Calor
O tratamento feito pelas várias formas de calor utilizados em medicina recebe o nome de termoterapia. Quando o calor é aplicado a uma parte do corpo ou mesmo a todo o corpo, em intensidade e duração suficientes, o sistema termoregulador do organismo não mais poderá impedir a elevação local ou geral da temperatura. A aplicação do calor tem efeito trófico, com melhora do metabolismo, da nutrição dos tecidos, efeito analgésico, com alívio da dor, efeitos sobre o aparelho circulatório, com dilatação de todos os vasos, aumento na velocidade e volume circulatório do sangue e na formação e circulação da linfa.
O calor é ornado radiante quando transmitido da fonte produtora ao paciente através do ar; condutivo quando a fonte de calor entra diretamente em contato com o corpo; conversivo, quando uma forma de energia como as ondas curtas, ultra-sons ou microondas penetra nas camadas mais profundas dos tecidos, transformando-se em calor.
Calor Condutivo: como calor condutivo, em que a fonte entra em contato com o corpo, enumeren-se a hidroterapia, as compressas quentes, as almofadas elétricas, as bolsas de água quente e as estufas de ar quente, em que este entra em contato com o paciente. Constituem outro exemplo de uso do calor condutivo, os banhos de parafina, em que uma mistura de sete partes de parafina se acrescenta uma parte de óleo mineral e se aquece a 50º c, esperando-se esfriar até que se forme uma película na superfície.
Criada a película, mergulha-se a mão ou a parte a tratar rapidamente, várias vezes, até que se forma uma luva, no caso da mão, ou pincela-se com a mistura a coluna lombar ou torácica, deixando-a atuar pelo tempo de 20 minutos e retirando-a depois.
Calor Conversivo: As formas de calor conversivo penetram profundamente: são mais complexos e usados por pessoal especializado. As ondas curtas provocam o aquecimento profundo dos tecidos, ao produzirem a passagem de uma corrente de alta freqüência através do corpo, usando condensadores. Esses eletródios condensadores são metálicos e revestidos de borracha e podem entrar em contato com a pele, separados apenas por uma camada de toalhas ou filtro de 0,5 a 1 cm, ou por um revestimento de plástico ou vidro.
Calor Radiante: São exemplo de calor radiante as lâmpadas de raios infravermelhos, com filamentos de tungstênio de 250 watts para uso no domicílio e de até 1.000 watts para uso hospitalar. Nas lâmpadas pequenas há um filtro vermelho, no próprio bulbo, os aparelhos hospitalares, cujo filtro pode estar sob a lâmpada, dispõem de um espelho refletor, niquelado ou prateado, permitindo dirigir o feixe e irradiar maior área.
Muito úteis são as estufas com quatro ou mais lâmpadas, permitindo aquecer parte do corpo ou todo o corpo, sendo a parte interna de metal refletor. Essas fontes luminosas produzem infravermelhos mais curtos, sendo os mais penetrantes em torno de 12.000 ºA, podendo chegar a 3mm de profundidade nos tecidos. Os Infravermelhos mais longos, acima de 30.000 ºA, penetram apenas uma fração de milímetro como os produzidos pelos aparelhos com resistências. O aquecimento mais profundo se faria pela circulação ou contigüidade dos tecidos. A duração do tratamento é de vinte a trinta minutos