas que ele delirava, onde imaginava-se livro ou descobria que amava a vida e pedia mais tempo da mesma, em conversa com a Natureza e Pandora. Quando nasceu, em outubro de 1805, muitos eram os planos para aquele que logo se mostrou sapeca. Os tios planejavam-no como oficial ou bispo, todos queriam intervir na educação do garoto, a quem o pai nada negava e a mãe tentava ensinar alguma coisa de santo. Na escola conheceu Quincas Borbas, o mais sapeca de todos, o único que não temia o professor, que era odiado de todos. Teve, entre suas grandes estripulias, o dia em que, após expulso da mesa do jantar, falou a todos sobre a relação entre D. Eusébia com Vilhaça. Um belo dia, amante que era de Mariana, foi com o tio na casa da espanhola para um jantar e, na saída roubou-lhe um beijo. Depois de um mês estavam namorando, E para sustentar o amor da moça, ele gastou todas as economias e paciência do pai, que quando viu que o filho já se encontrava endividado, resolve manda-lo para estudar em Coimbra. Esse, para evitar a separação, convence a moça comprando-lhe diamantes e endividando-se ainda mais. O pai, junto com os tios, embarca-o para Portugal, numa viajem onde assiste a morte da mulher do comandante e tudo que isso trouxe; lá ele completa os estudos, pensando que era melhor adiar o fim de tais para assim adiar também a necessidade de compromissos. Em Portugal também é salvo por m almocreve, que parou um jumento que poderia ter-lhe matado e dá-lhe, após inúmeras reflexões, um cruzado (e fica com remorso). Peregrinou ainda alguns anos, até que, por suplicas de seu pai, voltou para o Brasil, antes da morte de sua mãe. Após a morte da mãe, ele foi para uma casa da família, onde morou em completo isolamento até que seu pai pediu-lhe para sair de tal, alegando que teria planos de faze-lo marido e político, desde que aceitasse, o que fez após instantes de hesitação. A mulher escolhida era Virgília, a musa em forma de gente. Antes de ir, porém, resolveu visitar Eusébia, que estava morando ali próximo e de quem ficou muito intimo, chegando até a apaixonar-se pela filha, Eugenia, cujo maior defeito era ser coxa. Conhecendo Virgília, filha de Dutra, casaria com ela e teria mesmo tornado-se deputado se não aparecesse Lobo Neves, que tinha mais apoio na candidatura e por quem a menina se apaixonou num primeiro momento. Nesse meio tempo, ele reencontrou com Mariana, que estava feia e doente, mas ainda estava ambiciosa. Por não ter seus sonhos realizados, o pai de Cubas morre de desgosto e o filho briga com a família da irmã por conta da divisão da herança. Com o tempo, nas festas, Virgília e Cubas se tornaram cada vez mais íntimos, até tornarem-se amantes. O primeiro beijo foi na casa da moça. O filho dela muitas vezes serviria de desculpa para encontrarem-se e, quando pareceu que o marido suspeitava, e não querendo fugir e abandonar o filho, eles compraram uma casinha, deixando nela D. Placida, que outrora era cuidada pela família da moça. Essa só deixou de desapreciar tal ato quando o jovem lhe pagou 5 contos para aceitar (esses encontrados num embrulho misterioso). Nesse meio tempo reencontrou com Borbas, que rouba seu relógio. De tempos em tempos os dois amantes tinham discussões, mas continuavam unidos, mesmo sabendo que todos desconfiavam. Nisso Cubas e a irmã fazem as pazes e Lobo é indicado para a presidência da província . Quando pareceu para o amante que a separação seria inevitável, esse recusa o cargo por superstição. O número de pessoas que desconfiavam aumentava, a morte de um juntou-os ainda mais, ela estava grávida. Estava tudo indo muito bem até que ela perde o bebê e a desconfiança do marido aumenta ainda mais, graças a uma carta anônima. Outra carta que também surpreendeu Cubas foi a de Borba, que lhe devolvia o relógio e pedia-lhe permissão para conversarem sobre uma nova filosofia. O auge da desconfiança do narrador é quando esse pega a mulher na casa de D. Placida. Uma situação novamente favorável fez com que Lobo fosse de novo cogitado para presidente da província, cargo que dessa vez aceitou, separando de vez os dois amantes. Para acabar com tal tristeza, Cubas ouvia as filosofias do amigo, que diziam que todo o sofrimento tem seu motivo para o todo. Ele também foi atirado pela irmã nos braços de Nho-loló (Eulalia), sobrinha da irmã, com quem casaria se essa não tivesse antes morrido, provavelmente de febre amarela. Ele também atirasse na política, chegando até a ser deputado e ambicionando um ministério, o que não consegue. Monta um jornal, que em sua curta vida foi oposicionista, retomando as brigas ele e Contrim. Se cruzou com Virgília, nada mais aconteceu entre os dois. E todo seu sofrimento, decisões, tudo era em torno da Humanitismo do amigo. A velhice chegava cada vez mais, D. Placida morreu, Mariana morreu, Lobo morreu (morte fez Virgília sofrer muito). Foi dado como louco, entrou para a Ordem Terceira, viu Borbas ficar louco.... morrer e morreu. E, de tudo que foi, nada foi.....