Concedida a Priscila Lima
Heavy Metal com boas doses de técnica, feeling e criatividade. Tudo isso unido a muito profissionalismo, formam a química perfeita do Evil Lord, banda paulistana que está surgindo com força total no cenário underground. Em fase de divulgação de seu material próprio, com os olhos voltados para a gravação de seu primeiro EP, o Evil Lord vai firmando seu nome como uma das próximas bandas nacionais a estourar no mercado. Em entrevista cedida a Priscila Lima, a banda formada por Luiz Raposo (v), Marco Raposo (g), Adamo Moronni (g), Evandro Camellini (d), fala um pouco sobre sua história, atual momento, e planos futuros.
Die Hard : Quais as principais influências e características da banda?
Evil Lord (Adamo Moronni) : Não temos uma influência geral, como banda, mas sim muitas individuais. Podemos citar Iron Maiden, Judas Priest, Mercyful Fate como principais. Mas temos fãs inveterados de Metallica e Beatles na banda, por exemplo.
Nossas principais características acredito serem nossas composições, nosso profissionalismo e garra em palco. Isso é a cara do Evil Lord!
DH : Vocês citaram as composições. Vocês usam algum método diferenciado para compor?
EL (Evandro Camellini) : Não usamos nenhum método especial, apenas deixamos tudo bem livre para que cada um possa dar o melhor de si. Não há pressão, cada membro faz o que considera mais harmônico em cada passagem. O que o grupo não considera legal, é banido e cria-se outra linha. Isso faz com que as composições saiam com uma cara bem própria.
DH : Sendo assim, supõe-se que as letras sejam feitas por Luiz Raposo. Do que tratam as letras?
EL (Luiz Raposo) : Todas as letras compõem uma história que se trata da briga de um ser pelo poder supremo de um planeta, as batalhas, rituais e seu julgamento final. Sempre fui um grande amante de histórias de terror e contos extraordinários, nada melhor do que transpor isso para a música. Mesmo por que acredito que é na ficção que encontramos muitas respostas para o nosso modo de vida.
DH : Nas composições próprias, percebemos claramente que todos os instrumentistas solam. Como vocês trabalham isso? É algo espontâneo ou programado?
EL (AM) : Na verdade nunca tivemos essa preocupação. Podemos dizer que isso veio naturalmente, pois em nossa primeira música (Holy Badge) havia solos dos instrumentos de corda. Já na segunda (Final Secret) achamos interessante colocar um solo de bateria, já que é uma música onde a mesma é bem explorada. Mas você pode ouvir em Dark Soul que há apenas solos de guitarra. Muitos, mas só de guitarra! (risos)
DH : Você citou Final Secret. Para quem conhece o material da banda, sabe que os solos de bateria dessa música são um ponto alto do show. Como foram criados, já que não foi algo aleatório?
EL (EC) : Posso dizer que minha preocupação principal foi dar uma seqüência lógica aos solos. Uso diferentes técnicas, uma em cada passagem, criando uma seqüência musical. Não me preocupei em "quebrar tudo" ou chamar toda a atenção sobre mim, e sim fazer algo que abrilhantasse a música em si.
DH : Algo que acredito ser curiosidade de todos: o que significa realmente a arte que vocês usam para divulgação e que já está se tornando uma marca da banda?
EL (LR) : A arte foi desenvolvida por um amigo meu chamado Eduardo Dantas, e retrata exatamente um momento da nossa primeira canção (Holy Badge), na qual uma peste é lançada contra toda a população de uma cidade. Com certeza não será a capa de nosso CD, mas serve muito bem para nosso marketing atual.
DH : No momento vocês estão sem baixista. Como estão lidando com o fato?
EL (EC) : Estamos na procura! Não estamos parados, acabamos de nos classificar para a 2ª etapa do Metal Festival da Fofinho tocando com um baixista convidado. Mas estamos nos mobilizando para acharmos a peça que falta no momento!
DH : Vocês chegaram a fazer alguns shows com esse baixista (Luiz Lavos), já sabendo que seria um número limitado. Como foi trabalhar dessa maneira?
EL (EC) : Acredito ter sido algo novo na carreira de todos dentro da banda. Você fazer um show com um membro que, você sabe que logo ele não estará mais, é realmente estranho. Mas rolou tudo de forma bem natural, o Luiz é meu amigo há muitos anos e foi muito legal e paciente conosco nesses meses em que trabalhamos juntos. Ele é um excelente baixista, foi muito fácil trabalhar com ele!
DH : E como anda a atual agenda de shows?
EL (LR) : Agora, após o show do Metal Festival, iremos dar um break em shows. Estaremos totalmente voltados para essa procura ao novo Evil bassist! Infelizmente tivemos que adiar muitos convites em decorrência disso. Alias, aproveito para pedir desculpas a todos os nossos amigos da Vila Menck, pois não poderemos realizar nosso show em Dezembro. Sorry! Mas esse será nosso primeiro compromisso em 2002.
DH : Quais os planos futuros-imediatos da banda?
EL (MR) : Como dissemos, no momento estamos totalmente voltados para essa procura ao nosso novo baixista. Acredito que assim que estabilizarmos uma nova formação iremos cumprir todos os convites que tivemos que "jogar mais para frente". E, claro, deixar as composições "redondas" para a gravação do nosso EP, o Book of Shadows.
DH : Muito obrigado a todos e muito sucesso!
EL (EC) : O Evil Lord agradece a Die Hard o espaço cedido, a Klauter Dantas por nos intermediar nessa ação e a todos que nos acompanham e fazem com que sejamos cada vez maiores. Muito obrigado a todos! Não esqueçam de visitar a página da banda: www.evillordbr.cjb.net
"A banda já está com nova formação, com Leonardo Souza (B) e Klauter Dantas (G), e já está na ativa e agradece a todos que participaram da seleção dos novos membros."