Xangô

 

 

Sentado nas pedreiras de Xangô eu fiz um juramento até o fim (repete).

Se um dia eu quebrar ajuda meu senhor que role essas pedreiras sobre mim (repete).


Tava sentado na minha tarimba.

Tava rezando para Xangô.

Bateram na porta alguém me chamou.

Bateram na porta meu anjo chegou.


Xangô morreu com a idade.

Morreu escrevendo numa pedra.

Ele escreveu a justiça:

Quem deve paga, quem merece recebe.


Cachoeira das matas virgens, onde mora meu pai Xangô (repete).

Pedra rolou Nanã Boroque.

Pedra rolou saravá pai Xangô.

Saravá pai Xangô o ô, o ô, e ê, e a.

Se ele é filho de fé bate cabeça pra meu pai Xangô (repete).


Pedra rolou Pai Xangô, lá nas pedreiras

Afirma ponto meus nas cachoeiras

Tenho meu corpo fechado, Xangô é meu protetor

Firma ponto meus filhos Pai de cabeça chegou.


Bate tambor mais alto

Que lá das matas se escuta

Eu sou gentil sultão

Lá da matas brutas.


Xangô meu Pai

Quem é da linha de Umbanda não cai

Firma ponto no terreiro, firma ponto meu irmão

Quem é da linha de Umbanda

Tem sempre a pemba na mão.


Xangô é justiceiro, que veio de Aruanda

Baixar neste terreiro, nos filhos de Umbanda

Salve o seu ponto de fé, com o seu babalaô

Veja só como é a justiça de Xangô.

Ele mora nas pedreiras, e veio neste conga

Quase todas as Sexta-feira mandado por Oxalá.

 

Copyright© 2003  www.oterreiro.cjb.net Todos os direitos reservados