O tempo passa e não sei se o nosso amor é concreto ou abstrato. Durante todo esse tempo que te escrevo, transmito meus sentimentos. E tão longe estão as minhas intuições femininas em saber se o que me correspondes através de sinfonias é sinceridade. Não sei se as minhas poesias são apenas enlevo como fonte de inspiração para a tua liturgia romântica. Não sei se fazes do meu sentimento um propósito pessoal. O amor vem da alma e se reflete através do coração. É assim que transcrevi durante este tempo o meu amor por ti. Confesso que já me desgastei demais em dizer através de tantas poesias de amor que te dedico que "te amo demais". Minhas esperanças se foram numa expectativa recíproca, mas numa dúvida fico: se as sinfonias que me dedicas são objetivas ou sinceras em tão doces melodias. O tempo passa e o teu sucesso sinfônico cresce. Enquanto isso, meus sonhos se tornam vagos e o meu mundo interior fica vagando em flores de um sonho ainda não concretizado.