Tradução da Dra.Carla Rodrigues, 10 de julho de 2001:
Veja a lista completa de Artigos (cognição, visão social da deficiência, temas polêmicos, olhar inusitado, relatos de prática em saúde)

O Atendimento Pediátrico Perfeito: desde a Prescrição da Fisioterapia e T.O. até a Conduta Esperada em uma Assistência Médica Satisfatória.

Sumário:
O comitê das crianças com deficiência da Academia Americana de Pediatria elaborou um artigo sobre o pediatra quanto à prescrição dos serviços de Fisioterapia e T.O. Veja alguns trechos.


O artigo define o contexto no qual as terapias de reabilitação deveriam ser prescritas, enfatizando a identificação e melhora das habilidades e funções da criança.

O espectro das condições motoras que afetam a função das crianças e adolescentes foram definidos como: lesão medular, lesão cerebral, distrofia muscular, artrogripose, espinha bífida e paralisia cerebral.

Os terapeutas, segundo o artigo, trabalham com a família, criança, professor e assim promovem uma adaptação funcional para a dificuldade/deficiência no contexto do processo de desenvolvimento da criança.

Uma meta-análise de 31 estudos de intervenção precoce achou scores de maior performance para crianças que tinham esse serviço em comparação com um grupo controle, com maiores efeitos sobre os quocientes gerais de desenvolvimento do que sobre medidas específicas da função motora.

Em um dos estudo, a fisioterapia sozinha foi menos efetiva do que a aplicação de jogos e habilidades de aprendizado apropriados para o desenvolvimento da criança, dentre aquelas com distúrbios motores com até três anos de idade.

Dadas as múltiplas necessidades da criança com diminuição da eficiência física, uma única disciplina terapêutica raramente minimiza os efeitos da deficiência.

Certos assuntos devem sofrer constantes investigações, tais como a frequencia e intensidade dos serviços terapêuticos e a relação entre a assistência tecnológica (e reabilitação médica) com o desenvolvimento dos modelos de terapia alcançados recentemente.

Os pediatras precisam entender o papel do Fisioterapeuta e do T.O. quanto ao tratamento geral, global da criança com diminuição da eficiência física, assim como as modalidades terapêuticas que podem afetar positiva e funcionalmente a criança.

Se a criança tem problemas motores severos o suficiente para intervir em seu auto-cuidado e comunicação o terapeuta pode recomendar um programa para ajudá-la a compensar as deficiências, através de readaptações.

A participação em esportes pode aumentar a resistência, auto-estima e força.

Embora a causa do distúrbio geralmente não seja aparente, o médico deve prover uma descrição acurada sobre a condição médica e se a criança tem um distúrbio transitório, estático ou progressivo; além de determinar a condição neuromotora principal, deve achar os problemas potencialmente associados como dificuldades de aprendizado, retardo mental, distúrbios sensoriais, desordens da fala, dificuldades emocionais e desordens temporárias. Todos devem ser identificados e encaminhados para o tratamento adequado.

As precauções médicas também devem incluir parâmetros cardiovasculares, preocupações sobre crises ou ataques e precauções quanto às limitações de movimento.

Esses foram alguns trechos do artigo publicado e editado pelo Comitê das crianças com deficiência da Academia Americana de Pediatria. Veja novos trechos na próxima edição, além do artigo prometido com a continuação da relação entre os fatores da sócio, micro e ontogênese com a cognição.

 

Fonte em inglês: http://www.aap.org/policy/01496.html


Dra. Carla de J. Rodrigues; Fisiopediatria - Pesquisa em Saúde Infantil, São Paulo/SP, Brasil.
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