Na qualidade de rei dos filmes de horror, Vincent Price está bem familiarizado com coisas que se movem rapidamente no meio da noite. Contudo, o que geralmente não se sabe sobre Price é que ele mesmo teve encontros com coisas misteriosas na vida real. Eis seu relato:
" No dia 15 de novembro de 1958, tive uma extraordinária visão do desconhecido quando estava num vôo entre Hollywood e Nova York, conta Price. Fiquei absorvido por um livro na maior parte da viagem. Numa determinada hora, dei uma olhada pela janela. Para meu horror, vi através de uma massa de nuvens, letras enormes, brilhantes e engalanadas, que formavam a frase: "Tyrone Power Morto". Foi um choque terrível. Quando percebi que ninguém mais no avião parecia tê-las visto, exceto eu, comecei a duvidar de meus sentidos, embora tivesse certeza de que, durante alguns segundos, elas tinham, definitivamente, estado lá, como se fossem enormes teletipos, iluminados por uma luz que se infiltrava por entre as nuvens. Quando aterrizei em Nova York, tisseram-me que Tyrone Power tinha morrido algumas horas antes."
Em outra ocasião, quando Price cursava a escola, um fenômeno estranho, até místico, ocorreu. Ele estava discutindo o futuro que planejara para si mesmo, como ator, com um amigo que o aconselhou a não perseguir seu objetivo, devido, talvez, à natureza instável da carreira. De súbito, Price viu seu amigo explodir, em meio a uma moita que pegava fogo.
"Pareceu-me que ele estava no meio do fogo, a tal ponto que tive de sair do quarto. Então saí e fiquei andando, por volta de uma hora, precedido por esta espécie de chama. Foi uma experiência extraordinária e maravilhosa. Como a maioria das manifestações, esta foi simbólica. Eu sabia que, se fizesse o que meu amigo tinha me sugerido, teria me queimado. Depois deste episódio, tive certeza de que deveria entrar em alguma atividade artística."
Price afirma que a história que se segue "foi-me contada como se fosse o evangelho", dado seu caráter de veracidade, e diz respeito a um fantasma familiar, mais especificamente e de seu tio, que morreu num acidente de caça.
Abalada com a morte de seu filho, a avó de Price recusou-se a deixar o quarto durante muitos dias depois do acidente. Uma noite, no entanto, ela saiu, sentou-se ao piano e tocou uma peça que não era familiar. Todas as noites, durante uma semana, ela tocou piano e, ao final de cada peça, agradecia ao filho morto por lhe pedir que tocasse. Na última noite, ela disse: " Boa noite e descanse, meu querido. Não tocarei mais para você."
O que há de tão estranho nesta história? Esta é uma pergunta que você talvez faça. Bem, a verdade é que a avó de Price nunca aprendera a tocar piano!