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Artigos da Dra.
Carla de J. Rodrigues, 27 de agosto de 2002: |
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Como de processa o desenvolvimento e a interação da linguagem ENTRE AS CRIANÇAS. |
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O riso, gesto, choro são ações
motoras que expressam as relações dos bebês, mas é
a introdução dos sons, isto é, a vocalização,
que complementa o esquema motor e engrandece os meios de comunicação. A presença de um adulto como modelo e fator facilitador do desenvolvimento global da criança e um ponto indiscutível e mesmo qualitativamente avaliado por autores como Winnicott que relata não só a necessidade da presença mas de uma maternagem ou ambiente satisfatório para a criança. Porém mesmo sem um adulto por perto a criança consegue desenvolver interações com outras crianças que acabam levando ao desenvolvimento da linguagem. Apesar do egocentrismo natural da criança de 0 até 5 anos que impede e limita as interações inter-crianças, desde cedo existe uma busca por contatos sociais com crianças da mesma idade, com as quais elas geralmente formam relações prolongadas. Essa é a relação que melhor facilita a visão do ponto de vista do outro, segundo Marchesan, pois a visão do adulto é muito mais difícil de ser alcançada. Esse tipo de relação, inter-crianças, vem sendo mais estudado por motivos sócio-culturais, com o advento das instituições que cuidam das crianças enquanto os responsáveis saem para trabalhar. Já na relação adulto-crianca esta última é o sujeito da linguagem do primeiro; é personagem. Com o tempo a criança passa a repetir o adulto e só a partir daí passará a ter seu discurso próprio. Mesmo parecendo ter um papel aparentemente passivo principalmente num primeiro momento, a criança é um ser organizado e competente com participação ativa no seu próprio desenvolvimento, atua sobre tudo que o mundo lhe oferece através de sorrisos, vocalizações, acenos, movimentos dos braços e pernas e acompanhamento com o olhar. Desse modo vai aprimorando cada vez mais suas respostas de ações com fins desejados e premeditados e assim progressivamente tanto quando está se relacionando com adultos quanto com outras crianças. Bibliografia: |
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Dra. Carla de J. Rodrigues; Fisiopediatria
- Pesquisa em Saúde Infantil, São Paulo/SP, Brasil. |