Porto da Solidão

Há milênios os homens buscam explicações para mentiras, Confúcio dizia que a mentira era aceita se fosse à proteção a família e nação, claro que ele era base de uma comunidade fechada aos próprios interesses. Aristóteles aceitava a mentira com duas condições, aumentando ou diminuindo as verdades.
Despimos do dar e receber o amor do outro, relevamos sentimentos trocando os sentidos, fortalecemos guerras de nossas vidas alimentando os anjos do mal, colocamos em prática a falta de veracidade de nossos pensamentos por ser mais prático do que real, atiramos em direção do outro sem dó de machucar, perdemos fatos importantes por que aceitamos nossa necessidade momentânea e tantas outras colocações e exposições.
Conclusão que chego é que, é um fato equivocado na vida é a mentira. Desumano ou não, aceitamos como verdade a nossa conveniência. Vestimos máscaras para cultuar nosso ego, independente de outros a nossa volta, pois fica mais fácil mentir para nós mesmos o que vemos em nosso interior. Não aceitamos o fato de sermos pessoas egoístas e não vemos verdades nos outros pelo mesmo motivo. Nossas razões superam o que a verdade impõe, e a mentira é um subterfúgio da falta de coragem.
Maior que todas as conseqüências ruins que traz a mentira, quem mais fortalecemos são os interessados e mal intencionados. Péssima escolha mentir se agredimos sem pensar outros e ferimos sem dó nem piedade. Usar mascara não é bom conceito de vida, se aceitamos fatos consumados em inverdades, mentimos com eles. Colocar no outra uma falta, dar explicações diversas, abordar assuntos sem fundamento, buscar situações por medo, bater e rebater sem fatos, tudo isso é usar mascara. Sorte daquele que em algum dia conseguir dizer “eu menti”, por que era para mim a maneira mais fácil.
Use sua sorte enquanto pode, se não sua vida será pautada em mentiras.

22/02/2009