Don’t fuck with me
 

     - Droga!
     - Ah não, John!! Você me prometeu que hoje nós iríamos ficar juntos.
     - Desculpe Jaqueline, mas eu tenho que ir.
     - Olhe aqui, eu já estou de saco cheio dessa história de você sair feito um louco toda vez que essa porra de telefone toca. Se você não percebeu, já faz duas semanas que não nos vemos e eu queria aproveitar quando temos a oportunidade de ficarmos juntos. Não sei que fim vai ter a nossa relação, mas eu não quero mais isso.
     - Se você quer terminar, tudo bem. Mas não venha fazer melodrama comigo que não funciona. Você sabia muito bem no que estava se metendo ao se relacionar comigo. Meu trabalho exige muito de mim, você sabe que sim, portanto não me venha com esse papo furado.
     - Como assim papo furado? Como você pode ser tão insensível? Que merda! Faz duas semanas que eu espero por  você aflita, sem saber se iria o ver de novo e é isso que eu ganho! Pois vai te foder! Isso sim! Eu pensei que você me amava mas eu vejo agora que não passou de sexo! Eu não quero te ver nunca mais!
     Enquanto ela fazia as malas eu só observei... Que merda! Porque eu sempre faço isso?    Provavelmente estou dispensando a única pessoa no mundo que consegue me aturar.
Tchau! --  ela disse, mas eu não respondi... Talvez tenha sido melhor assim. Não gostaria que nada acontecesse a ela. Não posso mais ser responsável pela morte das pessoas que amo...  Ou melhor: amei.
     Saio de casa e vem um carro preto na minha direção. Sempre a mesma porra... O carro pára, e eu vejo um rosto familiar dentro.
     - Entre logo! Ou vai ficar o dia inteiro aí?
     Eu entro no carro e dentro dele está Wolfgand Krauser, o meu chefe. Ele diz que eu tenho uma missão urgente para realizar. Sempre é urgente... “A X-COM precisa de você” , é o que ele diz sempre. Depois de andarmos um pouco de carro vamos até uma “fábrica” . É onde fica a sede da organização em Dallas. Obviamente uma fachada para os trouxas. Chegando lá, o grupo já estava reunido e pronto para a missão. Fazem parte do grupo Ogro, Maverick e Draco. Ogro é um negro alto, bem forte, mas  com um cérebro de gelatina. Maverick é aparentemente normal... se não fosse pelos seus impulsos homicidas ele até que seria um cara legal, mas não é bom dar as costas para ele. Draco é o mais normal do grupo. Sempre bem alinhado, mas não vou muito com a cara dele. Nós formamos uma espécie de grupo de elite; sempre quando pinta sujeira é a gente que tem que “limpar”.
     Wolfgang diz que há suspeitas de que um político importante esteja sobre influência alienígena. Nossa missão é nos infiltrarmos entre ele e descobrir se é verdade. Caso estejamos corretos, ele deve ser eliminado. Já está tudo pronto; vamos entrar como novos seguranças do filho da puta.
     No outro dia nós nos apresentamos: tudo de praxe. Os caras nem desconfiam. Nas semanas seguintes eu começo a notar que ele anda freqüentando muito um clube de pôquer. Esse clube é estranho, pois além do complexo ser muito grande para ser somente um clube de pôquer, às vezes ele fica o dia inteiro lá dentro e quando sai está todo suado e abatido.
     Diante de tais evidências resolvemos entrar no clube discretamente à noite. Dentro dele não há nada de estranho, apenas mesas de baralhos. Até que Draco acha algo.
     -  Hey, Ice, vem ver uma coisa...
     Quando chego perto eu vejo uma mesa comum, só que embaixo dela há um dispositivo incomum.
     - Que porra é essa!  Parece uma bomba, mas… não é nada que eu já tenha lidado antes.
     <Maverick> Para que será que serve esse botão?
