HOME -> INDICE GERAL COLABORADORES EXTRATOS FORUM LINKS
Literatura
(extratos de literatos em geral)
Sartre
(extratos e links em SARTRE)
Simone
(extratos e links em Simone de Beauvoir)
NIETZSCHE
(Extratos de Nietzsche)
Enviados por Benê neto:
"Bene
Neto" escreveu:
.Veja
alguma frases de Nietzsche:
"Na
aristocracia grega..todas as palavras que designam o homem do povo, (os
não cultos, isto é, os que não falavam o grego) ,
enfim estas palavras acabavam por se tornar sinônimo de "infeliz",
de "digno de pena". É preciso lembrar-se por outro lado de que os
vacábulos "ruim" "baixo", "infeliz", tinham sempre ao ouvido grego
uma totalidade em que dominava a matiz "infeliz"...homens completos...
necessáriamente ativos não sabiam separar a felicidade da
ação - nêles a atividade era necessáriamente
atribuida à felicidade. ..Tudo isso está em profunda contradição
com a "felicidade" que imaginam os impotentes, os oprimidos, os esmagados
pelo pêso de seus sentimentos hostis e venenosos, entre os quais
a felicidade aparece sobretudo sob forma de entorpecente, de repouso, de
paz, de "sábado", de relaxamento para o espírito e o corpo,
em resumo sob forma passiva." (Texto : Genealogia da Moral)
NIETZSCHE
"....Mas
aqui nada me impedirá de ser brutal e de dizer aos alemães
certas verdade : senão quem o faria ? Refiro-me à sua impudicícia
histórica. Não sómente os historiadores alemães
perderam completamente o golpe de vista largo sobre o aspecto e o valor
da cultura, não somente são todos bonecos nas mãos
da política (ou Igreja), mas ainda proscrevem o golpe de vista largo.
Antes de tudo é preciso ser "alemão", ser da "raça"
; somente então se tem o direito de julgar os valores e os não-valores
históricos, de determiná-los... "Alemão" , eis o argumento;
Alemanha, Alemanha acima de tudo, eis o princípio; os germanos são
a "ordem moral" na história: em relação ao Império
Romano de cuja liberdade são os depositários; em relação
ao século XVIII, século dos restauradores da moral, do "imperativo
categórico"... Há uma maneira de escrever a história
de conformidade com a Alemanha imperial; há , temo-o, uma maneira
anti-semítica de escrever a história; há uma maneira
de escrever a história para a Côrte, de que o sr. Treitschke
não se envergonha...
....Os
alemães frustraram a Europa da seara da última grande época,
a época do Renascimento, desviando o sentido dessa época,
em um momento em que uma hierarquia superior, os valores nobres que afirmam
a vida e asseguram o futuro, haviam triunfado na própria sede dos
valores opostos, dos valores de decadência, triunfantes nos próprios
instintos dos que aí se encontravam !
Lutero,
êsse monge fatal, restabeleceu a Igreja e, o que é mil vêzes
mais grave, estabeleceu o cristianismo moribundo.
O
cristianismo é essa negação da vontade de viver erigida
em religião...Lutero é um monge impossível , que ,
por causa de sua "impossibilidade", atacou a Igreja e - conseguintemente
– provocou o seu restabelecimento... Os católicos teriam motivos
para celebrar festas em honra de Lutero. Lutero e a "regeneração
moral"...Ao diabo a psicologia ! Não há a mínima dúvida
de que os alemães são idealistas !
Já
por duas vêzes, quando, graças a uma coragem extraordinária
e um formidável esfôrço de auto-domínio, um
modo de pensar absolutamente científico chegava a realizar-se, souberam
os alemães encontrar atalhos e veredas para voltar ao antigo "ideal",
para reconciliar a verdade com o ideal, o que não passava em suma
de fórmulas para fugir da ciência, um direito à mentira.
Leibniz e Kant, (considerados não ateus) eis os dois mairoes osbstáculos
à veracidade intelectual na Europa.
Finalmente,
quando surgiu, entre dois séculos de decadência, uma fôrça
maior de gênio e vontade, uma fôrça bastante grande
para fazer da Europa uma unidade política e econômica que
teria dominado o mundo, os alemães, com suas "guerra de independência"
frustraram à Europa a significação maravilhosa que
a existência de Napoleão comportava. Por que isso pessa-lhe
na consciência tudo o que aconteceu posteriormente, tudo o que existe
hoje; cabe-lhes a responsabilidade dessa doença, dêsse absurdo,
totalmente contrário à cultura : o nacionalismo, a neurose
nacional de que sofre a Europa, a multiplicação ao infinito
dos pequenos Estados da Europa, o prolongamento da pequena política.
Destruiram a significação e a razão de ser da Europa,
encurralam-na num beco sem saída. E quem, a não ser eu, conhece
o caminho para tirá-la dêsse beco ? Tarefa bastante grande
para unir novamente os povos ?.... (Texto : ECCE HOMO – NIETZSCHE )
INCOMPLETO...http://www.fflch.usp.br/df/gen/gen.htm (Grupo de Estudos Nietzsche)
Estudos Democriteanos (Janelas textos e referências em Demócrito e os Atomistas)
© Copyright Ferreavox
Revista de filosofia e cultura
ALUNOS DA TURMA DE 1997 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO