Imóveis atrai investidores Em
tempos de acentuada instabilidade econômica, o setor imobiliário voltou a atrair maior
interesse dos investidores. Muitos, arredios à instabilidade da bolsa e ao cenário
pontilhado de incertezas, têm preferido empregar o capital na compra de imóveis, direta
ou indiretamente. Nesse último caso, o fundo imobiliário é a opção mais ofertada no
mercado. Esses fundos são formados por grupos de investidores que têm como objetivo
obter rentabilidade com a aquisição de cotas de um empreendimento imobiliário, como
shopping center, flat, hotel, hospital, centro empresarial, entre outros. Mas de acordo
com Fábio Nogueira, diretor da Brazilian Mortgages, é preciso levar em conta que esse é
um investimento de longo prazo.
Nogueira se diz impressionado com o crescimento que o mercado vem apresentando neste ano.
Segundo ele, mesmo com toda a carga de instabilidade mundial, as pessoas estão
acreditando no retorno que as aplicações podem oferecer. "Acredito que o setor deve
fechar o ano com patrimônio em torno de R$ 2 bilhões." Ele lembra que, desde 1994,
quando o primeiro fundo imobiliário foi lançado, até o fim de 2000, o mercado captou R$
1,5 bilhão. E, apenas neste ano, a expectativa é que mais de R$ 500 milhões sejam
aplicados no setor, o que equivale a um crescimento de quase 35% no ano.
Ofertas
Duas opções para quem pretende ingressar nesse mercado são os fundos do Centro
Empresarial Água Branca e o lançamento mais recente, o da Torre Norte do Complexo
Empresarial Nações Unidas. O primeiro garante, até 2004, rentabilidade mensal de 1,25%
ao investidor e exige valor mínimo de aplicação de R$ 8 mil. Cada cota do fundo é
oferecida por R$ 160,00. Já os interessados na compra de cotas do Torre Norte terão de
fazer uma reserva, pois o primeiro lançamento foi totalmente vendido em dois dias e uma
segunda oferta aos investidores ainda depende de aprovação da Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), nos próximos dias.
O valor mínimo de aplicação, nesse caso, será de R$ 50 mil, do qual 50% deverá ser
pago à vista e o restante poderá ser dividido em 11 parcelas. No primeiro ano de
aplicação, fica assegurada ao investidor uma rentabilidade de 12% ao ano, já
descontadas a taxa de administração e outras despesas.
Isso é possível porque as unidades estão totalmente alugadas e os inquilinos são
pulverizados, diz Nogueira.
Em ambos os fundos, o investidor receberá no mês seguinte ao da aplicação um DOC em
conta corrente com a rentabilidade alcançada no período.
Fonte: Jornal O Estadão 08/10/2001 |
|