     <Iceman> Não aperta !!!
     <Maverick> Tudo bem você acha que eu sou algum idiota!
 (Bom pessoal eu preciso responder isso? É claro que ele é um doente mental.)
     <Ogro> Pessoal? Não era para apertar o botão?
     <Iceman> Que merda! Você tinha que foder com tudo...
     Quando estávamos todos prontos para receber a visitinha da senhora Morte, um alçapão abriu em baixo da mesa. Ufa! Essa foi por pouco! Eu pensava que era uma bomba...
     <Iceman> Olha aqui seu imbecil! Você quase matou a gente! Da próxima vez, espere alguém dar a ordem para executar algo.
     <Ogro> Pô! Mas eu descobri o alçapão!
     <Draco> Mas nós não tínhamos certeza disso. Aguarde antes de fazer algo.
     <Iceman> É bom aguardar mesmo, porque da próxima vez, eu vou espalhar esses únicos dois neurônios quevocê tem na porra da parede! Compeendeu?
     <Ogro> Tá, tá, foi mal.
     Maverick desce na frente e avisa que tá tudo limpo. Quando eu acabo de descer, vejo algo extraordinário. O ambiente parece com um caverna, mas tem fauna e flora própria. Está claro que as plantas não são da Terra. Tem inúmeros túneis, mas nós decidimos não nos separarmos.
     Um túnel central leva até uma sala todo revestida de um metal desconhecido. Nessa sala há vários computadores estranhos, aparentemente uma tecnologia muito superior à nossa. Até que eu ouço um barulho. Vem de uma sala em frente.
     <Iceman> Vamos ver o que é... Não façam barulho!
    <Maverick> Urra! Até que enfim ação!
    O cara é ou não maluco? O Ogro poder ser burro mas nessas horas ele sabe agir, assim como Draco. Mas esse Maverick... Não sei não...
    Nós nos aproximamos devagar... E eu consigo ver um monte de aliens em volta de uma espécie de painel, como se estivessem fazendo uma reunião. Para a minha surpresa, o nosso protegido estava lá.   O político filho da puta está falando com eles. De repente, ele sobe no tal painel e uma luz atravessa o seu corpo. Ele simplesmente descasca! Sai a pele humana e ele também fica com o corpo de um alien. Na verdade, o tal painel é uma espécie de camuflagem que eles usam para poderem se passar por humanos.
    Quando nós nos aproximamos devagar para ver melhor...
    - Ahhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Sai o maluco do Maverick atirando nos filhos da puta.  O retardado impulsivo fodeu com tudo definitivamente. Os aliens começaram a atirar em nós, que também fomos descobertos. Não leva muito tempo para Maverick tombar, depois o Ogro e em seguida Draco. Eu saí correndo e deixei os otários comerem laser, só que quando eu estava quase saindo do clube... POM! Eu caio no chão e a escuridão me cerca.
    Maverick, seu puto, seu merda, eu vou te matar... Ahn? Onde estou? Eu acordo com uma puta dor de cabeça. Estou numa sala em cima do que parece uma mesa cirúrgica, com as mãos e pés amarrados. Eles não me mataram, apenas me atordoaram... O que será que eles querem comigo? De repente, entra um cara encapuzado na sala. Ele parece estar flutuando.
    - O que vocês querem de mim, seus filhos da puta? Qualé a de vocês? Porque não me mataram, e cadê o resto do grupo?
    - Muitas perguntas você faz humano... mas não está em condições de fazê-las... Somente EU pergunto aqui!
    - Vai tomar no cu se você tiver um, seu escroto! Ahhhhh!!! Que merda é essa? O que tu tá fazendo? Ahhhhhhhhh!!!!!!
    Novamente sou tomado pela escuridão... De repente, eu vejo Jaqueline, linda como sempre. Vejo como a minha vida poderia ser com ela só que... Bum!
    - Finalmente acordou! Já estava pensando que você tinha morrido.
