O COMODISMO, A LOUCURA E A RAZÃO
 
Um dia (e quase permiti que fossem em todos os dias de minha vida), olhei 
para o relógio do tempo e me propus a viver no ritmo dos ponteiro das 
horas. 

Dava-me a impressão de ser o melhor de todos, soberano, onde os demais 
pareciam estar trabalhando para ele. 

Depois de muitas voltas e voltas, percebi que a minha existência estava 
por parar no tempo. 

Caminhava lentamente, e os meus objetivos ficavam cada vez mais distantes, 
e no fundo, queria mais vibração.

E assim, de pronto, saltei direto para o ponteiro dos segundos.

Que maravilha. 

Mal tinha tempo para pensar, estava em todos os lugares, a todos os 
instantes.

Conquistei muitas coisas e a mal consegui conservar algumas.

Corria como um raio sobre os ponteiro das horas e dos minutos, de todos 
os relógios que por mim passavam.

Que felicidade.

No fim, alucinado e confuso, me esqueci dos minutos e perdi a noção das 
horas.

Me perdi no tempo.

Não sabia onde estava. 

Só girava.

Depois de procurar o melhor caminho, a melhor indicação onde pudesse ir 
e me encontrar, conclui que o ponteiro dos minutos, seria a opção mais 
sábia.

Viver no rítimo das horas é muito cansativo, tem-se muito tempo para 
refletir e pensar, e só pensar confunde nossas ações.

Viver no rítimo dos segundos nos leva à loucura, não vemos o tempo passar, 
não refletimos e nos perdemos.

A vida em minutos, parece o mais sensato., nos dá tempo suficiente para 
agir, nos transporta calmamente  para muitas posições na vida, onde 
podemos escolher a melhor delas., e entre a lentidão de um e rapidez do 
outro, ainda assim, é fruto da loucura e semente da razão.

Ele nos dá sessenta segundos para pensar e tomar decisões, e ainda pode 
ter sessenta decisões antes de completar uma tarefa.

Amigo, lhe  desejo infinitos minutos em sua vida.
Trabalhe em horas, viva em minutos e Seja feliz em segundos, em todos os 
segundos de seus minutos, todos os minutos de suas horas. 
E todas as horas de sua vida.



Lyrio do Valle
Enviado pelo autor


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