Artigos da Dra.
Carla de J. Rodrigues, 27 de agosto de 2002:
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Os jogos e brincadeiras de dramatização das crianças
de 5 até 6 anos não são atividades sem importância
e de fácil apreensão, pelo contrário, envolvem questões
emocionais, integração de conhecimentos previamente adquiridos,
experimentações e correlação entre realidade,
fantasia e simbólico.
Tais atividades permitem a vivência de mais experiências,
mais pontos de inter-relação e transferência, além
de uma construção da criança enquanto indivíduo
e integrante de um contexto social.
Inicialmente o desenvolvimento cognitivo deve existir para que a linguagem
possa se desenvolver até que esta possa agir sobre o próprio
desenvolvimento da inteligência, através das influências
simbólicas e como instrumento para o pensamento.
Com isso pode-se concluir que um atraso sensório-motor fatalmente
levará a um atraso na linguagem.
Para a aquisição da linguagem são imprescindíveis
os vínculos entre o bebê e o adulto, que ocorrem desde o
período sensório-motor, isto é, os primeiros momentos.
Para se ter um parâmetro de observação sobre a linguagem
da criança temos com senso comum que até 2 anos de idade
ela deve demonstrar alguma forma de comunicação verbal;
até 5 anos deve ter um domínio avançado da gramática,
noções de conjunto, grandezas, quantidades, condicionalidade,
temporalidade, causalidade e outras, mas ainda não consolidou a
noção exata de o que é o que, por exemplo trocando
o nome de bichos e frutas.
Cognitivamente primeiro a criança explora o objeto, seu som, textura,
forma, etc; depois quer saber o nome desse objeto e tenta relacioná-lo
praticamente e conceitualmente com outros objetos, até que saiba
diferenciá-los bem e então assimila-los corretamente, dizendo
seus nomes e invocando-os mentalmente durante a brincadeira.
Bibliografia: MARCHESAN, Queiroz Irene _ Tópicos em Fonoaudiologia,
Volume II. Lovise, 1995
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