Tradução e adaptação da Dra.Carla Rodrigues, 06 de agosto de 2001:
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Parte II do artigo do Comitê das Crianças com Deficiência da Academia Americana de Pediatria, sobre a assistência pediátrica perfeita

Sumário:
Última parte da matéria sobre a ponderação da AAP sobre o atendimento e acompanhamento da criança com diminuição da eficiência física com relação à assistência do pediatra.

 

O pediatra deveria trabalhar com uma equipe para estabelecer metas realistas sobre a função e as possibilidades do paciente.

O pediatra deve ajudar quanto à expectativa dos familiares, orientando-os que o tratamento assiste principalmente à adaptação da criança à sua condição; alertando que a disfunção neuro-muscular não vai mudar.

A atuação do pediatra deveria incluir times de diagnóstico próximos ao local de residência do paciente, assim como times de intervenção e estimulação precoces, evoluções quanto ao desenvolvimento e neurologistas.

As prescrições devem conter os diagnósticos da criança, precauções a serem tomadas, tipos de terapias em andamento, frequencia das terapias, metas estimadas e duração das sessões. Por exemplo:

Diagnóstico: Paralisia Cerebral; Quadriplegia Espástica; Disfagia severa
Precauções: Risco de aspiração
Tipos e freqüências das terapias: Fonoaudiologia 2 X /semana com estimulação da musculatura oral; Fisioterapia 3 X /semana com desensibilização, prevenção de deformidades, orientações aos pais, aplicação de técnicas para normalização do tônus. Atendimento domiciliar.
Metas: melhores condições para alimentação (através do controle da musculatura envolvida na mastigação/deglutição); transferência independente, melhorar o controle sobre movimentos (através da diminuição dos fatores que podem excitar reflexos patológicos e normalização do tônus).

Programas bem sucedidos requerem comunicação periódica entre os terapeutas, educadores e pediatras; com reavaliações periódicas para avaliar o alcance ou não das metas estipuladas, para direcionar a terapia com novos objetivos e para determinar quando a terapia já não está sendo eficaz. É importante ressaltar que as necessidades dos pais devem, na medida do possível, ser objetivadas.


Fonte em inglês: http://www.aap.org/policy/01496.html


Dra. Carla de J. Rodrigues; Fisiopediatria - Pesquisa em Saúde Infantil, São Paulo/SP, Brasil.
Contato: cax_fisio@yahoo.com, bip (0xx11) 3444-4545 cod. 154661.