Pedro, um lenhador, após um grande trabalho em uma área de desmatamento,
se viu desempregado. Após tanto tempo cortando árvores, entrou no corte!
A madeireira precisou reduzir custos...
Saiu, então, à procura de nova oportunidade de trabalho.
Seu tipo físico, porém, muito franzino, fugia completamente do biótipo de
um lenhador. Além disso, o machado que carregava era desproporcional ao
seu tamanho. Aqueles que conheciam Pedro, entretanto, julgavam-no um ótimo
profissional.
Em suas andanças, Pedro chegou a uma área reflorestada que estava começando
a ser desmatada. Apresentou-se ao capataz da madeireira como um lenhador
experiente. E ele o era! O capataz, após um breve olhar ao tipo miúdo do
Pedro e, com aquele semblante de selecionador implacável, foi dizendo que
precisava de pessoas capazes de derrubar grandes árvores, e não de "catadores
de gravetos". Pedro, necessitando do emprego, insistiu. Pediu que lhe fosse
dada uma oportunidade para demonstrar sua capacidade. Afinal, ele era um
profissional experiente! Com relutância, o capataz resolveu levar Pedro à
área de desmatamento. E só fez isso pensando que Pedro fosse servir de chacota
aos demais lenhadores. Afinal, ele era um fracote...
Sob os olhares dos demais lenhadores, Pedro se postou frente a uma árvore de
grande porte e, com o grito de
"madeira", deu uma machadada tão violenta que a árvore caiu logo no primeiro
golpe. Todos ficaram atônitos! Como era possível tão grande habilidade e que
força descomunal era essa, que conseguira derrubar aquela grande árvore numa
só machadada?
Logicamente, Pedro foi admitido na madeireira. Seu trabalho era elogiado por
todos, principalmente pelo patrão, que via em Pedro uma fonte adicional de
receita.
O tempo foi passando e, gradativamente, Pedro foi reduzindo a quantidade de
árvores que derrubava. O fato era incompreensível, uma vez que Pedro estava
se esforçando cada vez mais. Um dia, Pedro se nivelou aos demais. Dias depois,
encontrava-se entre os lenhadores que menos produziam...
O capataz que, apesar da sua rudeza, era um homem vivido, chamou Pedro e o
questionou sobre o que estava ocorrendo. "Não sei", respondeu Pedro, "nunca
me esforcei tanto e, apesar disso, minha produção está decaindo".
O capataz pediu, então, que Pedro lhe mostrasse o seu machado. Quando o
recebeu, notando que ele estava cheio de "dentes" e sem o "fio de corte",
perguntou ao Pedro: "Por que você não afiou o machado?". Pedro, surpreso,
respondeu que estava trabalhando muito e por isso não tinha tido tempo de
afiar a sua ferramenta de trabalho. O capataz ordenou que Pedro ficasse no
acampamento e amolasse seu machado. Só depois disso ele poderia voltar ao
trabalho. Pedro fez o que lhe foi mandado. Quando retornou à floresta,
percebeu que tinha voltado à forma antiga: conseguia derrubar as árvores
com uma só machadada.
A lição que Pedro recebeu cai como uma luva sobre muitos de nós - preocupados
em executar nosso trabalho ou, pior ainda, julgando que já sabemos tudo o que
é preciso, deixamos de "amolar o nosso machado", ou seja, deixamos de
atualizar nossos conhecimentos. Sem saber por que, vamos perdendo posições em
nossas empresas ou nos deixando superar pelos outros. Em outras palavras,
perdemos a nossa potencialidade.
Muitos avaliam a experiência que possuem pelos anos em que se dedicam àquilo
que fazem. Se isso fosse verdade, aquele funcionário que aprendeu, em 15
minutos, a carimbar os documentos que lhe chegam às mãos, depois de 10 anos
na mesma atividade poderia dizer que tem 10 anos de experiência. Na realidade,
tem 15 minutos de experiência repetida durante muitos anos.
A experiência não é a repetição monótona do mesmo trabalho, e sim a busca
incessante de novas soluções, tendo coragem de correr riscos que possam
surgir.
É "perder tempo" para afiar o nosso machado.
Autor desconhecido
Enviada por Oswaldo Jesus - Mensagem da Paz
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