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As Raízes de Durlo Apresenta a Comuna Durlo, onde se originou nos tempos remotos a família e o sobrenome Durlo, bem como Terrossa di Roncà, berço de nossas raízes, a formação dos principais ramos, sua migração para Monteforte d'Alpone, Pojana Maggiore, emigração para o Rio Grande do Sul e São Paulo, no Brasil. |
1. A Geo-história da Comuna de Durlo
O nome Durlo é derivado da palavra “TÙR-LA”, que no decorrer do tempo e no linguajar popular, ocorreu um erro de fonética, se transformou em “DURLO”. Seu significado é “piccola porta”, isto é, “pequena porta” de entrada para o Vale de Chiampo, na Província de Vicenza. Durlo tornou-se importante desde os tempos da Antigüidade, quando o Império Romano transformou a região num corredor de importantes conquistas territoriais, através da antiga estrada romana denominada de “Via Vicentina”, a qual liga o Vale de Chiampo com o Vale d’Illasi e com o Vale dell’Adige, utilizada pelas tropas militares do Império Romano, para as conquistas territoriais ao norte da Itália. Posteriormente, a Via Vicentina foi utilizada para o serviço militar de patrulhamento e controle das novas áreas conquistadas ao norte do país. Mais tarde, durante a Idade Média, a Via Vicentina, também foi utilizada pelos povos invasores bárbaros, “os Lombardos”, que se fixaram naquela região e implantaram o modelo político e sócio-econômico, tradicionalmente conhecido na História com o nome de Feudalismo. Em torno do ano 1000, na “piccola porta = Durlo”, foi considerado um ponto estratégico importante de domínio sobre as terras do Vale de Chiampo e Vale d’Illasi. Para maior controle e defesa, foi construída uma fortaleza e um Castelo residencial aos moldes medievais, chamado de “CASTRUM”. Hoje só restam ruínas que estão sendo estudadas pelos arqueólogos, historicamente conhecido na região como “Castello di Durlo”. Dando um salto para os anos entre os anos de 1303 e 1326, a Comunidade de Durlo, passava a ter sua autonomia administrativa, como outras comunidades da região. Em 1454, com uma população de mais de 250 habitantes, destacando-se três famílias mais antigas e tradicionais: Caliaro, Gechele e Franchetti, sendo a última os ascendentes familiares de nossa bisavó “Taziana Franchetto” casada com nosso bisavô Giovanni Battista Dal Ben Durlo II, que viveu no Brasil e comandou a família Durlo em Jaguari, até 1914, pois nosso bisavô faleceu poucos anos após a chegada da família. Em 1542, a população de Durlo havia triplicado, em torno de 800 habitantes. Entre 1797 a 1815, período em que Napoleão Bonaparte, da França, dominara quase toda a Europa, a região sofreu decadência como resultado desastroso devido às derrotas nas guerras contra Bonaparte, principalmente porque as regiões vicentinas e veronesas se localizavam entre os domínios napoleônicos e a Áustria, uma das principais nações inimigas da França Napoleônica. Na segunda metade do século XIX, Durlo passava a pertencer ao Reino Lombardo-Veneziano. Foi nesse período, após as guerras pela unificação dos Estados Italianos, que os Estados do Norte foram mais prejudicados, tornando a imigração das populações italianas como uma das soluções às graves crises econômica e social da região do Vêneto.
Durlo também gerou na Antigüidade, uma especial uva denominada de "durela", que se espalhara pela região abrangendo as Províncias de Vicenza e Verona, dando origem aos vinhos "Durelo", que são classificados entre os melhores vinhos do norte da Itália.
2. Os brasões e os sobrenomes
Na Europa Medieval, os brasões eram conferidos a cavaleiros pelos seus
atos de coragem e bravura, como forma de homenagear os lutadores e suas
famílias, sendo mais tarde conferido a famílias nobres para identificar
o grau social da mesma. Logo, os heróis ou a nobreza possuíam tal
direito de receber, usar seu brasão e transmiti-lo a seus descendentes
considerando-o uma espécie de sobrenome.
