Mariana Francisca da Silveira


TIPO DE DOCUMENTO – Testamento
Arquivado no Museu Regional de São João del Rei
CAIXA: S/N

Transcrito por Edriana Aparecida Nolasco em 2002
a pedido de Fernando de Magalhães Coutinho Vieira.

ANO – 1830
TESTADOR – Mariana Francisca da Silveira
TESTAMENTEIRO (A) – Severiano da Silveira Leão (Padre)
LOCAL – São João Del Rei
DATA DO FALECIMENTO –
Nº DE PÁGINAS – 70
OBS –

Fl. 01

ABERTURA

DATA – 16 de Abril de 1830
LOCAL – Vila de São João Del Rei, Minas e Comarca do Rio das Mortes em o cartório do Escrivão José Bonifácio de Oliveira
FINS – Petição para procedimento do testamento.

Fl. 03 –03V

TESTAMENTO

Em nome de Deus Amém

Eu Mariana Francisca da Silveira filha legítima de Bernardo Homem da Silveira e Mariana Francisca de Belém já falecida, natural da Freguesia de Santo Antônio da Vila de São José faço e ordeno o meu testamento e disposição da última e derradeira vontade na forma seguinte = Sou católica romana filha da Santa Madre Igreja em cuja fé pretendo viver e morrer peço e rogo à Virgem Santíssima Senhora das Dores queira ser minha intercessora e advogada para com o seu amado Filho e meu Senhor Jesus Cristo para que a minha alma vá, gozar da Bem aventurança para que foi criada =
Declaro que fui casada com o Capitão Joaquim da Silva Leão e de cujo matrimônio tivemos oito filhos que ainda existem : O Padre Severiano, Joaquim, Prudêncio, Valeriano, Isméria, Germana, Balbina e Mariana os quais todos juntos os instituo meus necessários herdeiros = Nomeio para meus testamenteiros em primeiro lugar o Padre Severiano da Silveira Leão, em segundo lugar o Capitão João Maxado Roiz, em terceiro o Capitão Francisco Teixeira de Carvalho ao que aceitar esta minha testamentaria lhe deixo de prêmio pelo seu trabalho cem mil réis e os ditos meus testamenteiros e a cada um de perci insolidum nomeio e constituo meus procuradores e administradores e recadadores dos meus bens e de tudo quanto me pertencer e os dou por abonados = Declaro que serei sepultado na Capela ou Matriz que estiver mais perto de onde eu falecer e acompanhado pelos padres que se puderem achar os quais dirão missas de corpo presente e cada um dirá um oitavário de missas por minha alma –
Declaro que o meu testamenteiro mandará dizer trezentas missas por minha alma e de meu falecido marido madará dizer mais cinqüenta missas por alma de minha falecida filha Cândida mandará dizer mais cinqüenta missas por almas de meus pais mandará dizer mais cinqüenta missas por almas de meus irmãos falecidos mandara dizer mais trinta missas por alma de todos aqueles que tenho negociado com eles mandará dizer mais quatro missas por alma do meu (pret...?) José Correia
Declaro que deixo vinte mil réis de esmola para a Capela do Senhor São Vicente da Formiga. Declaro que no dia do meu enterro se repartirá com os pobres que se acharem trinta mil réis em esmolas.
Deixo ao Neto e afilhado Severiano – filho do meu filho Prudêncio duzentos mil réis de esmola.
Declaro que deixo a minha Neta e afilhada Isméria filha de minha filha Isméria cem mil réis de esmola.
Declaro que deixo a minha Neta e afilhada Severiana filha de meu filho Joaquim cem mil réis de esmola.
Declaro que deixo cinqüenta mil réis de esmola a um menino por nome Prudenciano que se acha o dito menino em minha casa –
Declaro que tenho uma crioula velha por nome Josefa seja avaliada e encostada em minha terça para sua alforria e desde o meu falecimento herdeiro nenhum a poderá chamar em cativeiro.
Declaro que os bens que possuo são os que por meu falecimento se acharem e deixo ao meu testamenteiro para dar conta desta minha testamentaria dois anos.
Declaro que o restante da minha terça se repartam em igual parte por todos os meus filhos e neta forma hei por finado este meu testamento e disposição da última e derradeira vontade que quero valha como nele se contém e declara e como disposição última e portanto peço e rogo às Justiças de (...?) ª R. de um e outro foro façam inteiramente cumprir e guardar este meus testamento o qual vai escrito e assinado a meu rogo e eu o ditei e pelo o achar conforme pelo ter mandado ler e ditado o mandei assinar a meu rogo nesta Fazenda do Córrego Fundo em casa da minha residência.

05 de Dezembro de 1820
Arogo de Dona Mariana Francisca da Silveira : Lázaro Antônio da Costa

Fl. 18

PETIÇÃO

Diz o Capitão João Machado Rodrigues que falecendo da vida presente sua sogra Dona Mariana Francisca da Silveira deixou em uma das verbas de seu testamento a quantia de cem mil réis de esmola a sua filha Esméria menor de doze anos como quer ser pago pelos bens da dita testamentaria pede a Vossa Senhoria seja servido mandar responder o testamenteiro não tendo dúvida satisfaça.

P. a V. Sª seja servido
Assim o mandar
E. R. Mce

Fl. 29

PETIÇÃO

Diz o Capitão João Machado Rodrigues, e outros filhos e genros de Dona Mariana Francisca da Silveira do Termo de Tamanduá que querem dar quitação...
 

F. 29-29V
TERMO DE QUITAÇÃO

DATA – 11 de Junho de 1830
LOCAL – Vila de São João Del Rei, Minas e Comarca do Rio das Mortes, no cartório do Escrivão José Bonifácio de Oliveira
PRESENTES : O Reverendo João Ferreira Leite (Procurador do Capitão João Machado Rodrigues, por cabeça de sua mulher) Valeriano Antônio de Souza Leão, Prudêncio da Silva Leão, (por si, e como tutor dos filhos de seu irmão João da Silva Leão); Antônio Boges do Rego, (por cabeça de sua mulher Balbina Cândida), e Dona Maria José de Jesus (viúva de Joaquim da Silva Leão) = Todos filhos e genros de Dona Mariana Francisca da Silveira (testadora)
FINS – Dar quitação p/ recebimento da herança.