 Que merda... Eu ainda estou aqui com esse bosta! Tudo não passou de um sonho.
     - Então, está pronto para responder às minhas perguntas ou vou ter que convencê-lo?
     - Vai à merda!
     - Hummm... Vejo que não mudou nada! Para um humano você até que é bem resistente...
     - Resistente? Sou muito mais que isso seu escroto! E quando eu tiver a oportunidade certa você vai ver do que eu sou feito!
     - O que foi? Vai ficar olhando para mim? O que você está tramando? Fugir daqui? Ah Ah Ah Ah Ah! Pois não há como fugir daqui!
     - É o que veremos...
     - Onde fica a base de operações de vocês? Diga! Vamos diga!
     - Pode tirar o cavalinho da chuva seu otário! Você não sacou que eu não vou falar nada! Você pode me torturar o quanto quiser, mas eu não vou falar porra nenhuma.
     - Te torturar? Não, não, de maneira nenhuma... Mas e a sua amiguinha?
 Outro deles entra na sala, só que com...
     - JAQUELINE!!!
     - Isso mesmo! Observo que se conhecem... Bom, muito bom. Então, vai falar agora?
     - Por favor John! Faça o que eles mandam...
     - É isso aí John! Fale logo... Onde fica a base?
     - Desculpe Jaque...
 -     Fale! Ou eu vou matá-la! Pela última vez, onde fica a base?
     Sem resposta...
     - Nãããããão!!!! Bum!
    Desculpe Jaque! Desculpe...
    - Nossa! Mas você é mesmo frio! Nem matando a sua mulher você falou...
    - Você ia matar nós dois mesmo se eu tivesse dito!
    - É, isso é verdade... Pensei que você fosse cair, mas vejo que não vou conseguir nada de você... Tchau!
-     Espere! Disse o outro, que até agora não tinha se manifestado. Ele pode ser útil!
    - Sim senhor! Está com sorte, humano.
    Depois de ser devidamente dopado, sou levado para uma cela. E ainda estou preso na mesa. Agora eles me deixaram totalmente nu e levaram os meus pertences. É, parece que chegou o fim... Não tem jeito de sair daqui! Eu olho em volta da sala e a única coisa que tem é a mesa onde estou, e a porta fechada à minha frente. Os grilhões que me prendem são muitos fortes mas... Peraí! Tem um ferrinho solto na borda da mesa, se eu conseguir alcançar...
    - Tudo bem aí? Pergunta um bicho feio que acaba de entrar na sala. Gostou das nossas instalações? (Não sabia que eles também ironizavam.)
    - Sim, estou adorando... Você poderia trazer um vinho? Tinto! Não; branco por favor...
    - Você não vai fazer piadinhas depois que eu acabar com você, seu estrume humano!
    Veremos! Ele sai da sala e deixa a porta aberta. Muito confiante, né? É agora ou nunca! Eu tento alcançar o ferro e... Sim! Beleza! Agora, vou tentar destrancar isso... Que merda, o dispositivo é muito complexo! Vou ter que ter muita sorte para abrir isso aqui... Vamos lá, abre porra! Vai, abre... abriu!! Yes! Agora eu vou sair desse muquifo. Quando eu olho pela fresta da porta, a bicho feio está falando com outro que nem ele. Eles estão numa sala e estão distraídos com algo. Me esgueiro pela parede até sair do alcance da visão deles. Há muitos corredores e salas. Do jeito que eu estou, machucado e sentindo ainda um pouco do troço que eles me deram, será quase impossível sair daqui, até que...
    - Hey! Iceman, aqui!
    Eu olho para o lado e vejo uma cela comum de penitenciárias humanas, com todo o restante do grupo dentro. Eu uso o ferrinho de novo e abro a porta da cela. Por sinal, esse ferrinho se tornou um amuleto para mim.
