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Entrevista quentinha...
Fabricar o sucesso do momento não funciona mais", diz Pitty
20/06/2006
Vinda da terra do axé, a roqueira baiana Pitty surgiu em um momento em que o
rock nacional perdia seu brilho. Na sua infância ouviu Beatles, Elvis e teve
contato com uma fita de um conterrâneo, Raul Seixas. Mais velha, conheceu o peso
de Faith No More, Nirvana e Metallica. Como vocalista do grupo underground
Inkoma, Pitty teve oportunidade de entrar em contato com os palcos, e assim que
surgiu a oportunidade de lançar Admirável Chip Novo, não hesitou.
Após se consagrar como sucesso na TV e nas rádios de todos o Brasil, a roqueira
da terra do Axé já conquistou um espaço mais do que respeitável na cena
nacional. Pitty lançou recentemente o CD Anacrônico e contou um pouco sobre seu
show no Rock In Rio-Lisboa, suas influências e seu processo de composição.
Como foi o Rock In Rio-Lisboa?
Você gosta de tocar em festivais desse porte ou prefere casas pequenas?
Foi melhor do que eu esperava, achei que menos pessoas iriam se interessar de
cara por uma banda mais desconhecida, mas a reação foi muito boa. Acho massa
tocar em festival, rola aquela adrenalina de muita gente junta. Mas tocar em
lugar menor tem o charme do olho no olho, e me deixa mais próxima das minhas
raízes. Cada um tem seu atrativo.
Após o sucesso de Admirável
Chip Novo, rolou uma certa pressão na hora de fazer Anacrônico? Houve uma certa
"obrigação" de se superar?
Não da nossa parte, a expectativa maior era externa. A gente estava tranqüilo
porque tínhamos feito músicas que a gente realmente gostava e acreditava, e em
nenhum momento eu pensei em superação no sentido de vendas ou popularidade.
Queria superar no quesito musical, crescer. Mas isso é algo que na minha opinião
deve existir sempre, senão você estaciona.
Mesmo após o sucesso, você
sente que ainda rola um preconceito com o seu estilo?
Não necessariamente preconceito, mas é algo mais segmentado, não popularesco.
Rock sempre foi uma coisa de minoria e isso não me assusta.
O que você acha do cenário
atual da música brasileira?
Tenho visto uma coisa significativa e animadora, que é o fato de as gravadoras
independentes e os selos estarem lançando bandas que vêm do meio alternativo,
que já estão na estrada e têm uma história. Isso é bacana porque acabam
aparecendo coisas verdadeiras, comprometidas com o som e com o conceito, e não
necessariamente com a moda do momento, ou o comércio.
O Nasi elogiou muito a
parceria que rolou no Acústico do Ira! O resultado te agradou? Tem alguma
parceria em mente para o futuro?
Foi um momento realmente especial pra mim. Me senti lisonjeada e afortunada por
estar ali com aqueles caras que eu já admirava tanto, e eles foram tão generosos
comigo que possibilitou aquela química. Não tenho nenhuma parceria prevista, mas
isso é algo espontâneo, qualquer hora pode rolar.
Levando em consideração a
referência de Admirável Chip Novo a Aldous Huxley, você se inspira na literatura
na hora de compor?
Bastante, mas de forma natural, não é algo pensado, racional. Simplesmente leio
algo que me dá vontade de escrever e aí vai.
Quais são suas principais
influências? O que você ouve no dia-a-dia?
Muita coisa diferente, rolam
umas fases. Ouço desde coisa nova até coisa antiga e também estilos diferentes.
Ando muito apaixonada por coisas como Portishead e Kid A, do Radiohead, mas
adoro jazz e big bands. Tem uns lances orientais que me encantam também. Tudo
depende, e eu não tenho barreiras. Basta me tocar de alguma forma e eu ouço.
Anacrônico saiu faz pouco
tempo, mas você já tem material novo? Você compõe constantemente ou determina
épocas para isso?
Não determino épocas. Na verdade, deixo rolar. Percebo que fico mais criativa
quando estou de bobeira, o chamado ócio criativo é totalmente verdadeiro pra
mim. Tenho alguns esboços de música pro próximo disco, mas como só penso em
gravar daqui a um tempo, não tenho pressa.
Nessas turnês que você faz
pelo Brasil, tem alguma banda nova que chamou sua atenção?
Tem várias, banda boa não falta por aí. Tem uns caras de Cuiabá que são massa,
chamam Macaco Bongue. O Vanguart, de lá, é bem legal também. Eskimó, do Rio.
Sangria, de Salvador. Vi outro dia uma menina cantando que achei foda, acho que
era Blue Bell o nome.
Você considera que a cena
independente finalmente está sendo reconhecida ou é só indústria se aproveitando
do momento?
Acho que finalmente nego percebeu que essa história de fabricar o sucesso do
momento não funciona mais. Não engana mais ninguém, e eles estão indo buscar na
cena alternativa.
Em todo começo de banda, a
internet funciona como principal ferramenta, mas, e depois de estourar, muitos
artistas a tratam como uma vilã, com você é assim também?
(Risos) De forma alguma! Considero a internet uma grande aliada, sempre. Acho um
grande meio de pesquisa e informação sobre tudo. E ainda é um meio democrático e
eficaz.
27/04/2006
Galera...
Depois de muito
tempo o site tá sendo atualizado... vou usar essa parte como se fosse um blog....quero
a opinião de vocês hein! Sempre que puder, vou dar uma passada aqui e escrever
alguma coisa legal, deixar algum link... Além disso todas as novidades
relacionadas ao Fã Clube estarão aqui. Beleza??
19/05/2006
Galera...
Fiquei quase um
mês sem escrever nada né? Desculpa mesmo...a falta de tempo é total...
Muita coisa rolou
durante esse tempo! Prêmio Multishow..... discussões da galera....mas tá
valendo! Prometo tentar escrever mais..
No mais é isso!
Nos vemos no domingo...
O sorteio do
camarim rola lá na hora..certo?