Yngwie Malmsten
Malmsteen, cujo verdadeiro nome é Lars
Johann Yngwie Lannerback (cruzes!) iniciou cedo sua apreciação pela música.
Aprendeu a tocar piano e trumpete ainda criança e aos 7 anos começou a tocar
violão. Quem o inspirou: Jimi Hendrix. Três anos mais tarde adotou o sobrenome
da mãe, Malmsteen, com o qual viria a ser conhecido.
O pequeno Yngwie não gostava da escola e aos poucos foi deixando de lado os
livros de história e matemática para se dedicar a música. A sorte é que a mãe
dele, percebendo o óbvio - seu talento - o apoiou e aos 15 anos Malmsteen não
frequentava mais as aulas regulares, a guitarra havia se tornado sua prioridade.
Ouvindo Deep Purple, Malmsteen conheceu Blackmore (que o influenciou muito) e
com Blackmore, conheceu Bach, Beethoven, Mozart, Vivaldi, Paganini e outros
compositores clássicos. Juntando todo esse embasamento teórico e prático você
tem: um grande guitarrista!
Criador de um estilo inconfundível, Malmsteen sempre foi muito perfeccionista,
alguns o acham um verdadeiro chato e metido, mas sua intenção sempre foi dar o
melhor de si, o que acabou provocando, e ainda provoca, desentendimentos com
outros músicos ao longo de sua carreira.
Aos 18 anos gravou uma demo que o possibilitou ir a Los Angeles para tocar no
Steeler. Em 1983 saiu o primeiro e único álbum (homônimo) da banda com Malmsteen.
No mesmo ano entrou em outra banda, o Alcatrazz, que proporcionou maior destaque
ao guitarrista. Gravaram dois álbuns e logo, Malmsteen partiu para sua carreira
solo.
O primeiro álbum, Rising Force, recebeu até indicação para o Grammy, tamanha sua
repercussão no meio musical, detalhe: é um disco praticamente instrumental,
apenas duas músicas tem vocais! A formação na época era: Jeff Scott Soto (voz, e
que voz!), Barremore Barlow (bateria), Jens Johansson (teclados) e é claro,
Malmsteen (all guitars!). Depois vieram Marching Out e Trilogy. Este último já
com mudanças na formação: Marc Boals nos vocais.
Em 87 um acidente preocupa os fãs: Malmsteen bateu seu Jaguar e passou uma
semana em coma. Para piorar a situação, sua mãe falece, vítima de cancer. O
álbum Odyssey de 1988 saiu logo depois desses acontecimentos para provar que,
apesar de tudo, Malmsteen estava no pique. Muitos consideram o disco muito
"comercial" mas a única lástima desse álbum talvez seja o vocalista: Joe Lyin
Turner (os fãs que me perdoem). Também com Turner nos vocais, saiu o primeiro
álbum ao vivo, Trial by Fire.
O álbum Eclipse de 1990 também é bastante acessível a apresenta uma reformulação
geral na formação da banda: Corah Edman (voz), Mats Olausson (teclado), Svante
Henryssonn (baixo) e Michael Knorring (bateria). Em 92 sai Fire And Ice um álbum
mais conceitual. No ano seguinte Malsteen casa-se com Amberdawn Landin. Os
álbuns seguintes foram aclamados pelo público e pela crítica, e em 1996 é
lançado um álbum-tributo, com 'covers' de seus ídolos: Deep Purple, Rush e
Hendrix entre outros.
O casamento de Malmsteen não ía nada bem, com constantes brigas e discussões e
acabou em 96. Um ano mais tarde sai Facing The Animal, considerado um dos
melhores álbuns do guitarrista. A formação desse álbum: Barry Dunaway (baixo),
Mats Leven (voz), Mats Olausson (teclados) e Cozy Powell (bateria).
Em 1998, o guitarrista sueco realizou um antigo sonho: Gravar um álbum apenas
com guitarra e orquestra. O resultado dessa experiência foi “Millennium
Concerto”, que traz composições inéditas feitas especialmente para esse projeto.
Após o lançamento de um álbum ao vivo, gravado no Brasil, Malmsteen começou a
compôr material para o próximo disco de estúdio, que acabou saindo em 2000 sob o
título de “War to End All Wars”. Com composições pesadas e solos mais rápidos do
que nunca, esse álbum foi muito bem aceito pelos fãs, só pecando na baixa
qualidade da gravação e produção, feitas pelo próprio guitarrista, em sua casa.
O time que participou das gravações contava com a volta de Mark Boals nos
vocais, John Macaluso na bateria e Matts Olausson nos teclados.
Seguiu-se então mais uma turnê mundial, porém, um line up totalmente diferente,
desta vez com Doogie White (vocais), Derik Sherinian (teclados), Mick Cervino
(baixo) e Patrik Johanson (bateria) acompanhou Yngwie na estrada, passando
novamente por terras brasileiras em 2001.
Em 2002, sai "Attack!!", um que segue a linha do anterior "War to End All Wars",
mas que é muito mais bem produzido e tem como destaques as poderosas "Razor
Eater", que abre o disco, a instrumental "Baroque and Roll" e a homenagem aos
vikings "Valhalla".
<= Voltar