Nos tempos contemporâneos, os brasões servem para identificar famílias
históricas, uma espécie de sobrenome de famílias tradicionais, nobres e
não nobres, que tiveram origem num passado distante, bem como identifica
Corporações, Associações, Nações, Estados e Municípios. Os brasões
familiares chegaram aos nossos dias, como um elo de ligação histórica
entre mesmas famílias do presente com as do passado. Servem ainda, para
unir famílias distantes que no passado migraram e imigraram para outras
regiões. Portanto, os brasões são elos de ligação familiares do
presente com as do passado. Durante a Idade Média, a Europa Ocidental passou a usar o nome de batismo para distinguir as pessoas, quando o continente era cristianizado, incluindo-se os povos estrangeiros como os bárbaros. Eram usados nomes de mártires e de santos, assim se repetiam com freqüência tornando difícil distinguir as pessoas, agravado pelo aumento da população e pela repetição dos nomes. Por isso, houve a necessidade de se criar novos sobrenomes. Os sobrenomes familiares de origem italiana possuem duas fontes: hereditária e habitacional. A hereditária é de origem bem antiga e de famílias tradicionais. A origem habitacional é aquele cujo nome de família é derivado do local de residência, do local de nascimento do titular da família, do nome da cidade, vila ou simplesmente um lugar identificado por uma característica topográfica (nomes de lugares ou acidentes geográficos), De acordo com a toponímica, Durlo significa “picola porta”, pequena porta, designada ao acesso, como uma porta de entrada à região do “Valle di Chiampo”, região geográfica na Província de Vicenza, Itália. Nosso sobrenome, se originou antes de 1500, antes que familiares tenham migrado para Terrossa di Roncá, Verona. Alguém muito antigo, da Comunidade de Durlo, adquiriu a denominação de “Fulano de Durlo”, assim passando para seus descendentes. É possível que as primeiras famílias tenham usado o sobrenome "da Durlo", traduzindo para o português significa preposição "de", logo, "de Durlo", por exemplo: "Leonardo da Vinci", (Vinci um lugar na Itália), "Pietro dalla Valle" (Valle um acidente geográfico). Pela tradição de repetir nomes cristãos é provável, que tenha sido em homenagem ao apóstolo João Batista, o tradicional nome Giovanni Battista (Gio Batta, como costumam usar na Itália). Esse nome tornou-se comum e repetitivo em todas as gerações, inclusive avô, pai, filhos. Ao fazermos os estudos genealógicos de nossa família Durlo, existira mais de um filho registrado com mesmo nome, seguindo a tradição das monarquias européias. Em nosso caso Giovanni Battista I, Giovanni Battista II, Giovanni Battista III. Casualmente, nossos dois bisavós, por parte da família Durlo são: Giovanni Battista Durlo II e o Giovanni Battista Bolzan II. Se olharmos os registros de nascimento e batizado da Paróquia de Jaguari, do ano de 1907, iremos encontrar o nome do filho mais velho masculino de nosso avô Giuseppe Durlo, que se encontra "Giovani Batista Durlo", que vem a ser nosso pai João. Sem nos darmos por conta, a tradição continuou entre netos de nosso pai. Vejamos o neto mais velho: "João Alberto Durlo", é em homenagem aos dois avôs paterno e materno. É bom também destacar que é possível encontrarmos alguns familiares cujo sobrenome é "Durli". Em nossas pesquisas sobre tempos antigos, próximos e atuais, não encontramos algum elemento histórico que faça referência a essa nomenclatura. Na Itália, encontramos apenas registro de uma família, na lista telefônica da "paginebianche", região do Vêneto. No Brasil, encontram-se algumas famílias em Farroupilha e Bento Gonçalves com esse sobrenome. Em contato com os de Farroupilha, não manifestaram interesse nas pesquisas. É possível que "Durli", num passado distante tenha se originado de "Durlo", porque a palavra primitiva é Durlo, mas segundo o idioma italiano, ao se passar uma palavra do singular para o plural, o terminal "o" se transforma em "i", ou quem sabe um erro de grafia no registro de algum familiar Durlo. Para exemplificar podemos citar alguns exemplos entre tantos: "Giacomin e Giacomini", "Pagliarin e Pagliarini", "Franchetto e Franchetti"... Numa matéria de um Jornal de Erechim, publicada em 1968, o redator se refere a nossa tia-avó Luiggia "Durli" e não Durlo. Não poderíamos deixar de chamar atenção sobre um erro em nosso sobrenome, que tem sido cometido em alguns documentos expedidos pelo Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul e pelo pesquisador José Newton Marchiori em seus levantamentos documentais sobre Jaguari, os quais grafam nosso sobrenome "Dullo". Em nossa última pesquisa que fizemos junto ao AHRS no início desse ano de 2005, entre outros elementos que buscávamos, queríamos encontrar uma resposta para esse erro. Manuseando diversos livros de registros de nossos familiares, alguns inacessíveis ao público devido ao péssimo estado de conservação, quando chegaram na década de 1891 e da família de nossa tri-avó Lucia Dal Ben Durlo, quando chegou em 1897, encontramos assentamentos da família, mas o escrivão grafou corretamente "Durlo", porém sua letra "r" é maior do que o normal, como costumamos escrever e as pessoas quando olham confundem o "r" com "l", "rl" como fosse dois "ll". Mesmo que o "r" seja maior, não é do mesmo tamanho e a grafia é diferente, logo, não poderia ser confundido. É isso que dá quando pessoas inabilitadas, tentam exercer a profissão de historiador. O historiador deve ser um verdadeiro investigador, devendo trabalhar com a originalidade dos documentos e permanecer atento para não omitir nenhum detalhe. Inúmeros documentos trabalhados por nós de Cartórios e cópias de livros de assentamentos da Paróquia de Jaguari, todos grafam corretamente "Durlo", mantendo sua originalidade italiana desde os tempos remotos. Na farta documentação e textos de livros históricos, que dispomos enviados pelos nosso grande colaborador Giancarlo Durlo, na Itália, assim como "Durli", "Dullo" não existe.
3.
Terrossa di Roncà, berço da família Durlo
Em virtude da
grande importância de Terrossa, essa parte ainda está sendo pesquisada.
Estamos buscando subsídios e trabalhando com os elementos que já
dispomos. Precisamos tratar dessa área com muito carinho, uma vez que
trata-se da vertente onde brotou e se ramificou a família Durlo na
Itália. Desse local partiram os principais ramos de migrações para
outras regiões da Itália e emigrações para outros continentes.
4. História da família Durlo na Itália e no Brasil
Tentaremos fazer um breve histórico, iniciando com a afirmativa de que
não há dúvidas com relação a origem da família Durlo, esteja ligada a Comuna
de Durlo, na Província de Vicenza, pelo motivo de algum ancestral bem
distante, antes de 1500, durante a Idade Média, o qual habitava naquela
Comuna, ter herdando o sobrenome ligado ao local onde habitava, naquela
fase da história em que os sobrenomes deixaram de ser ligados ao aspecto
religioso e ser ligando ao aspecto geográfico, sem abandonar o nome de
origem religiosa. O local de residência do “fulano de tal de Durlo”,
gerado pelo apóstolo João Batista e resultando no tradicional Giovanni Battista
Durlo. Depois de lermos e interpretarmos mais de quinze livros e partes de livros (capítulos), publicados no norte da Italia, cujas datas variam entre 1813 a década de 1990, bem como o manuseio e interpretações de vários documentos, entre eles os de compra e venda de terras, nos dá segurança para afirmar, que a família Durlo no passado, foi detentora de vastas propriedades. Tais patrimônios foram sendo perdidos devido a uma série de fatores, dos quais podemos citar: a) as freqüentes guerras na região durante os últimos 500 anos, dentre as quais, destacamos as lutas napoleônicas francesas contra a Áustria, envolvendo aquela região norte da Itália; b) o Congresso de Viena, no início do século XIX, o qual reorganizou o mapa da Europa, dando direito de domínio sobre a parte norte da Itália a Áustria; c) as perseguições tanto francesas como austríacas a familiares Durlo, devido sua posição privilegiada econômica, outros familiares detinham importantes posições políticas de defesa de seus interesses e que se opunha aos interesses aos países dominadores daquela região; d) se não bastasse as questões de domínios externos, depois que os Estados Italianos adquiriram sua liberdade e condições de Estados Independentes, começaram as lutas pela unificação dos diversos Estados Italianos, levando a maioria dos proprietários a se desfazerem de seus imóveis, colocando-os à margem social.
