Debruçada sobre teu corpo,
ainda ofegante
de escalar alturas,
e presa ainda aos teus ombros
para não cair,
eu me punha a falar como sonâmbula,
extasiada, totalmente perdida...

E então tu me apertavas
contra teu peito,
como se eu acabasse
de ser salva em tua vida...
E me revelavas
que aquelas palavras que eu dizia
sem nexo, como uma tonta,
não eram palavras
eram poesias...
