Caboclos
Se a coral é sua cinta.
A jibóia é lua lança.
Quizoa, quizoa, quizoa ê, caboclo mora na mata.
Se ele é caboclo de gira, olha vamos girar (repete).
Gira, gira, gira caboclo, gira em nosso congá.
Estava na beira do rio sem poder atravessar.
Chamei pelo caboclo, caboclo Tupinambá.
Tupinambá chamei, chamei tornei chamar ê a.
Vestimenta de caboclo é samambaia, é samambaia, é samambaia (repete).
Saia caboclo não me atrapalha saia do meio da samambaia.
Caboclo roxo da pele morena é seu Oxossi caçador lá da Jurema (repete).
Ele jurou, ele jurará pelos conselhos que a Jurema mandou dar.
A sua aldeia é longe e eles vão embora.
E vão beirando o rio azul.
Adeus Umbanda que os caboclos vão embora.
E vão beirando o rio azul.
Ô Jurema, ô Jurema
Ela é cabocla jurema
Filha de Tupinambá
Ela atirou sua flecha
Ela atirou sem errar
Eu mandei fazer, dois capacete de pena
Um é da Jacira, e o outro é da Jurema
Ô Jureme, Ô Juremá, ô que linda cabocla
Que eu vi nas mata passar
Jurema, Jurema, Jurema, é uma cabocla filha de Tupi
Quando ela vem lá do Juremá
Vem firmar seu ponto, aqui nesse conga.
Ô Jureminha, Ô Jurema, sua flecha caiu serena Juremá
Salve São Jorge Guerreiro
Salve São Sebastião
Salve a cabocla Jurema
E a sua proteção.
Oxalá chamou.
E já mandou buscar os caboclos da Jurema
Pro seu Juremá.
Cabocla bebeu jurema,
Não se embriagou
Na folha do mesmo pau
Cabocla se levantou.
Água com areia, não pode demanda
A água vai embora, areia fica no lugar.
Zum, zum, zum, chegou seu Aimoré
Zum, zum, zum, olha lá Jesus quem é
Caboclo firma seu ponto,
Na pontinha do cipó
A meia noite na lua caboclo,
Ao meio dia no sol
Pisa caboclo, eu quero ver você pisar
A pisada de caboclo, faz areia espalhar
Estava na mata
Estava bem escondidinho
Estava na mata, caçando meus passarinhos
Caboclo da mata ele não bambeia, ele não bambeia.
Saravá seu Pena branca
Ela a rainha da matas
Quando seu bodoque atira, sua flecha mata
E êia,eia Cabocla Pena Branca no conga.
Morubixaba mora nas matas escuras
Sentado no morro, ele a de ver a lua
Oi cobra sucupira, sucupira assobiou
Morubixaba ele é o vencedor
Estrela guia clareia a Umbanda
Lá vem seu sete estrela que vem de Aruanda
Seu sete estrela Pai Oxossi , já mandou chamar
Saravá seu sete estrela na falange de Oxalá
Chefe dos índios
Chama os índios na aldeia
É na aldeia caboclo, é na aldeia.
Dois caboclos juntos, um ajuda o outro
Um corta lenha Pai, o outro arranca o toco.
Lá no meu lajedo tem um pé de samambaia
Comida de caboclo é abóbora e jiló
Vestimenta de caboclo, samambaia só.
Essa casa tem quatro canto, cada canto tem seu santo
Onde mora o menino Deus, e o Divino Espírito Santo
Zum, Zum Zum olha lá Jesus quem é
Eu juro por Deus e as almas inimigo cai eu fico em pé.
Roncou uma trovoada lá na serra
Ao longe se ouvia o trovão
Chegou cabocla Pedra Branca
Saudando todos que aqui estão.
Caboclo vem lá das matas
Das matas traz seu poder
Arreia , arreia caboclo
Arreia que eu quero ver.
Quem tem sangue de caboclo
Quero ver balancear
Arreia, arreia caboclo
Arreia nesse conga.
Trovoada trovejou
Relâmpago, relampeou
Veio do fundo da terra
Seu Treme terra chegou
Seu arranca toco é de aruanda
É de Nanã sambe
Quando ele vem lá de aruanda
Auê, auê , auê.
Bumba na calunga
Ele é caboclo, ele é flecheiro
Bumba na calunga
Matador de feiticeiro
Bumba na calunga
Vai firmar seu ponto agora
Bumba na calunga.
Vai afirmar lá em Angola
Caboclo pega a sua flecha,
Pega o seu bodoque
Que o galo já cantou
Mas o galo já cantou na Aruanda
Oxalá te chama para sua banda.
Eu escrevi o seu nome na areia
Sentiu saudade da sua aldeia
Os passarinhos fizeram acuriador
Os caboclos vão embora pro coração de Xangô.
Mas eles vão embora, lá pra sua aldeia
Em terra de caboclo, ele vai
Lá ninguém bambeia
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