Observando a geografia da região onde se localiza a Comuna de Durlo, a
oeste da Província de Vicenza e a Comuna de Roncá, a leste da Província
de Verona, as duas Comunas se avizinhando por uma pequena distância, logo
se conclui que a família Durlo emigrou da Comuna de Durlo para a Comuna
de Roncá, precisamente na Fração de Terrossa, onde existe uma farta
documentação da presença da família Durlo, desde os anos de 1500, onde
nossos ascendentes fizeram história.
Terrossa di Roncà, Província de Verona, se tornou o centro multiplicador e irradiador da família Durlo na Itália, como costumamos dizer, a vertente onde multiplicou e brotou os principais ramos da família Durlo, tendo documentalmente comprovado como casal gerador: Giovanni Battista Durlo casado com Maria ....., com registros da primeira metade dos anos de 1500. O casal gerou um filho que se chamou Domenico Durlo que casou com Lucia Carresse. Domenico e Lucia geraram dois filhos que se chamaram Giovanni Battista Carrese Durlo (*1610) e Andréa Carrese Durlo (*07-09-1620). No momento não há como afirmar com absoluta certeza se o casal Giovanni Battista e Maria são os primeiros familiares Durlo do local, pois em virtude de novos documentos e pesquisas poderão mudar o rumo de tais afirmativas. O que podemos comprovar foi que de Terrossa cresceram vários ramos da família Durlo, tendo como base os ascendentes acima citados. No final dos anos de 1700 e início de 1800, pode-se afirmar com absoluta certeza, sobre a origem dos diversos ramos conhecidos e citados durante esse trabalho: Ramo Durlo de Brognoligo; Ramo Durlo de Pojana Maggiore; Ramo Durlo de Este; Ramo Durlo do Rio Grande do Sul; Ramo Durlo de São Paulo; Ramo Durlo da Argentina; Ramo Durlo dos Estados Unidos e outros ramos que poderão ser descobertos.
Uma importante construção centralizava a antiga sede da fazenda
agrícola, o
“Palácio
Durlo”, construído entre a
segunda a quarta década do século XV (anos 1400), considerado a mais
antiga construção civil no povoado, testemunha da precoce arquitetura da
Vila do Vale dall’Alpone, primeira vila naquele território veronês. A presença da família Durlo nesse local, inicia com os irmãos Domenico Durlo e Francesco Durlo, descendentes de familiares Durlo de Terrossa di Roncà, os quais adquiriram o Palácio Durlo com extensas terras agricultáveis, em 10 de agosto de 1810. Posteriormente, em 31 de agosto de 1810, adquiriram novas áreas de terra, ampliando as propriedades rurais da família. A denominação de "Palácio Durlo”, sede da fazenda agrícola foi uma homenagem aos antigos proprietários da Vila, a certos senhores Durlo e seus descendentes. Do alto da torre é que se observa a grandiosidade do Palácio e se tem uma idéia das antigas propriedades rurais, que estiveram a serviço dos Durlo, durante o século XIX. O estudioso Bruno Chiappe, em seu diário escrito em 1938, assim se expressa com relação ao Palácio Durlo: “un itinerario storico-artistico della Valpone, bel palazzo creasciuto accanto ad un torrione, che sarebbe stato dei conti di Durlo”. Domenico Durlo teve cinco filhos: Francesco, Ângelo, Beatrice, Teresa e Ângela. Ao filho Ângelo o historiador Ennio Poli, de Monteforte d’Alpone, deu maior atenção em suas pesquisas, quando