    <Draco> Eu sei onde eles colocaram as nossas roupas e equipamentos!
    Beleza! Até que enfim uma notícia boa! Nós vamos até o local sem nenhuma surpresa e recuperamos as nossas coisas, menos as armas, mas em compensação tem umas armas aliens aqui. Só falta descobrirmos como funciona!
    - Vamos dar o fora daqui, pessoal!
    Quando estamos prontos para sair, eu ouço uma voz familiar. Vou caminhando devagar e vejo que aquele filho da puta que matou a Jaque está falando com outro humano, mas não consigo ver quem é. No momento que ele sai da frente...
    - O quê? Jaque!!
    Ele se vira, e eu começo a atirar. Tome desgraçado, tome... Nem sei ainda como eu consegui atirar com aquela arma, mas que era muuuito mais potente, ah era!
    <Ogro> Ele está vivo ainda!
    Eu fui ver Jaque, ela está bem, mas... Agora eu não entendi nada; eu pensei que ela tivesse sido morta.
    - Eu pensei que você tinha matado ela! O que aconteceu, afinal?
    - Ilusões, meu caro! É obvio que nós somos muito mais desenvolvidos mentalmente que vocês! E é tão fácil manipular a sua mente...
    - É mesmo? Então manipule isso! Bum!, bum!, bum!, bum! Vamos dar o fora daqui!
    Na saída, começamos uma pequena guerra; havia sentinelas por todos os lados. Olhei para dentro da minha mochila e vi que eles não haviam retirado o meu equipamento de demolição. Por sinal, sou especialista no assunto. Armei uma bomba e falei para o Draco jogá-la nos aliens. Só que ele não sabia que esse tipo de bomba não pode ser ativada por relógio, ele só pode ser ativada por controle. Pedi que Maverick o acompanhasse e desse cobertura. Quando os otários chegaram perto dos aliens para jogar a bomba, eu a ativei. Draco virou pó na hora e Maverick ficou ferido na perna. A estrutura da “caverna” ficou abalada e o negócio começou a desabar.
    - Ogro, leve a Jaque para fora daqui! Eu levo o Maverick.
    <Ogro> Tá bem! Vamos!
    Os dois se afastam e só sobram Maverick e eu.
    - Você fodeu tudo, Maverick! Por sua causa, quase morremos todos, inclusive Jaqueline, que não tinha nada a ver.
    - Foi mal, cara... Hey! Aponta esse negócio para lá!
    - Don’t fuck with me man! Either you are my friend or you are my fuckin enemy!
    O lugar começa a ruir eu saio correndo, escapando antes de tudo desabar.
    <Ogro> Cadê o Maverick?
    - Os caras feias mataram ele. Ah, ah!
    - Vamos Jaque! Vamos dar o fora daqui e ter aquele fim de semana que eu prometi.
    <Jaque> Fechado, mas sem telefones!
    - Tá. Eu prometo. Sem telefones dessa vez.

Trust nobody

    Jaqueline  e eu  estamos indo em direção a um chalé nas montanhas para dar um tempo ao mundo exterior e tentar restaurar o que restou entre nós. O lugar é perfeito; tem um lago que parece um espelho que reflete a imagem da montanha, e a paisagem então nem se fala. O chalé não é lá grande coisa, mas até que é bem confortável.
    Saí para caminhar um pouco, enquanto Jaque desfazia as malas. O lugar aparentemente  não tinha nada de anormal, mas como eu ando meio paranóico não custa nada dar uma checada antes… Depois de caminhar algumas horas eu avisto uma velha cabana, dela saía uma fumaça da chaminé. Fui até lá para ver melhor.
    Chegando perto, observei que a tal cabana na verdade era um velho armazém, muito típico da região. Quando entrei, um homem idoso de origem indígena me cumprimentou como se estivesse esperando a minha visita. Ele disse para segui-lo; achei estranho, o cara mal me conhece e já me convida para puxar um cachimbo da paz…
    - Esperava a sua chegada a muito tempo.
