Albrecht Duerer ( 1471-1528), um dos maiores artistas da idade Média/Renascença, era
entre 18 irmãos, filho do ourives Albrecht Ajtol que tinha emigrado para Nuremberg,
Alemanha. Desde pequeno mostrou desejo de ser pintor. Com um colega vivia numa pensão,
sem recursos, e perante a inviabilidade de ambos estudarem e trabalharem ao mesmo
tempo, fez este a sugestão de que um estudasse, enquanto o outro trabalhava pelo
sustento da vida, depois, com o dinheiro dos primeiros quadros, o que trabalhou, ia
começar a estudar.
"Muito bem" ,disse Albrecht, "eu serei o primeiro a me dedicar ao trabalho"
"Eu sou o mais velho", respondeu o amigo, "e já tenho emprego num restaurante!"
Cedendo as insistências, Albrecht começou a estudar, enquanto seu amigo trabalhava.
Quando Albrecht vendeu o primeiro quadro disse:
"Agora temos o suficiente para vivermos durante várias semanas: doravante, eu
trabalharei para você estudar".
O amigo deixou o trabalho e voltou a segurar a palheta e os pincéis. Mas em vão foram
seus esforços em pintar alguma coisa! O trabalho rude tornara suas mãos rígidas e
endureceu os músculos. As juntas estavam grossas e os dedos retorcidos de tal modo,
que já não podiam manejar os pincéis.
Ele, então compreendeu que teria que desistir de suas aspirações de chegar a ser um
grande pintor - Só havia um recurso: voltar ao seu antigo trabalho.
Um dia ao regressar do estúdio, Albrecht ouviu a voz do amigo que estava ajoelhado,
com as mãos postas: era uma prece a Deus para que ajudasse Albrecht a triunfar na
pintura.
Albrecht profundamente comovido, firmou naquela hora uma resolução:
"Jamais poderei dar a estas mãos a agilidade que perderam, porém, posso demonstrar ao
mundo a gratidão que sinto pelo que meu amigo fez por mim: pintarei estas mãos, tais
como as vejo agora, e poderá ser que, ao vê-las, o mundo aprecie o que elas fizeram:
Talvez, estas mãos cheguem a servir de inspiração a outras, a realizarem atos de
generosidade e desprendimento".
E foi assim que Albrecht desenhou o quadro que é uma das mais lindas obras da arte.
O quadro das mãos que oram.
Colaboração de Regina Suppi de Concórdia S/C - Visitante de Fonte Para Reflexão
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