publicou seu livro "VILLA MONTANARI – DURLO A BROGNOLIGO", em 1990, por considerá-lo pessoa mais ilustre. Ângelo Durlo havia nascido em 1795, em Terrossa antes que a família se transferisse para o Palácio na Villa Montanari em Brognoligo. Estudou na Universidade de Pádua se formando em Engenharia Civil. Depois, exerceu a profissão de Engenheiro Civil em Vicenza, mantendo estreita ligação com seus familiares em Brognoligo. Em 1860 foi eleito como primeiro deputado de Monteforte. Tornou-se o mais votado deputado de Monteforte, eleito em 24 de novembro de 1865, para o triênio de 1866 a 1868. Na primeira eleição administrativa de janeiro de 1867, foi eleito Conselheiro e sucessivamente em 2° mandato, nomeado Prefeito de Monteforte para o triênio 1867 – 1869. Fazia parte do Comissariado Cistrital de San Bonifácio e nomeado Prefeito para o triênio 1870 – 1872. Ângelo Durlo faleceu em Brognoligo em 1874 com 79 anos de idade. Seu irmão Francesco Durlo casou com Bárbara Scrinzi, gerando sete filhas e um filho, Domenico que faleceu ainda jovem. Francesco Durlo, filho de Domenico Durlo, havia herdado o “Palácio Durlo” e muitas terras. Após sua morte a Vila entrou em decadência, no fim dos anos de 1800. No início dos anos de 1900, alguns descendentes dessa família Durlo se transferiram para a capital Verona, outros emigraram para os Estados Unidos, senão estivermos enganados, o que nos dificulta a reconstituição genealógica desse ramo familiar. No últimos tempos, o Palácio Durlo se constituiu num condomínio residencial, pertencendo a diversas famílias, mas é considerado um atrativo do turismo histórico da região aberto e visitado por inúmeras pessoas devido sua importância histórica.
Em
Pojana, Francesco Durlo casou com
Rosa Grandi, descendente de família
nobre da região da Comuna de Durlo. Francesco teve uma vida bastante
ativa exercendo diversas atividades econômicas e administrativas em
Pojana. Exerceu o cargo de 1° Deputado na Comuna de Pojana, entre 1863 a
1866 e a função de Conselheiro na equipe administrativa da Comuna de
Pojana Maggiore, no ano de 1886.
O casal
Francesco e Rosa Grandi
na nobre
“Casa Durlo”, de Pojana Maggiore geraram cinco filhos:
1.
Giovanni Battista,
em 13 de julho de 1853; 2. Carlo, em 4 de janeiro de 1855;
3. Domenico, em
16 de janeiro de 1856; 4. Pietro, em 18 de fevereiro de 1864;
5.
Alessandro, em 6 de fevereiro de 1866. O 2° filho
Carlo Durlo, se mudou
para Montebello Vicentino, onde se tornou farmacêutico, casando com Maria
Zolin em 1895, gerando quatro filhos: Rosa, Teresa, Inês e Onorina. O 4°
filho Pietro, se mudou para Borgoforte (Mantova), onde se tornou farmacêutico.
O 5° filho Alessandro, casou com Ângela Barrocco em Pojana Maggiore,
depois emigrou para a Argentina. Porém, Giovanni
Battista Durlo, o 1° filho, foi
o que marcou maior presença em Pojana.
Giovanni Battista casou com
Anna Baratella em 1878,
gerando cinco filhos na “Casa Durlo”:
1. Fortunato em 1879, que
permaneceu em Pojana; 2. Attilio em 1880, que permaneceu em Pojana;
3.
Sante Candido em 1882, que depois emigrou para os Estados Unidos;
4.
Luiggi Pietro em 1883, que depois emigrou para a Argentina;
5. Guido Ângelo
em 1885, tendo migrando mais tarde para Gazzolo (Mantova).