    - Como se eu nem te conheço?
    - Você não pode acreditar, mas sonhei contigo e com essa conversa também.
    - Sim, claro. Olha, se tu quer ver o meu futuro não é uma boa hora pois eu  tô meio duro no momento…
    - Não quero o seu dinheiro Jonathan McMorus! Quero apenas dizer o que sonhei.
Que merda o cara sabe o meu nome! Fiquei sério, sem mostrar nenhuma surpresa com o que ele disse.
    - Tá, desenbucha logo; o que tu sonhaste afinal?
    - Eu sonhei com o diabo! E ele tinha o seu rosto.
    Hummm, que papo brabo! Diabo? Tá certo que eu não sou flor que se cheire mas aí o cara me chamar de diabo! Essa foi boa. Vou começar me arriar nesse trouxa.
    - É isso mesmo, eu sou o diabo, eu sou aquele que coleciona almas e as tortura eternamente e agora eu quero a Sua!
    Porra! Tu tinha que ver a expressão da cara do juruna quando eu falei isso. O cara deu um pulo e disse uns trecos em uma língua estranha; ele pegou uma espécie de chocalho e começou a balançar aquilo para mim. “Você não é de todo mal” . Ele pediu para que eu tirasse a camisa pois queria “limpar” a minha alma; eu obedeci não tinha nada a perder. Enquanto eu tirava a camisa, retirei discretamente as duas pistolas que eu SEMPRE carrego comigo e coloquei-as ocultadas sob a minha camisa. O velho falou para eu ficar de costas assim ele aplicaria o tal “remédio” em mim.
    Quando virei de costas,  vi pelo reflexo de um espelho que havia na minha frente, que o velho retirou uma faca de uma gaveta. Virei instantaneamente e segurei a mão dele antes que desse a facada. Desferi uma cabeçada na cara dele e ele tombou para trás;  foi o tempo certo para eu pegar a outra arma que carrego na perna e descarregar o carregador inteiro no filho da puta!
    - Vai curar a alma do diabo de verdade agora!
    Como pude ser tão estúpido! Quase que passo dessa para melhor, chego mais perto do velho e vejo que o seu sangue é verde, alguma coisa estranha está acontecendo aqui. Eu pego a faca e corto superficialmente a pele e observo que tem uma outra pele estranha por baixo.
    - É claro, o disfarce!
    Conclui que ele era nada mais nada menos do que um alien disfarçado. Ele me enrolou e fez com que eu abaixasse a guarda e quando me descuidei ele quase me matou. Mas como eles descobriram que eu estava aqui? Somente eu, Jaque e Ogro sabemos desse lugar… Ogro! Só pode ter sido ele. Mas se eles sabem que eu estou aqui... Jaque!
    Saio da casa correndo feito um louco rezando para que nada tivesse acontecido a ela, me aproximo da casa e não noto nada estranho.
    - Jaque? Você está aí?
    - Sim! Porque não deveria estar? O que aconteceu? Você parece ofegante.
    - Não aconteceu nada, só que estou afim de ir embora.
    - Mas recém chegamos e eu preparei uma coisinha especial pra você.
    Eu entrei tão rápido que não percebi que ela estava usando um sobretudo meu. De repente ela o retira e mostra-se nua em pêlo. Diante de tal cena não resisti,  fui para cima dela e apliquei-lhe um beijo, carreguei-a até a cama e comecei a chupar os seus seios enquanto deslizava a mão sobre a sua coxa. Foi então que ela me virou e começou a cavalgar em mim, puro tesão! Ficamos nessa por uns trinta minutos, até que eu gozei e ela também, só que ela estava num fogo e não queria parar! Comecei a beijar e acariciar o seu corpo. Deixei ela de quatro e comecei a come-la de novo, depois comi o seu cuzinho delicioso. Caí exausto na cama, foi então que ela começou a pagar um boquete extraordinário e deixou o meu pau durinho de novo. Continuamos assim até de manhã, quando fiquei exalto e peguei no sono.
