Resumo - Vidas Secas

Fabiano, Sinhá Vitória, os dois filhos e a cachorra eram retirantes. Estavam caminhando, cansados e famintos. Já tinham comido até o papagaio e os mais novos não agüentavam mais a caminhada. Depois de muito andar, acharam um Juazeiro, uma fazenda. Depois de examina-la, Fabiano concluiu que ela estava abandonada. Baleia caçou um pouco de comida, que dividiu com a família. Fabiano pensava na tristeza que passava, parecia que ia chover... e o sertão ia ficar verde! Fabiano decidiu ficar na fazenda, mesmo. O dono da casa a principio não quis, mas aceitou que a família lá ficasse; e tudo ia melhorando. Concluiu que para viver não era necessário saber: ele mesmo falava pouco e se virava. E a sabedoria não salvava ninguém da seca, mas matava mais rápido. E, precisando de comprar meia dúzia de coisas, foi Fabiano a cidade. Não havia conseguido comprar o querosene e a fita: temia que todos o enganavam. Tentando conversar, foi levado para jogar 31 com um soldado amarelo de quem perdeu e saiu com raiva. O soldado, com raiva dele, seguiu-o e prendeu-o. Ele não intendeu porque foi preso. Pensou em se revoltar, mas aquietou-se pela família. O tempo passou, Fabiano estava solto. Sinhá Vitória queria uma cama de verdade. Fabiano dizia que não dava para comprar. Ela ficava com raiva, tentava se concentrar, não conseguia, tinha medo da seca. Mas estavam seguros, agora! Arquitetou planos: queria a cama. O menino mais novo, vendo o pai montando, quis imitar tal façanha, parecer o pai, espantar a cachorra e o irmão Usou o bode, chamou o irmão e a cachorra, mas tudo que os dois viram foi ele caindo. Ele saiu humilhado, e ainda iria levar bronca. Sonhou com o futuro: aí sim ia espantar todos. Já o menino mais velho ficara curioso em saber o que era inferno. Sem receber uma resposta satisfatória, insistiu e apanhou. Magoado, tentava entender porque aquilo acontecia; lembrava que agora tudo era bom, antes tudo era ruim. Baleia, do seu lado, tentava anima-lo. O inverno veio e com ele o rio inundando tudo. A família estava feliz e ao mesmo tempo preocupava-se com a aproximação da enchente. Aquecendo-se com fogo, a família se descontraia, ouvindo as histórias de Fabiano e comemorava mudamente projeção favorável que a chuva trazia. Noite de Natal: a família toda havia ido para a festa na cidade. A roupa incomodava mas tinha que ser daquela forma! Fabiano olhava para todos, achando que eles queriam prejudica-lo, até beber e dormir. Sinhá Vitória pensava em uma cama nova. A cachorra perguntava-se porque estar num lugar tão estranho enquanto os meninos se admiravam com o novo mundo que lhes era apresentado. Num dia, a cachorra ficou doente. Depois de tentar tudo, a solução achada era matar. Os meninos e Sinhá Vitória tentaram não ouvir o tiro. A cachorra tentava intender porque estava sendo morta... e enquanto agonizava, sonhava com um mundo cheio de preás gordas. Fabiano ia acertar contas. O patrão tirava proveito, Fabiano sabia, mas não podia reclamar: se reclamasse, era posto para fora. Nunca pode reclamar... um ano depois de ser preso, reencontrou o soldado amarelo. Dessa vez a autoridadee estava acuada, mostrava que tinha medo. Fabiano até desejou mata-lo: ninguém veria ou o condenaria! E já não tinha sido preso por nada? Vingar-se-ia matando. Concluiu que não deveria, e até ajudou o soldado amarelo. A seca ameaçava novamente e, com ela, a probabilidade de terem novamente que sair. Ou não teriam? Quem sabe? A seca veio, a família fugiu para não pagar as dívidas. Levavam as poucas coisas que tinham, comida, o medo dos fantasmas do passado e a esperança de, um dia, tudo melhorar em fim.

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