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Leia com atenção o texto abaixo, pois é a história que eu fiz e porque desisti dela. 
Eu era um adolescente normal como qualquer outro, mas tinha uma visão da vida  pela qual muitos teriam me invejado. Não tinha muitos amigos mas era feliz. Recebi uma criação invejável, podia sair e voltar de casa a hora que quisesse, e recebia dos meus pais toda a atenção que necessitasse. Apesar disso não saía de casa com a frequencia de um adolescente normal, não pelo fato de ser antisocial, muito pelo contrário fazia amizade muito fácil, também não era um "nerd" era o típico aluno desatento, sobre qual os professores reuniam-se para queixar-se. 
Gostava de entrar em brigas e odiava ir para a escola aprender as mesmas coisas todos os dias. Odiava a história com tanta injustiça, escravidão de negros, preconceito contra índios, judeus ou estrangeiros. Não tinha uma vida muito agitada, cheia de viagens, mas acreditava ter nascido no ano certo, pois estava acompanhando todo o desenvolvimento da tecnologia. 
Meu único medo era saber que tudo isso, uma hora, pudesse acabar. Um dia me deparei com uma máquina incrível que quase não tinha limites, se bem utilizada.... um computador. Eu estudei muito (enguenharia da computação e ciência da computação) mas tornei-me um hacker. O que eu tinha em mente? Mudar o mundo; durante dois anos dediquei-me a invadir e roubar informações dos militares americanos. Eu tencionava rouba-las, entendê-las e depois divulga-las. Quase consegui alcançar meu objetivo; meu erro foi que depois de invadir sistemas militares, nos quais não podia ficar mais de um minuto, eu fiquei auto-confiante demais. Um dia estava em casa montando uma pequena home page que iria mostrar ao público todas as informações que roubara, quando fui abordados por agentes federais que me pegaram as 3:40h de algum dia do ano de 1996. Você não vai encontrar nos jornais sobre mim, ou, quando muito, apenas algumas linhas que dizem:"polícia pega vândalo destruindo telefones públicos e descobre em sua casa centenas de cartões de créditos falsos". Eu nunca falsifiquei nenhum cartão de crédito, meu único ato criminoso foi invadir sistemas do governo e copiar informações confidenciais. Fui condenado a sete anos de prisão sem direito à condicional, e fui proibido de usar computadores até o fim da vida. 
Outro dia li nos jornais sobre dois garotos que mataram um mendigo queimado enquanto dormia, e que um deles era filho do juíz criminal. Hoje pego o jornal e leio:"Garotos confessam o crime e não vão a julgamento". Chega! Eu cansei de viver em um mundo onde os assassinos ficam na rua enquanto aqueles que estão em busca de uma vida melhor jicam na cadeia, cansei de ter que aceitar o fato de que estou privado daquilo que eu amo e faço melhor, ser um hacker.... cansei de saber que os nossos governantes querem um povo ignorante, o qual eles possam manipular e enganar, dizendo que estamos na terra de liberdade. 
Um país que tem a tecnologia dez anos à frente da atual e que se fosse colocada a serviço da humanidade, poderia melhorar sua vida em cem por cento. Estou cansado de viver em um mundo que o governo nega recursos para a educação ao mesmo tempo que os aplica em equipamentos militares para garantir sua superioridade perante os outros países. 
Agora eu pergunto: Como, com tudo isso, eles ainda podem falar em globalização? Hoje eu tenho vergonha de ser americano. Agora só me resta a esperança que um dia os hackers do mundo se unam e mostrem à humanidade a verdade. 
Tenho cópias escondidas de tudo que descobri, e espero que a pessoa que colocou meu manifesto na rede, também coloque todas as informações pelas quais fui preso". 

O Hacker foi encontrado em sua cela com os pulsos cortados, foi levado ao hospital do presídio onde morreu às 4:32h do dia primeiro de janeiro de 1998. 
O seu amigo, que ficou encarregado de colocar seu manifesto e as outras informações na rede, foi até o local indicado, onde estariam as cópias dos arquivos confidenciais, mas foi pego pela polícia federal e respondeu a processo e foi obrigado a pagar uma multa no valor de US$80.000 
Se eu tivesse esse dinheiro...