Giovanni Battista, marcou maior presença na Comuna de Pojana, pela sua atuação
como produtor agrícola com muitas propriedades rurais somando 120 campos,
centralizada pela Casa Durlo, de onde administravam suas áreas rurais.
Porém, a partir de 1861, sua família passou a atravessar profundo e
longo período de crise, conseqüência
da Unificação Italiana da 2ª metade do século XIX e agravada no
início do século XX, aprofundada a crise pós 1ª Guerra Mundial,
levando a família Durlo perder suas propriedades, fazendo com que
Giovanni Battista Durlo emigrasse para a Argentina, onde se encontravam outros
familiares. Tal situação precária e difícil, pela qual passavam em
Pojana Maggiore, fato comum entre muitas famílias abastadas da Itália.
Após a morte da esposa Anna Baratella em 1888, Giovanni Battista teve uma
vida amorosa com sua vizinha Maria Morejola, que também contribuiu para
sua decadência econômica e financeira ao ponto de pedir ajuda aos
familiares Durlo (irmãos), de Montebello, para poder emigrar para a
Argentina, onde faleceu quatro anos após.
4. 3. O ramo Durlo de Este - Província de Padova Até o presente momento possuímos apenas algumas informações de uma pequena lista de descendentes de familiares Durlo e alguns contatos por e-mail. Temos certeza que se trata de descendentes de outro ramo da família Durlo de Terrossa di Roncà, havendo necessidade de se desenvolver pesquisas naquela área.
4.4. O ramo Durlo do Rio Grande do Sul Sobre o passado distante de nosso ramo familiar, não possuímos elementos que nos permitem a fazer um relato histórico sobre nossos ascendentes, mais precisamente do final do século XVIII e início do século XIX. O que hoje temos em mão são informações paroquiais, que nos permitem localizar a origem, a ascendência e descendência, ou seja, a nossa genealogia acrescida de elementos históricos, a partir do final do século XIX.. Com certeza, os subsídios disponíveis nos permitiu comprovar, que também o ramo de nossa família Durlo, descende do mesmo tronco comum da antiga família Durlo de Terrossa di Roncà, dos anos de 1500..., 1600... Buscando nossos ascendentes mais próximos, deixando para expor os mais antigos na grande árvore genealógica, daremos um salto no passado, nos idos anos de 1789 (ano da histórica Revolução Francesa e da Inconfidência Mineira no Brasil), encontraremos o nascimento de um dos tantos Giovanni Battista Durlo, o 5° filho dos 6 gerados pelo casal Antonio Durlo e Cattarina Fattore. Esse Giovanni Battista casou com Margarita Durlo, gerando 5 filhos: 1. Antonio (*1810); 2. Domenico (*1813); 3. Pietro (*1815); 4. Cattarina (*1819); 5. Angelo (*1822). Obs.: O 5. Angelo é o ascendente da família Durlo do ramo de São Paulo. O primeiro filho Antonio Durlo casou com Lucia Dal Ben, nossa tri-avó que quando viúva e com 73 anos de idade, em 1897, emigrou para o RS, indo para Jaguari. Essa união gerou 6 filhos: 1. Pietro (*1840); 2. Francesco (*1841); 3. Giovanni Battista I (*1842); 4. Maria Madalena (*1845); 5. Giovanni Battista II (*1848); 6. Sante (*1855). Sante viúvo, emigrou para o RS, (registrado como Santo) encaminhado para Jaguari juntamente com sua mãe Lucia (nossa tri-avó) e filho Giocondo Alvise, de 1 ano. O 5° filho Giovanni Battista Dal Ben Durlo II, nosso bisavô casou com Taziana Franchetto, descendente de uma das primeiras famílias que povoaram a Comuna de Durlo. Dessa união resultaram o nascimento de 7 filhos: 1. Pio Danuzo (*1875); 2. Giuseppe (*1877- nosso avô); 3. Tereza (*1878); 4. Antonio (*1880); 5. Maria (*1882); 6. Luiggia (*1885); 7. Giovanni (*1890). Todos os filhos nasceram na Itália, mas até o momento só conseguimos comprovar o nascimento do 1° filho Pio, em Terrossa di Roncà, o qual nasceu com problemas de saúde, tendo sido batizado na Paróquia de Terrossa e logo vindo a falecer. É possível que nosso bisavô Giovanni Battista Durlo II, tenha migrado para regiões italianas próximas a Terrossa, onde gerou os demais filhos. Pelo que se pode perceber mantinham estreita relações com seus ascendentes de Terrossa, mesmo depois de ter emigrado para o RS - Jaguari em 1891, uma vez que seu irmão Sante e sua mãe Lucia, ambos viúvos, 6 anos após, também emigraram para o RS - Jaguari.