    Quando estava dormindo, estava tendo um sono agitado, e não conseguia dormir direto. Acordei e vi que Jaqueline não estava mais ao meu lado. Fui andando sorrateiramente pela casa afim de aplicar-lhe um susto, até que ouço um barulho na cozinha. Caminho furtivamente e olho pela fresta. Eu vejo Jaqueline falando ao telefone celular numa língua que desconheço mas que me é familiar. Fico encucado e tento prestar atenção no que ela fala. A língua é parecida com a que o índio falou pra mim, mas se ela também fala a tal língua estranha quer dizer que... não, não pode ser... Jaque?
Corro até o quarto e pego as minhas armas, já que eu estava pelado. Vejo novamente que ela continua falando no telefone, eu entro e pergunto porque ela está falando num telefone celular já que ela mesma não queria ouvir tal palavra. Ela me olha e percebe que estou armado e dá uma risada.
    - Percebo que não consegui engana-lo por muito tempo.
    - Cadê a verdadeira Jaqueline?
    - Você sabe a resposta. Ela morreu naquele dia, eu tomei a sua forma a fim de te iludir e posteriormente matar-te. Mas você provou ser mais esperto do que pensava. Só tenho uma coisa para te dizer, você pode me matar mas você já está morto Jonathan McMorus, muitos virão depois de mim e conquistaremos o seu planeta!
    - É o que veremos
    Dou quatro tiros, três no tronco e um na cabeça. Pego as minhas coisas e saio dali, quando chego lá fora vejo que o meu carro estava… derretido! Começo a correr; de repente, sai de trás da casa uma espécie de robô, com uns oito metros de altura, longas pernas e tronco curvado. Ele começa a me perseguir, da sua boca jorra um ácido e ele tenta acertar uma cuspidinha em mim. O robô corre muito rápido e a pequena vantagem que tenho sobre ele está acabando.

    Enquanto isso, Ogro vem guiando pela estrada o seu carro novinho em direção ao chalé de McMorus para avisá-lo que a “x-com precisa dele”,  e está meio preocupado com a sua reação.
“Pô, essa estrada é uma merda o Mc tinha logo que se enfiar aqui!? Onde será que fica o seu chalé?”
Até que de repente uma coisa atinge o seu carro e atravessa o pára-brisa.
    - Mc!!? Você pirou, porque atravessou o pára-brisa do meu carro?
    - Olha pelo retrovisor!
    - Puta! O que que é isso?
    - Cala a boca e pisa fundo!
    Logo após eu ter dito isso Ogro faz com que o carro decole! Mas o bicho é insistente e também corre bem rápido. Ele estava quase nos alcançando quando eu olho para trás e vejo um cilindro no carro.
    - O que é esse cilindro Ogro?
    - Um gás que aumenta a velocidade, eu tava pensando em envenenar o carro.
    - Seu monstrinho esse gás aqui é inflamável se tu tivesse colocado no carro, tu tinha virado em cinzas!
    - Ah! Foi mal…
    Eu pego o tal gás e improviso uma espécie de granada, ponho fogo na ponta de uma parte de tecido que rasgo da minha roupa e abro o registro. Quando eu jogo na perna do bicho o cilindro contendo o gás explodiu junto com uma perninha do robô. Ufa! Essa foi por pouco.
    - Sabe duma coisa Mc? Eu nunca mais venho te “visitar”.
    - Será porque nos fomos perseguidos por um robô de oito metros e quase morremos?
    - Não, é porque essa estrada é péssima e esse lugar foi difícil de achar.
    - Sabe Ogro eu já cansei de tentar te entender.
 
 
 

 

                                                                                    Leonardo Cavalheiro Morais