4.5 O ramo Durlo de São Paulo
Sobre esse ramo da família Durlo, conseguimos avançar muito graças a colaboração de vários familiares, mas estamos encontrando dificuldades para resgatar sua história e completar sua genealogia devido a uma série de fatores, entre eles as freqüências mudanças das famílias, muitas estão espalhadas pelos vários Estados do Brasil, dificultando a descoberta e comunicações entre elas, bem como alguns familiares ainda não compreenderam a importância e a dimensão desse trabalho. A história desse ramo da família Durlo, se assemelha em alguns aspectos a história de nossa família do RS, pelo laço de parentesco e pelo processo imigratório, por isso, repete-se alguns aspectos de nossa história. Buscando seus ascendentes mais próximos, deixando para expor os mais antigos na grande árvore genealógica, daremos um salto no passado, nos idos anos de 1789 (ano da histórica Revolução Francesa e da Inconfidência Mineira no Brasil), encontraremos o nascimento de um dos tantos Giovanni Battista Durlo, o 5° filho dos 6 gerados pelo casal Antonio Durlo e Cattarina Fattore. Esse Giovanni Battista casou com Margarita Durlo, gerando 5 filhos: 1. Antonio (*1810); 2. Domenico (*1813); 3. Pietro (*1815); 4. Cattarina (*1819); 5. Ângelo (*1822). Obs.: O 1. Antonio é o ascendente da nossa família Durlo do Rio Grande do Sul. O quinto filho Ângelo Durlo casou com Ângela Marchetto, gerando 6 filhos, todos em Terrossa di Roncà: 1. Maria (*1845); 2. Margarita (*1849); 3. Roza (*1853); 4. Giovanni (*1856); gêmeo com 5. Antonio (*1856); 6. Domenico (*1861). Há indícios que a família se mudou de Terrossa para a capital Verona. Giovanni Battista Marchetto Durlo casou com Maria Luigia Vendramini na capital Verona, gerando seus primeiros 4 filhos: 1. Ema; 2. Itália; 3. Antonio (2 anos); 4. Alberto. Depois de emigrar para o Brasil, geraram mais 3 filhos: 5. Adele; 6. Angelina; 7. Vitório. Há comprovação documental de que o casal Giovanni Battista Marchetto Durlo e Maria Luigia Vendramini emigraram para o Brasil em 1891. Há depoimentos de pessoas mais velhas do ramo dessa família, que sempre ouviam falar dos mais antigos, que nos informa que as duas famílias viajaram juntas e se perderam durante a estada no Rio de Janeiro (parece cena de novela). A nossa, a do Giovanni Battista Dal Ben Durlo II, veio para o Rio Grande do Sul, se fixando em Jaguari a do Giovanni Battista Marchetto Durlo se fixando em Valença - RJ. Depois se mudou para Juiz de Fora, no Estado de Minas Gerais. Posteriormente a família se transferiu para o interior do Estado de São Paulo, na região de Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. Outros descendentes se transferiram para Maringá, no norte do Estado do Paraná. Ainda é possível que venhamos a alterar alguns dados históricos em virtude da descoberta de documentos antigos dos ascendentes desse ramo da família Durlo.
4.6 Ramo Durlo da Argentina
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